Gazeta Mercantil/1ª Página / Jiane Carvalho
16/04/2008
A crise no mercado norte-americano de hipotecas subprimes foi praticamente ignorada pelos estrangeiros que investem em papéis da dívida pública interna brasileira, hoje de US$ 1,2 trilhão. Apesar dos cancelamentos de alguns leilões por parte do Tesouro Nacional, nas semanas de intensa volatilidade nos mercados dos últimos meses, o apetite pelos títulos continuou forte. O menor interesse por prefixados, comum em crises como a asiática (1997) e a russa (1998), não se repetiu agora com a mesma intensidade, segundo a Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima).
Um mês antes da crise asiática, em setembro de 2007, os papéis prefixados eram 56% dos títulos da dívida interna. Um mês depois, com a maior aversão ao risco, o percentual caiu para 36,2%. Na crise russa, na mesma base de comparação, a fatia de prefixados recuou de 51,3% para 7,1%. Na atual, a queda foi discreta, de 38,7% para apenas 36,1%.
"O momento é positivo para o País, principalmente com as reservas elevadas que garantem segurança ao investidor estrangeiro", afirma Alfredo Moraes, presidente da Andima. As reservas estão no nível mais alto da história, a US$ 196 bilhões, muito superiores aos US$ 61 bilhões durante a crise asiática.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
É forte apetite externo por dívida do Brasil
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