quarta-feira, 11 de março de 2009
OMC pede para o Brasil reduzir tarifas de importação
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11.3.09
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IFRS: Estoques devem ser baixados como perda
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De complexo para indecifrável
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11.3.09
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O maior de todos os astros será sempre menor do que a sua própria lenda
Ivan Postigo
Você já parou para pensar que Hércules, Tarzan, Aquiles, Gengis-Kan, os samurais, Napoleão e outras pessoas ou mitos realizaram em suas épocas feitos praticamente impossíveis de serem repetidos?
Hum, você vai me dizer: “-Você está vendo televisão demais, afinal está misturando personagens com pessoas!”
É verdade, para que tenhamos uma referência maior sobre lendas e possamos divagar um pouco mais nesta conversa.
Sempre fui apaixonado por futebol, quem sabe motivado pelo meu pai que ficava grudado no radio ouvindo as partidas, torcia, torcia, me levava aos campos e contava histórias dos grandes astros.
Eu devo ter seguido mais ou menos por esse caminho, meus filhos também gostam de bater uma bolinha quando têm oportunidade, mas isso me ensinou uma lição interessante.
Os ídolos de meu pai não foram os meus e não são os de meus filhos.
Um dia, assistindo a um vídeo tape de um jogo da seleção, meus filhos me chamaram a atenção: :”- Pai, você disse que os jogadores A , B e C eram craques, mas eles não tem o mesmo domínio de bola que os craques de hoje e olha, os nossos goleiros são muito melhores do que os de antigamente!”
É verdade, se há uma posição que evoluiu muito foi a do goleiro.
Diante desses comentários comecei a assistir a jogos antigos e prestar atenção, os feitos de fato eram menores do que a imagem que eu tinha em mente.
Minhas lembranças, misturadas a imaginação, faziam com que determinadas jogadas parecessem mais empolgantes, agora revendo percebia que eu havia colocado um pouco mais de cor na situação.
Nesse período eu estava trabalhando na construção da marca de um produto e estudava com entusiasmo tudo que podia encontrar sobre empresas vencedoras.
Inevitavelmente encontrava historias de desbravamento, coragem, ousadia, loucuras, sustentando o feito de seus criadores.
Olhando em volta não conseguia encontrar empresas e empresários fazendo algo parecido, eu buscava exemplos próximos, que pudessem ser vistos, apresentados, acompanhados, mas tudo parecia real demais perto do que eu vinha lendo.
Havia muito trabalho, dedicação, empolgação, mas nenhum ato heróico!
Fui estudar os mitos, homens comuns na vida real, referencias históricas na literatura.
Comecei a prestar atenção em produtos que atravessaram décadas e hoje ainda são ícones.
Comecei a conversar com pessoas que lembravam com saudade de marcas, produtos, nomes, cuja importância parecia inigualável, mas então porque tinham desaparecido?
Uma luz começou a acender: “O maior de todos os astros será sempre menor do que a sua própria lenda”.
O distanciamento de fatos importantes ou trágicos certamente dará a eles uma dimensão maior do que realmente tiveram quando recontados, repetidamente.
Você que tem uma empresa, tem uma marca, que precisa que esta tenha maior destaque no mercado, não deixe de agregar a esta sua história de trabalho, de dedicação, de atrevimento.
Não vale mentir, pode até exagerar um pouquinho, afinal atrás de cada mito também há um pouco de exagero.
Ivan Postigo
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Autor do Livro : Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas.
Fone 11 4526 1197 e 11 9645 4652
www.postigoconsultoria.com.br
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11.3.09
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PIB mostra que Brasil não está imune à crise, diz Meirelles
Fundamentos sólidos ajudarão em retomada econômica, acrescenta ele.Queda do quarto trimestre foi influenciada por 'ajuste de estoques', diz.
G1 / Alexandro Martello
11/03/2009
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, avaliou nesta terça-feira (10) que o recuo de 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre deste ano mostra que o Brasil não está "imune" aos efeitos da crise internacional.
"O resultado do PIB do quarto trimestre divulgado hoje pelo IBGE mostrou que a economia brasileira não está imune à crise no mercado globalizado", avaliou o presidente do BC, por meio de comunicado distribuído por sua assessoria de imprensa.
Fundamentos sólidos
Segundo a avaliação de Meirelles, a queda do PIB no último trimestre de 2008 foi "fortemente influenciada" por ajuste de estoques em alguns setores da economia. Mesmo assim, diz ele, o crescimento de 5,1% registrado em todo ano passado mostra que a economia tem "fundamentos sólidos".
"Apesar da queda do último trimestre, fortemente influenciada por ajuste de estoques em alguns setores, o crescimento do PIB de 5,1% em 2008, impulsionado pela demanda doméstica e crescimento da renda, mostra que a economia brasileira tem fundamentos econômicos sólidos. Isso ajudará na retomada, fazendo com que o Brasil tenha condições de sair mais rapidamente da crise", concluiu o presidente do BC.
IFRS: Estoques devem ser baixados como perda
Para a Apimec-SP, uma questão fundamental na contabilização é o valor do custo ser reconhecido como um ativo
Financial Web
11/03/2009
A Comissão de Normas Contábeis da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec-SP) abriu a discussão de alguns pronunciamentos técnicos do Comitê de Procedimentos Contábeis (CPC) que estão em audiência pública. Os documentos se referem à transação dos modelos contábeis brasileiros aos moldes internacionais do IFRS.
Segundo comunicado encaminhado à imprensa nesta segunda-feira (09), as discussões abertas nesta semana estão o CPC 16, que trata de estoques. O pronunciamento dá orientações sobre a determinação do valor de custo dos estoques e sobre o seu subsequente reconhecimento como despesa em resultado — incluindo qualquer redução ao valor realizável líquido, bem como sobre o método e os critérios usados para atribuir custos aos estoques.
“Uma das inovações importantes trazidas por este pronunciamento é a necessidade de divulgação do montante de estoque baixado como perda no período, do montante de reversão de perdas do período e das circunstâncias que promoveram as reversões de baixas efetuadas”, comentaram os especialistas da Apimec-SP.
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11.3.09
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Fora de foco
Valor Econômico
11/03/2009
Um alerta deveria acompanhar os resultados de 2008 que as companhias abertas terão que publicar até o fim deste mês. O que já era complexo na numerologia dos balanços, agora está perto do indecifrável.
A fotografia trimestral do desempenho das empresas com ações em bolsa, essencial para a tomada de decisão dos investidores, deve sair desfocada justamente num dos períodos mais críticos da economia global. O principal motivo é a mudança das regras contábeis no Brasil. No momento, o país está num processo que, em 2010, pretende levar as empresas brasileiras ao mundo das normas internacionais de contabilidade (IFRS, na sigla em inglês), uma tentativa de unificação da língua falada pelas companhias. O futuro parece promissor: como o IFRS já foi adotado em cerca de 110 países, os investidores poderão comparar as empresas de diferentes regiões. Mas, até lá, apertem os cintos e peçam proteção a São Mateus, o padroeiro dos contadores. Do jeito que as coisas estão, o balanço não se compara nem com ele mesmo. Os ajustes nem sempre são pequenos e há setores com maior potencial de dano, como construção e aviação civil. Para tornar pior o que já estava ruim, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), com o endosso da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), liberou as empresas de aplicar as novas práticas aos números de 2007, o que eliminou a base de comparação. A ideia foi facilitar a vida das companhias, perdidas em meio à enxurrada de normas que entraram em vigor em 2008. Mas a benesse dificultou - e muito - a vida dos investidores. "É um pedágio que todos estão tendo de pagar", disse Lika Takahashi, chefe de análise da Fator Corretora. "No longo prazo, vai melhorar muito. Mas, agora, a confusão está grande." Estamos diante de uma espécie de marco zero da contabilidade. Não é a primeira vez. A Lei das Sociedades por Ações, de 1976, causou rebuliço semelhante. Porém, naquela época, o mercado de capitais estava longe de ter a importância que ganhou nos últimos anos. "Tivemos três dias para fazer o que a Europa fez em cinco anos", afirmou Nelson Carvalho, vice-coordenador técnico do CPC e professor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Financeiras e Atuariais (Fipecafi-USP).
Carvalho refere-se à assinatura, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da lei que deu livre curso à reforma contábil, no dia 28 de dezembro de 2007, para vigência a partir de 2008. Depois de sete anos de lenta tramitação no legislativo, a expectativa era que a lei só fosse aprovada em 2008, o que daria um prazo maior para os reguladores. A confusão ajudou a tornar mais lenta a safra de balanços. Com 21 dias para vencer o prazo legal, só 121 empresas, de um universo de 650 registradas na CVM, apresentaram o balanço completo e auditado de 2008. O perda maior, em termos de informação, está nos resultados do quarto trimestre. Para fins de publicação legal, só existem os três primeiros trimestres do ano - o quarto é engolido pelo balanço anual. No entanto, o mercado não abre mão dessa informação. Como não houve nenhuma orientação específica da CVM para o período, as opções foram variadas e, em alguns casos, o quarto trimestre não se compara nem ao terceiro trimestre e nem ao mesmo período de 2007.
Um dos principais articuladores do processo de adoção das normas internacionais no Brasil, o diretor da CVM Eliseu Martins, admite a existência de um vácuo regulatório para o quarto trimestre. Ele recomenda que se apresentem os dados de ambas as formas: nova e antiga. A dificuldade com os balanços desta temporada foi tanta - para fazer e para entender - que surgiram diversos resultados para um único período. Foi preciso buscar novas qualificações para tentar colocar ordem na balbúrdia contábil: há lucros "teóricos", resultados "orgânicos" e muitos números em choque que tiveram que ser "reconciliados".
E houve ainda quem não soube como fazer e tentou simplesmente deixar para lá. Num primeiro momento, a empresa decidiu não apresentar o quarto trimestre, mas acabou tendo que comentar os dados com analistas insatisfeitos.
"O cliente não quer saber da dificuldade. Quer uma conclusão: foi bom ou ruim", enfatiza Lika, da Fator Corretora.
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11.3.09
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Brasil ganha destaque no mercado automobilístico
País ultrapassa França, Itália e Reino Unido e torna-se 6º maior produtor de veículos.
Revista Fator
11/03/2009
Depois de passar por um susto na segunda metade de 2008, quando as vendas despencaram e as montadoras acumulavam estoques, a indústria automobilística nacional começa agora a apresentar os primeiros sinais de recuperação. Só nos primeiros 16 dias úteis de fevereiro, o total de licenciamentos realizados registrou volume médio 1,33% maior do que o mesmo período de 2008 – 10.711 unidades por dia ante 10.570 registradas no período anterior.
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), ainda não formulou projeções para 2009, em decorrência da crise financeira que atingiu o mercado de veículos ao redor do mundo, mas, de acordo com as metas estabelecidas antes da turbulência global e com os investimentos em curso, as perspectivas são positivas. Segundo a assessoria de imprensa da entidade, poderemos chegar em 2012, 2013 ou ainda 2014 a uma produção de 5 milhões de veículos, destinando 4 milhões deles para o mercado interno e 1 milhão de unidades para o externo.
O aquecimento da economia no início de 2008 não só impulsionou um fechamento bastante satisfatório para o setor, como fez o Brasil ganhar posição ainda mais prestigiada como fabricante e consumidor, pelo potencial mercado interno de veículos. Segundo a Anfavea, o setor registrou crescimento de 8% em relação à 2007, produzindo 3,21 milhões de veículos, ante 2,98 milhões no ano anterior. A produção nacional chegou a 2,82 milhões e o segmento saltou da 7ª para a 6ª posição entre os maiores do mundo, ficando atrás do Japão, Estados Unidos, China, Alemanha e Coréia do Sul.
O mercado interno também avançou e se mostra um terreno fértil para investimentos nos próximos anos, passando de 8º para 5º maior do mundo. De acordo com a assessoria de imprensa da Anfavea, o Brasil ingressou no rol seleto dos maiores produtores e consumidores da indústria automobilística, em razão dos elevados investimentos feitos no setor e da presença dos maiores fabricantes de veículos mundiais no País, com atividade industrial.
Para atender a este volume de produção, o parque fabril nacional está sempre se atualizando. E, segundo a Anfavea, apresenta hoje um nível tecnológico e de ‘design’ que está entre as melhores indústrias do gênero. O setor também está envolvido em um processo de constante evolução, focado na ampliação da capacidade de produção, elevação tecnológica, lançamento de novos produtos que atendam a consumidores exigentes.
Entre os anos de 1994 e 2007 o Brasil recebeu US$ 38,5 bilhões em investimentos de fabricantes de veículos e autopeças, o que proporcionou uma expansão da capacidade de produção de veículos para 3,85 milhões de unidades ao ano. Conforme projeta a Anfavea, entre 2008 e 2013 os investimentos devem ficar em torno de US$ 21 bilhões.
A entidade acredita que o Brasil confirma a máxima de que não há país que seja um grande produtor de veículos se não tiver uma ampla demanda. Segundo informações da assessoria de imprensa, as tendências são de que a produção no País tenha foco predominante no mercado interno, utilizando a importação como complemento dos produtos que o Brasil não oferece em escala viável para produção. Segundo a Anfavea, este perfil é possível graças à alta capacitação do segmento nacional que conta com as principais montadoras mundiais, ampla gama de produtos, domínio da técnica de produção de veículos a álcool e bons profissionais de engenharia e design.
A associação antecipa que a tendência do mercado é priorizar veículos mais econômicos e menos agressivos ao meio ambiente. Os carros que ganharão espaço nos próximos anos devem ser econômicos em termos de combustível, ter durabilidade, poder rodar com biocombustíveis – no nosso caso o etanol para o qual temos o veículo flex fuel, capaz de circular com qualquer mistura de gasolina e álcool – e ser amigáveis em relação ao meio ambiente. A era das “carroças” parece definitivamente ter ficado para trás.
Brazil Will Avoid ‘Profound Recession,’ Bradesco’s Cappi Says
By Telma Marotto
March 10 (Bloomberg) -- Brazil’s economy will keep expanding and avoid a “profound recession” because of domestic demand, said Luiz Carlos Trabuco Cappi, chief executive officer of Banco Bradesco SA.
“Brazil is able to grow and its local market is its safeguard to get through this crisis,” Cappi said late yesterday after shareholders approved him as the new head of Brazil’s second-largest non-government bank by assets. “We are not in a profound recession.”
Cappi, 57, who replaces Marcio Artur Laurelli Cypriano, takes over at Bradesco as Brazil’s economic growth slows and competition intensifies. Government-controlled Banco do Brasil SA boosted assets through acquisitions in recent months and Banco Itau Holding Financeira SA combined with Uniao de Bancos Brasileiros SA to form Itau Unibanco Banco Multiplo SA, the largest financial institution in Latin America.
Osasco-based Bradesco has no plans to acquire rivals, said Cappi, who has worked 39 years at Bradesco, most recently as head of the insurance and pension fund unit.
“There’s no need right now,” he said. “And the opportunities are very reduced at this point.”
Brazil’s economy shrank 3.6 percent in the fourth quarter from the previous three months, the most on record, the government reported yesterday. Gross domestic product expanded 1.3 percent from the year-ago period.
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11.3.09
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UPDATE 4-Brazil economy shrinks at fastest rate since 1996
Tue Mar 10, 2009 4:10pm EDT
By Todd Benson
SAO PAULO, March 10 (Reuters) - Brazil's economy had its worst showing in more than a decade in the last quarter of 2008, shrinking a larger-than-expected 3.6 percent from the previous quarter as the global financial crisis took a heavy toll on Latin America's biggest country.
The result snapped a three-year run of nonstop growth for Brazil, which until recently appeared to be sidestepping the brunt of the crisis and was one of the few remaining engines of global growth as major economies in Europe, the United States and Asia sputtered.
The weak numbers, released on the same day that the International Monetary Fund warned that the world economy was headed for a "Great Recession," also bolstered the view that Brazil's central bank will need to aggressively cut interest rates to prevent a prolonged downturn.
On an annual basis, gross domestic product expanded just 1.3 percent in the fourth quarter from a year earlier, slowing sharply from a blistering growth rate of 6.8 percent in the third quarter, the government's statistics agency IBGE said.
More recent data has shown that Brazil's economy started 2009 on an even weaker footing, prompting some analysts to predict that the South American giant could end up this year with zero growth.
"The fact the economy slowed so sharply in the fourth quarter sets the stage for an even steeper slowdown in 2009," said Roberto Padovani, chief economist at WestLB do Brasil.
Industrial output posted its worst-ever yearly plunge in January, sinking 17.2 percent, the IBGE said Friday. Consumer confidence hit an all-time low in February, and companies like aircraft manufacturer Embraer (EMBR3.SA)(ERJ.N) are laying off thousands of workers to cope with plummeting demand.
On the flip side, the downturn has helped ease inflation as retailers slash prices to attract customers, potentially paving the way for a string of interest-rate cuts.
Interest-rate futures <0#dij:> at the BM&F Commodities and Futures Exchange in Sao Paulo fell sharply after the GDP numbers were released as investors priced in the chances of steeper rate cuts in the months ahead.
Most analysts were expecting Brazil's central bank to slash its benchmark lending rate by 100 basis points on Wednesday. But the consensus changed after the release of the GDP data, which showed the largest quarterly contraction since 1996.
Of 20 economists surveyed by Reuters on Tuesday, 16 predicted the bank will now cut rates by 150 basis points. [ID:nSAQ000262]
"The chances of a more aggressive rate cut increased significantly," said Jankiel Santos, chief economist at BES Investimento in Sao Paulo.
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11.3.09
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
terça-feira, 10 de março de 2009
Sonegação chega a R$ 200 bi, diz estudo
Jornal do Povo
10/03/2009
Estudo feito a partir de autuações fiscais aplicadas em 9.925 empresas entre 2006 e 2008 estima que a sonegação chegou a R$ 200,29 bilhões no ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.
Com o valor seria possível construir 10 mil escolas públicas de alto padrão, com biblioteca, teatro e piscina.
As empresas que sonegaram tiveram um faturamento de R$ 1,32 trilhão não declarado aos fiscos federal, estaduais e municipais.
A indústria é apontada no levantamento como o setor com mais indícios de não pagar todos os impostos. Comércio e serviços vêm em seguida. Os tributos mais sonegados são a contribuição previdenciária, o ICMS e o Imposto de Renda.
A forma mais comum de driblar o pagamento de impostos é a venda sem nota.
A alta carga tributária, que chegou a 36,5% do PIB (Produto Interno Bruto), é apontada como o principal motivo para a sonegação.
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10.3.09
Marcadores: Tributária
Lula diz no 'FT' que quer mundo sem dogmas econômicos
BBC Brasil
10/03/2009
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar um mundo mais "humano" após a eventual recuperação da economia mundial, em um artigo exclusivo na página de opinião do jornal Financial Times desta terça-feira. "Não estou preocupado com o nome que será dado à nova ordem econômica e social que virá depois da crise, desde que seu principal foco seja o ser humano", diz Lula no jornal.
O texto faz parte de uma série de debates e artigos promovida pelo diário britânico sobre o futuro do capitalismo.
"Hoje ninguém ousa prever qual será o futuro do capitalismo", afirma Lula. "Como líder de uma grande economia descrita como 'emergente', o que posso dizer é que tipo de sociedade espero que apareça depois desta crise... Tenho esperanças de um mundo livre dos dogmas econômicos que invadiram as ideias de muitas pessoas e que foram apresentados como verdades absolutas."
"Políticas anti-cíclicas não deveriam ser adotadas apenas em épocas de crise. Aplicadas com antecedência - como foi feito no Brasil - elas são a garantia de uma sociedade mais justa e democrática", escreve o presidente.
Lula ainda descreve outras expectativas que tem para o fim da atual crise econômica global.
"(Espero que surja) uma sociedade que vai valorizar a produção e não a especulação. A função do setor financeiro será de estimular a produtividade - e ele estará sujeito a um controle rigoroso nacional e internacional. O comércio exterior será livre do protecionismo que está mostrando sinais perigosos de estar se intensificando", diz.
Lula também menciona suas esperanças de uma reforma nas organizações multilaterais e de um novo sistema de governança global.
Em boa parte do artigo, o presidente também relembra sua infância no interior de Pernambuco, o início de sua vida de metalúrgico em São Bernardo do Campo (SP) e sua trajetória política até ser eleito em 2002.
"Para mim o capitalismo nunca foi um conceito abstrato", escreve.
Governo estuda zerar impostos sobre crédito bancário, diz economista
G1
10/03/2009
Em conversas com banqueiros, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já admite zerar os impostos incidentes sobre o crédito para ajudar na queda do juro dos empréstimos ao consumidor. Ao dar a informação, o economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, disse que há mais chances de isso ocorrer agora, "no contexto atual de crise, do que em tempos normais".
Segundo ele, "eliminar todos os tributos sobre a intermediação financeira vai na veia do spread bancário", que é a diferença entre o custo de captação de recursos pelo banco e o juro cobrado nos empréstimos. "Isso é uma distorção, pois o Brasil é o único" com tal cunha fiscal, citou.
Na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (o Conselhão), Barros disse que Mantega e o secretário da Fazenda para Reformas, Bernard Appy, "já admitiram a possibilidade de eliminar os tributos", o que seria mais uma das medidas anticrise. A ideia seria zerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e as contribuições PIS/Pasep.
Ele sustentou que "o lucro dos bancos é apenas uma fração, algo entre 10% e 20% do spread. O resto é inadimplência e carga tributária".
Estudos do BC de 2007 mostram que, na verdade, o lucro dos bancos é a maior parcela do spread. Na decomposição do spread bancário, o lucro corresponde a 37,46%, acima da contribuição da inadimplência de 37,35%, seguindo-se o custo administrativo com 13,5%, a carga fiscal com 8,09% e o custo do compulsório com 3,59%.
O economista do Bradesco justificou que o spread global subiu com as incertezas da crise mundial, e que outro fator de pressão no país foi a bancarização. Ou seja, o aumento do acesso de clientes desconhecidos à rede bancária.
"Acho que é importante não satanizar os bancos, porque nessa crise os bancos brasileiros não são o problema, são a solução", afirmou ele. "Os bancos vão cooperar para que o Brasil saia logo da crise", continuou.
Barros fez coro aos empresários e representantes da sociedade civil, além de autoridades do governo que compõem o Conselhão, na defesa da queda do juro básico Selic pelo Banco Central. Ele acha que a taxa de 12,75% anuais pode cair mais de um ponto percentual agora, e fechar 2009 em 9,95%.
"Existe uma avenida para a queda dos juros no país", disse ele, complementando que o juro deve cair como medida anticrise. "O sistema bancário brasileiro torce para os juros caírem, porque isso reduz o risco bancário", justificou ele na reunião.
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10.3.09
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Faturamento da indústria tem maior queda desde 2003, diz CNI
Terra / Marina Mello
10/03/2009
O faturamento da indústria caiu 13,4% em janeiro, na comparação ao mesmo mês de 2008, sendo a maior baixa da série histórica, iniciada em 2003, segundo divulgou nesta segunda-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Apesar de janeiro deste ano ter tido um dia útil a menos do que o mesmo mês do ano passado, na visão da CNI, isso não "justifica o registro da maior queda desse indicador de série histórica desde 2003". Na comparação com dezembro de 2008, a queda no faturamento da indústria foi de 4,3%.
Segundo a CNI, a baixa no faturamento atingiu 15 dos 19 setores da indústria que foram ouvidos pela pesquisa - em dezembro a queda ocorreu em áreas. Apenas os setores de Vestuário (8,8%), Refino e Álcool (0,4%), Material Eletrônico e de Comunicação (36,7%) e Outros Equipamentos de Transporte registraram alta com relação aos primeiro mês de 2008.
As horas trabalhadas na indústria também registraram queda recorde, chegando a 6,5%. Até então, a maior queda havia ocorrido em dezembro do ano passado, com uma retração de 5%. O setor de Madeira foi o que registrou o maior recuo das horas trabalhadas (-32,1%).
O emprego recuou pelo terceiro mês seguido, acumulando queda de 2,4%. Somente em janeiro, a queda foi de 0,7%, em relação ao mês anterior. Pela primeira vez em três anos esse indicador registra redução na comparação com o mês do ano anterior.
A capacidade instalada caiu em 17 dos 19 setores pesquisados da indústria nacional. De acordo com a confederação, a indústria de transformação do País operou em média com 76,4% da capacidade - marca 1,4 ponto percentual menor que a verificada em dezembro e menor patamar desde novembro de 2003.
Crise gera perdas de U$50 tri no mercado financeiro em 2008
Reuters
10/03/2009
A crise mundial reduziu o valor dos ativos financeiros em todo o mundo em 50 trilhões de dólares no ano passado, segundo estudo do Banco de Desenvolvimento Asiático, publicado nesta segunda-feira.
As perdas nos países em desenvolvimento da Ásia, que sofrerem mais que qualquer outro emergente, foram de 9,6 trilhões de dólares.
"A visão anterior de força e invulnerabilidade se foi", afirma o estudo, acrescentando que "há preocupações sobre o efeito de uma recessão nos Estados Unidos, mas a percepção é de que a Ásia... está bem".
"A perda da riqueza financeira é enorme... A perda de riqueza mundial pode somar espantosos 50 trilhões de dólares, ou o valor de um PIB anual. Tais perdas terão enorme impacto no investimento doméstico."
The future of human beings is what matters
Financial Times
By Luiz Inácio Lula da Silva
Published: March 10 2009 02:00 Last updated: March 10 2009 02:00
For me, capitalism has never been an abstract concept. It is a real, concrete part of everyday life. When I was a boy, my family left the rural misery of Brazil's north-east and set off for São Paulo. My mother, an extraordinary woman of great courage, uprooted herself and her children and moved to the industrial centre of Brazil in search of a better life. My childhood was no different from that of many boys from poor families: informal jobs; very little formal education. My only diploma was as a machine lathe operator, from a course at the National Service for Industry.
I began to experience the reality of factory life, which awoke in me my vocation as a union leader. I became a member of the Metalworkers' Union of São Bernardo, in the outskirts of São Paulo. I became the union's president and, as such, led the strikes of 1978-1980 that changed the face of the Brazilian labour movement and played a big role in returning democracy to the country, then under military dictatorship.
The impact of the union movement on Brazilian society led us to create the Workers' party, which brought together urban and rural workers, intellectuals and militants from civil society. Brazilian capitalism, at that time, was not only a matter of low salaries, insalubrious working conditions and repression of the union movement. It was also expressed in economic policy and in the whole set of the government's public policies, as well as in the restrictions it placed on civil liberties. Together with millions of other workers, I discovered it was not enough merely to demand better salaries and working conditions. It was fundamental that we should fight for citizenship and for a profound reorganisation of economic and social life.
I fought and lost four elections before being elected president of the republic in 2002. In opposition, I came to know my country intimately. In discussions with intellectuals I thrashed out the alternatives for our society, living out on the periphery of the world a drama of stagnation and profound social inequality. But my greatest understanding of Brazil came from direct contact with its people through the "caravans of citizenship" that took me across tens of thousands of kilometres.
When I arrived in the presidency, I found myself faced not only by serious structural problems but, above all, by an inheritance of ingrained inequalities. Most of our governors, even those that enacted reforms in the past, had governed for the few. They concerned themselves with a Brazil in which only a third of the population mattered.
The situation I inherited was one not only of material difficulties but also of deep-rooted prejudices that threatened to paralyse our government and lead us into stagnation. We could not grow, it was said, without threatening economic stability - much less grow and distribute wealth. We would have to choose between the internal market and the external. Either we accepted the unforgiving imperatives of the globalised economy or we would be condemned to fatal isolation.
Over the past six years, we have destroyed those myths. We have grown and enjoyed economic stability. Our growth has been accompanied by the inclusion of tens of millions of Brazilian people in the consumer market. We have distributed wealth to more than 40m who lived below the poverty line. We have ensured that the national minimum wage has risen always above the rate of inflation. We have democratised access to credit. We have created more than 10m jobs. We have pushed forward with land reform. The expansion of our domestic market has not happened at the expense of exports - they have tripled in six years. We have attracted enormous volumes of foreign investment with no loss of sovereignty.
All this has enabled us to accumulate $207bn (€164bn, £150bn) in foreign reserves and thereby protect ourselves from the worst effects of a financial crisis that, born at the centre of capitalism, threatens the entire structure of the global economy.
Nobody dares to predict today what will be the future of capitalism.
As the governor of a great economy described as "emerging", what I can say is what sort of society I hope will emerge from this crisis. It will reward production and not speculation. The function of the financial sector will be to stimulate productive activity - and it will be the object of rigorous controls, both national and international, by means of serious and representative organisations. International trade will be free of the protectionism that shows dangerous signs of intensifying. The reformed multilateral organisations will operate programmes to support poor and emerging economies with the aim of reducing the imbalances that scar the world today. There will be a new and democratic system of global governance. New energy policies, reform of systems of production and of patterns of consumption will ensure the survival of a planet threatened today by global warming.
But, above all, I hope for a world free of the economic dogmas that invaded the thinking of many and were presented as absolute truths. Anti-cyclical policies must not be adopted only when a crisis is under way. Applied in advance - as they have been in Brazil - they can be the guarantors of a more just and democratic society.
As I said at the outset, I do not give much importance to abstract concepts.
I am not worried about the name to be given to the economic and social order that will come after the crisis, so long as its central concern is with human beings.
The writer is president of Brazil.
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10.3.09
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
'Grow now, ask questions later' formula will end in tears
Financial Times
By Stephen Roach
Published: March 10 2009 02:00 Last updated: March 10 2009 02:00
A crisis-torn world is in no mood for the heavy lifting of global rebalancing.
Policies are being framed with an aim towards recreating the boom. Washington wants to get credit flowing again to indebted US consumers. And exporters - especially in Asia - would like nothing better than a renewal of demand led by the world's biggest consumer.
It is a recipe for disaster.
That is not to say that the fiscal and monetary medicine being administered will not alleviate symptoms of distress. But if the policies end up perpetuating the imbalances that got the global economy into the mess, the next crisis will be worse than this one.
Lest I be accused of fearmongering, it pays to replay the tapes of a decade ago.
Then, the Asian crisis was viewed as the worst since the Great Depression. As contagion spread from Asia to Russia, Brazil and a large US hedge fund, the turmoil was dubbed the first crisis of modern globalisation. Alan Greenspan, then Federal Reserve chairman, was stunned by an unprecedented seizing up of capital markets. Sound familiar?
As appropriate as those superlatives might have seemed in the late 1990s, they ended up depicting a squall compared with the current tsunami.
That is the point. Until an unbalanced world faces up to its chronic imbalances, successive crises are likely to be increasingly destabilising.
While it is hard to believe that anything could be worse than what is happening today, I can assure you the same feeling was evident in late 1998.
Ironically, the seeds of the current crisis may have been sown by policies aimed at arresting the Asian crisis.
Then, US authorities did everything they could to ensure that the crisis would not infect the real economy. The Fed's three emergency rate cuts in late 1998 worked like a charm. The US consumer never looked back. The personal consumption share of real GDP rose from 67 per cent in the late 1990s to 72 per cent in the first half of 2007. The US antidote to the Asian crisis was the greatest consumption binge in history.
Bruised and battered Asia could not have asked for more. The bingeing US consumer was Asia's manna from heaven. It reinforced the region's conviction over its export-led formula for economic progress. Developing Asia was quick to up the ante, pushing the export share of its GDP from 36 per cent in 1997-98 to 47 per cent by 2007.
It did not stop there. An increasingly integrated Asian economy discovered the synergies of a Chinacentric supply chain. Moreover, commodity producers - especially Australia, Russia, Canada and Brazil - drew sustenance from a resource-intensive, export-led Chinese economy.
So it was in the aftermath of the Asian crisis. Imbalances became the rule, not the exception.
Yet just as the US was steeped in denial on the demand side of the global economy, a similar complacency was evident on the supply side.
That was true of the US consumption binge - accompanied by record debt burdens, zero saving rates, and a multiplicity of bubbles in asset markets (equity and property) and credit.
It was also true of Asia's export boom, which spawned ever rising current account surpluses, reservoirs of foreign exchange reserves and a mega-bubble in commodity markets.
Imbalances were a problem for another day. All that mattered then was the post-crisis fix.
That is the mindset today.
To its credit, the Obama stimulus package is framed around the imperatives of investing in infrastructure, alternative energy technologies and human capital. But the Washington subtext is far more short-term, focused on increasingly urgent efforts to jump-start personal consumption.
Towards that end, the Fed, the Treasury and the Congress are all eager to restart borrowing for over-extended consumers and prevent foreclosures of indebted homeowners. The costs of inaction are billed as prohibitive. The US body politic is perfectly prepared to ignore the debt implications of its stimulus actions.
In Asia, hopes are focused on the mirror image of this tale. The questions Asians ask these days pertain to the state of the US consumer.
Apparentlyit is too hard for Asian policymakers to establish robust social safety nets and stimulate internal private consumption. Unbalanced Asian economies are desperate for unbalanced US consumers to start spending again and spark another post-crisis recovery.
Grow now, ask questions later. That has again become the mantra for an unbalanced world in crisis.
Yet that is the biggest risk of all for global policy. The G8 failed to embrace the imperatives of global rebalancing after the Asian financial crisis. The G20 seems destined to follow the same script at its summit in early April.
What a reckless way to run the world.
Stephen Roach is chairman, Morgan Stanley Asia
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