segunda-feira, 20 de abril de 2009

Teste de resistência de bancos está quase concluído, diz Obama

AFP
20/04/2009
O presidente Barack Obama indicou neste domingo que o teste de resistência a que foram submetidos os 19 principais estabelecimentos financeiros americanos apra avaliar sua solidez e suas eventuais necessidades estava quase concluído.
"Estou certo de que teremos algo mais a dizer nos próximos dias", afirmou, ao fim da Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, destacando que "a situação da economia ainda é difícil".
"Ainda há uma contração do crédito e os bancos não estão emprestando em seus níveis anteriores", explicou.
Os primeiros indicadores econômicos de abril publicados nos Estados Unidos não foram tão ruins como os dos meses anteriores, o que faz esperar a volta de uma conjuntura normal.
Mesmo assim, Obama foi pragmático: "Os Estados Unidos não estão a salvo".
No mesmo sentido, o principal assessor econômico de Obama, Lawrence Summers, afirmou neste domingo que a economia americana ainda corre riscos importantes, apesar dos sinais positivos. Ele recomendou prudência.
"Devemos ser prudentes, já que o caminho da recuperação é longo, persistem riscos importantes e devemos estar prontos para enfrentar os imprevistos", afirmou Summers ao canal NBC.

Parecer da CVM pode levar a mudança nos estatutos

Valor Econômico / Silvia Fregoni Graziella Valenti e Catherine Vieira
20/04/2009
As companhias que experimentaram o veneno de estar amarradas a um estatuto que impediu uma capitalização ou a venda no meio da crise já conseguiram um antídoto.
O parecer de orientação que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou em audiência pública na quinta-feira pode ser o suficiente para as empresas decidirem se livrar desse problema.
O regulador manifestou seu entendimento de que os artigos de estatuto que impedem a retirada das chamadas pílulas de veneno não têm validade.
As pílulas de veneno são mecanismos que protegem a dispersão acionária de uma empresa e se difundiram no país, com várias peculiaridades, na febre das aberturas de capital. Na prática, encarecem compras de controle ou de fatia relevante nas empresas, podendo até inviabilizar negócios.
A redação de muitas dessas pílulas tinha uma barreira adicional para os interessados: o acionista que votasse pela eliminação dessa cláusula teria de fazer uma oferta pública aos demais nas condições previstas. Essa barreira ficou conhecida como "cláusula pétrea" e é o alvo da CVM.
Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que 84 companhias do Novo Mercado e dos níveis de governança da bolsa têm algum tipo de cláusula de proteção à dispersão acionária. Dessas, 22 têm a cláusula pétrea
Erica Gorga, professora de direito societário da FGV e responsável pelo estudo, concorda com a iniciativa da CVM. "As cláusulas pétreas são ilegais, pois ferem a Lei das Sociedades por Ações."
Esse é o principal argumento da autarquia. O regulador acredita que esse mecanismo contraria a soberania da assembleia de acionistas e limita o direito de voto.
Marcos Rafael Flesch, sócio do escritório Souza, Cescon Avedissian, Barrieu e Flesch Advogados, acredita que as companhias que possuem essa barreira no estatuto poderão se sentir motivadas a sugerir sua retirada, em função do entendimento da CVM. E os acionistas poderão ficar mais confortáveis em votar favoravelmente à eliminação dessa barreira.
O parecer do regulador, porém, não significa a completa a eliminação do risco sobre a questão. "Os acionistas e as empresas continuarão podendo recorrer à arbitragem ou à Justiça para cobrar o cumprimento do estatuto", disse o advogado Rodrigo Nascimento, do escritório Mattos Filho Veiga Filho Marrey Jr. e Quiroga.

Lucro das 500 maiores empresas recua 85% em 2008

InvestNews
20/04/2009
O lucro das 500 maiores empresas norte-americanas despencaram 85% em 2008, registrando seu pior resultado em mais de meio século, conforme mostrou a revista Fortune (que reúne as 500 maiores empresas dos Estados Unidos). "Os lucros caíram 84,7% desde o ano anterior, passando de US$ 645 bilhões para US$ 98,9 bilhões, supondo o pior desempenho em 55 anos de história da revista", conforme ressaltou.De acordo com o levantamentos, os setores mais atingidos foram o financeira e o automotivo, com perdas de US$ 214,3 bilhões para o primeiro segmento, sendo US$ 99,3 bilhões somente da seguradora AIG.

Intermodal: Empresas atuam na contramão da crise e investem

O profissional de logística leva para as empresas a visão sistêmica de todo o conjunto de processos que, implantados, devem culminar na otimização do uso dos recursos e na redução de custos das empresas
Jornal do Comércio - RS
20/04/2009
O termo logística tem se tornado o centro das discussões em reuniões de trabalho e encontros de executivos. Em tempos de crise econômica, a preocupação com a necessidade de excelência ao longo de toda a cadeia produtiva se torna ainda maior. E é através da eficiência na execução dos processos que iniciam com o fornecimento de insumos, passam pela produção e terminam na venda e distribuição do produto acabado, que a logística torna-se um importante diferencial competitivo.
O profissional de logística leva para as empresas a visão sistêmica de todo o conjunto de processos que, implantados, devem culminar na otimização do uso dos recursos e na redução de custos das empresas. Dados da Associação Brasileira de Logística (Aslog) indicam que a logística é responsável pela geração de cerca de 20% do PIB no País. Deste total, 12% correspondem a transporte e 8% a armazenagem, que envolve a administração de pedidos e a estocagem, seja ela de matérias-primas ou da produção final.
Em um cenário econômico adverso como o atual, a logística ganha um papel de destaque no planejamento estratégico das organizações para driblar a crise. Não apenas como forma de reduzir custos, mas também como alternativa para aumentar a competitividade. É neste contexto que está sendo realizada a Intermodal South America 2009, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Maior feira das Américas dos setores de logística, transporte e comércio internacional, a Intermodal conseguiu concretizar o que hoje é considerado o maior desafio do mercado: em um único espaço, está integrando 450 expositores dos modais aéreo, rodoviário, ferroviário e marítimo.
No evento que iniciou na terça-feira, dia 14, e se encerra hoje, o visitante poderá descobrir o que as principais empresas do setor de logística do País estão fazendo de novo, como a chegada de operadores logísticos internacionais que se fundem com empresas nacionais; também oferece a oportunidade de conhecer novos softwares de armazenagem, além de os investimentos previstos pelas empresas para este ano. “O evento é um pólo de informações sobre as melhores práticas que estão acontecendo no setor de logística”, afirma o diretor da UBM, promotora da Intermodal. Na edição do ano passado, o evento recebeu 45 mil profissionais do setor.
Mescladas entre os expositores e contrariando as previsões mais pessimistas, estão algumas empresas com atuação no Rio Grande do Sul que, na contramão da crise, anunciam investimentos e apostam em novos negócios. A Capital Realty definiu para o biênio 2009-2010 investimentos de R$ 20 milhões para a construção de 17 mil m2 de armazéns no Mega Intermodal, condomínio logístico situado em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre. O local possui, atualmente, 30 mil m2 de área construída. Esta área já inclui um prédio de 6 mil m2, recentemente inaugurado. “Há uma carência enorme por áreas com infraestrutura adequada. Existem negociações para construção de novas estruturas para atender operadores logísticos nos três estados da Região Sul e em São Paulo”, afirma o diretor da empresa, Rodrigo Demeterco. “Nosso molde de investimento evidencia a relação custo-benefício e também desmistifica as vantagens de se ter sede própria, ou seja, deixa o empresário livre para investir na sua atividade principal”.
Os rendimentos da Capital Realty com a locação de áreas no condomínio somaram R$ 35 milhões em 2008 com um aumento nominal de 30% sobre o ano anterior. A meta fixada para 2009 é um crescimento entre 20% e 25%.

Fundos na berlinda

Valor Econômico / Angelo Pavini
20/04/2009
Na semana que vem, dias 28 e 29 de abril, o Copom se reúne e pode baixar o juro básico da economia dos atuais 11,25% para perto de 10% ao ano. Além de reduzir os ganhos de toda a cadeia de investimentos de renda fixa, a medida deverá acentuar a vantagem da caderneta de poupança em relação aos fundos de investimento de renda fixa, DI e curto prazo. Será também o sinal para o governo mudar as regras da caderneta, para tentar evitar uma fuga de recursos dos fundos de investimento, o que traria problemas para a rolagem da dívida pública, já que cerca de 70% do patrimônio de R$ 1,2 trilhão em fundos estão em títulos do Tesouro, lembra Marcia Dessen, da consultoria BankRisk.
Cálculos feitos pela Luz Engenharia Financeira mostram que hoje, considerando um rendimento para a poupança próximo do registrado nos últimos 12 meses, de 8% líquidos, os fundos renda fixa, DI ou curto prazo com taxa de administração maior que 0,75% ao ano já perderiam para a caderneta em aplicações inferiores a seis meses, onde alíquota de imposto de renda é maior, de 22,5%. O estudo foi feito com os fundos de cotas, que em geral são as carteiras oferecidas no varejo e onde as taxas de administração são maiores. Isso significa que 310 fundos com um patrimônio de R$ 185 bilhões seriam afetados pela concorrência.
Considerando o prazo de um ano, onde o imposto cai para 20%, estariam em situação delicada os fundos com taxa de administração maior que 1%, o que atingiria 225 carteiras com patrimônio de R$ 101 bilhões. Se a taxa básica cair para 10%, nenhum dos 477 fundos pesquisados ganharia da poupança em aplicações até seis meses. Levariam vantagem ante a poupança apenas os fundos com taxa de administração de 0,5% e isso para períodos acima de dois anos. "A queda da Selic vai ser boa para a economia, mas péssima para fundos de pensão e de investimentos", diz Edivar Vilela de Queiroz Filho, sócio da Luz Engenharia.

Brazil Seeks More IMF Influence After Loan Promise: Week Ahead

By Andre Soliani
April 20 (Bloomberg) -- Brazil will try to convert a promise to lend more money to the International Monetary Fund into more say on how the agency spends as much as $750 billion to rescue crisis-stricken nations, a former IMF official said.
“The fact you become a potential creditor makes your voice stronger,” Claudio Loser, head of the IMF’s Western Hemisphere Department from 1994 to 2002, said in a telephone interview from Washington. “Brazil has been pushing very hard, together with countries such as India, China and Mexico, for the fund to better reflect the importance of emerging economies.”
Finance ministers and central bank governors from the IMF’s 185 member-nations will meet this week in Washington to carry out recommendations by the Group of 20 to increase lending as the global crisis deepens. The IMF is leading global efforts to assist developing countries hurt by falling commodity prices, capital flight and vanishing credit.
Brazil, which owed the fund $33.9 billion just five years ago, was included this month in a list of 47 countries that are ready to support the IMF. Brazil pledged to advance up to $4.5 billion to the international lender.
President Luiz Inacio Lula da Silva’s administration is carrying out a “deliberate” effort to increase its influence, Loser said. Among the country’s goals is to push for the IMF’s first managing director from a developing nation.
More Lending
Romania agreed to a 20 billion-euro ($26 billion) IMF-led financing package last month to help stimulate growth and finance its current-account and budget deficits, while Ukraine asked for a $16.4 billion loan. Latvia, Serbia and Iceland have also sought help from the IMF to shore up their finances.
In response to demands from members, including Brazil, the IMF relaxed loan conditions in March for emerging nations in need of short term assistance.
“Isn’t it chic that Brazil is lending money to the IMF,” Lula said on April 2.
The stance by Latin America’s biggest economy contrasts with Mexico, the second-largest in the region. Mexico said on April 1 it’s seeking a $47 billion credit line from the IMF and will tap a $30 billion swap line with the Federal Reserve to shore up investor confidence.
Room to Lend
“Brazil is one of the few countries that in the middle of the world economic crisis has the room to become an IMF creditor,” Rogerio Oliveira, head of emerging-markets quantitative research at Barclays Capital, said in a telephone interview from New York. “The move certainly increases the country’s bargaining power.”
The IMF has been headed by Europeans since it was created after the end of World War II. In 63 years, four Frenchmen, two Swedes, a Dutchman, a Spaniard, a German and a Belgian have been elected as managing director of the institution originally founded to ensure exchange rate stability.
“The Europeans will fight like a mad dog to keep the job,” Loser said. “But today I can see a non-European winning the position easily.”
Brazil Markets Last Week
Last week, the real weakened to 2.1952 per dollar, from 2.1740 on April 10. The yield on the government’s zero-coupon bond due January 2010 rose to 9.92 percent from 9.76 percent the previous week.
The benchmark Bovespa index gained to 0.5 percent last week with Tim Participacoes SA, Brazil’s third-largest wireless carrier, leading the gain after jumping 14 percent. Goldman Sachs Group Inc. analysts recommended buying the stock in an April 13 note that said its shares were undervalued.
Cosan SA Industria & Comercio, the world’s biggest sugar- cane processor, dropped 17 percent on speculation the government may cut diesel and gasoline prices, reducing demand for the company’s ethanol.

UPDATE 1-Petrobras seeks 240 oil vessels in next 6 yrs-CFO

Mon Apr 20, 2009 1:42am EDT
SEOUL, April 20 (Reuters) - Brazil's Petrobras is seeking around 240 offshore oil development vessels in the next five to six years, its chief financial officer said on Monday, deals that could bring new life to the stagnant global shipbuilding sector.
"In the next five to six years, we are looking for 240 different vessels... (including) drillships, storage units, supply vessels, transportation vessels and others," Petrobras CFO Almir Barbassa told Reuters on the sidelines of a seminar held in Seoul.
Barbassa said that Petrobras (PETR4.SA) (PBR.N) would also issue tenders for eight floating product storage and offloading units (FPSO) and seven drill ships "soon."
A drillship costs about $800 million on average, while FPSOs cost about $1 billion, according to shipping sources.
"South Korean shipbuilders are among the best (in the world) with new technology and ways to reduce costs. They are very competitive in area of drillships and platforms and we welcome their participation," Barbassa said."
Petrobras executives, including Barbassa, held individual meetings with the top South Korean shipbuilders -- Hyundai Heavy Industries (009540.KS), Samsung Heavy Industries (010140.KS), Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering (042660.KS) and STX Shipbuilding (067250.KS) -- on vessel orders worth $25 billion-$30 billion in total, of which $15 billion would be for drillships and semi-submersibles to be awarded this year. The firm already awarded 12 drillship orders to South Korean companies last year.
"The amount of deals to be discussed solely on this trip is about $28 billion," an official at Korea Export Insurance Corp (KEIC), the host of the seminar, said.
"Awards could begin as early as May."
Petrobras produces almost all of Brazil's 2 million barrels per day (bpd) of crude output and aims to boost its domestic output to 2.7 million bpd by 2013 through an ambitious $174.4 billion investment plan. [ID:nSP411918]
South Korea is home to the world's four biggest shipyards and has dominated orders for lucrative drillships and other types of sophisticated energy-related vessels. But they have seen orders dry up amid the global shipping downturn and collapsing refinery projects.
(Reporting by Angela Moon; Editing by Jonathan Hopfner)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

DE Uma lição de Spartacus para a organização moderna

DE Escola Empresarial

DE Dilema Empresarial

DE Choque de opiniões

Presidente da BM&F Bovespa vê retomada de IPO no 2º semestre

Reuters
17/04/2009
O presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto, acredita que o "pior da crise global" já passou para o mercado financeiro e aposta na retomada do movimento de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) de empresas na Bolsa de Valores de São Paulo no segundo semestre.
Segundo ele, os IPOs irão reaparecer gradativamente nos seis últimos meses do ano e devem se concentrar no último trimestre.
Edemir afirmou que, antes da crise global se agravar, muitas empresas brasileiras estavam prontas para fazer a abertura de capital, mas a turbulência colocou as companhias em "compasso" de espera.
O presidente da BM&F Bovespa disse que há vários movimentos em curso, em especial nos setores de medicamentos e construção civil.
"Já há movimento de fusões e aquisões nos mesmos níveis de 2007. Portanto, isso nos dá uma certeza que no segundo semestre esse movimento (IPOs) vai ser retomado. A abertura de capital depende do investidor estrangeiro, que acho que vai voltar com a eliminação desse resíduo de desconfiança que ainda existe", declarou o executivo.
"Acho que o último trimestre nos reserva boas supresas. As empresas estão revisitando seus modelos e no pós-crise o investidor estrangeiro vai estar exigente", acrescentou o presidente da BM&F Bovespa.
Edemir afirmou ainda que a Bolsa só reviverá o "boom" de IPOs registrado em 2007 entre 2010 e 2011. "O Brasil mostrou para o mundo o seu diferencial em governaça coorporativa e, principalemente na regulação e supervisão dos mercados financeiro e de capitais. Isso dá uma tranquilidade ao investidor. Estamos até nos aperfeiçoando nisso", declarou ele.

Incorporações testam novo modelo

Valor Econômico / Graziella Valenti
17/04/2009
Duas operações na praça: Votorantim Celulose e Papel (VCP) incorporando as ações da Aracruz e Vivo absorvendo os papéis da Telemig Celular Participações. Até o ano passado, essas transações seriam como um alerta para os minoritários venderem suas ações nas companhias incorporadas. Agora, porém, há uma chance da história ser diferente.
Em geral, as incorporações costumam ser um mau negócio para minoritários, obrigados a aceitar as condições impostas pelos controladores. Quase sempre geravam queixas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas raramente os investidores conseguiam modificar seu desfecho.
Somente duas operações desse tipo foram paralisadas, fato que gera controvérsia até hoje. A incorporação da BR Distribuidora pela Petrobras, em 2001, - com argumentos polêmicos - e a absorção da Tele Centro Oeste Celular pela Telesp Celular, logo após sua aquisição, em 2003.
Depois de anos de polêmica, em setembro do ano passado, um parecer da CVM veio para tentar diminuir os problemas nessas polêmicas incorporações de controladas. São recomendações de conduta para as empresas minimizarem os conflitos. O objetivo é fazer com que a relação de troca de ações seja mais equitativa para os minoritários da incorporada. Embora de uso facultativo, o parecer do regulador do mercado de capitais deve balizar as próximas transações.
VCP e Aracruz junto com Vivo e Telemig Celular serão o grande teste do novo modelo. O contexto em que cada uma das incorporações está inserido é bastante diverso. E o caminho escolhido pelas empresas também.
"O parecer é bem-intencionado. Oferece uma solução para a polêmica dessas operações, em que as trocas de ações eram moldadas numa conta de chegada que beneficiava só o controlador", disse Edison Garcia, superintendente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec). No entanto, ainda não está claro se a novas regras de conduta modificarão o resultado final dessas operações.
Embora o destino final de ambas as operações seja o mesmo, o caminho percorrido pelas empresas será diferente. E o mercado terá de se adaptar às variações.
A maior novidade experimentada até agora é o mercado receber o anúncio de uma incorporação sem saber as condições para isso. Em 20 de março, a Vivo divulgou que incorporará as ações da Telemig Celular Participações (depois que essa assumir os papéis da Telemig Celular S.A.), mas não comunicou a relação de troca. Ela ainda será definida, após a negociação entre a administração da Vivo e um comitê formado nas incorporadas para buscar a melhor proposta.
"É a primeira ver que entramos numa operação com um cronograma aberto. Não estamos dando estimativa de prazo, para que o comitê use o tempo que achar necessário na negociação", contou o diretor de relações com investidores e fusões e aquisições da Vivo, Carlos Raimar. A companhia ainda está definindo, junto com os comitês, quem serão os assessores jurídicos e financeiros.
Embora seja novidade, a iniciativa foi bem recebida no mercado. Deixar a operação aberta dá espaço para os minoritários manifestarem seu entendimento sobre a melhor condição. O que pode ser feito tanto pelo preço das ações no mercado, quanto pelo contato direto com a empresa. Segundo Raimar, diversos investidores buscaram a empresa para emitir sua opinião.

CVM suspende oferta de fundos e clubes irregulares

Valor Econômico / Angelo Pavini
17/04/2009
A oferta de investimentos irregulares continua florescendo no mercado, apesar das denúncias contra casas que quebraram. Depois do caso dos clubes de ações da corretora de câmbio Agente BR, que foi liquidada pelo Banco Central em janeiro deste ano, deixando milhares de investidores no prejuízo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) identificou dois sites que faziam ofertas irregulares, um de clubes e outro de fundos. Em deliberações divulgadas ontem, a CVM determinou a retirada do ar dos sites e o encerramento das carteiras, uma vez que elas não tinham registro e as empresas também não tinham autorização para fazer gestão de investimentos.
O primeiro caso é o da Thylon Consultoria Financeira, com sede em São Paulo, que oferecia quatro fundos de investimento, um deles com aplicação no exterior. A empresa e seus sócios, Cristian Carvalho Silva e Julio Reginato, foram procurados pelo Valor, mas não foram localizados. Em seu site, www.thyfundos.com.br, que ontem à tarde já estava fora do ar, a Thylon oferecia uma família de fundos. Havia um fundo de ações (Thy Profac), um de commodities (Thy Profcomm), um multimercado (Thy Profmult) e um que se propunha a investir no exterior (Thy Profglobafunds). Nem a gestora nem os fundos tinham registro na CVM, o que é exigido por lei.
Outro caso é do Clube Axt, um site que oferecia dois clubes de investimento sem registro em corretora e nem na Bovespa. Os responsáveis pelos clubes - Wagner de Aguiar Moraes, Alexandre de Aguiar Moraes, Marcelo Costa Rocha e Wanderley Dias Bertolucci - não tinham autorização da CVM para fazer a gestão das carteiras. No site, o Clube Axt se definia como uma associação de amigos "com o objetivo de investir no mercado financeiro".
O Clube Axt BV se destinava a aplicar em ações e o Axt MF na Bolsa de Mercadorias & Futuros. No total, as aplicações chegavam a R$ 6 milhões, sendo R$ 4,4 milhões no Axt BV e R$ 1,6 milhão no Axt MF. "Deve ter ocorrido algum engano", afirmou ao Valor, por telefone, Wagner de Aguiar Moraes. "Nós não oferecemos cotas ao mercado, apenas aos amigos", disse ele. "O problema é que o site estava sem senha, estava aberto, e alguém achou que qualquer um poderia investir". Segundo ele, a aplicação, que de acordo com o site teria sido criada em 2007, também "não era um clube, tinha o nome de clube, mas não estava ainda constituído, era apenas um grupo de amigos que se reunia para aplicar."
No site, porém, a informação é que o Clube Axt foi criado "em benefício de nossos amigos mais próximos", mas "como deu muito certo, os integrantes foram indicando outros investidores". "Assim, o clube está aberto para pessoas indicadas por investidores que já fazem parte do clube". E completa: "não há restrição de quantidade de indicações, isso é apenas para facilitar o controle e garantir uma segurança para todos".
Confrontado com essas informações, Moraes disse que a aplicação "era apenas para uns 20 amigos", de São Paulo e do Rio. "Alguém trazia a mãe ou um amigo para investir, mas era coisa restrita", disse. O clube teria sido criado por ele e um grupo de amigos, que gostavam do mercado financeiro. "No início, pensamos em criar um clube de investimento, mas como não tínhamos orientação, fomos aplicando, a carteira foi crescendo, um indicando outro e deixamos de registrar o clube." Agora, Moraes diz que vai fechar as carteiras. "Já tirei o site do ar e vamos encerrá-las, como a CVM mandou."
Os sites irregulares foram identificados dentro do trabalho de acompanhamento do mercado, que inclui denúncias e parcerias com outras instituições, disse Roberto Mendonça, gerente de irregularidades da Superintendência de Relações com Investidores Institucionais da CVM. Segundo ele, a ordem de suspender os clubes e fundos é preventiva. "Ainda vamos fazer uma investigação para ver se é o caso de abrir um processo administrativo contra as empresas e seus sócios". Mas, mesmo assim, o investidor já é alertado, para não aplicar. Neste ano, até março, já foram feitas 3 reclamações contra clubes na CVM, para 13 em todo o ano de 2008 e 8 em 2007.
Se não tirarem os sites do ar, os responsáveis serão multados, em até R$ 5 mil por dia. "E veja que não é só a oferta irregular, nenhum deles tinha autorização para fazer gestão, o que justifica o encerramento das carteiras". O investidor que quiser fazer denúncias ou consultas sobre fundos ou clubes pode acessar o site www.cvm.gov.br ou entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Investidor (SAI) no telefone 0800-7225354.

Regras limitam atuação de bancos em ofertas de ações

Valor Econômico / Silvia Fregoni
17/04/2009
Começaram a vigorar ontem as regras da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) para as ofertas públicas iniciais de ações. As normas colocam limites à atuação das instituições financeiras na coordenação das operações, com o objetivo de evitar conflitos de interesse.
O debate sobre a necessidade dessas regras surgiu durante a febre de aberturas de capital, que alcançou o pico em 2007. Muitas companhias só se tornavam atrativas aos investidores com o dinheiro dos empréstimos concedidos pelos bancos coordenadores antes das ofertas. A própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM) cobrou medidas da Anbid para coibir abusos.
Conforme adiantou o Valor, as ofertas terão de contar com um banco coordenador adicional quando a instituição principal tiver participação de mais de 10% no capital da empresa. O banco adicional terá de ser independente, para referendar a avaliação e o intervalo de preço sugerido para a colocação dos papéis.
Também deverá ser contratado um banco adicional se o coordenador principal firmar contrato com a empresa para receber comissões equivalentes a mais de 20% do valor total da oferta de ações.
Além disso, se o banco coordenador tiver participação acionária na empresa que fará a oferta, esse não poderá se desfazer de todos os papéis na operação. Terá de manter pelo menos 25% dessa fatia por um período mínimo de um ano.
Caso a remuneração do banco seja atrelada ao preço das ações na oferta, esse só receberá na ocasião 75% do pagamento. Os demais 25% só serão pagos depois de um ano.
"Queremos que o banco continue como acionista ou credor da empresa, para que permaneça atrelado ao risco da companhia. Isso fará com que a instituição tenha uma visão de mais longo prazo sobre a corporação", disse Alberto Kiraly, vice-presidente da Anbid.
As regras serão incorporadas pelo código de autorregulação da associação para ofertas públicas de distribuição e aquisição de valores mobiliários. Assim, o não cumprimento das mesmas levará a punições previstas no código, que vão de multa e advertência até o desligamento da Anbid.

Brasil é "potência" e "grande jogador mundial", diz Obama

Reuters
17/04/2009
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o Brasil "é uma potência econômica e grande jogador no cenário internacional" e que ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem ser "parceiros". As declarações foram feitas em entrevista à CNN, transmitida nesta quinta-feira.
Perguntado sobre o sentimento antiamericano em alguns países da América Latina, Obama respondeu que "os tempos mudaram" e destacou o papel exercido pelo Brasil no cenário internacional.
"Estamos no século 21 agora. Os tempos mudaram. Um país como o Brasil é uma potência econômica e grande jogador no cenário internacional", disse Obama.
O presidente americano afirmou ainda que ele e Lula deveriam ser parceiros. "Minha relação com o presidente Lula é a de dois líderes que têm grandes países, que estão tentando resolver os problemas e criar oportunidades para nossos povos, e devemos ser parceiros."
Obama concedeu a entrevista antes de sua primeira visita oficial à América Latina. O presidente americano desembarcou no México nesta quinta-feira e participa da Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, que começa na sexta-feira.

Obama to extend hand to Latin America at summit

Fri Apr 17, 2009 5:47am EDT
By Pascal Fletcher
PORT OF SPAIN (Reuters) - U.S. President Barack Obama meets his counterparts in Latin America and the Caribbean on Friday, offering practical cooperation over the ideological differences that have strained U.S. ties with the region.
But the Summit of the Americas he will attend with 33 other leaders in Trinidad and Tobago looks set to be dominated by debate over Washington's enduring ideological conflict with Cuba, the only one-party communist state in the hemisphere.
Cuba, excluded from these hemispheric summits that started in 1994, is not part of the agenda, which talks of confronting the global downturn and energy and security challenges.
But with one voice, the region's governments are calling on the U.S. president to honor his pledge for change by dropping the 47-year-old U.S. trade embargo against Cuba which has ended up isolating Washington more than its original target.
This seems further than Obama is willing to go at the moment after he relaxed some specific aspects of the embargo on Monday, opening a crack in a U.S. policy dating back to the Cold War, when Cuba was a player in the U.S.-Soviet standoff.
Obama and Secretary of State Hillary Clinton made clear on Thursday that while his administration is ready to talk to Havana about a rapprochement, it expects the Cuban side to reciprocate by freeing political prisoners and improving human rights for its citizens.
"I don't expect things to change overnight ... We are not trying to be heavy handed, we want to be open to engagement, but we're going to do so in a systematic way that keeps focus on the hardships and struggles that many Cubans are suffering," Obama told reporters during a visit to Mexico.
But he hinted earlier he was willing to leave behind entrenched ideological positions of the past to seek practical solutions to the serious problems facing the Americas, in particular the global economic downturn that has hit the United States as hard as it is squeezing the rest of the region.
"Years of progress in combating poverty and inequality hangs in the balance. The United States is working to advance prosperity in the hemisphere by jump-starting our own recovery," Obama wrote in an op-ed article.

GLOBAL MARKETS-Corporate results support stocks, outlook foggy

Fri Apr 17, 2009 2:42am EDT
By Kevin Plumberg
HONG KONG, April 17 (Reuters) - Asian stocks rose on Friday after results from JPMorgan and Google kept shares on track for a sixth week of gains, while the euro fell to a one-month low on uncertainty over what non-standard policy action the European Central Bank will enact.
A jump in Chinese industrial output in March has added to a sense previously instilled by U.S. indicators that the pace of deterioration has slowed from the alarming rate of just a few months ago, supporting a month-long rally in global stocks.
Still, comments from policy makers about the economic outlook were cautious and hardly embraced the potential for a speedy recovery. Federal Reserve official Janet Yellen said in a speech there are tentative signs of stability but it was still impossible to know how deep the U.S. recession will ultimately be. [ID:nN16292104]
Higher-yielding currencies, like the Australian dollar and New Zealand dollar, have been rallying alongside global equity markets, but not to same extent, with currency dealers still concerned about the mixed bag of economic data around the world.
"Corporate reports allowed negative developments to be overlooked," said Dariusz Kowalczyk, chief investment strategist with SJS Markets in Hong Kong, in a note to clients.
"As a result, risk appetite continued to improve, depressing prices of sovereign developed debt and lifting prices of equities, corporate credit and most commodities."
The MSCI index of Asia Pacific stocks outside Japan .MIAPJ0000PUS edged up 0.3 percent on the day, set to close higher for a sixth consecutive week. That would be the longest weekly string of gains since the second half of 2007, when the bull market reached its apex.
Japan's Nikkei share average .N225 climbed 1.7 percent, with investors selling defensive industries like pharmaceuticals and buying industries sensitive to business cycles like automakers.
Shares of Mitsubishi UFJ Financial Group (8306.T), the country's largest bank, rose 1.6 percent, supported after first quarter profits at JPMorgan (JPM.N) topped estimates though they were still down some 40 percent from a year ago. [ID:nN16542451]
Citigroup (C.N) is expected to report its first quarter results before Wall Street opens for trading.
Taiwan's tech-filled TAIEX index tumbled 4 percent, the biggest single-day decline in three months, after dealers closed out positions after the index failed to stay above 6,000. Taiwan, a weather vane for U.S. and Chinese demand, has been a regional leader in the equity rally.

quinta-feira, 16 de abril de 2009