Valor Econômico / Adriana Cotias
23/04/2009
Mesmo com a desaceleração da economia e o crédito mais escasso, as companhias elétricas têm condições de conseguir bons resultados operacionais e já mostram disposição para continuar dividindo os resultados com os acionistas com a mesma generosidade do passado. "Embora falem em preservação de caixa, as companhias sabem que dá para manter a distribuição", diz o chefe de análise da Planner Corretora, Ricardo Tadeu Martins. No setor, entre as tradicionais pagadoras de dividendos, Tractebel é a exceção que anunciou que pode ter de reduzir a fatia de remuneração destinada aos investidores para fazer frente a investimentos. Ainda assim, vai garantir, no mínimo, 55% do resultado, bem mais do que os 25% previstos na legislação brasileira.
CPFL Energia e Transmissão Paulista estão entre as escolhas da Planner no setor para o segundo trimestre. A companhia de transmissão já antecipou em janeiro o pagamento de dividendos referentes a 2008. Com um "yield" - a relação entre dividendos pagos pela empresa e a cotação do papel - de 11,7%, a resiliência da companhia em momentos mais adversos se traduziu no ano passado numa valorização de 28,65% para as ações ordinárias (ON, com direito a voto) e de 8,53% para as preferenciais (PN, sem voto), enquanto o Ibovespa caiu 41,2% e o Índice de Energia Elétrica (IEE) recuou 11,64%. De janeiro para cá, o papel ON sobe 11,78% e o PN 6,19%, em comparação aos 18,33% do Ibovespa. "No período mais recente, os papéis sofreram um pouco, o noticiário tinha melhorado e o investidor foi buscar mais risco", diz Martins.
Com previsibilidade de receitas e perfil de endividamento ajustado para o atual momento econômico, as escolhas para o segundo trimestre da analista Rosângela Ribeiro, da SLW Corretora, incluíram CPFL, Eletropaulo e Coelce.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Elétricas tendem a manter retornos expressivos
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