Ivan Postigo
Num país com um mercado tão complexo como o nosso e um sistema tributário tão perverso, porque alguém se torna empresário?
Diria, pelas mesmas razões que em qualquer lugar do mundo: por poder, dinheiro, liberdade e criação.
Vou descartar a comparação que me enviaram há algum tempo, retirada de um romance em que a garota dizia: “Sonho em crescer e ser professora para poder atormentar a molecada “.
Não acredito que nenhum patrão, em função de sua posição, tenha esse prazer!
É estranho pensar que ninguém escolhe ser patrão para ficar rico, mas se quiser ficar rico terá que ser seu próprio patrão e correr muito risco.
Como a impaciência é seu combustível, a fome de liberdade leva-o a criar, inventar, sabendo que esta, na sua essência, é uma transgressão, assim como toda obra de arte.
Há uma série de questões que devem ser levantas, pois fazem parte da vida do patrão e poucas vezes são entendidas.
O que não posso delegar como empresário?
“A definição do horizonte para o qual a empresa se dirige e a correta comunicação à equipe”.
Que certeza devo ter na administração do meu dia-a-dia?
“No momento em que a empresa está em crise ninguém decide nada, eu tenho que apontar a direção a seguir”.
O que é comum a todas as empresas com ou sem fins lucrativos e não devem ser confundidos?
Homens, ação e dinheiro.
Qual a melhor combinação a fazer e por que não devem ser confundidos?
Homens e ação, produzindo o dinheiro! Não perca seu tempo imaginando outra forma. Já vi amontoados de pessoas desperdiçando um monte de dinheiro, sem produzir nenhuma ação, a não ser essa.
O que enlouquece sua equipe? Sim, há coisas que os deixam “pirados”também!
Não entender que a maioria dos empresários não é formada por intelectuais, mas por homens de ação. Poucos formalizam suas idéias por escrito.
O que enlouquece os empresários? Ops, agora chegou nossa vez!
Constatar que quando o poder cresce em extensão, diminui em eficácia! Todo patrão que viu a sua empresa crescer já experimentou a terrível frustração de perda de poder. Teve que delegar, inevitavelmente, de preferência aquilo que não sentia conforto em realizar, mas---sempre tem um mas---tendo que levar as pessoas a gostar de desenvolver aquela atividade!
Qual a obsessão dos empresários em qualquer parte do mundo?
Expansão, rentabilidade e segurança. Eta coisas complicadas de equacionar!
O que o patrão deve sempre se lembrar? Bom, seria interessante se lembrasse....
Ele não deve decidir para ter razão, mas para ter êxito! Conta a história que Ronald Reagan, conhecido como um homem de poucas idéias e de um governo brilhante---questione quem quiser---, tinha em sua mesa uma placa com os seguintes dizeres : “ Não há limites para o que um homem pode realizar, desde que lhe seja indiferente saber quem terá o crédito”.
Patrões geniais são cansativos para seus colaboradores, então sábio será se cercar de bons profissionais.
Em geral, boas idéias podem ser encontradas nos quatro cantos da empresa, contudo sem organização, sem tempo adequado, sem uma boa equipe, atazanados pelos problemas, o lugar menos provável onde nós iremos procurá-las será entre nossas duas orelhas!
O que o patrão não deve se esquecer?
Que dirigir uma empresa é uma profissão de homens livres, e essa liberdade se mede com precisão: a unidade de medida é o dinheiro!
Para encerrar permitam-me não apresentá-los a esses meus dois amigos para que possamos deixar nossos egos e pessimismos de patrão de lado:
Depois de um dia de muito trabalho nos encontramos e um deles me diz: “ Jamais alguém me sucederá a altura, depois de mim virá o dilúvio ...nada restará!”, o outro tão pessimista, ao se levantar para partir, diz: “ A vida de empresário é dura, e depois a gente morre!”.
Rio ou choro?
Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Não sei se rio ou choro: Sou patrão
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7.5.08
Marcadores: Colunista - Ivan Postigo
Aprovados incentivos a empresas em zona de exportação
Agência Câmara
07/05/2008
O Plenário aprovou nesta terça-feira a Medida Provisória 418/08, que aperfeiçoa as regras para instalação e funcionamento de empresas nas chamadas Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs), suspende o pagamento de tributos e estende a essas empresas incentivos já existentes para pesquisa tecnológica. A matéria será analisada agora pelo Senado.
O texto concede às empresas das ZPEs a suspensão dos seguintes impostos e contribuições: Imposto de Importação, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Cofins, PIS/Pasep, Cofins-Importação, PIS/Pasep-Importação, e Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM).
A MP foi aprovada na forma do projeto de lei de conversão do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Entre as mudanças incluídas por ele, está a possibilidade de prorrogação, por igual prazo, do período de 20 anos de permanência de uma empresa na ZPE nos casos de investimento de grande vulto, a critério do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE).
De acordo com o relator, 114 países já contam com ZPEs, e a primeira tentativa no Brasil de adotar esse sistema aconteceu em 1988. As ZPEs têm o objetivo de estimular, por meio de benefícios fiscais, a instalação de empresas em áreas privilegiadas para exportação, com o compromisso de obter, anualmente, 80% de sua receita bruta com a exportação de bens ou serviços.
Imposto de Renda
Para dar competitividade às ZPEs e torná-las mais atraentes aos investimentos estrangeiros, a redação aprovada pela Câmara concede isenção do Imposto de Renda durante os cinco anos seguintes ao de início de funcionamento da empresa. Depois desse tempo, a isenção, calculada sobre o lucro da exploração, converte-se em redução de 75% por mais cinco anos.
Para receber esse incentivo, a ZPE deve estar em área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) ou da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
O texto prevê a tributação de 25% do Imposto de Renda na fonte sobre os lucros e dividendos entregues a pessoa física ou jurídica residente no exterior por empresa situada em ZPE, ou sua controladora, que tenha sido beneficiada com isenção ou redução do IR.
O tributo não será devido, entretanto, se a legislação do país de residência do beneficiário conceder isenção ou não tributar esses rendimentos.
Inovação tecnológica
Outra novidade da MP é a concessão dos mesmos incentivos dados hoje às empresas de fora de uma ZPE quanto à inovação e à pesquisa tecnológicas. Entre eles, estão os previstos para as áreas da Sudam e da Sudene; para os programas e fundos de desenvolvimento do Centro-Oeste; os constantes da Lei de Informática (8.248/91); os da chamada Lei do Bem (11.196/05); e a isenção de Imposto de Renda sobre remessas ao exterior para pesquisa de mercado sobre produto brasileiro de exportação ou para participação em feiras e exposições.
As empresas também contarão com os regimes aduaneiros suspensivos previstos em regulamento.
Para entrarem em uma ZPE, as empresas devem ainda atender às diretrizes governamentais para os diversos setores da indústria, além de aplicarem um valor mínimo em investimentos quando assim for fixado em regulamento.
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7.5.08
Marcadores: Tributária
Russian, Brazilian Steel Export Prices to Rise 60%, Nomura Says
By Mark Herlihy
May 7 (Bloomberg) -- Export prices for Russian and Brazilian hot-rolled steel will increase as much as 60 percent this year as rising spot prices offset higher raw material costs, Nomura International Plc said.
``The global steel industry is enjoying a renaissance of improving returns and growth,'' Paul Cliff, an analyst at Nomura in London, wrote today in a report. ``We continue to view steel producers from Russia and Brazil as ongoing outperformers.''
Russian and Brazilian producers offer higher prices, lower costs and faster growth than in other regions, Cliff wrote in the note. Evraz Group SA and Novolipetsk Steel were the ``top steel picks'' in the sector, he said.
Global steel prices will continue to rise for another three to six months before a ``cyclical correction'' in the fourth quarter, Cliff said.
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7.5.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Estrangeiro põe R$ 480 mi na Bolsa 1 dia após 'upgrade'
Agência Estado
07/05/2008
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) contabilizou ingresso de R$ 480 milhões em capital externo no pregão da sexta-feira passada, dia 2 de maio. O saldo é resultado de compras de R$ 4,98 bilhões e vendas de R$ 4,5 bilhões.
Com isso, em 2008 o saldo positivo de investimentos estrangeiros na Bolsa brasileira subiu para R$ 705,8 milhões.
O pregão do dia 2 foi o primeiro completo após a elevação da nota ("upgrade") de avaliação de risco do Brasil para grau de investimento pela agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's, anunciada pouco antes do final da sessão de quarta-feira, dia 30 de abril - quinta-feira foi feriado nacional e a Bolsa não funcionou. Desde então, o índice Bovespa bateu sucessivos recordes de pontuação.
Na quarta (dia 30), o Ibovespa disparou na última hora do pregão, logo após o anúncio da S&P, e fechou com alta de 6,33%. Na sexta, o índice avançou mais 2,21%. Na segunda-feira, o Ibovespa fechou acima dos 70 mil pontos pela primeira vez na história. Ontem subiu mais 0,03%, a 70.195 pontos, registrando quatro recordes seguidos.
Brazil stocks fall led by banks, real weakens
Tue May 6, 2008 11:21am EDT
SAO PAULO, May 6 (Reuters) - Brazil's stock market fell on Tuesday for the first day in four, led by a decline in banking shares on expectations that demand for loans will slow as domestic interest rates rise, while the national currency was dragged down by lower equity markets at home and abroad.
The Sao Paulo Stock Exchange's benchmark Bovespa index .BVSP fell 0.43 percent to 69,875.04 points after closing at an all-time high the previous session. Shares of TIM Participacoes slumped 9 percent after the company reported its first-quarter loss widened, also helping push the index lower.
The Brazilian real BRBY
"We figured there would be some profit taking from stock market investors and, as a consequence, a considerable drop in the currency," said Vanderlei Arruda, manager of foreign exchange trading at the Souza Barros brokerage.
Interest-rate futures <0#dij:> on the BM&F commodities and futures exchange in Sao Paulo were mostly higher after data on Tuesday showed prices in Brazil's largest city quickened in April. Inflation in Sao Paulo rose 0.54 percent last month, faster than the 0.31 percent gain in March, the Fipe research institute said.
On the stock exchange, TIM Participacoes (TCSL4.SA: Quote, Profile, Research), Brazil's second-largest mobile phone company, tumbled 9.3 percent to 5.17 reais. The company reported a first quarter net loss of 107.93 million reais, five times wider than the 19.46 million reais loss in the year-earlier period as provisions for bad debt surged 57 percent after an aggressive campaign to sign up new clients at the end of 2007.
Itau (ITAU4.SA: Quote, Profile, Research), Brazil's second-largest private sector bank, fell 3.14 percent to 48.19 reais. The bank said on Tuesday its first-quarter profit rose 7.5 percent to 2.04 billion reais from a year earlier and was up 0.7 percent from the fourth-quarter. Loan growth slowed to 7.9 percent quarter-on-quarter after expanding 11.9 percent in the fourth-quarter. For details please see [ID:nN06364869].
Other banks also fell on concerns growth in lending, one of the main sources of profits for the financial sector in past quarters, may slow further because of an increase in domestic interest rates. Bradesco (BBDC4.SA: Quote, Profile, Research) fell 3.23 percent to 39 reais, while Unibanco (UBBR11.SA: Quote, Profile, Research) was down 2.39 percent to 24.91 reais.
State-controlled oil company Petrobras (PETR4.SA: Quote, Profile, Research) rose 1.48 percent to 44.5 reais as crude prices rose about 1.5 percent in London and New York on concerns over tight supplies.
Mining company Vale (VALE5.SA: Quote, Profile, Research), the second most heavily weighted stock in the Bovespa index, rose 1.1 percent to 55 reais, buoyed by firmer prices of copper and other industrial metals. (Reporting by Elzio Barreto and Silvio Cascione, Editing by Chizu Nomiyama)
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7.5.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Gas Prices Expected to Peak in June
New York Times
By JAD MOUAWAD
Published: May 7, 2008
The new forecast from the Energy Department came on a day oil futures rose above $122 a barrel in New York trading after rebels in Nigeria renewed their attacks against oil installations. By day’s end, crude oil for June delivery closed at a record $121.84 a barrel, up 1.6 percent from Monday’s close.
Oil prices have nearly doubled in a year. Gasoline is selling for a national average of about $3.61 a gallon, according to AAA, the automobile club, a penny less than the record set on May 1 but 58 cents higher than a year ago.
Some private analysts have gone beyond the Energy Department’s forecasts, predicting that gasoline will surpass $4 a gallon this summer.
Domestic gasoline consumption is likely to fall more steeply than expected this year, the Energy Department said, an indication that higher prices are cutting into the driving habits of many Americans. But gasoline prices are expected to rise nonetheless and should average $3.52 a gallon for the full year, or 71 cents above their average price in 2007, according to the government’s latest estimates.
“In the past, high prices could be offset by borrowing or making more money,” said Adam Robinson, an analyst at Lehman Brothers. “It’s really when you have the triple bite — a weaker economy, less access to credit, and higher prices — that you see the consumer recoil.”
The high cost of fuel has become a major issue in the presidential race, with the Democratic candidates, Senators Hillary Rodham Clinton and Barack Obama, clashing over a summer waiver of the 18.4-cents-a-gallon federal gasoline tax.
The gas tax holiday is supported by Senator Clinton and the presumptive Republican nominee, Senator John McCain, who have both said it would provide some relief in the summer driving season. Senator Obama calls the idea “pandering” and said that cutting the tax would spur more consumption, pushing prices back up.
In its monthly report, the Energy Department projected that domestic petroleum consumption would decline by about 190,000 barrels a day this year, a result of the economic slowdown and high prices. That is a sharper drop than the 90,000-barrel-a-day decline projected by the department last month.
After accounting for increased ethanol use, domestic consumption will fall by 330,000 barrels a day, or less than 1 percent of total gasoline demand. While limited, it would be the first annual decline in gasoline demand since 1991.
The Energy Department expects oil prices to average $110 a barrel this year, about $9 more than its previous outlook.
Despite these higher costs, global oil demand is still projected to rise by 1.2 million barrels a day this year, mostly because of growing consumption in China, the Middle East, Russia, Brazil and India.
China alone will account for a third of the jump in consumption. In March, Chinese imports rose by 800,000 barrels a day, compared with levels a year earlier, a big increase that could mean China is filling its oil reserve needs before the start of the Olympic Games this summer.
Oil supplies, meanwhile, continue to lag behind. After a drop in Nigerian output last month, production by OPEC nations fell 1 percent in April, according to a survey by Bloomberg News.
Members of the Organization of the Petroleum Exporting Countries pumped an average of 32.1 million barrels a day last month, down 320,000 barrels from March, according to the survey of oil companies, producers and analysts.
Nigerian production dropped by 160,000 barrels, to an average of 1.88 million barrels a day, the country’s lowest level since August 1999. The country’s output suffered from a strike by Exxon Mobil workers. Adding to these troubles, rebel militants have apparently resumed their attacks on oil companies in the Niger Delta, forcing Royal Dutch Shell to reduce production.
As demand continues to outpace the growth in oil supplies, analysts expect little relief in prices. A shortfall in supplies over the next two years will probably send oil to $150 to $200 a barrel, Goldman Sachs said in a new report.
Analysts’ forecasts for the price of gasoline over the next few years run as high as $7 a gallon.
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7.5.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Grau de investimento não é certificado de desenvolvimento, alerta ‘FT’
Rodrigo Postigo
07/05/2008
Em meio à euforia dos investidores, "todos precisam manter um sentido de perspectiva" sobre a elevação da nota da dívida brasileira ao grau de investimento pela agência Standard & Poor's, segundo afirma editorial do diário britânico Financial Times.
"Afinal de contas, as agências de classificação de risco, como a Standard & Poor's, simplesmente avaliam a capacidade dos devedores de pagarem suas dívidas. Um grau de investimento torna a dívida do País mais atraente para grandes fundos de pensão e seguradoras. Não é um certificado de desenvolvimento", observa o jornal.
Apesar disso, o jornal comenta que "a conquista do Brasil é notável". "Seis anos atrás o país era amplamente visto como à beira da falência. A dívida interna, denominada em moeda local, ainda é alta. Mas a S&P acredita que isso é mais do que compensado por uma queda acentuada no endividamento externo e na administração firme da economia, baseada no desenvolvimento de instituições mais confiáveis", diz o editorial.
O Financial Times sugere que a elevação da nota do Brasil indica uma tendência mais ampla entre os países emergentes devedores e comenta que na última década a S&P elevou a nota de 14 governos de países emergentes para grau de investimento.
"O Brasil agora tem um status semelhante ao de Índia, Rússia e China, as três outras economias emergentes gigantes (os chamados Brics), cujo crescimento está transformando a economia mundial", diz o editorial.
Incentivos fiscais à inovação são pouco utilizados
Canal Executivo
07/05/2008
O Brasil dispõe de uma série de incentivos fiscais à inovação, mas o número de empresas que os utilizam é ainda bastante reduzido. Em 2006, apenas 130 empresas se beneficiaram dos incentivos previstos na Lei do Bem, o principal deles a possibilidade de abaterem no IR e na Contribuição sobre o Lucro Líquido até 200% dos gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D). Uma vez que o Brasil conta com cerca de 5.000 empresas que fazem atividades de P&D de forma contínua, as 130 que utilizaram os incentivos da Lei do Bem em 2006 representam apenas 2,6% daquele universo.
Como mudar esse quadro? Possíveis respostas vão ser discutidas durante a VIII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, a ser realizada de 19 a 21 de maio, em Belo Horizonte (MG). Estarão lá representantes da Bosch, Embraer, Fiat, Natura, Oxiteno e Pirelli – empresas que investem continuamente em P&D no Brasil. Seus cases compõem o painel “Experiência das empresas na utilização dos fomentos à inovação”, que ocorrerá na manhã do dia 20 de maio.
Bruno Bragazza, por exemplo, vai falar sobre a criação, em janeiro deste ano, de uma área na Bosch com a função exclusiva de cuidar da inovação tecnológica de todas as unidades de negócio da empresa, justamente com foco nos incentivos disponíveis. “Em 2007 já nos beneficiamos da Lei do Bem, com alguns projetos. Para 2008 queremos ampliar a utilização desses benefícios e estamos planejando multiplicar por quatro o número de projetos incentivados”, informou Bragazza. Para isso, a Bosch está criando um processo interno visando à melhor utilização da Lei do Bem, o que implicará o acompanhamento de cada projeto de inovação tecnológica, desde o seu início até a conclusão. Com os projetos incentivados, em 2007 a Bosch deduziu no IR 180% das despesas com P&D.
Já Márcio Tavares Lauria vai mostrar que a Oxiteno conta com um sistema de TI centralizado para gestão do portfólio de projetos de inovação. “O sistema evidencia o caráter inovador de nossas atividades no desenvolvimento e na otimização de produtos, processos e aplicações na indústria química”. A Oxiteno também tem um modelo de gestão da inovação e uma estrutura interna para cuidar dos processos de trabalho. “Isso nos permite a utilização dos incentivos fiscais, bem como o pleito para financiamentos e subvenções”, explica Lauria. Ele vai falar também sobre as principais dificuldades e as propostas de melhoria para a utilização dos fomentos à inovação.
Roberto Falkenstein, por sua vez, vai abordar, entre outros aspectos, como a legislação brasileira pró-inovação ajuda o centro de P&D da Pirelli no Brasil a crescer. “Graças aos incentivos que existem hoje no País, estamos executando aqui alguns projetos que antes eram feitos pela matriz, em Milão, ou pelos centros de pesquisa e desenvolvimento da Pirelli nos Estados Unidos ou na Alemanha”. Com isso, o centro de P&D da Pirelli no Brasil se tornou o segundo maior da empresa: cresceu 30% em número de projetos nos últimos anos e só perde para a sede na Itália. “Desenvolvemos aqui produtos a serem 100% exportados para os EUA”, exemplifica Falkenstein.
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7.5.08
Marcadores: Tributária
Já existem propostas para colaborar com Paraguai, diz Amorim
Agência Brasil
07/05/2008
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta terça-feira que já existem várias propostas "concretíssimas" de apoio brasileiro ao desenvolvimento do Paraguai. Amorim citou a construção de uma linha de transmissão de energia elétrica da Usina Hidrelétrica de Itaipu até Assunção, capital paraguaia.
Amorim afirmou que algumas obras no Brasil também podem beneficiar os paraguaios. Um exemplo seria a construção da ferrovia, ligando as duas cidades paranaenses de Cascavel e Foz do Iguaçu, na fronteira paraguaia, com Cidade do Leste, que pode facilitar o escoamento da produção agrícola do país vizinho. Ele lembrou ainda a proposta de construção de uma segunda ponte ligando os dois países.
Amorim também não descartou a possibilidade de investimentos diretos de empresas brasileiras. "Pode haver um maior incentivo para que indústrias brasileiras, em um marco jurídico adequado e seguro, possam investir no Paraguai, inclusive em indústrias que utilizam mais energia elétrica e que façam com que o Paraguai se sinta, ele de fato está, mas que ele se sinta utilizando a energia que Itaipu está gerando", afirmou o chanceler brasileiro.
Ele reiterou a posição de que a essência do Tratado de Itaipu não pode ser modificada. "Creio eu que há maneiras de encontrar soluções para o que sejam reivindicações justas e realistas, sem alterar o Tratado", disse.
De acordo com o ministro, ainda não foi recebida nenhuma proposta formal de modificação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que trata das questões financeiras. "Vamos com calma, vamos esperar", pediu.
"Eu acho que é preciso pensar um conjunto de coisas que ajudem o Paraguai", afirmou. E completou que soluções devem ser encontradas por meio de negociações e não com "rompantes arrogantes", que possam prejudicar os países vizinhos.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Banco Mundial aprova US$ 7 bi em empréstimos ao Brasil
Agência Estado
02/05/2008
O Banco Mundial aprovou US$ 7 bilhões em empréstimos ao Brasil para os próximos quatro anos, informou o banco em nota divulgada à imprensa. Os empréstimos serão desembolsados por duas unidades do Banco Mundial, o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento e o IFC (International Finance Corp) e serão destinados a obras de infra-estrutura e financiamento corporativo.
Os empréstimos ao Brasil vão somar cerca de US$ 1,6 bilhão por ano nos próximos quatro anos. Diferentemente dos programas anteriores, que apoiavam principalmente o governo federal, os governos estaduais brasileiros vão receber a maior parte desses novos empréstimos. O financiamento será baseado nas prioridades de desenvolvimento dos estados e seu cumprimento com a lei de responsabilidade fiscal do País, informou o Banco Mundial.
Brasil não deve relaxar após grau de investimento, diz Wall St
BBC Brasil
02/05/2008
O Brasil precisa tirar proveito do título de grau de investimento concedido pela agência de riscos Standard & Poor's, mas não pode relaxar no que diz respeito a reduzir sua dívida interna, afirmaram representantes do mercado financeiro.
Ao adquirir a nota ''investment grade'' - dada pela agência a países considerados pouco propícios à inadimplência -, o Brasil passa a ser capaz de atrair grandes fundos de investimento internacionais que, por conta das regras de suas instituições, só podem investir em países julgados de baixo risco.
Para Nilson Strazzi, diretor de mercados emergentes do banco Barclays Capital, a avaliação da S&P é algo ''superpositivo'', porque ''abre as portas do Brasil para uma série de novos investimentos'' e ''dá uma solidez maior à balança de pagamentos''.
Mas Strazzi afirma que o Brasil deve aproveitar agora para ''tirar vantagem de sua credibilidade'' e procurar reduzir a carga representada por sua dívida.
''Em relação ao PIB, a dívida interna não está numa porcentagem muito elevada, mas abaixo de 50%. O problema é que as taxas de juros são muito elevadas", diz Strazzi.
"Então, é preciso aproveitar esse 'investment grade' para alongar essa dívida, aumentar a duração da dívida interna para um longo prazo''.
Brasileiro trabalha metade da vida para o fisco, diz estudo
PARA EXPECTATIVA DE VIDA DE 72,3 ANOS, 36,3 DELES IRÃO PARA PAGAR TRIBUTOS, APONTA INSTITUTO Somente neste ano serão necessários mais dois (148 ) de trabalho, em relação a 2007, para os tributos, diz IBPT; Receita não comenta
Folha de São Paulo / Marcos Cézari
02/05/2008 Os brasileiros que nasceram -ou que ainda vão nascer- neste ano terão de trabalhar metade de suas vidas apenas para o pagamento de tributos aos governos federal, estaduais e municipais.
Esses brasileiros têm expectativa de vida de 72,3 anos (72 anos e quatro meses), com base na Tábua de Mortalidade do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Significa dizer que, daqui a quase 73 anos, terão trabalhado 13.247 dias de suas vidas -ou 36,3 anos- para cumprir suas obrigações tributárias no país.
A conclusão é de estudo divulgado ontem pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) com base no aumento da carga tributária sobre renda, patrimônio e consumo nos últimos 18 anos, bem como das projeções da carga tributária pela proposta de reforma do governo e que está em tramitação no Congresso.
A Receita Federal disse ontem, por meio da assessoria de imprensa, que não podia comentar o estudo porque estava analisando-o. Por isso, hoje ou nos próximos dias deverá divulgar nota sobre o assunto.
O estudo foi feito com dados oficiais a partir de 1900, quando eram necessários 43 dias de trabalho por ano para pagar tributos. Naquele ano, a expectativa de vida era de 33,4 anos, com perspectiva de pagamento de tributos durante 3,9 anos. Meio século depois, em 1950, a expectativa de vida havia subido para 42,6 anos, e a de pagar tributos, para 6,82 anos.
Mais meio século (em 2000) e os números tinham subido para 70,5 anos e 23,3 anos, respectivamente. Neste ano, é de 72,3 anos e de 29,3 anos, respectivamente, segundo o IBPT.
O advogado Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT, afirma que, “em 108 anos, a expectativa de vida dos brasileiros cresceu 116%, enquanto a expectativa de pagamento de tributos aumentou 244%”.
Ele toma por base os 148 dias que serão necessários trabalhar neste ano para o pagamento de tributos aos três níveis de governo -dois dias a mais do que em 2007. Assim, na média, os contribuintes brasileiros terão de trabalhar até 27 de maio para o fisco. Como comparação, um argentino trabalha 97 dias por ano; um chileno, 92 dias. Os suíços trabalham 185 dias, e os franceses, 149 dias, diz o IBPT.
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2.5.08
Marcadores: Tributária
Brazil upgrade should lower risk premia-IMF's Singh
Thu May 1, 2008 1:32pm EDT
WASHINGTON, May 1 (Reuters) - Brazil's new investment-grade credit rating should further lower risk premia and buoy foreign investment in Latin America's largest economy, a senior International Monetary Fund official said on Thursday.
Anoop Singh, the IMF's director for the Western Hemisphere, said Standard and Poor's upgrade of Brazil's credit rating to "BBB-" also set the stage to deepen reforms, which would help the country achieve its full potential.
He said the announcement on Wednesday demonstrated investor confidence in the country's economic policies.
The government's economic program, supported by an IMF financial package, helped stabilize the economy following a 2002 crisis of investor confidence in the then new President Luiz Inacio Lula da Silva, who still leads the country.
"Their demonstrated commitment to this framework -- anchored in the fiscal responsibility law, inflation targeting, and flexible exchange rate regime -- has helped entrench macroeconomic stability and reduce vulnerabilities," Singh said.
Those policies had led to low inflation, higher growth, and less poverty and inequality, he added. (Reporting by Lesley Wroughton; Editing by Chizu Nomiyama)
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2.5.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Grau de investimento atrairá recurso externo
Gazeta Mercantil/1ª Página / Lucia Rebouças
02/05/2008
O grau de investimento concedido pela Standard & Poor?s ao Brasil, na última quarta-feira, vai promover um aumento da participação de fundos "private equity" (de participação direta) nas companhias brasileiras. Essa participação deverá ser recorde neste ano, segundo especialistas no setor. Estima-se que nos últimos dois anos os private equity captaram de US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões para investir em aquisições de empresas no País. Em 2008, o valor poderá aumentar entre 30% e 40%, projeta o sócio da Ernst Young Carlos Asciutti . "Com o grau de investimento, os private equity poderão captar recursos de fundos de pensão norte-americanos para investir no Brasil", afirma.
Com a nova classificação de risco, o Brasil passa a fazer parte do grupo de países considerados seguros para investir e fica em condições de igualdade em relação aos seus principais concorrentes nos mercados emergentes - a Rússia, a China e a Índia. A classificação, que passou de BB deu BBB-, representa o primeiro degrau na escala dos países bons para investir.
Várias empresas brasileiras já receberam o grau de investimento de agências de risco. As primeiras foram a mineradora Vale do Rio Doce e a indústria de bebidas Ambev. Para Júlio Gomes de Almeida, consultor do Iedi, boa parte dos benefícios do grau de investimento já havia sido antecipada e a vinda de recursos para o setor produtivo irá fortalecer as áreas industrial e de serviços.
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2.5.08
Marcadores: Governança
Nota fiscal eletrônica vai chegar ao pequeno
Valor Econômico / Genilson Cezar
02/05/2008
Desde 1º de abril, pelo menos cinco mil empresas de setores de cigarros (fabricantes e distribuido¬res atacadistas) e combustíveis (produtores, distribuidores, transportadores e revendedores varejistas) são obrigados a emitir nota fiscal eletrônica (e-NF) para vendas internas e operações interestaduais. São basicamente grandes empresas, neste primei¬ro momento. Mas a exigência da Receita Federal não vai deixar ninguém de fora. "A nota fiscal eletrônica é um benefício que a modernidade e a informatização trazem para todas as empresas brasileiras, de qualquer tama¬nho", avalia Helena Rego, analista do departamento de políticas públicas do Sebrae-Nacional.
A e-NF passa a substituir a nota fiscal modelo 1/1ª, utilizada para transações comerciais com merca¬dorias entre pessoas jurídicas. Nada muda para o consumidor comum, que continuará recebendo o cupom fiscal de papel. Mas para quem vende produtos, as novas regr¬as trazem vários benefícios. Além de maior confiabilidade e melhoria no processo de controle fiscal, melhor intercâmbio e com¬partilhamento de informações en¬tre os fiscos e redução de custos e entraves burocráticos, a nota fiscal eletrônica vai facilitar o cumpri¬mento das obrigações tributárias e o pagamento de impostos e contri¬buições, diminuir a sonegação e aumentar a arrecadação de tribu¬tos. Há previsão de ganhos tam¬bém com o acesso mais rápido às informações, eliminação do uso do papel e redução de custos de impressão, de armazenamento, e possibilidade de gerenciamento eletrônico dos documentos, com a eliminação dos riscos de extravios de documentos.
Claro, não se vai chegar ao me¬lhor dos mundos facilmente. "As pequenas empresas terão que se estruturar tecnologicamente para assegurar que todas as informa¬ções mencionadas na nota estarão corretas e de acordo com a lei, uma vez que o sistema de e-NF dificulta a correção de erros e as retificações. Por isso é importante saber investir em soluções confiáveis, que atendam às necessidades da empresa para que esta não corra o risco de enviar informações incor¬retas aos órgãos do governo", aler¬ta Julio Bertolini, diretor comercial e de marketing da ABC71 Soluções em Informática, uma empresa com faturamento de R$ 7,5 mi¬lhões em 2007. A ABC71 desenvol¬veu duas soluções para atender à demanda das empresas para se adequarem às exigências da nota fiscal eletrônica: um produto de maior porte, baseado no software de ERP Ómega, criado em 1990, que, além de fazer a comunicação entre o cliente e a Secretaria da Fa¬zenda (Sefaz), possibilita uma sé¬rie de outras validações fiscais, e um aplicativo que permite sim¬plesmente a comunicação da em¬presa com a Sefaz.
Nesse último caso, a empresa vem desenvolvendo um projeto-piloto com a Decar, empresa de auto-peças, sediada na Barra Funda (SP), espe¬cializada na fabricação de motor, embreagem e suspensão para aten¬der várias montadoras. "Temos uma carteira de 360 clientes que utilizam nosso software de gestão empresa¬rial Ómega, que traz os recursos para nota fiscal eletrônica. Mas nosso ob¬jetivo é investir nas micro e peque¬nas empresas com oferta de solução específica", diz Bertolini.
O custo do investimento em in¬formatização é realmente um obstá¬culo para os pequenos. As grandes empresas, que devem entrar na se¬gunda fase, a partir de setembro, com força total (fabricantes de auto¬móveis, fornecedores de energia elé¬trica, medicamentos, semi acabados e laminados, ferros gusa etc), estão numa situação confortável Para um grande atacadista, por exemplo, o custo de investimento fica diluído na quantidade de nota fiscal emiti¬da. É o caso, por exemplo, da Givau¬dan, do ramo de aromas e fragrân¬cias, que investiu R$ 150 mil para en¬trar no projeto de nota fiscal eletrô¬nica. A empresa emite 2,5 mil notas fiscais na unidade de Jaguaré (SP) e 1,5 mil na unidade de Vinhedo, e a economia obtida com redução de custos de papel, impressão, digita¬ção, entre outras, pagou o investi¬mento realizado.
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2.5.08
Marcadores: Tributária
País negocia com EUA fim de dupla tributação
O Globo / José Meirelles Passos
02/05/2008
Em reunião em Washington, empresários e governos se comprometem com tratado até outubro
Queixas renovadas de grandes corporações americanas e brasileiras sobre o fato de elas serem tributadas duplamente - nos Estados Unidos e no Brasil - fizeram, ontem, com que os governos de ambos os países se comprometessem a encontrar formas, até outubro próximo, de se criar um tratado bilateral de tributação que solucione pelo menos em parte esse problema. Segundo os empresários, a questão vem sendo debatida há 40 anos sem avanços.
- Compreendo a ansiedade dos empresários. O que nós estamos buscando é, sem prejuízo do Brasil ou dos EUA, conseguir não o tratado perfeito, não o tratado ótimo, mas o tratado possível, que será o melhor. E é nesse sentido que nós, desta vez, definimos um método de resolver esse problema - disse a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao fim da segunda reunião do Fórum de Altos Executivos de Empresas Brasil-EUA, na Casa Branca, da qual participaram presidentes de dez corporações americanas e dez brasileiras, além do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.
Bush agradece a Lula pelo incentivo à negociação
O presidente George W. Bush, que conversou com os 20 empresários por uma hora, disse estar contente com o andamento das negociações. A função do fórum é apresentar recomendações a ambos os governos, sobre formas de facilitar os negócios entre os dois países.
- Eu e meu governo apoiamos fortemente a criação de um tratado tributário bilateral e também um tratamento bilateral de investimentos - disse Bush. - Quero agradecer ao meu amigo, presidente Lula, por incentivar esse fórum para ir avançando. Isso é uma indicação da importância que nós dois colocamos em nossas relações bilaterais.
Empresários saem do encontro animados
Dilma disse que as negociações serão aceleradas para ir acabando, aos poucos, com a bitributação:
- É possível criar uma estrutura, uma moldura na qual nós façamos, de parte a parte, passos significativos para chegar a um acordo. E é isso o que nós estabelecemos: o que fazer e até quando. Nós nos demos um prazo até outubro para que os dois governos façam os seus melhores esforços. Mesmo porque qualquer alteração (na legislação tributária) tem de passar pelos respectivos Congressos. E isso não é trivial.
A bitributação, as negociações da Rodada de Doha e o aumento da validade dos vistos para empresários (de cinco para dez anos) foram os três temas prioritários nas discussões entre representantes dos dois governos e do grupo de empresários - que tinha, do lado brasileiro, firmas como Gerdau, Votorantim, Cutrale e Odebrecht; e, do americano, General Motors, Coca-Cola e Citibank.
Josué Gomes, presidente da Coteminas e co-presidente do fórum empresarial, saiu satisfeito da reunião:
- Estávamos frustrados com a demora sobre o tratado de tributação. Mas agora saímos daqui muito animados.
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2.5.08
Marcadores: Tributária
Setor público faz economia recorde para mês de março
Rodrigo Postigo
02/05/2008
O setor público brasileiro registrou em março superávit primário de R$ 15,403 bilhões, valor recorde para o mês e mais que o dobro do resultado positivo obtido no mesmo período do ano passado.
A cifra superou os vencimentos de juros e, com isso, o País gerou um superávit nominal de R$ 3,99 bilhões.
O governo também contabilizou superávit nominal no primeiro trimestre, de R$ 3,043 bilhões, segundo os dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira. Foi a primeira vez que o setor público obteve resultado nominal positivo no período de janeiro a março.
Além disso, o déficit nominal acumulado em 12 meses ficou em 1,64% do Produto Interno Bruto (PIB) - melhor resultado da série.
"O relatório fiscal de março reforçou a percepção de que os riscos nessa frente permanecem limitados", comentou o economista Diego Donadio, do banco BNP Paribas Brasil, em relatório.
O bom desempenho fiscal do Brasil tem sido, principalmente, resultado de um crescimento das receitas tributárias com o aquecimento da economia. No primeiro trimestre, a performance também foi influenciada pelo atraso na aprovação do Orçamento, o que limitou os gastos do governo federal no período.
A estimativa do Tesouro Nacional e do BC é de que, ao longo do ano, o resultado primário diminua e convirja para a meta de 3,8% do PIB. Em 12 meses encerrados em março, o superávit primário foi equivalente a 4,46% do PIB.
"O governo acumulou uma gordura para cumprir a meta sem dificuldades", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, lembrando que os investimentos do governo tradicionalmente aceleram ao longo do ano.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Standard & Poor's eleva rating do Brasil para grau de investimento
Folha Online / Epaminondas Neto
30/04/2008
A agência de classificação de risco Standard & Poor's, uma das principais, anunciou nesta quarta-feira que elevou o rating soberano (nota de risco de crédito) do Brasil para grau de investimento, a melhor classificação para receber investimentos estrangeiros. Com a decisão, o rating do Brasil em moeda estrangeira em longo prazo passou de BB+ para BBB-, nota que já está incluída no grupo classificado como grau de investimento.
O grau de investimento é a classificação dada pelas agências de rating a países com poucas chances de deixar de honrar suas dívidas.
Com a nota, o Brasil poderá receber recursos de grandes fundos internacionais que só têm autorização para investir em mercados que já conquistaram essa chancela de bom pagador.
A agência também elevou o rating do Brasil em moeda local de longo prazo de "BBB" para "BBB+", enquanto o rating para moeda local de curto prazo foi ajustado de "B" para "A-3". Já a perspectiva para o rating brasileiro foi colocada como "estável". Na metodologia da S&P, isso significa que o rating deve ser mantido pelos próximos dois anos, com poucas chances de ser alterado.
Em seu comunicado, a S&P afirma ainda que a revisão do rating brasileiro reflete "a maturidade das instituições do Brasil e da política monetária" e "a melhoria das tendências de crescimento". A S&P faz ressalvas em relação à dívida pública, que "permanece mais alta do que os outros com outros países BBB".
Mesmo com essa ressalva, a agência pondera ainda que "um registro razoavelmente previsível de políticas pragmáticas de gestão fiscal e da dívida ameniza esse risco".
A S&P não esquece da dívida externa, "que caiu dramaticamente", diz. Em fevereiro, o governo brasileiro anunciou com estardalhaço que o país tinha se tornado "credor externo líquido", isto é, que as reservas cambiais, somadas aos créditos privados no exterior, haviam superado o valor da dívida externa pública e privada.
O anúncio da S&P surpreendeu o mercado financeiro e mesmo integrantes do governo, que somente esperavam novidades para 2009 devido ao impacto, ainda desconhecido, da crise econômica americana sobre as economias emergentes.
No final de fevereiro, a presidente da agência de classificação de risco Standard & Poor's no Brasil, Regina Nunes, havia dito que o Brasil estava no caminho certo para alcançar o grau de investimento, mas antes precisava melhorar os números da dívida interna, reformular a legislação tributária e investir em infra-estrutura.
Entenda
O rating é uma opinião sobre a capacidade de um país ou uma empresa saldar seus compromissos financeiros. A avaliação é feita por empresas especializadas, as agências de classificação de risco, que emitem notas, expressas na forma de letras e sinais aritméticos, que apontam para o maior ou menor risco de ocorrência de um "default", isto é, de suspensão de pagamentos.
Para publicar uma nota de risco de crédito, os especialistas dessas agências avaliam além da situação financeira de um país, as condições do mercado mundial e a opinião de especialistas da iniciativa privada, fontes oficiais e acadêmicas.
O rating é sempre aplicado a títulos de dívida de algum emissor. Se uma empresa quer captar recursos no mercado e oferece papéis que rendem juros a investidores, a agência prepara o "rating" desses títulos para que os potenciais compradores avaliem os riscos.
As agências, portanto, classificam debêntures, "medium-term notes", títulos de dívida conversível, mas não ações.
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30.4.08
Marcadores: Governança
Carga tributária deve subir em 2008, mesmo sem CPMF
Rodrigo Postigo
30/04/2008
A carga tributária do Brasil deve subir para 36,8% do PIB. A projeção considera um aumento de quase um ponto percentual do PIB em comparação à estimativa de 35,9% da carga tributária de 2007. A previsão é do especialista em contas públicas e consultor Amir Khair, feita com base nos dados da arrecadação da Receita Federal no primeiro trimestre do ano, divulgados na sexta-feira passada. "O governo não pode perder tempo em começar a desonerar. Tem de ir com coragem", avalia Khair.
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30.4.08
Marcadores: Tributária
Desembolsos do BNDES em 12 meses atingem recorde de R$ 70,2 bilhões
Folha Online
30/04/2008
Os desembolsos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) somaram R$ 70,2 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em março, uma expansão de 24% em relação ao mesmo período anterior, e as aprovações atingiram R$ 102,6 bilhões, alta de 22% na mesma base de comparação.
O banco informou que a demanda por recursos reflete a expansão dos investimentos na economia, puxada, basicamente, pela ampliação do mercado interno. O crescimento de 16% da Formação Bruta de Capital Fixo no último trimestre de 2007, alinhado com o aumento da demanda por bens de capital, teve impacto relevante no resultado da Finame (Agência Especial de Financiamento Industrial).
A linha de financiamento do BNDES para máquinas e equipamentos registrou a maior expansão de sua história nos 12 últimos meses encerrados em março de 2008. A alta foi de 57% em relação ao mesmo período anterior, totalizando desembolsos de R$ 22 bilhões.
Os desembolsos para o setor de infra-estrutura cresceram 65%, somando R$ 27,7 bilhões entre abril de 2007 e março de 2008, e representaram 40% do valor total liberado pelo BNDES no período.
As aprovações atingiram quase o dobro, R$ 43,8 bilhões, com crescimento de 61% no período analisado, indicando que os desembolsos ao longo do ano seguirão crescendo, em boa medida em função das demandas dos setores de energia e transportes terrestres.
Os desembolsos para indústria, nos últimos 12 meses encerrados em março, somaram R$ 28,5 bilhões, correspondendo a 41% do total liberado pelo BNDES no período. As aprovações, de R$ 44,4 bilhões, equivalem a 43% do valor aprovado entre abril de 2007 e março de 2008.
Nos primeiros três meses de 2008, o BNDES liberou R$ 16,5 bilhões --alta de 47% em relação ao período de janeiro a março de 2007-- e aprovou R$ 21,7 bilhões, uma expansão de 22% na mesma base de comparação. O setor químico e petroquímico também se destacou no desempenho do primeiro trimestre do ano. As liberações para a área totalizaram R$ 1,2 bilhão (alta de 126%) e as aprovações R$ 960 milhões (alta de 33%).