sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Jornal Economia em Notícia - Edição 21


Exportação de etanol brasileiro deve crescer 18%

Rodrigo Postigo
05/09/2008
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que até o fim do ano sejam enviados a outros países 4,17 bilhões de litros de etanol, crescimento de 18,21% a mais do que os 3,53 bilhões de litros de 2007, segundo um estudo da estatal.
A projeção é de que em 2011 os embarques cheguem a 6,10 bilhões, aumento de 72,85% sobre o resultado do ano passado. Os Estados Unidos e Caribe continuam liderando as importações de álcool do Brasil, com participação de 59% do álcool exportado em 2007, segundo a Conab.
"O Caribe é um ponto importante, pois o álcool hidratado que é transformado lá em anidro não paga a sobre taxa de US$ 150 por metro cúbico", diz o presidente da estatal, Wagner Rossi.
A Holanda e o Japão representam 28% e 3%, respectivamente, das exportações brasileiras. Rossi explica que os holandeses aparecem com destaque, pois o porto de Roterdã, na Holanda, é o hub do produto na Europa. "Isso não quer dizer que não vá para outros países", explicou.
O volume de cana-de-açúcar da safra 2008 destinado para a fabricação de álcool também cresce e será de 317,8 milhões de toneladas, 17,3% maior do que o da safra anterior, segundo levantamento da companhia.
O Centro-Sul responde por 285,3 milhões de toneladas, crescimento de 17,5% em relação a safra passada, e o Norte/Nordeste apresenta 32,5 milhões de toneladas, 15,8% maior. "O crescimento do álcool é bem maior e bem mais firme do que o do açúcar", diz o presidente da Conab, Wagner Rossi.
A produção brasileira de álcool total (anidro e hidratado) está estimada em 27,1 bilhões de litros, crescimento de 17,7% em relação a safra anterior. O Centro-Sul participa com uma produção de 24,5 bilhões de litros.
A região Norte/Nordeste responde por 2,6 bilhões de litros. A produção de álcool anidro é estimada em 9,8 bilhões, elevação de 13,6%, sendo 8,6 bilhões do Centro-Sul e 1,2 bilhão do Norte/Nordeste. A produção de álcool hidratado deve ser de cerca de 17,3 bilhões de litros, aumento de 20,1% frente a safra passada. Desse total, 15,9 bilhões de litros são do Centro-Sul e 1,4 bilhão, do Norte/Nordeste.

EUA irão promover acordo comercial com o Mercosul

Rodrigo Postigo
05/09/2008
Os Estados Unidos promoverão nos próximos meses uma aproximação comercial com o Mercosul que poderá ocasionar um Tratado de Livre Comércio (TLC) ou um acordo semelhante, informou ao jornal semanal Búsqueda o subsecretário americano para a América Latina, Thomas Shannon. As informações são da agência Ansa.
"Um dos desafios que os Estados Unidos encontrarão é começar a explorar a possibilidade de um acordo ou caminhos para aprofundar o comércio com o Mercosul", disse Shannon, que afirmou que esse plano de Washington terá como exemplo a relação mantida com o Uruguai, país com o qual foi firmado o Acordo Marco de Comércio e Investimentos (Tifa, na sigla em inglês).
Shannon falou dos laços entre seu governo e o do socialista Tabaré Vázquez e considerou como "muito próxima" a relação de George W. Bush com seu colega uruguaio, o que permitiu um "diálogo frutífero, não apenas na área comercial".
"Estamos orgulhosos de ter o Uruguai como amigo e parceiro" e valorizamos sua "vontade de ter um papel importante na região e no mundo", acrescentou Shannon.
O secretário também comentou ao jornal a decisão da Argentina - onde esteve recentemente antes de ir ao Paraguai - de quitar a dívida com o Clube de Paris que, segundo ele, "abre um espaço nos mercados de capitais internacionais que irá ajudar" o governo de Cristina Kirchner.

Anfavea anuncia aumento de US$ 1,7 bilhão nos investimentos do setor

Valor Online
05/09/2008
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) atualizou nesta quinta-feira os valores referentes aos investimentos do setor para os próximos três anos. De acordo com a entidade, as montadoras e fabricantes de autopeças irão desembolsar agora US$ 22,7 bilhões até 2011, contra US$ 21 bilhões anunciados anteriormente.
Com os aportes, a Anfavea acredita que o parque automobilístico nacional chegue a 2013 com a capacidade de produzir 6 milhões de veículos por ano, um salto de 56% sobre a capacidade atual. No entanto, a produção efetiva para 2013 é projetada pela associação em 5 milhões de unidades.Apesar de atualizar o valor total do setor, a Anfavea não especificou as empresas donas do investimento adicional. O diretor-técnico da entidade, Aurélio Santana, garantiu apenas que, entre outras coisas, estão incluídos nos US$ 22,7 bilhões os investimentos referentes à nova fábrica da Toyota, em Sorocaba (SP), cujos valores ainda não foram revelados oficialmente pela montadora japonesa.O executivo, entretanto, fez questão de salientar que não é correto atribuir à Toyota o US$ 1,7 bilhão que foi adicionado ao investimento total do setor até 2011.

Brazil may press WTO on US ethanol tariffs

The Associated Press
Published: September 3, 2008
RIO DE JANEIRO, Brazil: Brazil's foreign minister says his country is likely to press the World Trade Organization to take action against U.S. tariffs on ethanol imports.
Foreign Minister Celso Amorim says Brazil "has a very strong case and there is a good chance" that the nation will urge the WTO to take action against the U.S.
The U.S. places a 54 cents-a-gallon tariff on ethanol imported from Brazil, where the fuel is made from sugarcane.
American producers mostly use the more costly corn to make the fuel.
In June Brazil got a big win when the WTO ruled against the U.S. and its cotton subsidies, allowing Brazil to seek US$4 billion in retaliation.
Amorim spoke to foreign correspondents in Rio de Janeiro on Tuesday.

Brazil auto sales fall in August after record

Thu Sep 4, 2008 11:33am EDT
SAO PAULO, Sept 4 (Reuters) - Auto production and sales in Brazil fell sharply in August, the automakers' association Anfavea said on Thursday, as rising interest rates began to affect consumer demand.
Higher incomes and cheaper credit had driven car demand and made Brazil a major market for several international manufacturers in recent years.
Car sales fell 15.1 percent from July to 244,800 units, but were still up 4 percent over the same month last year, Anfavea said.
Rising car exports partially offset the slump in domestic sales. Manufacturers sold 67,900 units abroad in August, up 7.9 percent over July.
Production was down 1 percent from July at 314,700 units, but still up 12.6 percent year-on-year.
In August, 86.7 percent of all new cars sold were equipped with flex-fuel engines, which run on either gasoline or cane-based ethanol, or any combination of the two.
The central bank has increased its benchmark lending rate by 175 basis points since April and some analysts say could increase it by as much again this year.
The country's car market is dominated by global automakers such as Italy's Fiat (FIA_p.MI: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), Germany's Volkswagen AG (VOWG.DE: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), U.S.-based General Motors Corp (GM.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) and Ford Motor Co (F.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), followed by Japanese and French manufacturers.
Metalworkers at Volkswagen, Renault and Nissan voted on Thursday to continue a four-day strike, which they said was partially affecting production. (Reporting by Vanessa Stelzer, writing by Raymond Colitt, editing by Maureen Bavdek)

Agricultural Prices to Stay High, U.S. Official Says (Update1)

By William Bi
Sept. 5 (Bloomberg) -- Global agricultural prices will probably remain higher than in the previous decade as strong demand from China and other developing nations outstrips gains in production, a U.S. agriculture official said.
A growing middle class in emerging markets, rising energy costs and biofuel production will keep prices above ``historic levels'' even after recent declines, Mark Petry, agricultural attaché at the U.S. embassy in China, said in a speech prepared for delivery today.
Soybeans, corn, rice and wheat have slumped after climbing to records this year as declining crude oil prices and higher farm production spurred speculation that the rally was over.
An expanding middle class ``should keep demand firm,'' Petry said in the remarks for a conference in Chengdu. The number of middle class households globally, or those with a combined annual income exceeding $20,000 after adjusting for real purchasing power, will double by 2020 from 2004, Petry said, citing data from Global Insight. China and India will lead the advance, he said.
China's spending power is fueling imports of soybeans, poultry and other products, while its own production is failing to keep pace because of water shortages, limited use of genetically modified crops and a shift to cash crops from bulk commodities, Petry said.
China Growth
``China's soybean consumption should grow at least 8 percent a year,'' Petry said. While above-normal imports have created a glut, that will be drawn down and normal buying will resume later this year, he said.
Soybean imports in the first seven months rose 23 percent from year ago to 20.7 million tons, according to customs data. That jump helped create oversupply that pushed China's soybean oil prices to the lowest this year on Aug. 13, forcing the country's biggest cooking oil bottlers, including Wilmar International Ltd. and Cofco Ltd., to cut prices.
In the 2008-09 marketing year beginning in October, ending stockpiles of U.S. corn will be tighter than last year, while the gain in soybean output will help compensate for low ending stocks from the previous year, Petry said.
''I'd be surprised if soybeans fall'' below the level of about $10-$11 a bushel, because of higher costs of production, especially in South America, Petry said. Further declines in returns may prompt farmers to scale back planting, he said.
Soybeans traded at $12.1350 a bushel in Chicago at 1 p.m. Singapore time today.
Global wheat production will rebound this year, he said. World rice supplies are adequate to meet demand and ending stocks are expected to increase, he said.

Fundos de investimento perdem R$ 10,7 bilhões em agosto

Rodrigo Postigo
05/09/2008
O ano de 2008 é de perdas para a indústria de fundos de investimento. Só em agosto, o setor registrou R$ 10,7 bilhões em retiradas líquidas (diferença entre entradas e saídas). No ano, a captação está negativa em R$ 19,2 bilhões, segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid).
Surpreendentemente, a renda fixa registra o maior volume de saídas em agosto, com R$ 5,7 bilhões; seguida pelos Fundos em Direitos Creditórios (FIDC) e pelos multimercados, com R$ 2,3 bilhões e R$ 2,1 bilhões em saídas, respectivamente.
No acumulado de 2008, até agosto, os multimercados são os que mais perderam recursos com R$ 29,4 bilhões em retiradas. Nesta mesma base de comparação a renda fixa está em segundo lugar com captação negativa de R$ 23,1 bilhões.
Em agosto, as categorias com maior captação foram previdência com R$ 300 milhões e cambial com R$ 100 milhões. Dados da Anbid mostram que a movimentação do mês de agosto representou 0,92% do patrimônio líquido total do mercado doméstico, hoje em R$ 1,1 trilhão.

Lula dá sinal verde para privatizar aeroportos de Galeão e Viracopos

Estudos deverão ser incluídos nos planos do governo para reformular a infra-estrutura aeroportuária do País
O Estado de São Paulo / Tânia Monteiro
05/09/2008
O Ministério da Defesa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão antecipar os planos para a reformulação da infra-estrutura aeroportuária do País e incluir nos estudos, por ordem do presidente da República, a possibilidade de privatizar os aeroportos do Galeão (Rio) e de Viracopos (Campinas/SP). O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), pressiona abertamente em favor da idéia da privatização do Galeão, mas os estudos também avaliam a proposta de uma parte considerável do governo, que sugere como melhor alternativa a abertura do capital da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária).A Infraero teme perder mais de 20% da receita da empresa, se os dois aeroportos forem mesmo privatizados - no primeiro semestre deste ano, o resultado operacional alcançou R$ 350 milhões, sendo R$ 60 milhões provenientes do Galeão (R$ 12 milhões) e de Viracopos (R$ 48 milhões).São dois dos aeroportos mais rentáveis da infra-estrutura administrada pela estatal pelo País afora. "Será uma perda de receita muito grande", admitiu ontem o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, depois de uma reunião com o ministro Jobim, na pasta da Defesa.A pressão em torno da privatização do Galeão e Viracopos, entre outros motivos, tem a ver com a necessidade de acelerar os investimentos para aprontar a infra-estrutura de aeroportos para a Copa de 2014. No caso do Rio, o governador Cabral avalia que a Infraero não tem orçamento para fazer as reformas necessárias no decadente Galeão, e ainda construir os novos terminais.Depois do anúncio do governador Cabral, feito em Londres, o ministro Nelson Jobim (Defesa) confirmou no final da tarde, em Brasília, que o presidente Lula autorizou os estudos para fazer as privatizações do Galeão e de Viracopos. "Uma coisa parece certa: será uma concessão da União ao setor privado", disse Jobim. Em seguida o ministro demonstrou que a decisão ainda não está fechada em um modelo só: "O presidente pediu para examinar a conveniência da concessão do Galeão e Viracopos".Ao ser questionado especificamente sobre a privatização, Jobim acrescentou: "É uma possibilidade. Mas tem de ver a formatação, e é isso que vamos discutir ainda".Gaudenzi disse que não vai brigar. "Os aeroportos são do Estado, são da União, não são de propriedade da Infraero". Sua posição é que a proposta de abertura de capital da empresa "é uma opção mais segura". Ele costuma fazer uma pergunta para se contrapor à privatização: "Se a privatização der errado, quem terá de retomar os aeroportos e administrá-los?". Ele mesmo responde: "O ônus caberá, claro, ao governo".Ontem, Gaudenzi disse que as obras que estão sendo realizadas nos dois aeroportos pela Infraero não deverão ser interrompidas por conta da nova orientação em relação às concessões.

A Escola de Vendas em 9 Passos

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Jornal Economia em Notícia - Edição 20

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Jornal Economia em Notícia - Edição 19

Argentina anuncia acordo de US$ 200 mi com BNDES

Rodrigo Postigo
03/09/2008
A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, anunciou nesta terça-feira que assinará um acordo através do qual o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abrirá créditos "de US$ 200 milhões" para financiamento de compra de bens de capital argentinos por empresas brasileiras.
O acordo será assinado na próxima segunda-feira durante a visita oficial que Cristina fará ao Brasil, onde a governante se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Haverá US$ 200 milhões (do BNDES) para ajudar os produtores com vendas no Brasil e no mundo. Haverá o financiamento de bens de capital e mercadorias argentinas", o que "vai ajudar a inserir nossos produtores no mundo", destacou.
Em um ato na sede do governo por ocasião do Dia da Indústria, a chefe de Estado também antecipou que trabalha em uma normativa para exigir a compra de maquinaria argentina "para ter acesso aos créditos" dos bancos públicos.
"No Brasil é assim, exceto quando essa maquinaria não é construída no país", explicou Cristina durante o ato, transmitido pela cadeia nacional de rádio e televisão e no qual também anunciou o cancelamento da dívida da Argentina com o Clube de Paris.
"Queremos um acordo com a indústria local para garantir que haja preço, qualidade e tempo de entrega e porque acreditamos na necessidade de articular acordos que sejam proveitosos para todos", declarou a chefe de Estado.
Cristina ressaltou que protegerá a indústria argentina desde que os empresários "garantam" que sua produção terá "qualidade e eficiência nos prazos de entrega".
Em 4 de agosto, os diretores das maiores associações patronais de Argentina e Brasil destacaram as boas possibilidades de negócios conjuntos através de créditos do BNDES, durante uma reunião empresarial em Buenos Aires, por ocasião de uma visita de Lula ao país.
O comércio entre Argentina e Brasil alcançará este ano o número recorde de US$ 30 bilhões, dez vezes mais que em 1986, quando foram assinados os primeiros acordos de integração bilateral.

Cresce a fatia da pessoa física

Gazeta Mercantil / Silvia Rosa
03/09/2008
Com o cenário de queda de juros e aquecimento do mercado de capitais, a participação dos investidores pessoa física na Bolsa de valores de São Paulo (Bovespa) cresceu expressivamente nos últimos seis anos, saltando de 85.249 contas cadastradas na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) em 2002 para 529.089 em agosto deste ano, segundo dados divulgados ontem pela BMFBovespa.
Os investidores pessoa física movimentaram R$ 87,53 bilhões, respondendo por 25,5% do volume total negociado na Bovespa até o dia 28 de agosto deste ano.
A participação das mulheres no mercado de capitais também aumentou significativamente, passando de 17,63% do total dos investidores em 2002, para 22,68% em agosto deste ano, respondendo por 125.178 investidores. Já a participação de homens recuou de 82,37% para 73,17% no período, contabilizando 403.911 investidores.
Os dados da BM&FBovespa, no entanto, consideram todos os CPFs cadastrados em cada agente de custódia, e pode contabilizar o investidor mais de uma vez caso utilize mais de uma corretora.
O estado de São Paulo concentra a maior parte dos investidores, respondendo por 48,8% do total com 237.327 contas cadastradas, seguido pelo Rio de Janeiro com 25,36%, Minas Gerais com 5,82% e Rio Grande do Sul com 5,36%. A região Norte apresenta a menor concentração de investidores.
Em agosto, os investidores pessoa jurídica somaram 22.927 contas cadastradas, respondendo por 4,15% da base total.

CVM edita parecer sobre incorporação

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados
03/09/2008
A Comissão de Valores Mobiliários ( CVM) editou nesta segunda-feira o parecer de orientação n 35/08, que trata de deveres legais de administradores de empresas nas incorporações de controladas. De acordo com comunicado da autarquia, um dos principais objetivos da medida é assegurar uma negociação efetiva e independente entre o controlador e os administradores da companhia controlada durante o negócio. "Ao negociar uma operação de fusão, incorporação ou incorporação de ações, os administradores devem agir com diligência e lealdade à companhia que administram", diz a CVM.
O parecer determina, entre outros pontos, que a decisão sobre a incorporação seja fundamentada e documentada, e que todos os documentos que embasaram a decisão dos administradores sejam colocados à disposição dos acionistas. Caso a relação de troca e as condições propostas sejam insatisfatórios para a empresa controlada, os administradores devem rejeitar a operação, ressalta o texto do parecer.
A CVM recomenda ainda a criação de um comitê especial independente para negociar a operação. O órgão concedeu a possibilidade de que o comitê tenha várias composições, inclusive por administradores da companhia, desde que mantenha a independência. Essa alteração foi resultado do processo de audiência pública pelo qual passou o texto.
Outra orientação do parecer é condicionar a operação à aprovação da maioria dos acionistas não-controladores, inclusive os titulares de ações sem direito a voto ou com voto restrito.

País não pode ser "pego de surpresa" por contas externas

Terra / Denise Campos de Toledo
03/09/2008
A balança comercial brasileira registrou recorde de importações em agosto: quase US$ 17,5 bilhões. Apesar disso, o saldo ainda foi positivo em cerca de US$ 2,2 bilhões. É que as exportações brasileiras também seguem em expansão, amparadas, principalmente, no bom desempenho das commodities. O governo já está até refazendo, para cima, as projeções para as vendas externas do País neste ano.
Por conta disso, o Brasil ainda pode contar com bons saldos na balança. Neste ano, o superávit já está em quase US$ 17 bilhões. As exportações estão e vão continuar crescendo. O problema é o ritmo.
O dólar baixo favorece muito mais as importações. Por isso o saldo comercial está encolhendo. Esse processo tem aspectos positivos: entram mais produtos baratos no País, o que segura a inflação.
E até as empresas aproveitam para a compra de maquinário, além de componentes, que ajudam a produzir mais, com custo menor. Há ganhos de produtividade. Mas, há o lado negativo. Os produtos nacionais perdem terreno para os estrangeiros, aqui e no exterior. Empresas produzem menos que poderiam, com reflexo na atividade em geral. E saldos menores interferem nas contas externas, que já estão no vermelho.
E não é só o dólar que atrapalha a competitividade do produto brasileiro. O custo Brasil vai bem além disso. A carga de impostos é um problema até maior. Nessas condições a tendência é o saldo comercial manter uma trajetória decrescente, que pode se intensificar diante de uma queda mais acentuada dos preços das commodities no exterior.
Além das perdas para as empresas e para a atividade econômica, tem a questão, já destacada, das contas externas. Sem o reforço maior da balança comercial, o País ficará mais dependente dos investimentos diretos e os destinados ao mercado financeiro. No entanto, não é um problema para agora.
As reservas cambiais recordes e a reestruturação da dívidas garantem, uma situação confortável, que até protege o País diante das incertezas do cenário externo. Mas, são sinalizações que merecem atenção, para o País não ser pego de "surpresa" mais à frente.

Proposta de orçamento mostra crescimento da carga tributária federal

Na proporção com o PIB, receitas da União devem crescer em 2008 e 2009.Crescimento da carga acontece sem a CPMF, mas com aumento do IOF.
G1 / Alexandro Martello
03/09/2008
Dados contidos na proposta de orçamento federal para o ano de 2009, enviada na última semana pelo governo ao Congresso Nacional, mostram que a carga tributária da União, o que inclui a arrecadação dos tributos federais, das contribuições do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e das "demais receitas", deverão crescer acima do aumento previsto para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2008 e 2009, o que configura elevação da carga tributária (arrecadação dividida pelo PIB).
Em 2007, segundo dados da proposta orçamentária do próximo ano, a arrecadação do governo com tributos, com o INSS e com as demais receitas (a chamada receita primária total), somou R$ 620,3 bilhões, ou 24,24% do PIB. Para 2008, a estimativa é que este valor, mesmo sem a cobrança da CPMF, mas com aumento da alíquota do IOF para empréstimos (autorizada no início de 2008), suba para R$ 715,7 bilhões, ou 24,83% do PIB. E a previsão para 2009 é de nova elevação: para R$ 808,8 bilhões, ou 25,38% do PIB.
Nesta previsão não está incluída, porém, a arrecadação dos estados e dos municípios. Refere-se apenas aos tributos cobrados pelo governo federal. Faltam ser computados, portanto, as receitas do ICMS, tributo que individualmente mais arrecada no Brasil, além do IPVA, do IPTU e do ISS, entre outros.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Jornal Economia em Notícia - Edição 18

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Varejo engatinha na direção do e-commerce

Gazeta Mercantil / Etiene Ramos
01/09/2008
Grandes redes do varejo pernambucano ainda engatinham na direção do e-commerce mas sabem que ele será importante para enfrentar a concorrência. Algumas nem possuem site, como as lojas de móveis e eletrodomésticos Hermol e a Eletroshopping, ambas com forte presença na Região Metropolitana do Recife seja em lojas de bairros populares ou em shoppings centers, mas planejam uma ofensiva virtual para breve. "Estamos definindo a estrutura de distribuição e de vendas on-line. Ate o final do ano esperamos concluir e lançar o site já com e-commerce", revela o gerente de Marketing da Hermol, Eclésio Batista.
A Via Sports, rede de material esportivo com 12 lojas em Pernambuco e nas capitais do Ceará, Piauí e Maranhão, também pretende invadir o campo virtual mas, mesmo que o pontapé inicial seja dado este ano, a jogada será finalizada em 2009. "Embora as vendas on-line dos concorrentes ainda não atinjam as das nossas lojas, a gente não pode demorar muito a entrar no e-commerce", diz Marcos Ribeiro, gerente de marketing da Via Sports.
A grife de lingerie sofisticada Fruit de La Passion, com lojas em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Recife não esperou e, no ano passado, criou um hotsite de vendas para oferecer aos clientes as suas coleções, em todas as cores e tamanhos disponíveis. "Não almejamos um alto faturamento mas sim atender ao nosso público que não conseguia encontrar tudo o que queria nas revendas multimarcas que vendem Fruit de La Passion em cidades onde não temos lojas próprias", explica o empresário Luis Antonio Bourdon, que administra, a partir do Recife, as vendas on-line da grife para todo o Brasil. A distribuição é feita por contrato com os Correios e o valor da entrega já é calculado pelo site, conforme o peso da peça e o local de destino, e inserido no valor final da compra, fechada apenas com os cartões de crédito Visa, Amex e Mastercard. Experiente no ramo, Luiz Antonio, diz que lingerie não é fácil de vender nem mesmo no balcão, mas tem tido boa aceitação na internet.
De farda Já os produtos eletrônicos e de informática não exigem tanto e quem quer vender pela internet não precisa de muita estrutura. Um bom exemplo é o da Lucbuy, loja virtual dos irmãos Luciane e Luciano Santa Clara, do Recife. Com a expertise adquirida no Mercado Livre, um grande shopping virtual que hospeda vendedores informais ou empresas cobrando comissões pelas vendas fechadas, e a chegada do Supersimples, eles saíram da informalidade abrindo uma pessoa jurídica no ano passado e hoje chegam a vender até R$ 7 mil por mês. As vendas são sincronizadas pelo Mercado Livre que fica com 4,49% de comissão e, segundo Luciano Santa Clara, ainda podem crescer muito. "O e-commerce é maravilhoso. Sempre fui arrojado e nunca tive medo da internet. Nunca dei, nem levei cano", diz o militar da Aeronáutica que, depois do expediente na base aérea, rende a irmã e trabalha, muitas vezes, até de madrugada.

SP terá mais R$ 7,5 bi para investimentos em infra-estrutura

Terra / Vagner Magalhães

01/09/2008
O Estado de São Paulo assinou nesta sexta-feira, com o governo federal, o Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal 2008/2010 (PAF), que permitirá ao governo do Estado ampliar em cerca de R$ 7,5 bilhões os investimentos em obras de infra-estrutura.
"São Paulo está executando um programa robusto de investimentos. Isso se deve ao bom desempenho fiscal e a redução da dívida (proporcional) do Estado", afirmou o ministro da Fazenda Guido Mantega, durante evento em São Paulo, onde a parceria foi formalizada.
Do total, R$ 4 bilhões saíram do Tesouro estadual e os outros R$ 3,5 bilhões serão contratados em operações de crédito com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird).
Pelo acordo, o governo de São Paulo assegurou o direito de ampliar o seu limite de endividamento em decorrência do bom desempenho fiscal obtido com o aumento de receitas e a redução de despesas. Segundo a administração estadual, os recursos serão disponibilizados até 2010.
"Mesmo com a liberação de aumento do endividamento, o Estado está obedecendo à risca a lei de responsabilidade fiscal. As obras onde os recursos serão alocados são fundamentais para a população do Estado. O País está vivendo um momento virtuoso e propício para estes novos investimentos", disse Mantega.
No ano passado, o superávit primário do Estado atingiu R$ 6,3 milhões, valor 36% superior à meta. "O governo do Estado tem conseguido diminuir o desequilíbrio verificado em suas contas ao registrar sucessivos e crescentes superávits primários desde 1995", afirmou o governador José Serra (PSDB), que assinou o acordo com o Ministério da Fazenda.
Os valores serão aplicados em cinco grandes obras: expansão da Linha 5 (Lilás) do Metrô da capital, entre Largo Treze e a Chácara Klabin (ligação com a Linha 2 - verde), com recursos estimados em R$ 4,9 bilhões; modernização da Linha 11 (Coral) da CPTM, com investimento de R$ 286 milhões; recuperação da malha viária do Estado de São Paulo (rodovias vicinais), recursos de R$ 815 milhões; programa de recuperação sócio-ambiental da Serra do Mar e sistema de mosaicos da Mata Atlântica, com investimento de R$ 736 milhões, e o programa Várzeas do Tietê, que prevê a recuperação das várzeas remanescentes da bacia Alto Tietê, com valor estimado em R$ 683 milhões.