Ivan Postigo
Você já pensou quantos produtos, marcas, são apresentados ao mercado todos os dias.
Quando vai às lojas, ao supermercado, principalmente, encontra uma variedade grande de opções e muitas vezes sequer os experimenta por que não sabe a qualidade que estes têm.
Alguns têm embalagens pouco atrativas, outros são apresentáveis, mas despertam pouco interesse.
A questão a ser debatida é por que alguém colocaria no mercado um produto, novo ou não, sem qualquer comunicação que orientasse, seduzisse, envolvesse o consumidor?
Por falta de entendimento sobre a necessidade de comunicação?
Com a quantidade informação fornecida pela internet, revistas, televisão, ainda podemos encontrar pessoas com esse pensamento?
Não tenha dúvidas quanto a isso. Vamos encontrar muitas pessoas que ainda acham que publicidade e propaganda é dinheiro jogado fora.
Bom, não poderia ser por falta de recursos?
Claro, há no mercado muitas empresas tentando sobreviver, sem condições de fazer divulgações estruturadas.
Um fato é indiscutível, temos muito ainda que aprender sobre comunicação com o mercado até “pegarmos gosto pela coisa “.
Empresas com mais de meio século são pouco conhecidas e seus produtos sobrevivem por atenderem pequenos nichos que provocam esse milagre.
Nesses anos de carreira como executivo e consultor vi muitas dessas empresas serem compradas, rejuvenescidas e com comunicação adequada se desenvolverem, mas a maioria deixa de existir.
Há um ditado, que serve de pilar para a argumentação de muitos empresários, quando questionados porque não divulgam seus produtos, que é o seguinte: “Não precisamos gastar com propagandas, o sol nasceu para todos”.
É verdade, todos os produtos poderão pegar um pouco de sol nas vitrines e, quando empoeirados, serão jogados em algum canto do estoque da loja se não forem adquiridos em algum cesto de liquidação. As instalações em ruínas poderão continuar tomando o sol de cada dia.
Produtos, como idéias, como propostas, como alternativas, têm vida útil.
Quantas pessoas saem de casa para comprar carburador para o carro, disquete para computador, fita para telex, galocha, luvas, chapeleira para a entrada da casa, disco de vinil, e assim vai?
Marcas também, se não cuidadas, nutridas, deixam de ter apelo, caem no esquecimento, saem de moda, viram a marca do papai, do vovô, e passam a ser pouco procuradas.
Sucesso é um agente exigente, que gosta de atenção, caso contrário vai em busca de aconchego em outros lugares.
Eu vou ao mercado com freqüência, é parte de meu trabalho, olho vitrines, prateleiras, estoques, cargas de caminhão, lojas de conveniência, lojas em estradas, depósitos, e percebo que a quantidade de material negligenciado é muito grande.
O fato de uma empresa conseguir colocar o seu produto em um revendedor de grande porte não é garantia de sucesso. Pode, simplesmente ser a garantia de fracasso.
Imagine que você compra um produto para a sua loja e percebe que o consumidor não o quer, têm preferência por outras marcas, qual será sua posição
Liquidá-lo e não comprá-lo mais, certo?
É um fato simples, claro, fácil de ser entendido, contudo o mercado está repleto de produtos abandonados, órfãos da mãe propaganda e do pai fabricante, que não cuidam para que sejam aceitos, queridos, procurados e desejados pelos consumidores.
Você já apresentou o seu produto ao mercado hoje?
Ivan Postigo
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fone 11 4526 1197 e 11 9645 4652
www.postigoconsultoria.com.br
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Produto órfão - Uma oportunidade para o fracasso
Publicado por Agência de Notícias às 19.1.09
Marcadores: Colunista - Ivan Postigo
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