quarta-feira, 20 de maio de 2009

Mercado interno sustenta crescimento das empresas

Valor Online
20/05/2009
O mercado interno e as políticas anticíclicas adotadas pelo governo ajudaram as empresas a recuperar o fôlego
O mercado interno e as políticas anticíclicas adotadas pelo governo ajudaram as empresas a recuperar o fôlego. Quanto mais ligada à demanda doméstica, menos a empresa sentiu a crise, segundo relato de empresários que ontem receberam o prêmio "Executivo de Valor 2009", em São Paulo. O susto do fim de 2008 passou. Onde a demanda reagiu, os investimentos foram mantidos.
A WEG tem em sua carteira de negócios um retrato das disparidades do atual ciclo econômico. A produção de motores para uso doméstico é maior que a de 2008 graças à redução do IPI, diz Harry Schmelzer, presidente. Já em equipamentos industriais, como motores para máquinas - que depende de investimentos e exportação - , a produção no Brasil e no exterior teve queda importante. Em energia, a empresa tem boa carteira, mas os novos pedidos chegam em ritmo menor que o de 2008.
Mesmo indiretamente, a redução de IPI ajudou o setor de aço, diz Benjamin Steinbruch, da CSN. Com a crise mundial, muitos projetos foram suspensos e a produção, cortada. Agora, ele prevê que as vendas da CSN cresçam de abril a junho 50% sobre as do primeiro trimestre. "Vemos pequenas melhoras mês a mês".
A Positivo Informática, maior fabricante nacional de computadores, retomará hoje o terceiro turno em sua fábrica de Curitiba, interrompido desde o agravamento da crise. Para Hélio Rotenberg, presidente, já existem sinais de recuperação na demanda. A situação também melhorou para a Braskem. "Em março atingimos plena carga", avalia Bernardo Gradin, presidente. Segundo ele, a empresa aproveita o bom momento dos setores ligados ao varejo, como embalagens, higiene e alimentos. Já a ALL teve alta de mais de 10% na carga movimentada, diz Bernardo Hees, presidente.
A Alpargatas cresceu 5% no primeiro trimestre, conta o presidente Márcio Utsch. Os investimentos não pararam, mas foram direcionados para redução de custos, tecnologia e internacionalização. A Fiat manteve os investimentos de R$ 5 bilhões no triênio 2008/10. Com a diversificação para o mercado de baixa renda, as vendas da Gafisa cresceram 11% no primeiro trimestre - 46% no segmento econômico, afirma Wilson Amaral, presidente.

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