segunda-feira, 19 de novembro de 2007

IFRS é aceito como padrão pela SEC para empresa de fora dos EUA

A CVM já aprovou uma instrução tornando o IFRS como padrão obrigatório para relatórios contábeis das empresas abertas do País a partir do exercício de 2010

Rodrigo Postigo

19/11/2007

A Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA) aprovou a publicação de demonstrativos financeiros de empresas não americanas com papéis listados nas bolsas do país seguindo as diretrizes das International Financial Reporting Standards (IFRS), sem a necessidade de reconciliação para o US GAAP.

Segundo explicou o presidente do conselho do SEC, Christopher Cox, "o objetivo é encorajar o uso das normas editadas pelo Iasb (International Accounting Standards Board, órgão responsável pela emissão das normas IFRS) no lugar de uma série de modelos diferentes em cada país". Essas normas já são utilizadas por 107 países.A SEC também fará consultas públicas ainda este ano, sobre a proposta de permitir que as empresas norte-americanas também possam trocar o US Gaap pelo IFRS.

No Brasil, 34 empresas brasileiras com American Depositary Receipts (ADR) negociados nas bolsas de Wall Street, hoje obrigadas a usar o US Gaap, com possibilidades para migração para o IFRS. A explicação se dá pela necessidade de muitas delas apresentarem suas demonstrações contábeis nesse modelo porque têm subsidiárias em países onde o IFRS é padrão. "É fácil prever que as empresas vão querer reduzir custos e optar pelo mais prático", diz Eliseu Martins, da Fipecafi.

De acordo com Martins, decisões recentes das autoridades regulatórias brasileiras vão acelerar a migração. Em julho, a CVM aprovou uma instrução tornando o IFRS como padrão obrigatório para relatórios contábeis das empresas abertas do País a partir do exercício de 2010. Além disso, tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que propõe tornar o IFRS como padrão brasileiro para todas as empresas. Nesta semana, o texto chega ao Senado, onde deve ser votado até janeiro de 2008, segundo previsão do relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, deputado Carlos William (PTC-MG).

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