EFE
26/05/2009
A crise mundial reduziu o comércio da América Latina entre 9% e 11%, afirmou a secretária-executiva da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), a mexicana Alicia Bárcena, em entrevista publicada nesta segunda-feira no jornal cubano Granma.
"O mais forte que se está vivendo na região é a queda no comércio. Acho que o 'choque' da redução da demanda de nossos bens e serviços e produtos é nosso tema mais relevante", disse Alicia.
"(A região) não é imune a esta crise (...). A Organização Mundial do Comércio considera que nosso comércio caiu em 9%, enquanto outras organizações internacionais calculam em 11%", acrescentou.
Segundo a secretária-executiva da Cepal, no âmbito financeiro, o efeito na América Latina e no Caribe também foi "forte, mas menos complexo, porque a região tinha sistemas financeiros um pouco mais saudáveis".
Alicia lembrou que, em 2002, a dívida externa da América Latina era equivalente a 24% do PIB, enquanto, em 2008, tinha caído para 8%.
A crise mundial também reduziu a receita de muitos países do continente em conceito de turismo e remessas, principalmente na América Central e no Caribe, e, no caso do México, a situação se agrava por causa da epidemia de gripe suína, disse.
A secretária-executiva da Cepal calcula que, este ano, a economia da região cairá 0,3%, a primeira queda após seis anos seguidos de crescimento.
"Achamos, inclusive, que pode ser um pouco mais baixo, justamente porque a economia mexicana pesa muito e é a que está em certos problemas", acrescentou.
O desemprego também preocupa a Cepal, já que pode aumentar em um ponto percentual, após ter baixado na região de 11% para 7,6% entre 2003 e 2008.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Crise mundial reduz comércio da América Latina em até 11%
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