segunda-feira, 22 de junho de 2009

Gushiken mantém poder nos fundos de pensão

O ex-ministro Luis Gushiken ainda mantém o poder nos fundos de pensão
O Globo
22/06/2009
Afastado do governo desde 2006, depois de ser acusado de envolvimento no escândalo do mensalão, o ex-ministro da Comunicação Institucional Luiz Gushiken continua na ativa, exercendo sua influência em fundos de pensão que valem R$ 160 bilhões. Como mostra reportagem de Ricardo Galhardo publicada na edição deste domingo no GLOBO, recém-eleitos, os novos conselheiros do fundo Petros, da Petrobras - que fazem oposição à CUT e ao PT -, coletam assinaturas para tentar derrubar a diretoria ligada a Gushiken.
Eles alegam que o ex-ministro manobra a Petros de acordo com interesses do PT e do governo, e que isso prejudica beneficiários do fundo.
- A direção é competente, sabe o que faz. O problema é que recebe influência do Gushiken, e por isso o fundo fica sujeito aos interesses políticos do PT e do governo - disse o conselheiro Paulo Brandão.
Sindicatos e entidades ligados ao fundo coletam assinaturas para tentar restaurar o antigo estatuto da Petros, que obriga dirigentes a ter pelo menos dez anos de contribuição.
O presidente da Petros, Wagner Pinheiro, não é petroleiro. Egresso do Sindicato dos Bancários de São Paulo, assim como Gushiken, não tem dez anos de contribuição ao fundo. A oposição quer a saída dele. Outra mudança seria em relação ao conselho fiscal. Atualmente, o conselho tem função indicativa. Antes, tinha poder de aprovar ou reprovar contas da diretoria.

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