Relatório da Fitch mostra rápida deterioração da economia brasileira. País não está melhor, mas sim na média, da expansão da América Latina
G1 / Fernando Scheller
23/03/2009
O Brasil, que cresceu 5,1% em 2008 e previa, até pouco tempo, alta de 4% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, está rapidamente se adaptando à nova realidade recessiva da economia mundial, segundo Shelly Shetty, diretora sênior da agência de risco Fitch, com sede em Nova York. Ao lado: BC dos EUA diz que retomada começa ainda este ano De acordo com a analista, o crescimento zero previsto para o país no relatório da agência divulgado nesta semana é possível apenas na “melhor das hipóteses”. Para Shelly, a forte queda do PIB brasileiro no 4º trimestre do ano passado – retração de 3,6% – mostrou que a economia nacional já sofre fortemente com os sintomas da crise mundial. A diretora da Fitch afirma que a contração no 4º trimestre chegou a setores-chave da economia brasileira, afetada pela redução de preços das commodities (que ainda dominam a pauta de exportações brasileira), pela restrição ao crédito, pelo aumento da desconfiança do consumidor e pela desaceleração do setor industrial.
Por isso, explica a analista, o Brasil, apesar de ser uma economia de maior porte, não tem melhores perspectivas que as demais na América Latina. Ela explica que a retração econômica média de 0,9% esperada para os países latino-americanos está relacionada ao resultado do México, que deve ter contração de 2,5%, e não a uma melhor situação do Brasil. “O México é afetado de forma desproporcional pela crise nos Estados Unidos."
segunda-feira, 23 de março de 2009
Crescimento zero é ‘melhor dos mundos’ para o Brasil, diz analista
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