DCI
18/09/2009
Grandes empresas do Estado de São Paulo estão, cada vez mais, incorporando ações de responsabilidade socioambiental em suas gestões por perceber que este tipo de iniciativa pode trazer benefícios, como o aumento do faturamento, redução de gastos e reconhecimento por parte do consumidor. É o que dizem dois especialistas sobre o assunto, Eliane Belfort, diretora do Comitê de Responsabilidade Social (Cores) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e estudiosa da área há 18 anos, e Casemiro Tércio Carvalho, coordenador de planejamento ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
"O tema, a questão do meio ambiente em si, vem sendo disseminado com rapidez. As empresas perceberam que traz lucro e é muito fácil perceber isso com ações como o reúso de água e a produção reversa, que resultam em ganhos para empresa", esclareceu Belfort.
Ela acrescentou que a preocupação de empresários com a sustentabilidade é decorrente de um forte estímulo econômico. "Não é pela questão de ser 'bonzinho'. O empresário é 'bonzinho' enquanto cidadão; como empresário, ele tem a responsabilidade de manter a empresa em pé e é por isso que ele considera que tem de ter gestão socioambiental", explica a diretora do Cores.
Casemiro Tércio sublinhou que o aumento de iniciativas sustentáveis acontece principalmente com as empresas líderes de mercado. "A preocupação ambiental é uma mudança nítida que você sente hoje no discurso empresarial principalmente dos líderes de mercado", observou.
Eliane Belfort também afirmou que as grandes empresas estão mais responsáveis hoje. Segundo ela, porém, as pequenas e médias estão aos poucos levando mais em conta essa questão. "As grandes empresas fazem mais e há mais tempo, mas é questão de tempo para disseminar em empresas de médio e pequeno porte. O mercado consumidor e o dos fornecedores começam a exigir de grandes empresas, de grandes supermercados, uma gestão socioambiental", frisou.
Casemiro contou que o governo estadual tem feito exigências nas contratações de empresas fornecedoras do estado para incentivar a responsabilidade ambiental. Ele explicou que o governo quer se aproximar das cadeias produtivas das empresas e deve começar pelo setor de construção civil por sua maior facilidade, uma vez que o governo do estado é responsável pelo contrato de 40% dos serviços da área.
De acordo com Casemiro, a consciência ambiental não deve ser fomentada nas empresas por meio de leis, mas pelas exigências dos consumidores. "A consciência não vai ser instalada por meio de lei, pois isso é comportamental, está na essência da empresa, daí a importância fundamental de o consumidor pautar as regras de mercado", frisou.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Ações sustentáveis elevam lucro de empresas
Publicado por Agência de Notícias às 18.9.09
Marcadores: Governança
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