Gazeta Mercantil/1ª Página / Ayr Aliski e Viviane Monteiro
22/10/2008
Pouco mais de um mês do recrudescimento da turbulência financeira internacional, o governo brasileiro destinou US$ 22,9 bilhões para amenizar seus efeitos no País. O montante foi usado para tentar segurar a alta do dólar e garantir as linhas de financiamento ao comércio exterior.
Do total aplicado, US$ 3,2 bilhões foram efetivamente desembolsados, ou seja, saíram das reservas internacionais para serem leiloados no mercado à vista. Outros US$ 3,7 bilhões o Banco Central (BC) vendeu com o compromisso de recompra. As linhas de crédito para o comércio exterior somam US$ 1,6 bilhão. Já as operações de swap cambial - nas quais o BC não libera dinheiro em espécie - chegam a US$ 12,9 bilhões.Apesar de a conta apresentar números concretos para a economia do Brasil, o presidente do BC, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em audiência pública na Câmara dos Deputados, tentaram diminuir a possibilidade de a economia brasileira sofrer impactos de grandes proporções, além de recessão.
Mantega quis preparar os ânimos dos parlamentares para a continuidade dos problemas. "Não acredito que essa crise esteja acabando. Estamos diante de uma crise de longa duração, mas a fase aguda foi superada", afirmou.
Segundo ele, o Brasil vai sentir os efeitos da restrição do crédito mundial e do custo mais alto do financiamento. Por isso, o ministro destacou que o governo já agiu e vai continuar atuando para manter a economia em aceleração. Mantega manteve a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% em 2008 e entre 4% e 4,5% para 2009.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
BC já injetou US$ 23 bi para evitar recessão
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