terça-feira, 17 de março de 2009

Programa vai certificar os conselheiros de empresas no Brasil

DCI / Eduardo Puccioni
17/03/2009
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) apresentou, na sexta-feira, o Programa de Certificação de Conselheiros, que para os representantes de instituições do mercado financeiro presentes no evento, vai trazer muito mais confiança dos investidores e pode, também, colocar conselheiros que agregam valores para as companhias.
"Como todos sabem, este é o momento mais oportuno para esta discussão. A BM&F Bovespa já vem trabalhando na melhoria das regras do Novo Mercado", afirmou o presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto, referindo-se à crise financeira que trouxe grandes prejuízos por causa de erros estratégicos e ao nível máximo de governança corporativa da instituição.
O programa irá certificar tanto por exame quanto por experiência. Seu propósito é estimular o contínuo aprimoramento das boas práticas de governança corporativa no Brasil. Este certificado servirá para empresa listada em Bolsas de Valores, sociedade anônima de capital fechado, empresa por quotas de responsabilidade limitada e outras formas societárias. Por meio da certificação, o IBGC visa, ainda, valorizar as organizações e beneficiar seus públicos estratégicos (stakeholders).
"Queremos estimular a prática de governança e trazer maior transparência e confiança com o Programa de Certificação de Conselheiros", explicou Mauro Cunha, presidente do Conselho de Administração do IBGC.
Otávio Yazbek, diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foi mais além, e questionou a participação dos conselheiros em transações como as operações de derivativos. "Isso vai trazer mais fiscalização para exposição em derivativos. Os conselheiros tinham responsabilidade nas operações?", questionou o executivo, que acrescentou ainda que "o conselheiro tem que agregar valor para a companhia que investe", diz.
Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aproveito o momento para falar da economia brasileira. "O mercado de capitais brasileiro é muito mais seguro do que os de países desenvolvidos. Queremos maiores qualidades na governança das empresas".

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