Entre as tentativas para salvar o país vizinho estão as restrições às importações, o que vem afetando o Brasil
Zero Hora / Marcelo Flach
09/03/2009
O pesadelo de 2001, quando a economia minguou e a população saiu às ruas fazendo panelaço, volta a rondar a Argentina. Com menos dinheiro entrando nos cofres públicos e contas no vermelho aparecendo sobre a mesa, a presidente Cristina Kirchner tenta soluções caseiras para segurar o avanço da crise financeira global no país. Assim como no Brasil, a turbulência assusta porque começa a emagrecer o expressivo crescimento dos últimos anos.
Antes mesmo de a crise estourar lá fora, foi aplicada uma sobretaxa nas vendas externas do setor agropecuário. Depois, veio a estatização da previdência privada, até chegar ao protecionismo comercial — prejudicando diretamente o Brasil. Tudo para tentar segurar o superávit fiscal argentino. O indicador que ajudou o país a se expandir em um ritmo chinês — média anual de 8% entre 2003 e 2008 — desabou 41% em janeiro.
Apesar de medidas extremas terem sido tomadas no fim do ano passado, janeiro já desponta com uma queda de 4,6% na produção industrial — a primeira redução desde 2003. Outra prova dolorida da desaceleração é o crescimento menor do recolhimento de impostos. A alta foi de apenas 11% no primeiro mês de 2009, o pior resultado em quase três anos.
E isso que Cristina garimpou R$ 53 bilhões para os cofres depois estatizar fundos de previdência em outubro. Parte desse dinheiro estaria sendo usada, segundo críticos do modelo da presidente, para a crise global não fazer desandar de vez os números saudáveis da economia. A desaceleração já empurrou ladeira abaixo as exportações: houve queda de 36% nos embarques.
segunda-feira, 9 de março de 2009
Risco da recessão Argentina assombra o Brasil
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