quarta-feira, 22 de abril de 2009

Lobão indica que Eletrobrás ficará fora do superávit

Reuters News
22/04/2009
A Eletrobrás deve ser a próxima estatal a ficar isenta dos esforços do governo de economizar recursos para pagar os juros de sua dívida, indicou nesta segunda-feira o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Segundo ele, o assunto já está sendo discutido por técnicos dos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda.
"É justo. A Eletrobrás também é uma empresa de capital aberto com ações em bolsa e merece ter os mesmos direitos que a Petrobras", disse, antes de participar de um congresso com empresários.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a retirada da Petrobras do esforço fiscal para pagar os juros da dívida pública, ao avisar que a meta do superávit primário do Brasil em 2009 foi reduzida de 3,8% para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Lobão disse também que ambos os ministérios estão fazendo contas para determinar qual deve ser o percentual de redução que será aplicado aos preços dos combustíveis vendidos pela Petrobras e que não são ajustados mensalmente - gasolina, diesel e GLP -, e adiantou que a definição sai no máximo em quatro meses.
A dimensão da queda será determinada, explicou o ministro, quando os técnicos concluírem qual foi o dano sofrido pela petroleira em 2008, quando não repassou a esses combustíveis o aumento do preço no mercado internacional. Agora que os preços reverteram fortemente, seria necessário dar mais algum tempo à Petrobras.

Indicadores dos EUA apontam que recessão continua

Reuters
22/04/2009
Um importante índice sobre a atividade futura dos Estados Unidos recuou pelo terceiro mês consecutivo em março, mostrando que a recessão deve persistir no país, informou o grupo de pesquisas Conference Board nesta segunda-feira.
O índice de principais indicadores caiu 0,3% em março, ante previsão de analistas de 0,2%. O dado de fevereiro foi revisto de recuo de 0,4% para 0,2%.
"A recessão pode continuar durante o verão (do Hemisfério Norte), mas a intensidade irá diminuir", afirmou Ken Goldstein, economista do Conference Board, em comunicado.
O índice não registrou nenhuma alta nos últimos nove meses. Em setembro e dezembro, ficou estável e em outubro apresentou a maior queda, de 1%.
Nos últimos seis meses, o indicador acumulou queda de 2,5%, ante recuo de 1,4% nos seis meses anteriores.

Governo quer ficar com ganho no petróleo

Último Segundo
22/04/2009
A equipe econômica quer aproveitar a queda do preço do petróleo no mercado internacional para melhorar a arrecadação de tributos, em queda com a crise financeira, e elevar as transferências aos governos estaduais. As informações são do jornal “Folha de S. Paulo”.
A ideia é aumentar o imposto cobrado na gasolina sem, no entanto, elevar o preço ao consumidor. Para isso, o valor de venda da Petrobras na refinaria terá que cair, num movimento oposto ao que o governo fez no ano passado.
O mesmo deve ocorrer com o diesel, mas nesse caso parte do ganho será dividida com o consumidor via redução de preço.
A mudança em discussão tem como argumento a queda no preço do petróleo no mercado internacional. O barril do produto, que chegou perto de US$ 150 na metade de 2008, gira hoje em torno de US$ 50.
A decisão, no entanto, não deve ser rápida. Há dúvidas técnicas, como a alta oscilação nas projeções de preço do petróleo. Mas os maiores impedimentos são políticos.
Um deles é a Petrobras, que resiste a abrir mão de receitas e de parte do lucro. Se o governo baixar o preço dos combustíveis na refinaria, o custo da medida será da estatal, que receberá menos por suas vendas.
Uma queda no preço dos combustíveis também afeta a arrecadação dos Estados. A Folha apurou que uma das principais resistências vem da Bahia. O governador e ex-ministro Jaques Wagner (PT) já avisou a Lula que a arrecadação do Estado seria muito afetada pela medida. O setor petroquímico responde por 25% do ICMS recolhido no Estado.

Caixa estuda novos financiamentos para a linha branca

Agência Estado
22/04/2009
A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, afirmou que o banco estuda novas possibilidades de financiamento de produtos da chamada linha branca - geladeira, fogão e máquina lavar, entre outros. Segundo ela, a Caixa já tem um cartão específico para financiar esse segmento, mas deve buscar "novas formulações de crédito" e tentar facilitar o acesso dos consumidores aos financiamentos, diante da potencial expansão do setor com a redução temporária do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Nesse sentido, Maria Fernanda disse que o banco federal deve buscar firmar parcerias com grandes redes de varejo. "Estamos, a partir da redução do IPI, estudando novos lançamentos. Nossa contribuição vai ser exatamente em parcerias com grandes redes de varejo. O consumidor escolhe o produto e já teria disponível o crédito da Caixa", afirmou.
A presidente da Caixa também informou que houve um aumento significativo no número de acessos ao simulador de crédito imobiliário, depois do lançamento do programa "Minha Casa, Minha Vida". Segundo ela, a média diária de acessos subiu de 74 mil para 450 mil, e na quinta-feira e sexta-feira passadas foram mais de 1 milhão de acessos.
Maria Fernanda disse que a expectativa é que de oito a 12 meses a Caixa já comece a entregar unidades. Para ela, em cerca de 15 dias já será possível ter uma ideia mais clara de quantas casas poderão ser entregues neste ano. "A gente já tem um volume de cerca de sete mil unidades dentro da Caixa, já recebemos projetos, eu acredito que em mais 15 dias já dá para fazer uma avaliação de quantas unidades a gente pode ter em execução neste ano", afirmou.

Global consumer activity trends level off

Wed Apr 22, 2009 12:54am EDT
By Brad Dorfman
CHICAGO (Reuters) - Consumer activity is showing signs of leveling off after a sharp drop last year and could indicate a potential bottom in the global downturn, data released on Wednesday showed.
The monthly Nielsen Economic Current scorecard showed that activity in 10 of the 11 countries monitored remained at the same pace in February from January, with only Germany showing an uptick, to "neutral" from "negative."
The scorecard uses data collected by Nielsen on things like frequency of consumer shopping trends, consumer spending per trip, how much and what people are buying and where they are shopping.
"What we have seen is a slowdown in the rate of the decline. We have seen a bottoming out," said James Russo, vice president for global consumer insights at Nielsen. "We see a move toward neutral."
The scorecard is also one of the first releases Nielsen has seen that shows evidence the economy may be at a bottom, Russo said.
While the Economic Current shows possible signs of a bottom, a separate survey Nielsen will release on Wednesday shows consumer confidence is still falling.
The company's consumer confidence index, released twice a year, fell to a record low of 77 from 84 six months ago. The baseline for the index is 100.
SEARCHING FOR SAVINGS
Consumers continue to look for ways to save money in the slumping economy, the Economic Current data showed. Cutting down on out-of-home entertainment and spending less on clothes continue to be among the most favored ways of saving money.
U.S. consumers are also switching more to lower-priced store brands when they shop, with a 6.4 percent increase in the number of store-brand items purchased, Nielsen said.
In Russia, consumers are becoming more price-conscious and are looking for stores that offer wider choices so that they can buy everything they need in one shop, Nielsen said.
The Economic Current scorecard measures activity in Brazil, Canada, China, France, Germany, India, Italy, Russia, Spain, the United Kingdom and the United States.
Nielsen's consumer confidence index is based on a survey of 25,420 Internet users in 50 countries and was conducted March 19 through April 2. The survey found that Russia, Brazil and the United Arab Emirates had the biggest falls in consumer confidence over the past six months as currency devaluation, weakening export markets and falling global commodity prices took their toll.
(Reporting by Brad Dorfman, editing by Matthew Lewis)

Survey shows global consumer confidence deteriorates in 2009

Wed Apr 22, 2009 6:18am EDT
By Susan Fenton
HONG KONG (Reuters) - Consumer confidence has sunk further globally in the past six months, despite government efforts to boost consumption, and remains weakest in South Korea, according to a global survey.
The twice-yearly survey, published by the Nielsen Company on Wednesday, shows confidence has deteriorated since last autumn in 48 of 50 markets covered worldwide. Only consumers in Indonesia and Denmark are upbeat, but less so than six months ago, while previously positive Indian consumers have turned cautious, according to the survey.
"Despite the various fiscal stimulus plans put on the table by governments around the world, the business outlook continues to be bleak and there is no sign of consumer confidence picking up globally," the Nielsen Company said in a statement.
The survey, which polled 25,000 Internet users in 50 countries in March and April, recorded an average global score of 77, down from 84 in the previous survey published in November.
A reading above 100 is considered upbeat. The highest reading since the index's launch in 2005 was 137, an individual score for India in the second half of 2006. India's score was 99 in the latest survey.
As the credit crisis and impact of economic recession in advanced countries has affected emerging markets, consumer confidence in the other so-called BRIC countries -- Brazil, Russia, India and China -- has declined sharply in the past six months.
However, the drop was much less marked in China, where consumers remain among the top 10 most confident consumers globally. Consumers in parts of Eastern European were among the most pessimistic and confidence plunged in Hungary and Latvia.
South Koreans retained the most pessimistic ranking, followed by Japan, as both economies have been hit by plunging exports this year as global demand has evaporated.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Teste de resistência de bancos está quase concluído, diz Obama

AFP
20/04/2009
O presidente Barack Obama indicou neste domingo que o teste de resistência a que foram submetidos os 19 principais estabelecimentos financeiros americanos apra avaliar sua solidez e suas eventuais necessidades estava quase concluído.
"Estou certo de que teremos algo mais a dizer nos próximos dias", afirmou, ao fim da Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, destacando que "a situação da economia ainda é difícil".
"Ainda há uma contração do crédito e os bancos não estão emprestando em seus níveis anteriores", explicou.
Os primeiros indicadores econômicos de abril publicados nos Estados Unidos não foram tão ruins como os dos meses anteriores, o que faz esperar a volta de uma conjuntura normal.
Mesmo assim, Obama foi pragmático: "Os Estados Unidos não estão a salvo".
No mesmo sentido, o principal assessor econômico de Obama, Lawrence Summers, afirmou neste domingo que a economia americana ainda corre riscos importantes, apesar dos sinais positivos. Ele recomendou prudência.
"Devemos ser prudentes, já que o caminho da recuperação é longo, persistem riscos importantes e devemos estar prontos para enfrentar os imprevistos", afirmou Summers ao canal NBC.

Parecer da CVM pode levar a mudança nos estatutos

Valor Econômico / Silvia Fregoni Graziella Valenti e Catherine Vieira
20/04/2009
As companhias que experimentaram o veneno de estar amarradas a um estatuto que impediu uma capitalização ou a venda no meio da crise já conseguiram um antídoto.
O parecer de orientação que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou em audiência pública na quinta-feira pode ser o suficiente para as empresas decidirem se livrar desse problema.
O regulador manifestou seu entendimento de que os artigos de estatuto que impedem a retirada das chamadas pílulas de veneno não têm validade.
As pílulas de veneno são mecanismos que protegem a dispersão acionária de uma empresa e se difundiram no país, com várias peculiaridades, na febre das aberturas de capital. Na prática, encarecem compras de controle ou de fatia relevante nas empresas, podendo até inviabilizar negócios.
A redação de muitas dessas pílulas tinha uma barreira adicional para os interessados: o acionista que votasse pela eliminação dessa cláusula teria de fazer uma oferta pública aos demais nas condições previstas. Essa barreira ficou conhecida como "cláusula pétrea" e é o alvo da CVM.
Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que 84 companhias do Novo Mercado e dos níveis de governança da bolsa têm algum tipo de cláusula de proteção à dispersão acionária. Dessas, 22 têm a cláusula pétrea
Erica Gorga, professora de direito societário da FGV e responsável pelo estudo, concorda com a iniciativa da CVM. "As cláusulas pétreas são ilegais, pois ferem a Lei das Sociedades por Ações."
Esse é o principal argumento da autarquia. O regulador acredita que esse mecanismo contraria a soberania da assembleia de acionistas e limita o direito de voto.
Marcos Rafael Flesch, sócio do escritório Souza, Cescon Avedissian, Barrieu e Flesch Advogados, acredita que as companhias que possuem essa barreira no estatuto poderão se sentir motivadas a sugerir sua retirada, em função do entendimento da CVM. E os acionistas poderão ficar mais confortáveis em votar favoravelmente à eliminação dessa barreira.
O parecer do regulador, porém, não significa a completa a eliminação do risco sobre a questão. "Os acionistas e as empresas continuarão podendo recorrer à arbitragem ou à Justiça para cobrar o cumprimento do estatuto", disse o advogado Rodrigo Nascimento, do escritório Mattos Filho Veiga Filho Marrey Jr. e Quiroga.

Lucro das 500 maiores empresas recua 85% em 2008

InvestNews
20/04/2009
O lucro das 500 maiores empresas norte-americanas despencaram 85% em 2008, registrando seu pior resultado em mais de meio século, conforme mostrou a revista Fortune (que reúne as 500 maiores empresas dos Estados Unidos). "Os lucros caíram 84,7% desde o ano anterior, passando de US$ 645 bilhões para US$ 98,9 bilhões, supondo o pior desempenho em 55 anos de história da revista", conforme ressaltou.De acordo com o levantamentos, os setores mais atingidos foram o financeira e o automotivo, com perdas de US$ 214,3 bilhões para o primeiro segmento, sendo US$ 99,3 bilhões somente da seguradora AIG.

Intermodal: Empresas atuam na contramão da crise e investem

O profissional de logística leva para as empresas a visão sistêmica de todo o conjunto de processos que, implantados, devem culminar na otimização do uso dos recursos e na redução de custos das empresas
Jornal do Comércio - RS
20/04/2009
O termo logística tem se tornado o centro das discussões em reuniões de trabalho e encontros de executivos. Em tempos de crise econômica, a preocupação com a necessidade de excelência ao longo de toda a cadeia produtiva se torna ainda maior. E é através da eficiência na execução dos processos que iniciam com o fornecimento de insumos, passam pela produção e terminam na venda e distribuição do produto acabado, que a logística torna-se um importante diferencial competitivo.
O profissional de logística leva para as empresas a visão sistêmica de todo o conjunto de processos que, implantados, devem culminar na otimização do uso dos recursos e na redução de custos das empresas. Dados da Associação Brasileira de Logística (Aslog) indicam que a logística é responsável pela geração de cerca de 20% do PIB no País. Deste total, 12% correspondem a transporte e 8% a armazenagem, que envolve a administração de pedidos e a estocagem, seja ela de matérias-primas ou da produção final.
Em um cenário econômico adverso como o atual, a logística ganha um papel de destaque no planejamento estratégico das organizações para driblar a crise. Não apenas como forma de reduzir custos, mas também como alternativa para aumentar a competitividade. É neste contexto que está sendo realizada a Intermodal South America 2009, no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Maior feira das Américas dos setores de logística, transporte e comércio internacional, a Intermodal conseguiu concretizar o que hoje é considerado o maior desafio do mercado: em um único espaço, está integrando 450 expositores dos modais aéreo, rodoviário, ferroviário e marítimo.
No evento que iniciou na terça-feira, dia 14, e se encerra hoje, o visitante poderá descobrir o que as principais empresas do setor de logística do País estão fazendo de novo, como a chegada de operadores logísticos internacionais que se fundem com empresas nacionais; também oferece a oportunidade de conhecer novos softwares de armazenagem, além de os investimentos previstos pelas empresas para este ano. “O evento é um pólo de informações sobre as melhores práticas que estão acontecendo no setor de logística”, afirma o diretor da UBM, promotora da Intermodal. Na edição do ano passado, o evento recebeu 45 mil profissionais do setor.
Mescladas entre os expositores e contrariando as previsões mais pessimistas, estão algumas empresas com atuação no Rio Grande do Sul que, na contramão da crise, anunciam investimentos e apostam em novos negócios. A Capital Realty definiu para o biênio 2009-2010 investimentos de R$ 20 milhões para a construção de 17 mil m2 de armazéns no Mega Intermodal, condomínio logístico situado em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre. O local possui, atualmente, 30 mil m2 de área construída. Esta área já inclui um prédio de 6 mil m2, recentemente inaugurado. “Há uma carência enorme por áreas com infraestrutura adequada. Existem negociações para construção de novas estruturas para atender operadores logísticos nos três estados da Região Sul e em São Paulo”, afirma o diretor da empresa, Rodrigo Demeterco. “Nosso molde de investimento evidencia a relação custo-benefício e também desmistifica as vantagens de se ter sede própria, ou seja, deixa o empresário livre para investir na sua atividade principal”.
Os rendimentos da Capital Realty com a locação de áreas no condomínio somaram R$ 35 milhões em 2008 com um aumento nominal de 30% sobre o ano anterior. A meta fixada para 2009 é um crescimento entre 20% e 25%.

Fundos na berlinda

Valor Econômico / Angelo Pavini
20/04/2009
Na semana que vem, dias 28 e 29 de abril, o Copom se reúne e pode baixar o juro básico da economia dos atuais 11,25% para perto de 10% ao ano. Além de reduzir os ganhos de toda a cadeia de investimentos de renda fixa, a medida deverá acentuar a vantagem da caderneta de poupança em relação aos fundos de investimento de renda fixa, DI e curto prazo. Será também o sinal para o governo mudar as regras da caderneta, para tentar evitar uma fuga de recursos dos fundos de investimento, o que traria problemas para a rolagem da dívida pública, já que cerca de 70% do patrimônio de R$ 1,2 trilhão em fundos estão em títulos do Tesouro, lembra Marcia Dessen, da consultoria BankRisk.
Cálculos feitos pela Luz Engenharia Financeira mostram que hoje, considerando um rendimento para a poupança próximo do registrado nos últimos 12 meses, de 8% líquidos, os fundos renda fixa, DI ou curto prazo com taxa de administração maior que 0,75% ao ano já perderiam para a caderneta em aplicações inferiores a seis meses, onde alíquota de imposto de renda é maior, de 22,5%. O estudo foi feito com os fundos de cotas, que em geral são as carteiras oferecidas no varejo e onde as taxas de administração são maiores. Isso significa que 310 fundos com um patrimônio de R$ 185 bilhões seriam afetados pela concorrência.
Considerando o prazo de um ano, onde o imposto cai para 20%, estariam em situação delicada os fundos com taxa de administração maior que 1%, o que atingiria 225 carteiras com patrimônio de R$ 101 bilhões. Se a taxa básica cair para 10%, nenhum dos 477 fundos pesquisados ganharia da poupança em aplicações até seis meses. Levariam vantagem ante a poupança apenas os fundos com taxa de administração de 0,5% e isso para períodos acima de dois anos. "A queda da Selic vai ser boa para a economia, mas péssima para fundos de pensão e de investimentos", diz Edivar Vilela de Queiroz Filho, sócio da Luz Engenharia.

Brazil Seeks More IMF Influence After Loan Promise: Week Ahead

By Andre Soliani
April 20 (Bloomberg) -- Brazil will try to convert a promise to lend more money to the International Monetary Fund into more say on how the agency spends as much as $750 billion to rescue crisis-stricken nations, a former IMF official said.
“The fact you become a potential creditor makes your voice stronger,” Claudio Loser, head of the IMF’s Western Hemisphere Department from 1994 to 2002, said in a telephone interview from Washington. “Brazil has been pushing very hard, together with countries such as India, China and Mexico, for the fund to better reflect the importance of emerging economies.”
Finance ministers and central bank governors from the IMF’s 185 member-nations will meet this week in Washington to carry out recommendations by the Group of 20 to increase lending as the global crisis deepens. The IMF is leading global efforts to assist developing countries hurt by falling commodity prices, capital flight and vanishing credit.
Brazil, which owed the fund $33.9 billion just five years ago, was included this month in a list of 47 countries that are ready to support the IMF. Brazil pledged to advance up to $4.5 billion to the international lender.
President Luiz Inacio Lula da Silva’s administration is carrying out a “deliberate” effort to increase its influence, Loser said. Among the country’s goals is to push for the IMF’s first managing director from a developing nation.
More Lending
Romania agreed to a 20 billion-euro ($26 billion) IMF-led financing package last month to help stimulate growth and finance its current-account and budget deficits, while Ukraine asked for a $16.4 billion loan. Latvia, Serbia and Iceland have also sought help from the IMF to shore up their finances.
In response to demands from members, including Brazil, the IMF relaxed loan conditions in March for emerging nations in need of short term assistance.
“Isn’t it chic that Brazil is lending money to the IMF,” Lula said on April 2.
The stance by Latin America’s biggest economy contrasts with Mexico, the second-largest in the region. Mexico said on April 1 it’s seeking a $47 billion credit line from the IMF and will tap a $30 billion swap line with the Federal Reserve to shore up investor confidence.
Room to Lend
“Brazil is one of the few countries that in the middle of the world economic crisis has the room to become an IMF creditor,” Rogerio Oliveira, head of emerging-markets quantitative research at Barclays Capital, said in a telephone interview from New York. “The move certainly increases the country’s bargaining power.”
The IMF has been headed by Europeans since it was created after the end of World War II. In 63 years, four Frenchmen, two Swedes, a Dutchman, a Spaniard, a German and a Belgian have been elected as managing director of the institution originally founded to ensure exchange rate stability.
“The Europeans will fight like a mad dog to keep the job,” Loser said. “But today I can see a non-European winning the position easily.”
Brazil Markets Last Week
Last week, the real weakened to 2.1952 per dollar, from 2.1740 on April 10. The yield on the government’s zero-coupon bond due January 2010 rose to 9.92 percent from 9.76 percent the previous week.
The benchmark Bovespa index gained to 0.5 percent last week with Tim Participacoes SA, Brazil’s third-largest wireless carrier, leading the gain after jumping 14 percent. Goldman Sachs Group Inc. analysts recommended buying the stock in an April 13 note that said its shares were undervalued.
Cosan SA Industria & Comercio, the world’s biggest sugar- cane processor, dropped 17 percent on speculation the government may cut diesel and gasoline prices, reducing demand for the company’s ethanol.

UPDATE 1-Petrobras seeks 240 oil vessels in next 6 yrs-CFO

Mon Apr 20, 2009 1:42am EDT
SEOUL, April 20 (Reuters) - Brazil's Petrobras is seeking around 240 offshore oil development vessels in the next five to six years, its chief financial officer said on Monday, deals that could bring new life to the stagnant global shipbuilding sector.
"In the next five to six years, we are looking for 240 different vessels... (including) drillships, storage units, supply vessels, transportation vessels and others," Petrobras CFO Almir Barbassa told Reuters on the sidelines of a seminar held in Seoul.
Barbassa said that Petrobras (PETR4.SA) (PBR.N) would also issue tenders for eight floating product storage and offloading units (FPSO) and seven drill ships "soon."
A drillship costs about $800 million on average, while FPSOs cost about $1 billion, according to shipping sources.
"South Korean shipbuilders are among the best (in the world) with new technology and ways to reduce costs. They are very competitive in area of drillships and platforms and we welcome their participation," Barbassa said."
Petrobras executives, including Barbassa, held individual meetings with the top South Korean shipbuilders -- Hyundai Heavy Industries (009540.KS), Samsung Heavy Industries (010140.KS), Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering (042660.KS) and STX Shipbuilding (067250.KS) -- on vessel orders worth $25 billion-$30 billion in total, of which $15 billion would be for drillships and semi-submersibles to be awarded this year. The firm already awarded 12 drillship orders to South Korean companies last year.
"The amount of deals to be discussed solely on this trip is about $28 billion," an official at Korea Export Insurance Corp (KEIC), the host of the seminar, said.
"Awards could begin as early as May."
Petrobras produces almost all of Brazil's 2 million barrels per day (bpd) of crude output and aims to boost its domestic output to 2.7 million bpd by 2013 through an ambitious $174.4 billion investment plan. [ID:nSP411918]
South Korea is home to the world's four biggest shipyards and has dominated orders for lucrative drillships and other types of sophisticated energy-related vessels. But they have seen orders dry up amid the global shipping downturn and collapsing refinery projects.
(Reporting by Angela Moon; Editing by Jonathan Hopfner)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

DE Uma lição de Spartacus para a organização moderna

DE Escola Empresarial

DE Dilema Empresarial

DE Choque de opiniões

Presidente da BM&F Bovespa vê retomada de IPO no 2º semestre

Reuters
17/04/2009
O presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto, acredita que o "pior da crise global" já passou para o mercado financeiro e aposta na retomada do movimento de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) de empresas na Bolsa de Valores de São Paulo no segundo semestre.
Segundo ele, os IPOs irão reaparecer gradativamente nos seis últimos meses do ano e devem se concentrar no último trimestre.
Edemir afirmou que, antes da crise global se agravar, muitas empresas brasileiras estavam prontas para fazer a abertura de capital, mas a turbulência colocou as companhias em "compasso" de espera.
O presidente da BM&F Bovespa disse que há vários movimentos em curso, em especial nos setores de medicamentos e construção civil.
"Já há movimento de fusões e aquisões nos mesmos níveis de 2007. Portanto, isso nos dá uma certeza que no segundo semestre esse movimento (IPOs) vai ser retomado. A abertura de capital depende do investidor estrangeiro, que acho que vai voltar com a eliminação desse resíduo de desconfiança que ainda existe", declarou o executivo.
"Acho que o último trimestre nos reserva boas supresas. As empresas estão revisitando seus modelos e no pós-crise o investidor estrangeiro vai estar exigente", acrescentou o presidente da BM&F Bovespa.
Edemir afirmou ainda que a Bolsa só reviverá o "boom" de IPOs registrado em 2007 entre 2010 e 2011. "O Brasil mostrou para o mundo o seu diferencial em governaça coorporativa e, principalemente na regulação e supervisão dos mercados financeiro e de capitais. Isso dá uma tranquilidade ao investidor. Estamos até nos aperfeiçoando nisso", declarou ele.

Incorporações testam novo modelo

Valor Econômico / Graziella Valenti
17/04/2009
Duas operações na praça: Votorantim Celulose e Papel (VCP) incorporando as ações da Aracruz e Vivo absorvendo os papéis da Telemig Celular Participações. Até o ano passado, essas transações seriam como um alerta para os minoritários venderem suas ações nas companhias incorporadas. Agora, porém, há uma chance da história ser diferente.
Em geral, as incorporações costumam ser um mau negócio para minoritários, obrigados a aceitar as condições impostas pelos controladores. Quase sempre geravam queixas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas raramente os investidores conseguiam modificar seu desfecho.
Somente duas operações desse tipo foram paralisadas, fato que gera controvérsia até hoje. A incorporação da BR Distribuidora pela Petrobras, em 2001, - com argumentos polêmicos - e a absorção da Tele Centro Oeste Celular pela Telesp Celular, logo após sua aquisição, em 2003.
Depois de anos de polêmica, em setembro do ano passado, um parecer da CVM veio para tentar diminuir os problemas nessas polêmicas incorporações de controladas. São recomendações de conduta para as empresas minimizarem os conflitos. O objetivo é fazer com que a relação de troca de ações seja mais equitativa para os minoritários da incorporada. Embora de uso facultativo, o parecer do regulador do mercado de capitais deve balizar as próximas transações.
VCP e Aracruz junto com Vivo e Telemig Celular serão o grande teste do novo modelo. O contexto em que cada uma das incorporações está inserido é bastante diverso. E o caminho escolhido pelas empresas também.
"O parecer é bem-intencionado. Oferece uma solução para a polêmica dessas operações, em que as trocas de ações eram moldadas numa conta de chegada que beneficiava só o controlador", disse Edison Garcia, superintendente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec). No entanto, ainda não está claro se a novas regras de conduta modificarão o resultado final dessas operações.
Embora o destino final de ambas as operações seja o mesmo, o caminho percorrido pelas empresas será diferente. E o mercado terá de se adaptar às variações.
A maior novidade experimentada até agora é o mercado receber o anúncio de uma incorporação sem saber as condições para isso. Em 20 de março, a Vivo divulgou que incorporará as ações da Telemig Celular Participações (depois que essa assumir os papéis da Telemig Celular S.A.), mas não comunicou a relação de troca. Ela ainda será definida, após a negociação entre a administração da Vivo e um comitê formado nas incorporadas para buscar a melhor proposta.
"É a primeira ver que entramos numa operação com um cronograma aberto. Não estamos dando estimativa de prazo, para que o comitê use o tempo que achar necessário na negociação", contou o diretor de relações com investidores e fusões e aquisições da Vivo, Carlos Raimar. A companhia ainda está definindo, junto com os comitês, quem serão os assessores jurídicos e financeiros.
Embora seja novidade, a iniciativa foi bem recebida no mercado. Deixar a operação aberta dá espaço para os minoritários manifestarem seu entendimento sobre a melhor condição. O que pode ser feito tanto pelo preço das ações no mercado, quanto pelo contato direto com a empresa. Segundo Raimar, diversos investidores buscaram a empresa para emitir sua opinião.

CVM suspende oferta de fundos e clubes irregulares

Valor Econômico / Angelo Pavini
17/04/2009
A oferta de investimentos irregulares continua florescendo no mercado, apesar das denúncias contra casas que quebraram. Depois do caso dos clubes de ações da corretora de câmbio Agente BR, que foi liquidada pelo Banco Central em janeiro deste ano, deixando milhares de investidores no prejuízo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) identificou dois sites que faziam ofertas irregulares, um de clubes e outro de fundos. Em deliberações divulgadas ontem, a CVM determinou a retirada do ar dos sites e o encerramento das carteiras, uma vez que elas não tinham registro e as empresas também não tinham autorização para fazer gestão de investimentos.
O primeiro caso é o da Thylon Consultoria Financeira, com sede em São Paulo, que oferecia quatro fundos de investimento, um deles com aplicação no exterior. A empresa e seus sócios, Cristian Carvalho Silva e Julio Reginato, foram procurados pelo Valor, mas não foram localizados. Em seu site, www.thyfundos.com.br, que ontem à tarde já estava fora do ar, a Thylon oferecia uma família de fundos. Havia um fundo de ações (Thy Profac), um de commodities (Thy Profcomm), um multimercado (Thy Profmult) e um que se propunha a investir no exterior (Thy Profglobafunds). Nem a gestora nem os fundos tinham registro na CVM, o que é exigido por lei.
Outro caso é do Clube Axt, um site que oferecia dois clubes de investimento sem registro em corretora e nem na Bovespa. Os responsáveis pelos clubes - Wagner de Aguiar Moraes, Alexandre de Aguiar Moraes, Marcelo Costa Rocha e Wanderley Dias Bertolucci - não tinham autorização da CVM para fazer a gestão das carteiras. No site, o Clube Axt se definia como uma associação de amigos "com o objetivo de investir no mercado financeiro".
O Clube Axt BV se destinava a aplicar em ações e o Axt MF na Bolsa de Mercadorias & Futuros. No total, as aplicações chegavam a R$ 6 milhões, sendo R$ 4,4 milhões no Axt BV e R$ 1,6 milhão no Axt MF. "Deve ter ocorrido algum engano", afirmou ao Valor, por telefone, Wagner de Aguiar Moraes. "Nós não oferecemos cotas ao mercado, apenas aos amigos", disse ele. "O problema é que o site estava sem senha, estava aberto, e alguém achou que qualquer um poderia investir". Segundo ele, a aplicação, que de acordo com o site teria sido criada em 2007, também "não era um clube, tinha o nome de clube, mas não estava ainda constituído, era apenas um grupo de amigos que se reunia para aplicar."
No site, porém, a informação é que o Clube Axt foi criado "em benefício de nossos amigos mais próximos", mas "como deu muito certo, os integrantes foram indicando outros investidores". "Assim, o clube está aberto para pessoas indicadas por investidores que já fazem parte do clube". E completa: "não há restrição de quantidade de indicações, isso é apenas para facilitar o controle e garantir uma segurança para todos".
Confrontado com essas informações, Moraes disse que a aplicação "era apenas para uns 20 amigos", de São Paulo e do Rio. "Alguém trazia a mãe ou um amigo para investir, mas era coisa restrita", disse. O clube teria sido criado por ele e um grupo de amigos, que gostavam do mercado financeiro. "No início, pensamos em criar um clube de investimento, mas como não tínhamos orientação, fomos aplicando, a carteira foi crescendo, um indicando outro e deixamos de registrar o clube." Agora, Moraes diz que vai fechar as carteiras. "Já tirei o site do ar e vamos encerrá-las, como a CVM mandou."
Os sites irregulares foram identificados dentro do trabalho de acompanhamento do mercado, que inclui denúncias e parcerias com outras instituições, disse Roberto Mendonça, gerente de irregularidades da Superintendência de Relações com Investidores Institucionais da CVM. Segundo ele, a ordem de suspender os clubes e fundos é preventiva. "Ainda vamos fazer uma investigação para ver se é o caso de abrir um processo administrativo contra as empresas e seus sócios". Mas, mesmo assim, o investidor já é alertado, para não aplicar. Neste ano, até março, já foram feitas 3 reclamações contra clubes na CVM, para 13 em todo o ano de 2008 e 8 em 2007.
Se não tirarem os sites do ar, os responsáveis serão multados, em até R$ 5 mil por dia. "E veja que não é só a oferta irregular, nenhum deles tinha autorização para fazer gestão, o que justifica o encerramento das carteiras". O investidor que quiser fazer denúncias ou consultas sobre fundos ou clubes pode acessar o site www.cvm.gov.br ou entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Investidor (SAI) no telefone 0800-7225354.