Financial Times
By Peter Thal Larsen, Banking Editor
Published: October 16 2008 23:30 Last updated: October 16 2008 23:30
Financial regulators should be prepared to “wipe the slate clean” as they search for a more effective global regime in the wake of the credit crisis, the chairman of Britain’s financial watchdog has said.
Lord Turner of Ecchinswell, who took over as chairman of the Financial Services Authority last month, said regulators should be prepared to engage in a fundamental debate about how to set banks’ minimum capital requirements following state banking bail-outs in Europe and the US.
“When you’ve been through a crisis like this, it’s rather sensible to wipe the slate clean in terms of all your previous assumptions,” he said in an interview with the Financial Times.
Lord Turner also warned banks and insurance companies regulated by the FSA they would have to pay higher fees so the regulator could strengthen its supervision of institutions that pose a potential risk to the stability of the financial system.
“Bluntly, we have been doing supervision on the cheap,” Lord Turner said, arguing that the number of FSA supervisors monitoring large banks was much smaller than in the US.
His comments come after the FSA, along with the government and the Bank of England, forced a recapitalisation of Britain’s largest banks last week. The move has raised questions about the future of Basel II, the international framework for setting banks’ capital reserves.
Lord Turner said the rescues, while radical, were necessary and had helped avert an economic crisis. “Although there are still going to be macro¬economic consequences of what has occurred, I think we are past the point of the danger of where we were last week, where we could have had a fundamental systemic meltdown of the core plumbing of the world financial system.”
Lord Turner said regulators would also now have to examine mark-to-market accounting, bankers’ bonus structures, the way in which financial institutions transfer risks, and the frameworks for regulating banks’ liquidity and capital.
He said the capital reserves imposed on banks last weekend were necessary to restore short-term confidence, and that the watchdog would have to work on a longer-term framework for setting capital.
He warned, however, that it could be some time before an international agreement could be reached. Some regulators believe it is necessary to scrap the Basel II framework, while others believe it can be adapted.
He said the FSA would have to hire more people and be prepared to pay some higher salaries than it had in the past. “We are going to have to do supervision at the quality that is required to do it really well. If that means the total cost has to go up somewhat then it has to go up.”
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Banking regulator calls for clean slate
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17.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
UE: líderes tomarão medidas para enfrentar desaceleração
EFE
16/10/2008
Os líderes da União Européia (UE) reconhecerão nesta quinta-feira que suas economias passam por uma fase de "arrefecimento" e "contração", e se comprometerão a tomar medidas para enfrentar a crise.
Além da crise financeira e do socorro prometido aos bancos, os 27 países do bloco europeu reafirmarão seu apoio "à indústria européia", que já começa a sofrer as conseqüências da brusca desaceleração ou recessão, em alguns casos.
A chanceler alemã, Angela Merkel, deixou claro em seu discurso a portas fechadas diante dos outros líderes que "a economia real se dirige à estagnação, portanto, é preciso tomar medidas", segundo fontes européias.
O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, se mostrou preocupado pelo efeito da crise financeira na economia e pediu que a Comissão Européia (órgão executivo da UE) assuma um papel de liderança ao propor medidas.
Em linha com essa preocupação, a presidência rotativa da UE - nas mãos da França - propôs aos líderes europeus um acréscimo às conclusões da cúpula no qual os governantes se declaram "determinados a tomar as medidas necessárias para reagir ao arrefecimento da demanda e à contração do investimento, e, em particular, para apoiar a indústria européia".
Os líderes encarregarão à Comissão Européia de preparar propostas específicas até o final do ano. A continuação das reformas estruturais é "mais importante do que nunca" para voltar ao crescimento e melhorar o emprego na Europa, afirma o projeto de conclusões.
Os 27 líderes também ressaltam que o apoio à atividade econômica "passa por um nível de financiamento suficiente" e, a este respeito, comemoram a decisão do Banco Europeu de Investimento (BEI) de mobilizar 30 bilhões de euros para as pequenas e médias empresas.
O comunicado final da cúpula de Bruxelas também reiterará o compromisso de respeitar nestes tempos de crise a disciplina orçamentária.
As políticas nacionais "devem continuar no marco do Pacto de Estabilidade e crescimento revisado", que obriga a manter os orçamentos em equilíbrio ou com ligeiros déficit, não superiores o 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
A proposta da presidência acrescenta, no entanto, que a aplicação do pacto "deverá refletir igualmente as circunstâncias excepcionais que atravessamos, como prevêem suas regras".
Produção industrial dos EUA tem maior queda em 34 anos
Dado reforça expectativas de que o país possa entrar em recessão.
Preços ao consumidor ficaram estáveis em setembro.
G1
16/10/2008
A produção industrial dos Estados Unidos caiu 2,8% em setembro, a maior queda desde dezembro de 1974, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (16) que reforçam os temores de recessão. Em relatório, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) argumentou que a queda foi exacerbada pelos furacões Gustav e Ike e por uma greve na Boeing.
No terceiro trimestre, a produção diminuiu 6,0%, de acordo com taxa anual.
Mais cedo, o governo dos EUA informou que o índice de preços ao consumidor do país ficou estável em setembro, por conta da queda nos custos de energia, dando nova evidência de menor pressão inflacionária.
O chamado núcleo do índice, que exclui os custos de alimentos e energia, considerados mais voláteis, também teve variação menor do que a esperada, subindo 0,1% em setembro e não 0,2%, como estimado pelos analistas. Em agosto, a alta foi de 0,2%.
Em setembro, os preços da energia caíram 1,9%, seguindo queda de 3,1% registrada no oitavo mês de 2008. Os preços dos alimentos cresceram 0,6%, repetindo a taxa apresentada em agosto. Os dados são do Departamento do Trabalho dos EUA.
Empresas brasileiras perdem US$ 89,5 bilhões em um dia
Rodrigo Postigo
16/10/2008
A consultoria Economatica divulgou uma pesquisa nesta quarta-feira em que aponta que 294 empresas brasileiras perderam US$ 89,5 bilhões desde terça-feira, por conta da forte queda nas bolsas de valores e da crise do crédito. Já as 1.237 empresas americanas pesquisadas perderam US$ 990 bilhões em valor.
As três maiores quedas entre empresas americanas e brasileiras são do setor de petróleo e gás. A Exxon Mobil tem a maior queda individual de valor de mercado, já que nesta quarta-feira perdeu US$ 52,5 bilhões. A segunda maior queda é o da Petrobras, com US$ 21,4 bilhões, seguida pela Chevron, com US$ 17,5 bilhões.
A Vale do Rio Doce foi a sexta empresa entre as que mais perderam, com queda de US$ 15,4 bilhões.
Crise não prejudicará exploração do pré-sal, afirma ANP
Valor Econômico
16/10/2008
Mesmo em um cenário de crise internacional, não faltarão recursos para a exploração do pré-sal, afirma o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombutíveis (ANP), Haroldo Lima
O diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombutíveis (ANP), Haroldo Lima, afirmou que não faltarão recursos para a exploração do pré-sal, mesmo em um cenário de crise internacional. Segundo ele, a turbulência é conjuntural e não será suficiente para afetar a exploração e produção de petróleo na região. "A crise é uma coisa conjuntural e não vai bater forte no plano estratégico para os próximos 10 anos", explicou.
Lima, que participou da audiência pública da 10ª Rodada de Licitações da ANP, acredita que os investimentos para desenvolver o pré-sal no país poderão variar entre US$ 300 bilhões e US$ 400 bilhões nos próximos dez anos. "Quem sabe a gente precise de US$ 300 bilhões ou US$ 400 bilhões para produzir e explorar petróleo ali nos próximos dez anos", avaliou. O diretor-geral informou ainda que a comissão que estuda uma possível mudança no marco regulatório para o pré-sal deverá entregar as propostas de alteração ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro, depois de mais duas reuniões.
Lima negou ainda que a 10ª Rodada - que oferecerá 130 blocos exploratórios, todos em terra, nos dias 18 e 19 de dezembro - possa ter baixa procura por não incluir áreas no mar, onde se encontra a maior parte da produção brasileira de óleo e gás. "Não sei se vai ser a maior, mas seguramente será uma grande rodada, porque estamos sendo procurados por um grande número de empresários", afirmou. "Muita gente está participando e a sala está cheia", acrescentou, em referência a audiência pública. Para Lima, a rodada deverá atrair um grande número de empresas brasileiras de médio e grande porte.
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Agência de Notícias
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16.10.08
Marcadores: Petróleo e Derivados
Brown propõe 'novo Bretton Woods' para economia mundial
BBC Brasil
16/10/2008
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, apresentou nesta quarta-feira a líderes da União Européia "um documento sobre as reformas mais importantes para a criação de um novo Bretton Woods".
Ao chegar à sede do Conselho Europeu, em Bruxelas, onde os governantes do bloco iniciaram uma cúpula de dois dias, Brown defendeu a necessidade de uma "reconstrução da arquitetura financeira internacional" para adaptar a economia às mudanças mundiais e pediu que a União Européia lidere o caminho.
"Essa reconstrução pede exatamente a mesma visão que mostramos nos anos 40, quando criamos o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Mundial e a ONU (Nações Unidas)", afirmou.
Assinados em 1944 pelos países mais industrializados na época, os acordos conhecidos como Bretton Woods (cidade americana que foi cenário das negociações) estabeleceram as regras para as relações comerciais e financeiras internacionais.
Brown propõe, por exemplo, que as 30 principais instituições financeiras multinacionais sejam supervisionadas por colégios internacionais em vez da supervisão individual realizada hoje por reguladores nacionais.
Zapatero aprova urgente revisão do sistema financeiro
EFE
16/10/2008
O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, considerou nesta quinta-feira "imprescindível" e "urgente" uma revisão do sistema financeiro internacional, que dê segurança aos mercados, e reivindicou a presença da Espanha na cúpula mundial que será organizada para colocar as bases do novo modelo.
Zapatero concluiu com uma entrevista sua participação no Conselho Europeu, em Bruxelas, no qual a União Européia (UE), disse, se tornou "o líder, a referência e a esperança da reforma do sistema financeiro internacional".
O Conselho adotou as medidas tomadas no domingo passado pelo Eurogrupo e agora, acrescentou, é imprescindível um novo marco financeiro que dê garantias aos investidores e aos cidadãos.
Assim, mostrou seu apoio à reunião deste fim de semana entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, com o presidente americano, George W. Bush, para convocar uma cúpula internacional que aborde essa reforma antes do fim do ano.
"Certamente, a Espanha deve estar" nesta reunião, disse o presidente do governo espanhol, convencido de que uma crise de grande porte como a atual precisa de uma cúpula mais ampla e com maior representatividade do que uma reunião do G8 (os países mais industrializados e a Rússia) ou do G20 (que acrescenta os países emergentes).
Zapatero se reuniu nesta quinta com o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, e este lhe reiterou que é "absolutamente necessário" que a Espanha participe da cúpula, opinião que já transferiu, disse, à UE e à administração americana.
Brazil's low exposure may dilute turmoil
Financial Times
By Jonathan Wheatley in São Paulo
Published: October 15 2008 03:00 Last updated: October 15 2008 03:00
At Fábio Marangoni's printing works in São Paulo, pages of glossy magazines emerge almost silently from modern printing presses imported from Germany.
Asked how much he borrowed to install the presses, Mr Marangoni replies with an air of self-satisfaction.
"Nothing," he says. "We used our own capital." His family-owned business will be 50 years old next year. "During that time we've seen the currency go wildly up and down. Our raw materials and machinery are priced in dollars, so we've always taken care to use our own money. It means we have grown more slowly than otherwise. But it's worth it. Look what's happening now."
Mr Marangoni's caution has not shielded him entirely from the chaos in the world's financial system. Credit conditions have tightened and consumers and businesses are putting spending plans on hold.
Nevertheless, Brazil should emerge relatively unscathed. Economists who previously expected growth of between 4.5 and 5.5 per cent next year now expect between 2.5 and 3.5 per cent - by no means bad compared with the global outlook.
Not all companies have been as conservative as Mr Marangoni's. Grupo Votorantim, an industrial conglomerate, said on Friday it had paid R$2.2bn ($958m) to liquidate positions in currency derivatives. It was the third large company to announce big losses on currency bets and is unlikely to be the last.
Local media are talking of "the Brazilian subprime". Some observers expect to see bankruptcies as more exporters are forced to admit that they exposed themselves beyond sensible limits to currency contracts that worked in their favour during the real's long rally from R$3.95 to the US dollar in October 2002 to R$1.56 in May this year but which turned against them during its subsequent fall.
On the whole, however, Brazilian companies are much less indebted than their foreign competitors. The total amount of credit in Brazil was equal to 38 per cent of gross domestic product in August, much less than in many developed countries. where credit reaches multiples of GDP.
Economists and business leaders have long been calling on the government to enact spending reforms to release more money to finance investment and consumption through credit. There has indeed been a consumer-led acceleration of growth in the past few years, as lower interest rates, rising employment and enduring economic stability have encouraged borrowing.
But interest rates are still very high by international standards. Anefac, an association of finance executives, says rates offered to consumers by retail outlets averaged 105 per cent in August, while the average credit card rate was 230 per cent. Companies were paying an average of 60 per cent for working capital. At the international level, too, Brazil is relatively unexposed.
The government has paid down much of its foreign debt and is now a net creditor to the rest of the world. Less than 10 per cent of bank credit is raised overseas. Imports are equal to just 9 per cent of GDP and exports, about 12 per cent.
"Usually it is bad but in the current circumstances very fortunate that Brazil is relatively isolated from the rest of the world," says Nathan Blance of Tendências, a consultancy in São Paulo. "If this crisis had happened 10 years from now we would have been much more leveraged."
Brazil's good fortune is not all down to luck. The banking system is solid following a state-sponsored restructuring in the 1990s, with conservative rules on lending. Risky activities such as short selling are rigorously controlled - although the "Brazilian subprime" suggests tighter rules might have been needed for over-the-counter derivatives trades.
But the central bank has generally been alert to danger and quick to respond. It has repeatedly relaxed Brazil's stringent reserve requirements, allowing banks to lend more of their deposits and provide relief to companies short of credit.
"I'm not saying we won't get hit or even only marginally hit," says Jean-Marc Etlin of Itaú BBA, a São Paulo investment bank.
"But when the dust settles Brazil is going to come out of this better than a lot of other places."
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16.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Brazil expands securities to free reserves
Thu Oct 16, 2008 10:07am EDT
(Central bank corrects information on securities accepted in 2nd paragraph to exclude certificate of deposits)
SAO PAULO, Oct 16 (Reuters) - Brazil's central bank on Thursday expanded the list of securities it will accept to free up reserve requirements on term deposits, the latest in a series of measures to add liquidity to the financial system.
Banks can now buy fixed income securities and interbank deposit certificates, among others, from competitors to free up mandatory reserves on term deposits kept at the central bank.
The central bank had previously allowed large banks to buy credit portfolios from small- and medium-sized firms in distress to free reserves, spurring a series of acquisitions of loan portfolios.
Bradesco (BBDC4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), Unibanco (UBBR11.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), Banco do Brasil (BBAS3.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) and Spain's Santander (SAN.MC: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) have all taken advantage of the central bank measures to purchase loan portfolios in recent days.
The measures only apply if banks selling the credit portfolios or the securities have reference stockholders equity of 7 billion reais ($3.2 billion) or less. ($1=2.195 reais) (Reporting by Daniela Machado; Writing by Elzio Barreto; Editing by James Dalgleish)
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16.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
O Governo Eletrônico e a Fiscalização Tributária
Administradores / Tiziane Machado
15/10/2008
Há alguns anos, um jornal de grande circulação nacional publicou que o índice de sonegação fiscal cresceu entre as empresas no período de 2002 a 2004. A publicação afirmava que, por porte, as pequenas empresas apresentavam o maior índice – algo em torno de 63%. Ou seja, num universo de 1.000 empresas, 600 apresentavam algum indício de sonegação fiscal; entre as de médio porte o índice era de 49% e, nas de grande porte, 27%.
Entre os principais atos realizados pelas empresas que se enquadravam como sonegação estavam: venda sem nota; com "meia" nota; com "calçamento" de nota; e duplicidade de numeração de nota fiscal.
Alguns anos se passaram e os Governos Federal, Estadual e Municipal criaram vários mecanismos para coibir aquela prática que, aparentemente, atingia grande parte das empresas brasileiras ativas. O conceito inicial destas mudanças passa pelo denominado e - Governo.
Segundo estudo divulgado pela Secretaria para Assuntos Fiscais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), o e- Governo “é o resultado de uma mudança estrutural radical das relações entre o governo e os cidadãos e as empresas, provocada pela introdução das novas tecnologias da informação e comunicação na administração pública”.
O objetivo da implementação desta “mudança radical” é bastante claro: fiscalizar de forma eficiente os atos realizados pelos contribuintes brasileiros, quer pessoas jurídicas ou físicas.
De forma clara, podemos citar algumas das ferramentas lançadas para cruzar as informações disponibilizadas pelos contribuintes aos órgãos da administração tributária: a nota fiscal eletrônica, em substituição às notas fiscais em papel, e o sistema público de escrituração digital – SPED, em substituição dos livros da escrituração mercantil pelos seus equivalentes digitais.
A Secretaria da Receita Federal será o grande administrador destas informações e as compartilhará com os Estados e os Municípios através de convênios pré-estabelecidos.
As notas fiscais eletrônicas de serviços já são realidade entre algumas das Prefeituras brasileiras, substituindo gradativamente a nota fiscal modelo 1/1A que é utilizada, em regra, para documentar transações comerciais entre pessoas jurídicas. O sistema público de escrituração digital - que é obrigatório para as empresas sujeitas à tributação do imposto de renda com base no lucro real -, estabelece que os arquivos digitais relativos ao ano fiscal de 2008 devem ser entregues até o último dia útil do mês de junho de 2009.
A Instrução Normativa RFB nº. 787, de 19 de novembro de 2007, alerta, no seu artigo 7º, que as informações relativas à escrituração contábil digital serão compartilhadas com as administrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante convênio celebrado com a Secretaria da Receita Federal. Serão também disponibilizadas para os órgãos e as entidades da administração pública federal, direta e indireta, que tenham atribuição legal de regulação, normatização, controle e fiscalização dos empresários e das sociedades empresárias.
Deverá ser observada pelos participantes do mercado – administradores, contadores e advogados - a eficiência do e-Governo a partir da redução dos índices de sonegação fiscal, notadamente com a instituição obrigatória da emissão das notas fiscais eletrônicas por todo o universo de contribuintes pessoas jurídicas.
Sonegar é o caminho menos oneroso no curto prazo – podem supor alguns. Mas é preciso avaliar sempre que, em paralelo, está sendo construído um passivo tributário que destruirá o lucro auferido ao longo do mesmo período, além de trazer possíveis implicações de ordem penal.
O que fazer - podem questionar outros – para afastar o pesado custo tributário sem incorrer nos riscos inerentes à sonegação? A resposta é simples e poderá ser lançada a qualquer tempo pelos empresários que pretendem colocar sua empresa nos trilhos do crescimento sustentável: Governança Tributária, que consiste no planejamento dos negócios de tal sorte a incorrer na menor carga tributária possível, lançando mão de elementos e estratégias de planejamento tributário.
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15.10.08
Marcadores: Tributária
Expansão do mercado doméstico pode ser solução
InvestNews
15/10/2008
Para evitar estragos maiores frente à crise do sistema financeiro internacional, o governo federal deveria ancorar o crescimento da economia no mercado doméstico e, assim, compensar prováveis perdas nas exportações. O economista Fernando Cardim, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, alerta que a desaceleração da economia mundial resultará na redução das trocas comerciais e na queda dos preços de produtos exportados pelo Brasil. "A medida em que o mundo esfrie, perdemos em quantidade e preço", ressalta.
"O que o governo pode fazer é o que vem fazendo com o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC)e outras medidas: desviar o foco do crescimento para o mercado interno", aconselha. Segundo Cardim, é justamente o amplo mercado doméstico que vem assegurando ao Brasil taxa de crescimento superior à média mundial. "O que pode haver são medidas de expansão do mercado interno, controlar um pouco a tendência do Banco Central de aumentar demais os juros, tentar segurar o fôlego da demanda doméstica", avalia.
O economista reconhece que a desvalorização do real frente ao dólar favorece a balança comercial brasileira, por tornar nossas exportações mais competitivas e desestimula importações de supérfluos e gastos de turismo no exterior. No entanto, critica o vai-e-vem do câmbio - resultado, segundo ele, de omissão do governo. "Houve uma omissão muito importante nos últimos dois anos e meio, em que se deixou que a moeda brasileira se valorizasse e passássemos de um superávit em conta corrente para um déficit em um período muito curto, num ritmo de deterioração assustador", lembra.
Agora, segundo ele, é tarde para intervenções. "A hora de ter feito uma política adequada foi no passado e o Banco Central errou. Nesse exato momento, não há muito o que fazer. Tem que esperar acalmar um pouco e, aí sim, tentar ver qual o valor mais adequado do real, ter uma meta e definir instrumentos para garantir essa meta de câmbio".
Estudo aponta Brasil como 43º em ranking de prosperidade
BBC Brasil
15/10/2008
O Brasil ocupa o 43º lugar no Índice Global de Prosperidade 2008 compilado pelo Instituto Legatum e divulgado nesta terça-feira. O ranking, que avaliou 104 países segundo 44 indicadores econômicos e sociais, é liderado pela Austrália, seguida de perto pela Áustria e Finlândia, empatadas na segunda posição.
Na outra ponta da lista está o Iêmen, antecedido por países africanos, como Zâmbia e o Mali.
O índice define a prosperidade como uma combinação de riqueza e felicidade, medindo como as nações estão conciciliando crescimento econômico e qualidade de vida.
O Chile, que ficou em 27º na pontuação geral, liderou o ranking que mediu o índice de prosperidade na América Latina. Em segundo, vem a Argentina, seguida pelo Uruguai e Costa Rica. O Brasil aparece em quinto lugar e, em último, está a Bolívia.
Crescimento e desigualdade
O relatório afirma que nos últimos anos o crescimento do Brasil, impulsionado pelo salto nas exportações, estabilizou as finanças públicas, melhorou as condições de vida e estimulou investimentos em infra-estrutura.
"Entretanto, desigualdades econômicas são consideráveis, e, em parte por culpa de leis trabalhistas restritas, 40% da população opera na economia informal", diz o estudo.
"Cerca de um quinto dos brasileiros vive em favelas, que são freqüentemente controladas por gangues violentas ligadas ao tráfico de drogas", salienta o documento.
O Índice de Prosperidade 2008 afirma que pessoas e governos têm um papel na promoção da prosperidade nacional. "A pesquisa revela que os governos sozinhos não podem determinar a prosperidade, mas podem fomentar um ambiente que encoraje a prosperidade através da redução da dependência de ajudas e na implementação de políticas inteligentes que permitam aos cidadãos viver de maneira produtiva", afirmou Alan McCormick, diretor-administrativo da Legatum, empresa de investimento em mercados de capital e de promoção do desenvolvimento sustentável.
O estudo conclui que a prosperidade está além do dinheiro e inclui felicidade, saúde e liberdade. "Além do sucesso econômico, a prosperidade de uma sociedade se sustenta em fortes laços familiares e comunitários, liberdade política e religiosa, educação e oportunidade, e em um ambiente saudável."
Crise pode prejudicar etanol brasileiro
InvestNews / Sérgio Toledo
15/10/2008
Diante da crise mundial dos mercados, Estados Unidos e União Européia tendem a se preocupar com o sistema financeiro. As discussões sobre sustentabilidade e o uso do etanol devem ficar em segundo plano na agenda desses países, que tiveram suas economias fortemente impactadas nas últimas semanas. "Isso pode afetar os investimentos em etanol do Brasil", fala o economista da Sociedade Rural Brasileira (SRB), André Diz.
O coordenador dos Conselhos Superiores Técnicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Embaixador Sérgio Amaral, também acredita que o cenário atual não é bom para as negociações do etanol. Segundo ele, o mercado deve aproveitar todos as oportunidades para não perder espaço.
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Agência de Notícias
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15.10.08
Marcadores: Agricultura, Economia, Etanol
Reservas começam a cair com vendas de dólares ao mercado
Na última sexta, informou BC, reservas caíram US$ 1,44 bilhão.
Queda reflete a venda efetuada na quarta-feira passada.
G1 / Alexandro Martello
15/10/2008
As reservas internacionais brasileiras já começaram a apresentar queda por conta das vendas de dólares efetuadas pelo Banco Central no mercado à vista. Segundo o BC, as reservas caíram de US$ 206,3 bilhões, na quinta-feira (9), para US$ 204,8 bilhões na última sexta-feira (10). Ou seja, um recuo de US$ 1,44 bilhão. Essa queda reflete, entre outros motivos, a operação de venda de dólares realizada na quarta-feira passada (8). Naquele dia, o BC retomou, depois de cinco anos, as operações de vendas diretas de dólares das reservas internacionais brasileiras - algo que não acontecia desde fevereiro de 2003. No início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No início da última quarta-feira, quando o BC voltou a vender dólares, a cotação da moeda norte-americana abriu em forte alta, chegando a R$ 2,45, refletindo o nervosismo dos mercados externos. O BC vendeu divisas, naquele dia, a R$ 2,44, R$ 2,37 e R$ 2,35 em três operações distintas. Após os dois primeiros leilões, o dólar perdeu um pouco seu ímpeto de alta e, juntamente com a melhora do cenário externo, inverteu a tendência no fim do dia.
Emerging Markets Suffer as Foreigners Withdraw
By THE ASSOCIATED PRESS
Published: October 15, 2008
Filed at 12:43 a.m. ET
MUMBAI, India (AP) -- The global financial crisis has cost Grace Varghese, 50, a day trader in India's high-tech hub of Bangalore, more than $50,000.
''I take high blood pressure tablets now,'' said Varghese, who started trading stocks four years ago after her children moved out. ''I was crying to my husband and children: I lost! I lost! I lost!''
That pain, she believes, has little to do with India itself and a lot to do with foreigners.
''Indian fundamentals are strong,'' she said. ''I don't believe in Dow Jones.''
Most emerging market stocks have fallen harder in Asia, Russia and Latin America in recent weeks than they have in the U.S. and Western Europe.
A big reason for that, analysts say, is because foreign investors -- who over the last four years fueled the emerging markets boom -- have lost their appetite for risk amid the credit crisis and are yanking money out to meet redemptions at home.
In particular, the pullout by highly leveraged hedge funds which had to repay debts, triggered the decline, which in turn spooked other investors, economists say.
The extreme volatility -- offering the potential for handsome returns or devastating losses -- is why emerging markets are considered so risky.
''It cuts both ways. You can't say I'd like the upside but I want someone to protect me from the downside,'' said Subir Gokarn, chief Asia-Pacific economist for Standard & Poor's in New Delhi. ''When you decide to liquidate a portfolio, you look first at accounts that have given you the maximum return.''
The exodus has prompted a chorus of protest in the emerging world: We did not cause this global meltdown, our economies are still growing, our banks don't have much exposure to the toxic securities at the core of this crisis.
Why must we suffer, they ask.
''It doesn't seem fair to me that those of us who endured so much hunger in the 20th century, who began to improve in the 21st century, should have to suffer due to the international financial system,'' Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva said recently.
India's Finance Minister P. Chidambaram this week reiterated that India's economic fundamentals are healthy. ''We must banish fear,'' he said.
While emerging markets have rebounded some early this week, they still remain down sharply this year -- and the outlook remains murky.
The global financial crisis threatens to tip the U.S. and Europe into recessions, weakening demand for exports, both commodities and finished products, from developing nations. Also, declining emerging market stocks will likely weaken consumer spending in markets like India and China. It also means less capital is available to fuel growth.
Moreover, the drop in commodities prices has hurt countries like Brazil, home to Petrobras, one of the world's biggest publicly traded oil companies, and Vale do Rio Doce, the world's number-one producer of iron ore.
Local markets ''keep getting dragged into the bottomless negative frenzy from the U.S.,'' said Enrique Alvarez, head of research for Latin American financial markets at IDEAGlobal in New York.
In India, where foreign institutional investors have pulled out $10.6 billion this year, the benchmark Sensex index has lost nearly half its value.
Indonesian markets are down about 40 percent this year, with JP Morgan, Merrill Lynch, and Credit Suisse leading the sell off in recent weeks, according to Irvin Patmadiwiria, the head of investments at PT Lautan Dana Investment Management.
The Ibovespa index in Sao Paulo, Brazil tumbled 31 percent in 11 trading days to its lowest level in two years before rebounding some.
Russia's stock market, battered by foreign outflows, plunging commodities and the August war with Georgia, is among the world's worst-performing, down some 65 percent from record highs in May.
Analysts estimate foreign capital accounted for at least half of trading on the Russian stock exchanges before August.
The Central Bank estimated that $17 billion of net private capital investment was withdrawn from Russia in the July-September quarter. Independent estimates put the figure even higher.
The rapid outflow of foreign money has caused several currencies across Asia and Latin America to plunge, pushing even more foreign investors to flee as they try to stem currency losses.
Depreciation has raised import costs, threatening to accelerate inflation and straining current account deficits. Some governments-- like Mexico, which sold a record $6.4 billion in reserves last Friday to prop up the peso -- have had to tap foreign exchange reserves to salvage local currencies.
The Institute of International Finance, a consortium of global financial services firms based in Washington D.C., estimates that private sector capital flows to 30 emerging market nations across the world will fall by nearly a third from last year to $619 billion this year. Next year, they predict the sum will fall by another $60 billion.
Emerging markets are also suffering from a credit squeeze. Interbank lending has plunged and corporate bond issuance has stalled, according to the IIF.
On the positive side, foreign direct investment in emerging markets has remained relatively robust, experts say.
So far the flight of foreign money hasn't threatened to spark a repeat of the 1997-1998 Asian financial crisis, when countries ran out of funds to pay foreign-denominated debt, economists say.
''Overall reserve positions look healthy,'' Gokarn said.
Amitabh Chakraborty, president of equities at Mumbai's Religare Securities Ltd., says South Korea and Indonesia, where foreign-held short-term debt and equities are more than double foreign exchange reserves, are most vulnerable to outflows.
Carol Wise, an associate professor of international relations and the University of Southern California, says emerging markets will continue to suffer until the U.S. gets its act together.
''Emerging markets are taking the bigger hit because they're more vulnerable,'' she said, adding that countries like Brazil, Mexico, Chile, and Peru, which have been disciplined about financial sector reform and have adequate foreign currency reserves, will likely recover fastest.
Rajesh Jain, CEO of Pranav Securities, a Mumbai brokerage, sees current valuations as ''the beginning of a buying opportunity.'' But, he cautioned, ''Until you have 15 to 20 days with no bad news, you can't say we've turned a corner yet.''
Chakraborty said he doubts the boom years will be back anytime soon.
We are, he said, entering an era of slower growth, which will be reflected in lower stock market valuations.
''The fundamentals have changed,'' he said.
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15.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Crisis calls for U.N. reform, BRIC nations say
Wed Oct 15, 2008 5:55am EDT
NEW DELHI (Reuters) - The leaders of India, Brazil and South Africa said on Wednesday the global credit crisis showed the need for reforming institutions such as the United Nations to reflect their growing economic clout.
All three countries have felt the pinch of a crisis that many blame on the mistakes and greed of wealthier Western nations.
"We run the risk of being victims of a financial crisis generated by rich countries. This is unjust," Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva told the summit of the three countries in New Delhi.
"It is inadmissible that we'll pay for the irresponsibility of speculators that transformed the world into a gigantic casino. At the same time they gave us lessons on how we should govern our countries."
"Our countries should participate more directly in international coordination to confront the financial crisis."
In Seoul, South Korean President Lee Myung-bak proposed on Wednesday a new international organization that would be mandated to address cross-border economic issues such as the current financial crisis.
Lee said the increased integration of the global village has brought greater vulnerability to what would have been isolated shocks and a surge in "unintended malicious consequences."
The presidential Blue House released few details about Lee's proposal. South Korea was the recipient of a massive bailout package from the International Monetary Fund a decade ago that came with a raft of onerous conditions.
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15.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Brazil takes further measures to boost credit
Tue Oct 14, 2008 8:19pm EDT
(Updates with context)
BRASILIA, Brazil, Oct 14 (Reuters) - Brazil's central bank on Tuesday further cut the percentage of reserve requirements on demand that banks must deposit to 42 percent from 45 percent, to boost credit markets.
The central bank said this would free up as much as $3.6 billion.
In a separate move, the National Monetary Council decided to temporarily increase the percentage that banks must contribute to rural credit to 30 percent from 25 percent.
Brazil's central bank has taken several measures in recent weeks to help ease tight credit conditions, including dollar swap auctions and the sale of dollars in the spot foreign exchange markets, among others.
(Reporting by Isabel Versiani; Writing by Ana Nicolaci da Costa; Editing by Bernard Orr)
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15.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Superávit da balança comercial ultrapassa US$ 20 bilhões no ano
No acumulado do ano, superávit tem queda de 37,8% frente a 2007.
Em outubro, até dia 12, resultado positivo totaliza US$ 540 milhões.
G1 / Alexandro Martello
14/10/2008
O superávit da balança comercial brasileira (exportações menos importações) ultrapassou a barreira dos US$ 20 bilhões no acumulado deste ano, até o dia 12 de outubro, segundo informou nesta segunda-feira (13) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Extrerior (MDIC).
Segundo os números divulgados, o resultado positivo da balança comercial neste ano somou exatos US$ 20,19 bilhões em 2008, até 12 de outubro, o que representa uma queda de 37,8% frente ao mesmo período do ano passado, quando o superávit da balança totalizou US$ 32,48 bilhões.
No acumulado de janeiro a 12 de outubro, o resultado da balança comercial ainda se ressente da queda do dólar - que operou baixo durante todo este ano, apesar da subida das últimas semanas. Esse fator impulsionou as importações, que tiveram forte crescimento de 52%, bem acima da elevação de 28,3% registrado nas vendas ao exterior brasileiras no acumulado de 2008.
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14.10.08
Marcadores: Balança Comercial, Exportação
Pode faltar folga para superávit fiscal menor
Valor Econômico
14/10/2008
A idéia do governo de reduzir o superávit primário de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008 para 3,8% no próximo ano e investir a diferença em infra-estrutura pode não ser viável ou não ser suficiente para compensar queda de demanda geral ou redução de investimento do setor privado. É o que consideram economistas ouvidos pelo Valor.
Para o economista Fernando Fenolio, do Unibanco, o governo pode não ter a folga imaginada para investir. "No próximo ano deverá haver um nível de despesa alto porque há um comprometimento do governo com reajustes salariais polpudos aos servidores, além do aumento no salário mínimo", lembra. Além disso, diz, deverá acontecer uma frustração nas receitas. "Mesmo que o orçamento para 2009 tenha sido conservador, provavelmente será necessária uma revisão das receitas, em razão da desaceleração da economia."
Com despesas altas e receitas menores, acredita Fenolio, o governo terá naturalmente um superávit de 3,6%. "A diferença de 0,2% para os 3,8% de superávit imaginados pode ser conseguida por corte no custeio. Mas não hão haverá espaço para aumentar investimentos." Num ambiente de queda de receitas, diz, também seria difícil usar benefícios tributários como forma de estimular investimento, já que não haveria condições de uma nova renúncia fiscal. "Nessa situação mais extrema, talvez haja um empenho maior do governo para a implementação da CSS", diz Fenolio, referindo-se à Contribuição Social à Saúde, tributo que poderia substituir a extinta CPMF.
Mesmo havendo espaço para investimento maior do setor público, ele não seria suficiente para compensar os efeitos de uma grande queda da demanda doméstica, acredita Cristiano Souza, economista do Banco Real. "É interessante uma política fiscal anticíclica. Um maior investimento público pode servir como sinalização ao setor privado de que pode investir também", acredita. Mas os efeitos, pondera, seriam restritos. "O investimento público poderia contribuir para melhorar a economia, mas não será decisivo para determinar o quadro", diz.
O economista lembra que uma das grandes variáveis para a definição do quadro, e que ainda é uma incógnita, é o impacto que a crise terá na contenção do crédito, considerado como o grande motor do consumo doméstico.
"O consumo das famílias é responsável por metade do crescimento da demanda doméstica", lembra Souza. Ele calcula que o consumo das famílias representa atualmente 60% do PIB enquanto o consumo do governo, 20%. Os investimentos representam 18%. "Ou seja, os investimentos do governo não poderiam compensar os efeitos de uma queda de consumo do setor privado."
Outra variável importante e ainda indefinida, diz Souza, é a taxa cambial. "Isso pode distorcer o comércio internacional e o país pode precisar de importações para poder investir", explica, o que poderia impactar os custos dos investimentos públicos. Uma preocupação adicional do economista está na implantação dos investimentos. "Há muitos projetos em estudo, mas pouca coisa foi colocada em prática num período em que a economia estava melhor."
O economista Samuel Pessoa, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), acredita que num ambiente de brutal queda de demanda faz sentido elevar os investimentos públicos e reduzir o superávit primário. Ele acredita, porém, que ainda é cedo para pensar na política fiscal a ser adotada, já que a extensão dos efeitos da crise ainda não podem ser avaliados. "Agora é o momento de atuação do Banco Central, no papel de fazer com que a crise financeira tenha o menor impacto possível na economia real."
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14.10.08
Marcadores: Tributária
Momento é de oportunidade para os fundos de pensão, afirma presidente da Petros
Último Segundo
14/10/2008
“Não olhamos o hoje, mas o futuro”. A afirmação é do economista Wagner Pinheiro de Oliveira, o comandante do segundo maior fundo de pensão do País, com patrimônio de R$ 40 bilhões, 125 mil participantes e mais de 50 patrocinadores. Na presidência da Petros desde fevereiro de 2003, este paulistano de 46 anos, formado em Economia pela Unicamp, aumentou, em sua administração, o número de associados em mais de 30%. Ele está convencido de que a crise financeira internacional, quando analisada a médio e longo prazos, pode ser vista como uma oportunidade para os fundos de pensão.
“Se o fundo tem liquidez, não está pagando benefícios de forma exagerada e mantém entrada de caixa, vai usar o dinheiro ao longo de 40 anos e será, portanto, beneficiado por essa crise. É uma oportunidade”, afirmou Oliveira, em entrevista exclusiva ao Último Segundo.
Este é caso da Petros, na visão de seu presidente. Hoje, mais de dois terços do patrimônio do fundo é formado por aplicações de renda fixa. A parte de renda variável recuou, do primeiro trimestre para cá, de 31% para 28%, dos quais a carteira responde por 12%. “Tenho tranqüilidade para não precisar dispor dos 30% que tenho em renda variável”, afirma Oliveira. “Os fundos de pensão olham de outra maneira, olham do ponto de vista da liquidez de longo prazo”.
É com o olhar para frente que Oliveira revela disposição para adquirir ações de empresas mais sólidas, aproveitando, justamente, a presente redução nas cotações dos papéis. O executivo destaca que a Petros já começou a comprar ações de empresas mais sólidas, como Vale, Petrobras e empresas do setor de energia. “Estamos em um ciclo de crescimento, que pode ter arrefecido em função da carência de crédito provoca pela crise internacional, mas que não vai chegar a níveis para gerar desemprego”, diz.
A crise, na visão de Oliveira, poderá diminuir a velocidade dos investimentos, mas eles continuarão ocorrendo. “A Petrobras, por exemplo, sem estimativas do pré-sal, tem um programa de investimento de US$ 112 bilhões”, lembra.
A Petros, na palavra de seu presidente, não vê um horizonte recessivo para a economia brasileira. “O mais pessimista, hoje, diz que o Brasil vai crescer 2,5%”, diz Oliveira. Ele analisa que, com a crise, os negócios no Brasil vão sofrer uma desaceleração, mas as empresas continuarão a crescer. “Este ano, o País cresce mais de 5%; para 2009, projetamos um crescimento em torno de 3,5%.”, analisa. A conclusão, de acordo com o próprio Oliveira: “as ações das empresas estão baratas e somos compradores”.
Oliveira lembra também que, no caso dos fundos de pensão fechados, como a Petros, o participante só pode tirar o dinheiro se sair da empresa. “É lei. A pessoa não tem o direito de sacar seus fundos de reservas, exceto em algumas situações”, explica. “Isso é importante dizer porque, diferentemente dos fundos abertos mantidos por bancos, o poupador não saca o dinheiro no momento que quer. É uma poupança característica de médio, longo prazo”, completa.
EUA anunciam novas medidas de ajuda aos mercados nesta terça
Discurso do presidente dos EUA será feito ainda pela manhã.
Tesouro diz que anunciará ações para aumentar 'confiança do público'.
G1
14/10/2008
O governo George W. Bush vai anunciar nesta terça-feira (14) novas medidas de ajuda à economia por conta da crise financeira. Entre as possíveis ações está o destino dos primeiros US$ 250 bilhões do plano de US$ 700 bilhões de socorro a bancos em dificuldades, aprovado no início do mês pelos deputados americanos. Segundo agências de notícias, o governo deve usar parte da verba aprovada no último dia 3 para comprar ações de instituições financeiras e para garantir financiamentos interbancários por três anos. Tanto o presidente Bush quanto membros de sua equipe econômica farão pronunciamentos pela manhã. Bush falará às 9h05 (horário de Brasília). Menos de meia hora depois, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, e o presidente do BC dos EUA (Federal Reserve), Ben Bernanke, reúnem a imprensa. A coletiva de Paulson e Bernanke deve abordar "uma série de ações abrangentes para fortalecer a confiança do público em nossas instituições financeiras e restaurar o funcionamento de nossos mercados de crédito", afirmou o Tesouro em nota.
Ajuda do governo americano a bancos chegará a US$ 250 bi
AFP
14/10/2008
O governo americano deve anunciar na terça-feira novos detalhes de seu plano de resgate financeiro, entre eles a participação no capital de inúmeras instituições bancárias, no total de US$ 250 bilhões, informou o Wall Street Journal em sua versão digital nesta segunda.
De acordo com o jornal, que cita uma fonte ligada às negociações, o governo dos Estados Unidos planeja adquirir, entre outros, "blocos de ações preferenciais de nove instituições de primeira linha".
A iniciativa "formulada pelo Departamento do Tesouro, pelo Federal Reserve e pela FDIC (o organismo federal que garante os depósitos bancários)" teria como objetivo "vincular o sistema bancário americano ao governo federal por vários anos", completou o jornal.
Brazil ready to tap reserves, buy shares-Lula
Mon Oct 13, 2008 4:43pm EDT
TOLEDO, Spain, Oct 13 (Reuters) - Brazil is ready to use foreign reserves and buy bank shares if necessary to defend its financial system, Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva said on Monday.
Brazil has over $230 billion in reserves it can draw on and is in a stronger position to fight the international financial crisis than any of the world's large economies, Lula told reporters in Spain.
"All of this is money we can use, in the event it were necessary," Lula said during a press conference ahead of receiving a prize. "We are prepared to free up some resources in our reserves, so as long as they pay us with bonds, so that reserves are maintained."
Lula said resources would principally be for Brazilian banks that operate abroad.
Asked if Brazil's government was prepared to buy bank shares, Lula said it would depend on the situation.
"If there was a bank in a position that we considered that it was necessary, first we would get another bank to buy their portfolio, like Bank of Brazil already bought 3. And it has the ability to buy more," Lula said. "Second, if it was necessary the government would lend money to the central bank as a lender of last resort. What I think is that we should remain alert."
Lula said Brazil's central bank was ensuring the financial system did not face liquidity problems after being granted additional powers by the government.
He said Brazil was protected by strong domestic demand and a financial system that was strengthened by its 2003 crisis.
"Of all the big countries, BRICs and developed, that which faces the least risk is Brazil," Lula said, ahead of receiving the Don Quijote de La Mancha prize which is awarded to individuals and governments that spread the Spanish language.
(Reporting by Jonathan Gleave; Writing by Andrew Hay, Editing by Chizu Nomiyama)
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14.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Brazil acted fast to protect small banks-Mantega
Mon Oct 13, 2008 3:10pm EDT
WASHINGTON, Oct 13 (Reuters) - Brazil's central bank acted quickly to provide liquidity to small and medium-sized banks suffering from the global credit crunch, avoiding bigger problems in the sector, Finance Minister Guido Mantega said on Monday.
Speaking at a conference to investors in Washington, Mantega said small banks in Brazil have sound portfolios and were not having solvency issues.
"But if you step on the oxygen hose and you reduce liquidity, you may have a problem if you don't act fast," the minister told reporters at the event.
The Brazilian central bank has sharply reduced bank reserve requirements during the past few days, injecting some 200 billion reais in the banking system.
(Reporting by Walter Brandimarte, Editing by Chizu Nomiyama)
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14.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
U.S. Forces Nine Major Banks To Accept Partial Nationalization
Dow Soars 11 Percent; Biggest Point Gain Ever
By David Cho, Neil Irwin and Peter Whoriskey
Washington Post Staff Writers
Tuesday, October 14, 2008; Page A01
The U.S. government is dramatically escalating its response to the financial crisis by planning to invest $250 billion in the country's banks, forcing nine of the largest to accept a Treasury stake in what amounts to a partial nationalization.
News that European governments also planned to take stakes in their banks and anticipation of new U.S. measures unleashed a tremendous surge in U.S. stock prices yesterday, with the Dow Jones industrial average soaring to the biggest percentage gain since the 1930s, up 11.1 percent. It ended 936.42 points higher, the largest point gain ever, just days after the Dow had its steepest weekly decline in history.
The Treasury Department's decision to take equity stakes in banks represents a significant reversal, coming just weeks after Treasury Secretary Henry M. Paulson Jr. had opposed the idea. In a momentous meeting yesterday afternoon in Washington, Paulson, flanked by top financial regulators, told the executives of nine leading banks that they needed to participate in the program for the good of the national economy, two industry sources said on condition of anonymity because they were not authorized to speak publicly.
The government's initiative, which was to be announced this morning before the markets open for New York trading, is part of a wider plan that goes beyond the $700 billion rescue package approved by Congress earlier this month. The Federal Deposit Insurance Corp. is also set to announce today the launch of an insurance fund to guarantee new issues of bank debt. It will provide unlimited deposit insurance for non-interest-bearing accounts, which are widely used by small businesses for payroll and other purposes.
In pressing the bank executives to accept partial government ownership, Paulson's message was clear: Though officially the program was voluntary, the banks had little choice in the matter. In exchange for giving the Treasury minority stakes, the nine firms would jointly receive an investment worth $125 billion. The government would make another $125 billion available for the next 30 days to thousands of other banks and thrifts across the country.
Federal officials set conditions, telling the banks they could not raise their dividends without government permission and could not offer their executives new retirement packages, though the old packages would remain intact.
Paulson told them the moves would shore up confidence in their own institutions, spark lending throughout the system and send a message to smaller institutions that there is no stigma in accepting federal funding. Though some were reluctant, all of the executives complied.
There is a risk that banks will take the new government capital and use it to bolster their balance sheets but still not resume lending, and the Treasury is not getting any specific contractual guarantee to prevent that from happening. But bank regulators, particularly the Federal Reserve, will lean heavily on the firms receiving infusions to use the capital to increase their lending to businesses and consumers.
Taken together, the steps planned by the Treasury, the FDIC and the Federal Reserve amount to a monumental effort to jump-start the business of lending, which all but dried up in recent weeks as banks have lost faith in one another and their customers. Global markets began to melt down. Some emerging nations teetered on the brink of financial collapse.
Over the weekend, global leaders agreed in meetings in Washington to launch a coordinated program of injecting cash into the world's banks and guaranteeing their debt. The action by U.S. officials yesterday represented the U.S. version of those broad principles, and it was matched by similar efforts in Europe yesterday.
As part of the effort to flood the financial system with cash, the Federal Reserve made unlimited funds available early yesterday to other major central banks so they could inject money into banks in their countries and ease the shortage of dollars they face. Previously, the Fed's program of lending dollars to the European Central Bank, Bank of England, Bank of Japan and others had been capped at a total of $380 billion.
Under the rescue legislation signed into law earlier this month, the Treasury is allowed to take equity stakes in banks.
During debates on Capitol Hill, Paulson repeatedly described that measure as a way to shore up ailing financial institutions by buying their troubled mortgage securities and other assets.
Now that he has decided to use the $250 billion installment to pump capital directly into the banking system, he is planning to immediately ask Congress for a second installment of $100 billion to buy or insure the assets from institutions, according to congressional staff and banking industry executives briefed on the plan.
"When I was talking to members of Congress back then, they believed they were voting to buy up troubled assets, not to make capital infusions in banks," said Alan Blinder, a Princeton economist and a former Fed vice chairman. "If I were a member of Congress, I would be wondering about bait and switch because that was not really discussed."
Among the first to push the idea of injecting money into banks in exchange for an equity stake was Rep. Spencer Bachus (R-Ala.), who proposed the idea at a Sept. 18 night meeting on Capitol Hill that included legislators as well as Paulson and Federal Reserve Chairman Ben S. Bernanke.
After Paulson described his plan for the Treasury to buy up mortgage backed securities, Bachus suggested there were certainly other ways to address the crisis. "There has to be alternatives," he recalled telling the group, in an account that is consistent with accounts of others who were present at the meeting. "Why not inject capital into the institutions?"
At the meeting, Rep. Barney Frank (D-Mass.) and Sen. Jack Reed (D-R.I.) expressed support for the idea, according to people at the meeting.
But Treasury officials "said this is a crisis and that there was no time," Bachus said. Paulson "was very fearful that if we didn't do something immediately, we were going to see terrible things happen."
He said he thought that Paulson had acted with "integrity" but that "I do believe they had this one plan, and they were saying 'This is it.' "
Bachus answered the objection by saying that the government could take a non-voting stake in the institutions. But opponents in the meeting, including Treasury, were unmoved.
"I do think there were some ideological predisposition against capital injections," Sen. Charles E. Schumer (D-N.Y.) said of the meeting. Also, "their view was that it would take too long because you'd have to do it on a bank-by-bank basis."
Yesterday, few lawmakers took issue with the plan to recapitalize banks. But key Democrats argued that strict executive compensation limits should apply to any institution that accepts government money.
"Restrictions on executive compensation will ensure that taxpayer money is not wasted enriching the same people whose poor decision-making created this crisis," Schumer wrote in a letter to Paulson yesterday. "It is imperative that these restrictions, including limitations on the incentives for executives to take excessive risks and the elimination of golden parachutes, should apply to any capital injection program."
The new insurance program that will be launched by the FDIC to insure non-interest-bearing accounts is aimed mainly at small businesses, which tend to keep the largest balances in bank accounts and therefore are particularly likely to withdraw money if they believe their bank is having financial problems. Because banks are barred by law from paying interest on business accounts, the new guarantee will basically encompass all such accounts.
The extended guarantee matches similar guarantees by European countries, easing a concern that businesses would move money to overseas accounts. But the move also raises questions again about whether the FDIC will have enough money to meet its growing obligations as banks continue to fail.
The FDIC's bank debt guarantee would be open to newly issued bonds and other forms of debt that are issued before June of next year. The government's guarantee would last three years.
Earlier yesterday, while speaking to international bankers, Neel Kashkari, who is temporarily overseeing the government's $700 billion rescue package, laid out some details of the Treasury's efforts on that plan and acknowledged the need to move quickly. Kashkari, who was appointed interim assistant Treasury secretary for financial stability last week, said that key appointments, including a "prime contractor" company to oversee and run the purchase of troubled assets from banks, will be announced as early as today. It has also received "hundreds" of applications from firms seeking to become asset managers for the securities that Treasury will purchase. Other officials added that the department has hired law firm Simpson Thacher & Bartlett and investment consultants Ennis Knupp & Associates to help with the selection of contractors for the program.
Kashkari said the Treasury will be clarifying conflicts of interests among any firms that it hires because "firms with the relevant financial expertise may also hold assets that become eligible for sale."
Staff writers Binyamin Appelbaum, Zachary A. Goldfarb and Lori Montgomery contributed to this report.
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14.10.08
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segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Fluxo de capital privado para emergentes cairá 45%
EFE
13/10/2008
Os fluxos privados de capital para os mercados emergentes cairão 45% este ano, para US$ 619 bilhões, e diminuirão mais 10% em 2009, previu neste domingo a maior associação de bancos do mundo.
Segundo o Instituto de Finanças Internacional (IIF, em inglês), que reúne cerca de 400 bancos, os fluxos privados de capital para os mercados emergentes se mantiveram altos nos últimos 15 meses, mas os indicadores sugerem que "caíram de forma muito intensa em semanas recentes".
Europa volta a crescer já em 2009, diz diretor do FMI
'Recessão não deve durar', afirmou Strauss-Kahn.
FMI estima o crescimento da economia mundial em 3% no ano que vem.
Agência Estado
13/10/2008
O crescimento econômico da Europa deve ser retomado até o fim de 2009 e não haverá uma recessão "muito, muito longa" na região, disse o diretor-administrativo do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, numa entrevista à rádio francesa Europe 1.
Segundo Strauss-Kahn, a recessão "não deve durar". Ele observou que o FMI estima o crescimento da economia mundial em 3% no ano que vem. Para a Europa, o crescimento estimado é de 0,2%, afirmou. Ele acrescentou que as perdas relativas à crise financeira ainda não foram totalmente registradas e apontou que o FMI agora prevê perdas de cerca de US$ 1,4 trilhão, contra uma estimativa de US$ 1 trilhão em abril.
"O que foi feito nos últimos três dias fornece a reafirmação de elementos numa situação que é muito irracional", disse o diretor do FMI. "Os mercados não podem ser deixados sozinhos e devem ser regulados", afirmou. "A confiança deve voltar", disse Strauss-Kahn. Ele assegurou que não há razão para clientes, investidores e empresários se preocuparem depois das medidas anunciadas ao longo do fim de semana.
Brasil e Argentina estudam aumentar barreiras comerciais
BBC Brasil / Maria Carmo
13/10/2008
Os governos do Brasil e da Argentina analisam a adoção de medidas conjuntas do Mercosul para tentar reduzir o impacto da crise financeira internacional no bloco.
Segundo negociadores dos dois governos, uma das principais medidas seria o aumento da Tarifa Externa Comum (TEC) para os produtos importados dos países asiáticos, especialmente da China e principalmente os do setor têxtil.
Uma maior barreira tarifária - hoje em 35% - tornaria estes produtos mais caros e protegeria a indústria local.
Há temores de que a crise financeira global e uma possível queda nas vendas em algumas regiões do mundo façam com que os exportadores asiáticos aumentem sua oferta de produtos ao Mercosul.
De acordo com a imprensa argentina, os efeitos do terremoto financeiro foram também o principal assunto de um telefonema entre a presidente argentina, Cristina Kirchner, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"A dúvida é saber se Paraguai e Uruguai aceitariam o aumento da TEC", disse um negociador brasileiro à BBC Brasil.
Segundo ele, a idéia é adotar medidas conjuntas para evitar que a importação "excedente" não ingresse no bloco através de algum dos sócios.
Esta e outras medidas deverão ser tratadas numa reunião – ministerial ou mesmo presidencial – prevista para a semana que vem, ainda sem data marcada.
Alemanha deve anunciar pacote de R$ 1,2 trilhão
BBC Brasil / Marcelo Crescenti
13/10/2008
O governo alemão anuncia nesta segunda-feira um pacote com garantias no valor de 400 bilhões de euros (cerca de R$ 1,2 trilhão) para estabilizar o setor financeiro do país.
Segundo informações vazadas para a imprensa alemã, a peça-chave do pacote alemão é a criação de um fundo para estabilização do mercado financeiros bancado pelo governo.
Esse fundo poderá ser usado para cobrir dívidas de bancos alemães. A condição do governo é que os bancos afetados provem que têm uma "política financeira sólida".
Em compensação, o governo ficaria com o direito de interferir nas decisões dos bancos em relação ao pagamento de diretores e do conselho fiscal da empresa. O governo poderá também receber ações dos institutos financeiros.
A premiê alemã, Angela Merkel, apresentará o plano nesta segunda-feira ao seu gabinete e o anunciará oficialmente por volta das 15h locais (10h de Brasília).
Um total de 70 bilhões (cerca de R$ 222 bilhões) de euros deverá ser usado para aumentar a liquidez do mercado e reativar o fluxo de empréstimos entre os bancos alemães.
O dinheiro poderá também ser usado como crédito para a aquisição de bancos em problemas por concorrentes.
O pacote deverá ser financiado com dívidas do Estado, o que pode levar o governo a não cumprir a meta anunciada de ter um orçamento balanceado e sem novas dívidas até 2011.
Euro Nations to Guarantee Bank Refinancing
By THE ASSOCIATED PRESS
Published: October 12, 2008
Filed at 4:04 p.m. ET
PARIS (AP) -- Nations in Europe's single-currency zone agreed Sunday to temporarily guarantee bank refinancing as part of a raft of emergency measures to ease the credit crisis.
The head of the region's central bank welcomed the unity -- but warned there is more work to do.
''The force of unity that we showed today is a fundamental element of confidence,'' said European Central Bank Chief Jean-Claude Trichet. But, he added: ''there are still many things to do,'' both by governments and central bankers.
French President Nicolas Sarkozy said the measures -- which range from help with liquidity and injections of capital to new accounting rules for banks -- will be enacted ''without delay'' in the 15 countries using the euro -- with simultaneous Cabinet meetings being held Monday in Italy, Germany, France and elsewhere.
However, there was no sum given on how much these measures would cost, and Sarkozy said each country would decide how much it would spend.
The rest of the 27-member European Union will have a chance to sign up to the measures when they meet Wednesday.
Sarkozy said he hopes to persuade the United States to agree to a broad summit involving all the world's major economies to agree on international measures.
Sarkozy chaired an emergency summit of leaders of the 15 euro-zone countries in Paris on Sunday to find European solutions to the global financial crisis.
Their final declaration said the governments would guarantee ''for an interim period and on appropriate commercial terms'' new debt issued by banks for up to five years.
''This scheme would be limited in amount, temporary and will be applied under close scrutiny of financial authorities until Dec. 31, 2009,'' it said.
The statement said that one way that governments could save banks would include buying big stakes.
Sarkozy said the measure taken by the leaders is ''not a gift to banks.'' He said it will be in place through the end of next year.
''Banks need to be loaned money,'' he said. ''So that this confidence is restored, states will have the possibility to guarantee the loans that banks take out, guarantee them under different forms.''
German Chancellor Angela Merkel said financial instruments agreed upon by euro zone countries will make the crisis ''a bit more manageable.''
''It will allow markets to start functioning again, that was our aim. It is a strong message to the markets.''
As the financial crisis drags down the global economy, world leaders are scrabbling for way to stop the panic. But efforts to agree a coordinated global response have stumbled as leaders seek to address the unique challenges of their own countries.
''It's not easy,'' said Sarkozy. ''We have different traditions. For some of us, we don't have the same currency. We have different regulators.''
But, he said, ''In a situation of urgency we had to take responsibility.''
Even within the 27-nation EU, some countries are facing the collapse of a housing market, some have had to step in to save banks, while others have faced different problems.
Finance ministers from the Group of 20, which includes rich countries and major developing nations such as China, Brazil and India, meeting in Washington this weekend, pledged to intensify their efforts to unblock a frozen financial system before it does more damage to an increasingly shaky global economy -- but made no concrete offers of new moves.
Following annual meetings by the World Bank and the International Monetary Fund in Washington this weekend, the European leaders' decision will be watched closely by markets Monday.
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13.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Brazil-France defense pact wrong choice - analysts
Fri Oct 10, 2008 1:14pm EDT
By Eduardo Simoes
SAO PAULO, Oct 10 (Reuters) - Brazil will sign a strategic defense alliance with France in December that it hopes will boost the domestic weapons industry, but critics say it may be choosing the wrong military equipment for its needs.
As part of the pact, Brazil will build a nuclear-powered submarine and around 50 helicopters under license from the French. It has also short-listed France's Dassault (AVMD.PA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) in a tender for at least 36 fighter jets.
Brazil, Latin America's largest country and economy, is planning to build up its military capabilities partly to help protect huge recent oil finds off its southern coast.
But defense industry analysts say U.S. or Russian aircraft are generally more suited to Brazil's continent-sized territory and that the nuclear-propelled submarine is too expensive and inappropriate for Brazilian waters.
"I don't think it's our best (choice) strategically," said Gunther Rudzit, a former defense ministry advisor.
Choosing France was a political compromise to neither depend on U.S. technology nor alienate Washington by choosing Russia, which supplies planes to the declared U.S. enemy Venezuela, analysts said.
"With (Russia's) approach to Venezuela, the United States said it wouldn't oppose a military accord between Brazil and France," said Jorge Zaverucha, professor of politics at the Federal University in northeastern Pernambuco state.
Brazil's leftist president, Luiz Inacio Lula da Silva, maintains cordial relations with the United States but often distrusts Washington's interests in South America.
France's President Nicolas Sarkozy said in February he agreed in principle to have French submarines and helicopters built in Brazil and intended to sign a strategic alliance.
Brazil last year earmarked $880 million to complete a nuclear reactor it wants to mount on a submarine built in Brazil under license by the French.
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13.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Rush Is On to Get Rescue Plan Moving
By THE ASSOCIATED PRESS
Published: October 13, 2008
Filed at 6:43 a.m. ET
WASHINGTON (AP) -- With the world's financial markets on a stomach-churning ride, the Bush administration is scrambling to get a $700 billion rescue effort for the U.S. banking system up and running. And Europe's central banks began to take unified actions Monday aimed at easing the credit crisis.
The coordinated efforts by European and U.S. authorities to prop up the banking system brought a measure of relief to markets. European markets opened strongly Monday following Asia's lead in response to the widespread government initiatives.
The Bush administration, meanwhile, faced a daunting task as it moves to put together what will be one of the world's largest asset management firms while rethinking how the program should operate.
Neel Kashkari, an assistant Treasury secretary running the program on an interim basis, planned to give a progress report Monday.
In Europe, the Bank of England, the European Central Bank and the Swiss National Bank jointly announced they would work together to provide unlimited short-term funds to make money available to ease the credit freeze. The Bank of Japan said it was considering a similar move.
''The government cannot just leave people on their own to be buffeted about,'' said British Prime Minister Gordon Brown.
To assist the European banks, the U.S. Federal Reserve said it was taking actions to assure enough U.S. dollar funds were available to meet demand.
The British central bank was making available $63 billion to the three largest British banks to bolster their balance sheets.
The government move will leave British taxpayers owning as much 47 percent of the Royal Bank of Scotland Group PLC, and 43 percent of Loyds TSB Group PLC and HBOS PLC, two British banks in the process of merging. A third bank, Barclays PLC said it would not seek government help as it boosts its capital by $11.4 billion.
''The hope is that today will mark a watershed, with vast measures of government reassurance finally rekindling some confidence in the shattered banking sector,'' said Keith Bowman, an analysts at Hargreaves Landsdown Stockbrokers in London.
Treasury Secretary Henry Paulson said during weekend meetings with global financial powers that his department was working around the clock to carry out the plan. His comments were meant to convince investors that the world's largest economy is moving quickly to get lending restarted and avert what could be a deep and painful global recession.
Those dire concerns sent markets around the world reeling last week, giving the Dow Jones industrial average it worst week on record. Since peaking a year ago, the Dow is now down 40.3 percent. U.S. stocks have lost $8.4 trillion in value over the past year.
Throughout the weekend, the administration worked to restore confidence, using the annual meetings of the 185-nation International Monetary Fund and World Bank to send a message that global finance officials will do what it takes to resolve the crisis.
The Group of Seven major industrial countries issued a five-point action plan that pledged to do everything from preventing major banks from failing to unfreezing credit markets.
President Bush met with G-7 finance officials at the White House on Saturday morning and later traveled to the IMF to meet with the Group of 20, which includes rich countries as well as major developing nations such as China, Brazil, India and Mexico. He stressed the need for cooperation.
In Paris, the 15 nations in Europe's single-currency zone agreed Sunday to steps including temporarily guaranteeing bank refinancings.
The Bush administration over the past six weeks has taken over the nation's two biggest mortgage finance firms, Fannie Mae and Freddie Mac, rescued American International Group, the world's biggest insurance company, and won congressional approval of a $700 billion rescue package for the entire financial system.
As the bailout bill rushed through Congress, Paulson stressed that the major aim was to buy bad assets, primarily mortgage-backed securities, from financial institutions. The hope was that taking those bad loans off the books would encourage banks to return to more normal lending operations and unclog credit flows -- the economy's lifeblood.
Paulson said Friday that the government also would use some of the money to buy stakes in banks. The goal is to give banks the resources to resume lending at more normal levels.
That about-face has left the administration trying to decide how much to devote to buying bad assets and how much to use for stock purchases.
Lawmakers who pushed to include the stock purchase program in the rescue bill over initial administration objections say the stock purchases can start much faster than the effort to buy bad assets and help restore market confidence sooner.
Sen. Charles Schumer of New York, chairman of the Joint Economic Committee, said Sunday that he hoped the administration would announce as soon as Monday that the stock purchases were being launched.
''We're beginning a downward spiral, not just in finance ... but in the whole economy. We need quick action,'' Schumer said on ABC's ''This Week.''
Schumer and other Democrats lined up behind House Speaker Nancy Pelosi's plan to bring lawmakers back to Washington after the Nov. 4 election to work on a second economic relief plan of up to $150 billion. It would extend jobless benefits, increase food stamp funding and finance government construction projects.
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13.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Meta fiscal de 2009 pode ficar comprometida
Agência Estado
13/10/2008
O governo poderá ter dificuldades de cumprir a meta formal de superávit primário de 3,8% do Produto Interno Bruto(PIB) no próximo ano, caso a economia brasileira cresça menos que 2,5%, piso das previsões da equipe econômica para 2009. Nos últimos dois anos, a arrecadação federal tem sido puxada principalmente pelo Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e pela Contribuição Sobre Lucro Líquido (CSLL), tributos que incidem sobre o lucro das empresas, que agora corre o risco de despencar por causa da crise.
Entre 2003 e este ano, a arrecadação da CSLL e do imposto sobre a renda, ganhos de capital e remessas para o exterior cresceu de R$ 72 bilhões para R$ 172 bilhões, uma expansão de 137% num período em que a inflação mal superou os 30%.
Esse fantástico desempenho da receita, que financiou as contas do governo nos últimos cinco anos, deve desaparecer no cenário de 2009, mesmo que a economia brasileira continue crescendo. Já as despesas devem subir por causa dos compromissos assumidos pelo governo antes do estouro da crise, como o reajuste dos servidores públicos e do salário mínimo.
Apesar da maior dificuldade, o governo não vai reduzir os investimentos do PAC, disse, na semana passada, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Segundo ele, nem mesmo o superávit precisará ser reduzido, caso a economia cresça 4% em 2009. Para a equipe do Ministério da Fazenda, entretanto, a redução do esforço fiscal (em relação ao superávit de 4,4% do PIB de 2008) é tida como certa e necessária para compensar a falta de liquidez e a desaceleração da economia.
"Como a situação fiscal está boa, o governo pode fazer uma política anticíclica de país desenvolvido, reduzindo a taxa de juros e o superávit primário", disse um assessor do ministro Guido Mantega, comparando com a situação de 1999 e 2003, quando o governo teve de apertar o cinto.
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13.10.08
Marcadores: Tributária
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Valor das empresas na Bolsa encolhe R$ 1 trilhão
O Estado de São Paulo / Mônica Ciarelli
10/10/2008
Em quase cinco meses, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi do paraíso ao inferno. Desde 20 de maio, quando o Ibovespa atingiu o pico histórico de 73.517 pontos, o valor de mercado das companhias encolheu mais de R$ 1 trilhão. Essa perda representa pouco menos da metade do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2007.
Diante da dimensão da crise financeira internacional, poucos economistas arriscam traçar um cenário para a Bovespa no curto prazo. "Nossa geração nunca experimentou ou deve experimentar outra crise dessa dimensão de novo", disse o ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e sócio da JB Partners, José Luiz Osório. Segundo ele, não há sinais de que o cenário de turbulências no mercado possa se dissipar no curto prazo.
"O preço das ações nesse momento de crise fica divorciado da realidade da companhia", comentou o ex-presidente do Banco Central (BC) e sócio da Tendências Consultorias, Gustavo Loyola. Para ele, as chances de o PIB brasileiro crescer menos de 3% em 2009 cresceram muito nas últimas semanas, com a piora das turbulências no front externo. "Seria uma desaceleração muito forte. Este ano, o crescimento deve ficar na casa dos 5%", afirmou.
Para Loyola, o BC erra ao adotar intervenções em "conta-gotas" no câmbio. Ele lembra que a disparada do dólar afeta diretamente a inflação, o que deve obrigar o governo a manter os juros elevados. A conjunção desses fatores tende a resultar em lucros menores para as empresas.
Loyola recomenda uma intervenção mais pesada, que cause perdas ao investidor que apostar na alta do dólar. "Não podemos gastar os US$ 200 bilhões de reservas com intervenções em conta-gotas. As intervenções deveriam ser mais fortes."
O sócio responsável pelo Modal Asset Management, Alexandre Povoa, observou que a previsão de lucro para as companhias em 2009 mudou. Para ele, a grande dúvida é o nível de preço das commodities e como ficará o crédito. Povoa explica que a queda da bolsa nas últimas semanas reflete ainda a saída dos investidores neste momento de crise, especialmente dos estrangeiros.
Apesar do cenário sombrio, José Luiz Osório acredita que o investidor deve olhar com atenção para as ações de empresas que tem bons fundamentos e estão com preço deflacionado.
Tributos arrecadados superam os R$ 800 bilhões na próxima segunda-feira
O recorde ocorrerá apenas 1 mês depois da marca de R$ 700 bilhões; valor equivale a 2,105 bilhões de salários mínimos
InfoMoney
10/10/2008
A marca de mais de R$ 800 bilhões em tributos pagos pelos brasileiros deve ser superada na noite da próxima segunda-feira (13). O total corresponde à toda a receita recolhida pelos municípios, estados e União, desde o primeiro minuto de 2008.
O valor arrecadado pode ser consultado, em tempo real, no site www.impostometro.com.br. O portal indica os valores somados aos cofres públicos por mais de 60 tributos diretos ou indiretos.
A quantia anunciada será alcançada apenas 1 mês depois dos tributos arrecadados totalizarem R$ 700 bilhões. Além disso, a arrecadação está mais acelerada do que em 2007, já que, no ano passado, o valor foi superado no dia 24 de novembro, 42 dias mais tarde.
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10.10.08
Marcadores: Tributária
Mercosul e UE buscam acordo para minimizar crise
Terra / Laryssa Borges
20/10/2008
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defenderá na próxima semana, em reunião com o primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Zapatero, a retomada das discussões em torno de um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Européia, mecanismo que, segundo o governo brasileiro, pode representar a demonstração da capacidade de articulação dos países emergentes diante da crise financeira nos Estados Unidos e minimizar seus efeitos para nações em desenvolvimento.
O tema deverá ser novamente colocado em pauta por Lula em encontros com chefes de Estado da África do Sul e da Índia a partir de quarta-feira, quando participará da 3ª Cúpula do Ibas (Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul). No início da noite desta quinta-feira, Lula já reunirá o ministro Guido Mantega (Fazenda) e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para dar orientações sobre a posição que o Brasil deve defender em Washington (EUA) durante as reuniões do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do G-20 financeiro.
"O presidente considera importante ter em conta que a natureza global da crise nos mostrou que é necessário ter uma supervisão de instituições internacionais (com o objetivo de) dar sentido claro de direção aos agentes econômicos", anunciou o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach.
"A conclusão de acordos desse tipo (Mercosul-UE) sempre é benéfica, principalmente em momentos de crise", completou o porta-voz.
Mais uma vez o presidente Lula deve observar que o destravamento da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a conseqüente retomada das discussões pela liberalização do comércio agrícola mundial também seriam um "alento" para as nações impactadas pela crise.
"A idéia do presidente é que a queda de barreiras no comércio internacional é sempre benéfica para melhorar os fluxos (de comércio). Nesse momento sensível, todas essas negociações têm uma grande importância porque podem evitar que os prejuízos da crise sejam ainda maiores", explicou Baumbach, enfatizando que o governo brasileiro defenderá a adoção de "respostas coordenadas" e de um mecanismo de "supervisão" feito por entidades internacionais.
Ele não soube detalhar, no entanto, de que maneira seria possível viabilizar esse "esforço conjunto e cooperativo" dos países.
Eurocâmara exige nova regulação do mercado ainda em 2008
EFE
10/10/2008
O plenário do Parlamento Europeu exigiu hoje que a Comissão Européia (CE, órgão executivo da União Européia) apresente propostas para reforçar a supervisão e a estabilidade dos mercados financeiros ainda este ano.
Os eurodeputados aprovaram com 565 votos a favor, 74 contra e 18 abstenções a um relatório que vinha sendo preparado há meses e cuja aprovação final acontece em meio à crise.
De fato, algumas das medidas solicitadas pelo Parlamento Europeu já foram anunciadas nos últimos dias pela CE, como a revisão dos requisitos de capital exigidos dos bancos e a criação de um "grupo de sábios" para abordar o futuro da supervisão financeira na União Européia (UE).
"A CE começou de repente a ser muito ativa neste âmbito", destacou hoje uma das conferentes do relatório, a socialista holandesa Ieke van den Burg, que lembrou, no entanto, que há "anos" a Eurocâmara vem pedindo mudanças na regulação e na supervisão do mundo das finanças.
Na mesma linha, o outro responsável pelo texto, o liberal romeno Daniel Daianu, afirmou que "a atual crise valida todas as preocupações que o Parlamento Europeu expressou durante anos sobre a arquitetura de supervisão financeira na UE".
"Estamos pagando pela desregulação dos últimos tempos", acrescentou.
O relatório de iniciativa, aprovado hoje com maioria absoluta, força à CE a fazer projetos de lei alinhados com o exigido pelos eurodeputados ou, caso contrário, a dar explicações sobre porque não considera pertinente fazê-los.
Na realidade, a CE já trabalha em várias das propostas solicitadas pelos parlamentares, que em sua maioria criticaram o fato de o comissário do Mercado Interno europeu, Charlie McCreevy, só ter decidido agir quando a crise financeira já havia afetado seriamente a economia
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10.10.08
Marcadores: Governança
Crescimento sustentável é 'chave real' para AL, diz FT
BBC Brasil
10/10/2008
Um crescimento sustentável é a "chave real" para que os países latino-americanos garantam estabilidade ao longo prazo e evitem ser atingidos por choques como a atual crise financeira global, segundo uma reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal Financial Times.
Citando o economista-chefe para a América Latina e Caribe do Banco Mundial, Augusto de la Torre, e outros economistas, o jornal afirma que medidas ortodoxas têm ajudado alguns países da região a "se integrar de maneira mais segura aos mercados financeiros globais", mas que a estabilidade a longo prazo depende do crescimento sustentável.
De acordo com o FT, no entanto, vários países da região ainda não implementaram "as reformas estruturais que precisam ser feitas para que isso aconteça, especialmente o corte de gastos extravagantes como a folha de pagamento do setor público."
O Financial Times afirma que, para muitos países, há um fundo de verdade na afirmação de que a região está mais imune ao que acontece nos países desenvolvidos e a crises do tipo enfrentado pela Rússia e países asiáticos no fim dos anos 90.
Viracopos e Galeão serão privatizados
Gazeta Mercantil/Caderno C
10/10/2008
Resolução do Conselho Nacional de Desestatização (CND) publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU) dá mais um passo no processo de privatização dos aeroportos internacionais Antonio Carlos Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, e Viracopos, em Campinas (SP). Assinada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Miguel Jorge, a resolução recomenda ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que autorize a inclusão dos dois aeroportos no Programa Nacional de Desestatização (PND).
O conselho também propõe que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) seja designada a responsável por executar e acompanhar a privatização dos equipamentos atualmente administrados pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).
A privatização do Tom Jobim foi sugerida pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), em agosto deste ano. Um mês antes, ele já havia defendido que a gestão do aeroporto fosse transferida para o governo estadual.
Cabral alega que o atual estado de conservação do equipamento pode comprometer a candidatura da cidade às Olimpíadas de 2016. Segundo ele, seria necessário investir mais de R$ 500 milhões para adequar o aeroporto às exigências do Comitê Olímpico.
Já em Viracopos, segundo maior terminal de cargas do país, o governo vem investindo pesado para, conforme disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim, tornar o equipamento "o grande aeroporto de São Paulo". Em fevereiro, a Infraero assinou com a prefeitura de Campinas um termo de cooperação mútua para desapropriar áreas no entorno do aeroporto. No local deve ser construída uma segunda pista de pouso e decolagem. O custo inicial da obra é de cerca de R$ 500 milhões.
Segundo a Infraero, as importações realizadas por Viracopos registraram movimentação histórica no mês de agosto. Foram 15.079 toneladas importadas pelo terminal, maior marca desde a inauguração do aeroporto. O crescimento foi de 23,33% em relação ao mês de agosto de 2007, quando o movimento foi de 12.226 toneladas de produtos.
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10.10.08
Marcadores: Infra-estrutura
Brazil reiterates no change to oil contracts
Fri Oct 10, 2008 6:25am EDT
LISBON, Oct 10 (Reuters) - Brazil will not alter existing contracts with foreign and local oil producers that have discovered huge reserves in the subsalt cluster deep under the ocean floor, Energy Minister Edison Lobao reiterated on Friday.
Speaking at a Portuguese-Brazilian business meeting in Lisbon, Lobao also hailed the presence of Portugal's Galp Energia (GALP.LS: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) in several Santos basin blocks, calling it an important partner of Brazil's state-run oil giant Petrobras (PETR4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz)(PBR.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz).
"Brazil will respect all the contracts. The sanctity of the contracts will never be broken," Lobao said.
Galp has a 10 percent stake in the Tupi discovery, where Petrobras estimated recoverable reserves at up to 8 billion barrels, and in a number of other important projects like Jupiter and Iara.
Other partners in these and other subsalt blocks include Britain's BG Group (BG.L: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), Spain's Repsol (REP.MC: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) and ExxonMobil (XOM.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) of the United States.
After the Tupi reserve announcement last November, Brazil started mulling changes to its oil law and other rules for oil exploration and production, eyeing more taxes and royalties, as well as changing the way it offers new concessions to leave high-potential blocks in state hands.
But it has repeatedly said any changes would apply only to future contracts.
Also on Friday, Galp and Petrobras signed a draft deal to set up a joint venture to produce 500,000 tonnes a year of biodiesel, with half of that amount to be produced in Portugal for distribution in Europe. The partners were yet to confirm the commercial viability of the project. (Reporting by Elisabete Tavares and Andrei Khalip; editing by James Jukwey)
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10.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Brazil Poised to Become Oil Superpower
By THE ASSOCIATED PRESS
Published: October 9, 2008
Filed at 7:35 p.m. ET
RIO DE JANEIRO, Brazil -- Four miles under the ocean's surface off Brazil's lush coast lie billions of barrels of recently discovered light crude -- a treasure that could transform the country into an oil superpower.
President Luiz Inacio Lula da Silva called it ''a gift from God'' and pledged to end chronic poverty and narrow the country's broad gap between the rich and the poor.
But before rhetoric becomes reality, Brazil must first get to the underwater reserves, among the world's deepest, and then manage a massive influx of wealth -- a formidable task that has left other national economies awash in corruption and even greater gaps between the rich and poor.
Jockeying for a cut of the proceeds has already begun.
Military officials are calling for increased military spending, stressing the need for a nuclear submarine program and new fighter jet fleet to protect the oil from rivals.
The nine fields discovered in the last year are thought to hold 50 billion to 80 billion barrels of light crude -- more than four times Brazil's current proven reserves. With the find, Brazil could supply all of its own needs for nearly a century or become one of the world's top oil exporters.
Even getting to that point will test the state-run oil company Petroleo Brasileiro SA, which has decades of experience in deep-water drilling.
The oil fields will be the most complicated and costly it has ever developed. Analysts say the project will require at least a $600 billion investment over 30 years.
The deep-water reservoirs lie some 185 miles offshore in the Atlantic, more than a mile below the ocean's surface and under another 2.5 miles of earth and corrosive salt. The salt beds can break loose and shear off piping, making it one of the toughest substances to drill.
Given those conditions, rough ocean currents and floating rigs, the technology required to tap Brazil's so-called ''pre-salt'' oil is on par with that needed to land a man on the moon, said Eric Smith a drilling expert at the Entergy-Tulane Energy Institute at Tulane University in New Orleans.
''If you were doing this with a drill from atop the Empire State building, about 1,000 feet up, you'd be trying to hit a target on 34th Street the size of a quarter,'' said Smith.
''Then you've got to go down an equivalent distance to reach the oil, and it might not be on 34th Street, it might be on 42nd Street,'' he said.
Petrobras will use seismic imaging to map the reserves, but even that will not provide a clear view under the salt, which blurs images, said Judson Jacobs, director of upstream technology at Cambridge Energy Research Associates in Cambridge, Massachusetts.
Drilled wells must also withstand crushing pressure of extreme depths, Jacobs said.
But there are logistical problems beyond engineering.
The recent record prices for oil have led to global shortages of drilling equipment just when Brazil needs it most. The country will have to rent 138 drilling platforms -- or build them for as much as $1.7 billion each -- and find at least 200 ships to transport oil and gas over the next 30 years, a mid-September study by Brazil's national development bank found.
The financial spillover could begin with Brazil's dormant shipping industry and create tens of thousands of jobs, Silva has said.
Silva appointed a cabinet-level committee to draft plans for restructuring the oil industry to accommodate rapid growth. That committee is expected to recommend a new state-owned oil company negotiate contracts for the pre-salt finds.
Still, some consider that a return to nationalism -- and an unfair rebuff of Petrobras shareholders, whose capital largely financed the most recent discoveries and who expect returns.
Petrobras will have to work with private partners, more likely through production-sharing deals than the current concession contracts it now favors, said Christopher Garman, head of Latin America research for the New York-based Eurasia Group consulting firm.
Garman called fears of nationalism that once dominated Brazil's energy industry a bit ''overblown.'' Laws passed in 1997 broke the government's monopoly over Petrobras, allowing foreign investors to buy stakes in 60 percent of the company. About a million Brazilian citizens hold shares, too.
Brazilian officials insist any new oil company would not actually drill, but negotiate production-sharing agreements between Petrobras and private partners, which already include Royal Dutch Shell, BG Group Plc, and a division of Galp Energia, Portugal's biggest energy company. Petrobras, the dominant player in Brazil's energy sector, would retain its leadership position.
If oil hovers around $100 a barrel, the pre-salt fields would yield at least $5 trillion, doubling the oil sector's share of Brazil's economy to 20 percent, according to Garman. It would also triple currency reserves to $600 billion, the president of Brazil's central bank said.
Taxes and royalties from Petrobras were $34 billion, or about 4 percent of government income in 2007.
How the money is spent will have very serious ramifications.
A deluge of oil money has fueled labor abuses and economic imbalances that hit the poor hardest in many nations, such as Nigeria. It has also triggered rapid inflation and even overvalued local currencies, like the Netherlands saw in the 1960s. In those and other cases, the result was slashed exports and unemployment.
Silva has suggested Brazil might invest a good portion of its oil revenue, as Norway has done, rather than pump it into the economy. Treasury officials in May unveiled plans to funnel pre-salt income into a sovereign investment fund, which could ultimately hold between $10 billion and $20 billion.
But with 57 million Brazilians living in poverty, the government may spend much of its oil money to help the poor and boost education -- though no new programs have been outlined.
During a visit to an offshore oil platform, Silva promised that oil income would be ''a direct bridge between nature's riches and the eradication of poverty.''
''We will transform a perishable wealth, like oil and gas, into a source of permanent wealth for the Brazilian people,'' he said, clad in a Petrobras hardhat after dipping his fingers into some of the first crude pumped from the pre-salt area last month.
''God has given Brazil one more chance,'' he said.
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10.10.08
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