Rodrigo Postigo
13/11/2007
A Bolsa de Valores de São Paulo respondeu apenas hoje ao mau humor do mercado internacional do fim da semana passada. Sem a ajuda das ações da Petrobras, que hoje realizaram lucro, depois de segurarem a Bolsa nos dois últimos pregões, o Índice Bovespa registrou sua segunda maior queda do ano. O Ibovespa caiu 4,34%, para 61.527 pontos. A maior baixa de 2007 foi de 6,63%, em 27 de fevereiro, quando a Bolsa de Xangai desabou 8,9% e arrastou os mercados de ações globais.
As ações da Petrobras garantiram à Bolsa paulista um desempenho positivo na quinta e na sexta-feira últimas, apesar das perdas do índice Dow Jones, o mais tradicional de Nova York. Depois da descoberta de um megacampo de petróleo e gás na Bacia de Santos, Petrobras PN disparou 14% na quinta-feira e segurou o Ibovespa em alta de 0,10%, enquanto o Dow Jones recuava 0,25%. No dia seguinte, a alta de Petrobras PN foi bem menor, 1,81%, mas o suficiente para colaborar com o ganho de 1,19% do Ibovespa, mesmo com baixa de 1,69% do Dow Jones.
As Bolsas de Nova York registraram perda no fim da semana passada em reação a novas notícias negativas sobre o mercado imobiliário de alto risco. Os problemas nesse mercado devem afetar o crescimento econômico dos Estados Unidos, o que poderia ter reflexos no Brasil. Hoje, contudo, o Dow Jones subia 0,33% às 18h23 (de Brasília).
O ajuste na Bovespa foi generalizado: apenas cinco dos 63 papéis que compõem a carteira do índice fecharam em alta. O maior ganho foi de Embraer, com 2,68%. A empresa anunciou hoje novos contratos de vendas de aviões, com empresas da Espanha, Nigéria, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Os pedidos firmes totalizaram cerca de US$ 1 bilhão.
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