quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Mercado de motos terá ano recorde em vendas no Brasil

Fabricantes apostam no bom-humor do consumidor brasileiro.
Segmento de luxo não foi abalado pela valorização do dólar.
G1 / Priscila Dal Poggetto
22/10/2008
Crédito e demanda no mercado interno continuam abundantes no segmento de motocicletas, segundo especialistas do setor, que apostam em 2008 como o melhor ano da história para a indústria. Isso significa, que os temores da crise financeira que afetam o mundo só atingirão o mercado das duas rodas, se o efeito psicológico da turbulência mundial influenciar o bom-humor do consumidor brasileiro. Para o proprietário do grupo que representa as marcas da Harley-Davidson no Brasil, Paulo Izzo, o mercado de motos de luxo no Brasil não será afetado nem pela restrição de crédito e nem pelo aumento do dólar. “Somente a marca Harley-Davidson teve crescimento de 80% este ano no Brasil, para 10 mil unidades vendidas”, diz o executivo. A previsão para 2009 é de crescimento de 40%, assim como a marca Buell, que deverá expandir na mesma proporção o ano que vem. Este ano, deverão ser vendidas 700 unidades da marca.
Paulo Izzo – que se diz uma pessoa pessimista – disse que este é o melhor momento para o mercado de motocicletas de luxo. Segundo ele, nem o prejuízo de seus clientes com investimentos em ações espantou a procura pelas motos. “Outubro será um mês de recorde em vendas para nós.”
Mas o que garante tanta segurança nas previsões do empresário paulistano é justamente a política de preço inalterada e a expansão da rede de concessionárias do Grupo Izzo, a IMOCX, com lojas em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Campinas, entre outras cidades.
De acordo com Izzo, o grupo diminuirá a margem de lucro para manter os preços inalterados enquanto o dólar não se estabilizar e manterá acordos com bancos no financiamento dos produtos. “A Harley-Davidson, inclusive, já sinalizou que irá aumentar o índice de nacionalização das motos montadas na fábrica de Manaus, para diminuir o impacto do preço do dólar sobre os produtos e até abrir margem para uma futura operação de exportação”, observa Paulo Izzo, que destacou o Chile como importante comprador.

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