Valor Econômico
06/08/2009
Depois de quatro meses seguidos de crescimento do volume negociado, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou julho com ligeira baixa no total negociado, de R$ 107,47 bilhões, ante os R$ 112,74 bilhões apurados em junho. Em número de operações foram 7.021.826 negócios, contra 7.044.608 operações no mês anterior.
No que diz respeito a valor de mercado, o conjunto de 388 empresas listadas na bolsa paulista somou R$ 1,89 trilhão no mês, o que representa R$ 100 bilhões a mais do que o apurado em junho, quando a lista contava com 389 empresas com ações negociadas na bolsa.
Os investidores estrangeiros voltaram a liderar o volume e responderam por 37,93% do total financeiro transacionado no período, acima dos 36,50% apurados em junho. Em seguida aparecem as pessoas físicas, cuja participação cresceu de 28,61% para 29,12%.
Os investidores institucionais somaram 25,94% do total, com pouca alteração ante os 25,65% de junho. Diminuiu no período a presença das instituições de financeiras, de 6,10% para 4,92%. As empresas mantiveram fatia de 2,01% e o grupo outros fechou o mês em 0,08%, ante 0,05% de junho.
De acordo com dados da BM & FBovespa, o balanço de negociação dos investidores estrangeiros na bolsa ficou positivo em R$ 2,20 bilhões no mês de julho. O fluxo de recursos estrangeiros para o mercado acionário está positivo em R$ 20,15 bilhões no ano, sendo R$ 7,84 bilhões em aquisições de ofertas públicas de ações e outros R$ 12,31 bilhões em negociação direta. A participação dos estrangeiros em ofertas no período foi de 64,7%.
O mercado à vista respondeu por 94,2% do volume financeiro negociado no mês, seguido do mercado de opções, cuja fatia chegou a 3,6%. O mercado a termo ficou com 2,3% do total. Também houve aumento nas transações after market, que somaram R$ 1,2 bilhão e 106.865 operações. Um mês antes haviam sido contabilizadas 100.170 transações no after market, com o volume somando R$ 1,05 bilhão.
As ações que registraram maior giro financeiro em julho foram: Vale PNA, com R$ 11,97 bilhões; Petrobras PN, com R$ 11,66 bilhões; Visanet ON, com R$ 4,95 bilhões; Itau PN, com R$ 3,81 bilhões; e Usiminas PNA, com R$ 3,20 bilhões. O Ibovespa encerrou o sétimo mês do ano com valorização de 6,41%, aos 54.765 pontos. As ações que obtiveram as maiores altas foram: Gafisa ON (45,21%); Rossi Residencial ON (31,71%); VCP PN (31,65%); Cyrela ON (29,63,%); e Lojas Renner ON (26,73%).
Já as maiores baixas foram: TIM Participações ON (-17,46%); Light ON (-9,83%); Redecard ON (-4,87%); Petrobras ON (-3,07%); e CCR Rodovias ON (-2,96%). Assim como o Ibovespa, todos os demais índices acionários fecharam com valorização: IBrX-50 subiu 4,68% a 7.808 pontos; IBrX-100 ganhou 4,98% a 17.489 pontos; ISE avançou 5,90%, a 1.539 pontos; Itel teve alta 5,15% a 1.221 pontos; IEE valorizou-se 2,63% a 20.975 pontos); INDX elevou-se 10,88%, a 8.002 pontos; IVBX-2 subiu 7,95%, a 4.558 pontos; IGC saltou 8,37%, a 5.358 pontos; ITAG teve alta de 8,20%, a 6.951 pontos; Small Cap registrou avanço de 15,93%, a 835 pontos; MidLarge Cap subiu 4,06%, a 782 pontos; Iconsumo ganhou 10,05%, a 1.051 pontos e Imobiliário aumentou 30,14%, para 742 pontos.
Ainda na Bovespa, o volume financeiro registrado pelos quatro fundos de índices (Exchange Traded Funds, ou ETFs) chegou a R$ 477,13 milhões, abaixo dos R$ 493,12 milhões apurados em junho. Foram realizados 5.635 negócios com os ETFs BOVA11, SMAL11, MILA11 e PIBB11. No período anterior, o número de negócios com ETFs foi de 6.043. O maior volume financeiro de julho foi atingido pelo ETF BOVA11, com R$ 399,25 milhões, ante 443,67 milhões no período anterior.
Já no segmento Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM & F), que inclui derivativos financeiros e de commodities, houve recuo de volume e operações. Foram transacionados 30.581.912 contratos no mês passado, com giro financeiro de R$ 2,20 trilhões, baixa de 22,5% e 17,3%, respectivamente, no comparativo com junho. A média diária de negócios caiu para 1.390.087 contratos em julho, em relação aos 1.878.663 contratos no mês anterior.
As instituições financeiras lideraram a negociação no segmento BM & F, respondendo por 45,20% dos contratos, ante 44,44% no período anterior. Os investidores institucionais reduziram participação de 25,55% para 24,50%. Os investidores estrangeiros ficaram com 20,24%, ante 19,45% de junho, as pessoas físicas reduziram sua fatia de 7,51% para 7,37 % e as empresas ficaram com 2,69%, ante 3,05%.
Também caiu a base de pessoas físicas atuantes na BM & F, que passou 67.188 em junho para 66.510 no mês passado. Entre os ativos negociados, o futuro de juros (DI) liderou o volume, contabilizando 12.309.223 contratos negociados, ante 17.474.995 contratos em junho. O dólar comercial futuro encerrou o período com negociação de 5.528.420 contratos, depois dos 5.910.735 contratos do mês anterior. O futuro de Ibovespa negociou 1.202.575 contratos no mês passado , ante 1.342.335 contratos em junho.
Em relação aos contratos em aberto, ao final do último pregão de junho, os mercados do segmento BM & F registraram 18.244.808 posições, contra 18.769.870 em junho. O contrato futuro de reais por euro, referenciado na taxa de câmbio cruzada de reais por dólares PTAX800 do Banco Central e dólares por euro do Banco Central Europeu (BCE), registrou 3.095 contratos, perante 3.600 em junho. No segmento de derivativos agropecuários (incluindo futuros e opções), foram negociados 169.150 contratos no mês pasasdo, ante 179.402 em junho. Ao final do último pregão de julho, esses mercados registraram 85.657 posições em aberto. Em junho, esse número foi 81.430.
O mercado de minicontratos futuros registrou 993.608 contratos em julho, ante 1.007.996 em junho. Do total, o mercado futuro de Ibovespa mini negociou 939.290 contratos, ante 965.832 no mês anterior. Já os minis de dólar comercial futuro registraram negociação de 52.123 contratos, ante 38.521 em junho. Os minicontratos futuros encerraram julho com 20.431 posições em aberto, ante 10.252 no período anterior O mercado disponível de ouro (250 gramas) negociou, em junho, 857 contratos, mais do que os 572 apurados em junho. O volume financeiro do mercado de ouro à vista totalizou R$ 12,29 milhões em julho, perante os R$ 8,47 milhões no mês anterior.
No período, as negociações realizadas por roteamento de ordens via acesso direto ao mercado (DMA) ao segmento BM & F registraram o total de 6.211.660 contratos, com a realização de 558.180 negócios no sistema GTS. Em junho, o total verificado foi de 6.152.638 contratos em 521.728 negócios realizados.
No segmento Bovespa , as negociações realizadas por roteamento de ordens via DMA registraram volume financeiro de R$ 81,65 bilhões e 7.482.273 negócios. Em junho, corresponderam a R$ 82,39 bilhões e 7.474.495 negócios, respectivamente.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Valor de mercado de empresas da bolsa subiu R$ 100 bilhões em julho
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário