Strauss-Kahn aponta forte desaceleração da China e pede mais US$ 1,2 trilhão em ações contra a crise
O Estado de São Paulo / Jamil Chade
16/12/2008
O ano de 2009 será ainda pior do que se imaginava e uma recessão mundial já é considerada como uma "ameaça real". O alerta é do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, que aponta para uma forte desaceleração da China. Ele ainda pede que outros 2% do PIB mundial sejam usados em pacotes para relançar a economia do planeta, cerca de US$ 1,2 trilhão.
"2009 será um ano muito difícil e os dados que iremos divulgar em janeiro serão provavelmente piores que os atuais", alertou. "A possibilidade de uma recessão global está mesmo diante de nós", disse. Para ele, os próximos meses serão de deterioração do cenário internacional.
No dia 6 de novembro, o FMI previu que os países ricos sofreriam uma queda de 0,3% em seu PIB em 2009, a primeira contração simultânea de todas as economias desenvolvidas desde 1945. Já o mundial cresceria em apenas 2,2%. Para o Brasil, a taxa prevista em novembro seria de crescimento de 3% em 2009, o que também deve ser revisto.
Falando em um seminário em Madri, Strauss-Kahn fez um alerta sombrio sobre a China, o que daria o tom de uma reviravolta importante para os mercados emergentes que acreditavam que poderiam sair ilesos da crise. Para 2009, o crescimento chinês pode ser de apenas 5%. Essas seriam as cifras que seriam anunciadas no próximo mês, sobre as previsões globais.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
2009 será pior do que o esperado, afirma diretor do FMI
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