Valor Econômico / Angelo Pavini
23/04/2009
As taxas de administração de fundos conservadores - renda fixa, DI e curto prazo - têm espaço para cair no varejo, onde ainda se encontram carteiras com custos de 4% ao ano. Isso deve ocorrer à medida que os juros caiam mais, avalia Alfredo Setubal, vice-presidente sênior de Wealth Management e Serviços do Banco Itaú Unibanco e ex-presidente da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). Mas essa queda não se dará por mudanças nas carteiras já existentes. Nem será preciso lançar fundos novos. Os bancos de varejo devem reduzir a aplicação mínima dos fundos que hoje já têm taxas mais baixas e que são destinados a públicos de renda maior.
"Hoje já há uma migração para fundos mais baratos, os de taxas mais altas apresentam mais resgates e pouca aplicação", diz Setubal. Já os de maior risco e gestão mais sofisticada, como multimercados ou ações, não devem ter reduções de custo. No comando de toda a área de investimentos do recém-criado Itaú Unibanco, maior banco privado do país, Setubal é agora responsável por R$ 300 bilhões, ou US$ 136 bilhões de recursos de terceiros. O valor inclui R$ 100 bilhões do maior private bank brasileiro e R$ 230 bilhões da segunda maior gestora de recursos do mercado - a diferença na soma, de R$ 30 bilhões, se refere à dupla contagem de fundos do private que estão sob os cuidados da gestora. Em gestão de recursos, o Itaú Unibanco perde só para Banco do Brasil.
São 1.300 fundos de investimentos, 800 dos quais abertos e parte deles distribuídos pelas mil agências do novo banco. Setubal responde ainda pela área de custódia, que reúne R$ 550 bilhões.
O executivo comandou uma operação de guerra para unir as áreas de gestão e private das duas instituições, que resultou em um time que inclui um ex-presidente do Banco Central - Demosthenes Madureira de Pinho Neto, originário do Unibanco, agora responsável po toda a área de gestão de recursos - e alguns dos mais experientes profissionais do mercado. O desafio será evitar perder clientes, o que é comum em processos de fusão. "Na verdade, até agora não perdemos recursos, até estamos ganhando."
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Fundos têm espaço para reduzir custos, diz Setubal
Publicado por Agência de Notícias às 23.4.09
Marcadores: Governança
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