segunda-feira, 18 de maio de 2009

Eletros vai administrar o fundo de pensão dos empregados da EPE

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados / Luciano Máximo
18/05/2009
A Fundação Eletrobras de Seguridade Social (Eletros) está pronta para estruturar um novo fundo e ampliar para cinco sua carteira de planos administrados. O fundo de pensão espera obter, dentro de dois meses, a autorização da Secretaria de Previdência Complementar (SPC) para montar o fundo de pensão dos cerca de 400 empregados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério das Minas e Energia.
Marco Aurélio Orrego, presidente da Eletros, conta que a entidade passou a enfrentar dura concorrência e que o plano da EPE será estruturado do zero, sem que haja transferência de recursos. "Vencemos concorrência com grandes fundos de pensão, que também tinham interesse em ter a EPE como patrocinadora. A ideia era ter o fundo em operação já no início do ano, pois tínhamos regulamento pronto e todo o sistema adiantado, mas precisamos atender a uma exigência de redação da SPC. Não haverá transferência de recursos com a nova operação, porque vamos administrar novas contribuições dos participantes da EPE." Com 37 anos de atividades, a Eletros é responsável pelos fundos de pensão dos mais de 4.200 funcionários e aposentados da Eletrobras, do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da própria Eletros.
Além da EPE, Orrego revela que pretende terminar 2009 com um sexto plano, dos empregados da Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), distribuidora coligada da Eletrobras. Segundo o executivo, apesar da ampliação da carteira, a Eletros não pretende atuar agressividade. "Não temos a intenção de crescer em patrimônio e sim com equilíbrio, seguindo nossa necessidade de fomento gradativo e, aos poucos, agregando novos fundos. Nosso perfil não é ser agressivo, somos uma fundação pequena, mas com atividades reconhecidamente elogiadas pelo mercado", afirma Orrego.
A Eletros fechou o primeiro trimestre de 2009 com superávit de R$ 6,2 milhões e rentabilidade maior que a do CDI, que ficou em 2,89%. No período, o ganho acumulado dos planos mais conservadores, como o BD Eletrobras e BD Eletros, ficou acima de 4%. Os planos de contribuição definida, com maior exposição a ativos negociados em bolsa de valores, tiveram ganhos entre 3,9% e 5%. O patrimônio administrado pela Eletros hoje é de mais de R$ 2 bilhões.
Para este ano, Marco Aurélio Orrego aposta em recuperação. Em 2008, a rentabilidade nominal dos fundos da Eletros não cumpriu a meta atuarial, de INPC mais 6%, ficando em 1,39%. "Nossa previsão de rentabilidade nominal do BD da Eletrobras é de 16,3% e 15,3% para o CD Eletrobras e 15,8% para o CD Puro 18,4%. Do CD ONS, que é nossa outra patrocinadora, esperamos 18,7%. Tudo isso com base em políticas de investimentos com alocações que variam de plano para plano e visão de recuperação de longo prazo, de pé no chão."

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