quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Mesmo com crise, setor naval tem mercado aquecido
Jornal do Brasil / Cláudia Dantas
22/10/2008
Nem mesmo a crise econômica vai tirar do Brasil a chance de expandir no segmento naval. Os fundamentos macroeconômicos sólidos, os investimentos recentes na indústria através do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), e a descoberta das reservas do pré-sal darão condições de competir globalmente. É o que acredita o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Petróleo, Indústria e Comércio do Rio de Janeiro, Julio Bueno.
– A decisão do governo federal, embora monopolista, foi a mais acertada – avaliou o secretário. – Toda decisão tem ônus e bônus, mas, se olharmos a longo prazo, uma política liberal não se sustentará, se não formos competitivos. A descoberta do pré-sal é uma alavancagem extraordinária para a indústria naval.
Novos estaleiros
Na semana passada, os governos federal e estadual anunciaram a construção de dois novos estaleiros no Rio, no Porto de Itaguaí, com uma área total de dois milhões de metros quadrados, para atender à marinha mercante e à iniciativa privada.
Segundo Bueno, o setor tem capacidade para abrigar mais três grandes estaleiros no Brasil, do porte do Estaleiro Atlântico Sul, obra em andamento no Porto de Suape (Pernambuco/CE). Mas o Rio sai com uma vantagem competitiva à frente do outro Estado: as duas áreas disponíveis já dispõem de infra-estrutura no entorno, que beneficiarão as empresas interessadas: a obra do Arco Metropolitano – rodovia expressa que ligará Rio-SãoPaulo e ficará pronta em até cinco anos – a duplicação da BR-101 e a ferrovia operada pela MRS Logística. Os investimentos no projeto superam a casa de R$ 1 bilhão.
– No Atlântico Sul, a iniciativa privada teve de fazer vários investimentos adicionais – lembrou.
O secretário complementa que há quatro grandes grupos robustos interessados em Itaguaí, e já visitaram o local. O edital de licitação sairá no fim de dezembro.
Para Richard Klien, presidente do Conselho de Administração da Multiterminais – empresa especializada em transporte de cargas –, o pré-sal é um caso a parte para o Brasil. Segundo o especialista, é uma grande oportunidade para o país manter-se presente no setor e atender a demanda que surgirá a partir das novas reservas.
No entanto, o executivo alerta: a crise econômica mundial vai intimidar o setor.
– Só nesse primeiro susto ela já foi responsável por reduzir em 8% o tráfego da indústria marítima no Extremo Oriente e Europa. Mas, se conseguirmos manter o nível atual de movimentação, será um sucesso – aposta Klien.
O presidente do Conselho de Administração da Multiterminais também sustenta que vai haver demanda para suportar dois, três ou até mais estaleiros no Brasil, no entanto, o setor precisará corrigir um problema crucial para se tornar tão competitivo como Coréia e China: incentivar a normatização.
– Não basta investir, é preciso mudar as regras tributárias, fiscais e trabalhistas – analisou Klein. – Praticamente toda a navegação e extração de petróleo hoje ocorre a 200 milhas da costa, livre de impostos. Não adianta nada construir navios e continuar trabalhando livre de amarras.
Mercado de motos terá ano recorde em vendas no Brasil
Fabricantes apostam no bom-humor do consumidor brasileiro.
Segmento de luxo não foi abalado pela valorização do dólar.
G1 / Priscila Dal Poggetto
22/10/2008
Crédito e demanda no mercado interno continuam abundantes no segmento de motocicletas, segundo especialistas do setor, que apostam em 2008 como o melhor ano da história para a indústria. Isso significa, que os temores da crise financeira que afetam o mundo só atingirão o mercado das duas rodas, se o efeito psicológico da turbulência mundial influenciar o bom-humor do consumidor brasileiro. Para o proprietário do grupo que representa as marcas da Harley-Davidson no Brasil, Paulo Izzo, o mercado de motos de luxo no Brasil não será afetado nem pela restrição de crédito e nem pelo aumento do dólar. “Somente a marca Harley-Davidson teve crescimento de 80% este ano no Brasil, para 10 mil unidades vendidas”, diz o executivo. A previsão para 2009 é de crescimento de 40%, assim como a marca Buell, que deverá expandir na mesma proporção o ano que vem. Este ano, deverão ser vendidas 700 unidades da marca.
Paulo Izzo – que se diz uma pessoa pessimista – disse que este é o melhor momento para o mercado de motocicletas de luxo. Segundo ele, nem o prejuízo de seus clientes com investimentos em ações espantou a procura pelas motos. “Outubro será um mês de recorde em vendas para nós.”
Mas o que garante tanta segurança nas previsões do empresário paulistano é justamente a política de preço inalterada e a expansão da rede de concessionárias do Grupo Izzo, a IMOCX, com lojas em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Campinas, entre outras cidades.
De acordo com Izzo, o grupo diminuirá a margem de lucro para manter os preços inalterados enquanto o dólar não se estabilizar e manterá acordos com bancos no financiamento dos produtos. “A Harley-Davidson, inclusive, já sinalizou que irá aumentar o índice de nacionalização das motos montadas na fábrica de Manaus, para diminuir o impacto do preço do dólar sobre os produtos e até abrir margem para uma futura operação de exportação”, observa Paulo Izzo, que destacou o Chile como importante comprador.
Pré-sal vai alavancar Brasil após crise, diz senador
Invertia / Fernando Prandi
22/10/2008
O senador Aloízio Mercadante (PT) afirmou nesta terça-feira que as descobertas e a exploração de petróleo e gás na área do pré-sal, Bacia de Santos, serão importantes para o Brasil na retomada do crescimento quando a crise da economia mundial passar.
"O crescimento é cíclico. Depois da crise vem a recuperação e a aceleração. O Brasil está preparado para a crise e para a retomada do crescimento, e o pré-sal vai ser uma grande plataforma de investimento internacional e de empresas nacionais", afirmou, durante a Santos Offshore Petro e Gas Internetional Fair, na Baixada Santista.
Para o senador, a descoberta do pré-sal, que fica a sete mil m de profundidade, é a mais importante dos últimos 30 anos, pois o petróleo continuará sendo a maior fonte de energia no mundo, e países como Estados Unidos, por exemplo, não têm grandes reservas.
"Os Estados Unidos têm apenas mais quatro ou seis anos de reservas. Isso mostra que o preço do barril vai continuar subindo. Por isso, o cronograma brasileiro de investimentos para os próximos quatro anos supera os US$ 100 bilhões. Independente da crise, isso vai acontecer", disse Mercadante.
De acordo com o senador, os recursos para o investimento virão da própria Petrobras, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento e Economia Social) e das empresas participantes da exploração.
"A Petrobras tem grande capacidade de financiamento, tem receita própria e tem acesso a fontes de financiamento internacional. Já o BNDES tem recursos superiores ao próprio banco mundial. Além disso, temos sete consórcios, sendo seis liderados pela Petrobras, com empresas que também tem capacidade financeira e vão investir", explicou.
Segundo Mercadante, os recursos vindos da exploração do petróleo brasileiro deverão servir para alavancar outros setores da economia nacional. "O petróleo é o setor mais importante da economia mundial. Movimenta US$ 1,64 trilhão por ano. No Brasil, o petróleo representa 10% da economia nacional e 12 % da arrecadação de impostos. E esse é um setor que vai ser ainda mais importante", ressaltou.
Para o gerente geral da unidade de negócios de exploração e produção da Bacia de Santos, José Luiz Marcusso, a crise mundial "serve como um alerta para todas as empresas de óleo e gás". Porém, os contratos feitos para a Bacia de Santos já estão finalizados.
"Os projetos em implantação já possuem contratos assinados. Com relação a futuros projetos, eles poderão ser repriorizados, mas não é a realidade nem a médio ou curto prazo. A Petrobras sempre trabalhou com folga e projetando preços dos barris inferiores aos do mercado. Por isso, temos viabilidade de todos os projetos da Bacia de Santos", declarou.
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22.10.08
Marcadores: Petróleo e Derivados
China expressa apoio a medidas dos EUA contra crise econômica
EFE
22/10/2008
O presidente da China, Hu Jintao, expressou ao governante americano, George W. Bush, seu apoio às medidas adotadas nos Estados Unidos para enfrentar a crise econômica, que "são adequadas para que os mercados financeiros recuperem a estabilidade".
Segundo a edição de hoje do jornal oficial "China Daily", Hu e Bush conversaram ontem por telefone e discutiram uma forma de superar a atual crise econômica mundial e um modo de reforçar a cooperação internacional.
Hu disse a Bush que a China aprecia os esforços realizados pelo Governo americano para estabilizar seu mercado financeiro nacional e manifestou sua confiança de que as medidas adotadas devolverão a confiança aos investidores e servirão para deter a expansão da crise.
Acrescentou que a China trabalhará estreitamente com a comunidade internacional para manter a estabilidade da economia mundial.
Bush assinalou a Hu que a crise financeira mundial oferece uma boa oportunidade para que a comunidade internacional una esforços, para trabalhar de maneira conjunta contra a crise e para manter a estabilidade da economia mundial.
BC já injetou US$ 23 bi para evitar recessão
Gazeta Mercantil/1ª Página / Ayr Aliski e Viviane Monteiro
22/10/2008
Pouco mais de um mês do recrudescimento da turbulência financeira internacional, o governo brasileiro destinou US$ 22,9 bilhões para amenizar seus efeitos no País. O montante foi usado para tentar segurar a alta do dólar e garantir as linhas de financiamento ao comércio exterior.
Do total aplicado, US$ 3,2 bilhões foram efetivamente desembolsados, ou seja, saíram das reservas internacionais para serem leiloados no mercado à vista. Outros US$ 3,7 bilhões o Banco Central (BC) vendeu com o compromisso de recompra. As linhas de crédito para o comércio exterior somam US$ 1,6 bilhão. Já as operações de swap cambial - nas quais o BC não libera dinheiro em espécie - chegam a US$ 12,9 bilhões.Apesar de a conta apresentar números concretos para a economia do Brasil, o presidente do BC, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em audiência pública na Câmara dos Deputados, tentaram diminuir a possibilidade de a economia brasileira sofrer impactos de grandes proporções, além de recessão.
Mantega quis preparar os ânimos dos parlamentares para a continuidade dos problemas. "Não acredito que essa crise esteja acabando. Estamos diante de uma crise de longa duração, mas a fase aguda foi superada", afirmou.
Segundo ele, o Brasil vai sentir os efeitos da restrição do crédito mundial e do custo mais alto do financiamento. Por isso, o ministro destacou que o governo já agiu e vai continuar atuando para manter a economia em aceleração. Mantega manteve a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% em 2008 e entre 4% e 4,5% para 2009.
Pressão política faz Iasb amainar regra contábil de fair value
Reuters
22/10/2008
Pressões políticas levaram o principal órgão mundial de normas de contabilidade a concordar com a flexibilização de um regra que poderá amenizar a pressão do mercado sobre bancos atingidos pela crise.
O International Accounting Standards Board (Iasb), entidade que emite pronunciamentos sobre práticas de contabilidade válidas para mais de 100 países, incluindo os da União Européia, anunciou nesta terça-feira o alinhamento da regra IAS 39, que regula a contabilização de ativos a valor de mercado ao modelo praticado nos Estados Unidos.
Na prática, empresas e bancos de países que seguem o IFRS, modelo contábil do Iasb, ficarão menos pressionados em períodos de grande incerteza no mercado, quando os preços dos ativos caem acentuadamente e causam perdas contábeis ou redução no patrimônio líquido.
Para efeito de prestação de contas, as companhias poderão adotar um modelo que as permitirá usar como referência o valor do papel na data de sua maturação, em vez de fazer uma atualização mensal.
Essa interpretação mais flexível surgiu depois de a Comissão Européia ter avisado que não aceitaria que os bancos de países do bloco fossem prejudicados na comparação com os dos Estados Unidos, que gozavam de uma regra contábil mais flexível.
Com essa assimetria, instituições européias ou norte-americanas que foram atingidas pelo colapso no mercado de hipotecas poderiam reportar lucro ou prejuízo, dependendo do modelo contábil adotado.
"A decisão tem um componente político. Os europeus não queriam ficar em desvantagem em relação aos europeus", disse à Reuters o presidente do conselho consultivo do Iasb, Nelson Carvalho.
Segundo ele, no entanto, a mudança também teve motivações técnicas, que permitirão refletir as condições econômicas de forma mais realista, mesmo levando em conta condições de mercado extraordinárias, como a atual.
"Recentemente, um grande banco vendeu por 6 bilhões de dólares uma carteira de ativos que valia 30 bilhões de dólares. As condições adversas de mercado poderiam forçar uma desvalorização, mas o preço justo claramente não poderia ser 20 por cento do original", argumentou.
O rigor das regras do Iasb tem sido apontado por críticos como um dos fatores de pressão do mercado sobre instituições financeiras que já estavam à beira do colapso por deterem títulos tóxicos do mercado de hipotecas.
De acordo com Carvalho, ainda será decidido se as empresas poderão aplicar esse parecer mais flexível já a partir do balanço do terceiro trimestre ou apenas no final de 2008.
Segundo o executivo, a regra vai tirar parte da pressão dos investidores sobre os bancos em crise. "Acredito que o mercado deve receber a decisão muito bem", disse.
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22.10.08
Marcadores: Governança
Brazil has spent $23 billion to boost currency
The Associated Press
Published: October 22, 2008
SAO PAULO, Brazil: Brazil has spent US$22.9 billion since the worldwide financial crisis began in an attempt to stabilize its tanking currency against the U.S. dollar, the central bank president said Tuesday.
It's the first time the government has said how much it has used from the nation's more than US$200 billion in reserves.
Some of the dollars that Brazil has sold since the crisis began will not be returned to the reserves, while others will.
The reserves have fallen US$7.5 billion since Sept. 18, when they were at their highest, according to the Agencia Estado news service.
But despite the injection of money to dilute demand for the greenback, Brazil's real continued to slip, reaching 2.2 to the dollar on Tuesday.
The currency has declined more than 40 percent since Aug. 1 as wary investors pulled their money from emerging markets, including Brazil, amid the current global financial crisis.
Brazilian Central Bank President Henrique Meirelles told lawmakers that the dollars were injected into the economy in several ways — including loans, swaps, and direct auctions of dollars that won't return to the reserves.
Meirelles said that US$22.9 billion is a small amount compared to what other central banks across the world have been spending to address the crisis.
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22.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Brazil central bank sells $500 mln swaps; real off
Tue Oct 21, 2008 11:24am EDT
SAO PAULO, Oct 21 (Reuters) - Brazil's central bank sold $500 million in dollar swap contracts in an auction on Tuesday, offering the securities for the 12th straight session to supply the foreign exchange market with liquidity.
The bank sold all 10,000 contracts on offer, each worth about $50,000.
The bank resumed selling dollar swaps two weeks ago for the first time in more than two years, one of several measures it has taken to add liquidity to the financial system.
Brazil's currency, the real BRBY, was trading at 2.201 per dollar shortly after the auction, down 3.58 percent on the day. (Reporting by Jenifer Correa; Writing by Stuart Grudgings; Editing by James Dalgleish)
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22.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Argentina Nationalizes $30 Billion in Private Pensions
The New York Times
By ALEXEI BARRIONUEVO
Published: October 21, 2008
BRASÍLIA — Argentina’s government said Tuesday that it would seek to nationalize nearly $30 billion in private pension funds to protect retirees from falling stock and bond prices as the global financial crisis continues.
The measure, confirmed in a speech in Buenos Aires late Tuesday by Cristina Fernández de Kirchner, Argentina’s president, was criticized by political opponents and analysts as a move to shore up government coffers to try to head off a fiscal crisis in 2009, when Argentina might be struggling to make billions of dollars in debt payments.
The announcement sent the Buenos Aires stock market, the Merval, down nearly 11 percent, and led analysts to question whether the nationalization, which is subject to approval by the Argentine legislature, puts property rights at risk and threatens the rule of law in the country.
It may be the first time a Latin American government has expropriated cash. The move is expected to give the government breathing room as falling commodity prices drive down tax revenue from agriculture by as much as $6 billion next year, according to some estimates. Commodity prices have fallen as fears of a global slowdown have grown.
Argentina’s precarious fiscal situation predated the global financial crisis.
Argentina is one of the world’s top five exporters of beef, soy, corn and wheat, and falling prices for those commodities have diminished the government’s main sources of revenue. The country spent much of its windfall during this decade’s commodity boom paying off debts and subsidizing fuel and other consumer items to stimulate rapid growth.
Now it may face a struggle to pay some $22.4 billion in debt obligations and other payments due next year, Daniel Kerner, an analyst with Eurasia Group, a risk consulting firm, said.
So far, other governments in South America, including Brazil’s and Chile’s, have said they will tap Central Bank reserves or stabilization funds amassed during the commodity boom to help important export industries withstand the global credit crisis.
Mrs. Kirchner characterized Argentina’s move as government protectionism in line with bank bailouts in Europe and the United States. “We are making this decision in an international context in which the leading countries in and out of the G-8 are protecting their banks, while we are protecting our retirees and workers,” she said in a televised speech.
She dismissed criticism that the move was simply a grab for cash, noting that the private pension plan put in place 14 years ago had produced a low rate of return for holders this year.
But analysts said the move could hurt Argentina. “This will be a major blow to the country’s isolated capital markets, and will probably dampen consumer and investor confidence further,” Mr. Kerner said.
The opposition leader Elisa Carrió, who ran against Mrs. Kirchner for president, told Radio Mitre on Tuesday that the government was trying to “loot the funds of retirees.”
According to the plan, all the assets in individual accounts would be transferred to the state’s “pay as you go” system, and affiliation to the state system would be mandatory, effectively putting an end to the current dual system.
Regional elections are scheduled for October 2009. By taking over the pension funds the government can continue to spend on programs that help it retain political support, which Mrs. Kirchner lacks after a debilitating four-month strike by farmers over export taxes that ultimately ended in defeat for the government.
If the move is approved, her government may have secured an important electoral asset, which could help guarantee Mrs. Kirchner’s political survival.
Vinod Sreeharsha contributed reporting from Buenos Aires.
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22.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Presidente do FED americano sugere necessidade de novo pacote
Reuters
21/10/2008
O chairman do Federal Reserve (FED, o banco central americano), Ben Bernanke, disse ao Congresso nesta segunda-feira que uma nova leva de gastos governamentais pode ser necessária à medida em que a economia beira o que pode ser um período prolongado de baixo crescimento.
"Com a economia devendo ficar fraca por vários trimestres e com o risco de uma desaceleração prolongada, a deliberação de um pacote fiscal pelo Congresso nesta conjuntura parece apropriada", disse ele em comentários preparados para discurso no Comitê de Orçamento da Câmara dos Deputados.
É a primeira vez que Bernanke explicitamente endossa um segundo pacote de estímulo econômico. O governo mandou cerca de US$ 100 bilhões em cheques aos cidadão para estimular a economia durante o verão (do hemisfério Norte), mas o gasto do consumidor segue fraco.
Bernanke acrescentou que o pacote deveria considerar incluir medidas para melhorar o acesso ao crédito, mas não especificou a forma como isso poderia ocorrer.
Ele disse ainda que existem alguns sinais encorajadores de que as medidas tomadas até agora para descongelar os mercados de crédito estão ajudando, mas que ainda é cedo para medir o impacto total.
"A estabilidade dos mercados financeiros, vista como um primeiro passo essencial, não irá eliminar rapidamente os desafios que a economia geral ainda enfrenta", completou.
Mercosul adverte que crise pode atrasar crescimento
EFE
21/10/2008
Os ministros do Trabalho dos países-membros do Mercosul reconheceram hoje que a crise financeira internacional pode afetar o crescimento regional e propuseram ações coordenadas para enfrentar ameaças como o desemprego.
Em declaração assinada hoje no Rio de Janeiro, os ministros e seus representantes pediram ações coordenadas para preservar a expansão econômica e os empregos em cada um dos países do bloco sul-americano, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
No entanto, o texto dos ministros do Mercosul contrasta com o otimismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, repetido perante a imprensa pelo ministro do Trabalho Carlos Lupi, que disse que a crise "das hipotecas" não afetará o Brasil.
"Nosso cenário não é esse (...). Pode ser que não cresça tanto como prevíamos, mas queda não haverá", disse Lupi ao ser consultado sobre as projeções Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O conteúdo da declaração coincide também com um relatório da OIT que advertiu hoje em Genebra que a crise aumentará em 20 milhões o número de desempregados no mundo até 2009.
Os ministros do Mercosul também recomendaram que seja fortalecido o mercado regional por meio de uma maior integração entre os países-membros e evitar que a região "se transforme em uma das variáveis de ajuste para as economias que sofrem com maior força as conseqüências da crise internacional".
O documento foi assinado também pelos ministros do Trabalho de Paraguai, Uruguai e Venezuela, além de pela vice-ministra do Trabalho da Argentina, Noemi Rial.
Ao manifestar sua "preocupação com a grave crise no mercado financeiro e suas eventuais repercussões" nos países, os ministros assinalaram que será afetado o ritmo de crescimento econômico e estão ameaçadas as políticas de promoção de emprego, combate à pobreza e a aceleração do desenvolvimento.
Mercado de fundos do Brasil é resistente à crise
Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados / Silvia Rosa
21/10/2008
Apesar da retração do mercado de capitais, a indústria de fundos de investimento no Brasil tem se mostrado resistente frente à crise internacional. "Os resgates líquidos no ano alcançaram menos de 3% do patrimônio total do mercado de fundos, representando cerca de R$ 40 bilhões", diz Marcelo Giufrida, durante cerimônia de posse como novo presidente da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid).
Segundo o vice-presidente da Anbid, Alexandre Zákia, a indústria de fundos brasileira é uma das menos afetadas pela crise internacional, apresentando, na média, desempenho superior a muitos países como a Espanha, cujas perdas no mercado de fundos alcança cerca de US$ 200 bilhões, quase metade do seu patrimônio total de US$ 450 bilhões.
Zákia destaca que a tendência é haver uma migração dos investidores para ativos de menor volatilidade como produtos como os Certificados de Depósito Bancário (CDB) e fundos DI.
Para Giufrida, o recente fechamento de dois fundos no mercado brasileiro -das gestoras GWI e da EM Galleas - são casos isolados, pouco representativos do mercado. "São fundos focados em clientes alta renda, que tiveram problemas localizados, mas que não refletem a realidade do mercado, que apresenta cerca de 8 mil fundos."
Giufrida destaca que uma das prioridades da nova diretoria da Anbid é ampliar a atuação na auto-regulação dos bancos de investimentos, estendendo a adoção da suitability, que permite adaptar os tipos de investimento ao perfil do cliente, para o varejo. "Hoje essa metodologia já é adotada nos private banks", diz Celso Scaramuzza, vice-presidente da Anbid.
A entidade também está analisando como regular as atividades de "equity kicker", pela qual os bancos concedem empréstimos às empresas antes da Oferta Pública inicial (IPO). Ele ressalta que a entidade tem focado na melhoria dos prospectos das ofertas públicas, que devem trazer alertas sobre os fatores de riscos.
A presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena Santana, afirmou ontem que a instituição irá analisar as operações envolvendo derivativos, e se necessário irá impor restrições às operações que exigem maior risco. "A CVM vai analisar esses problemas e, caso necessário, imporá punições."
Maria Helena afirmou que CVM colocará em audiência pública, ainda esta semana, a norma que regulamentará a demonstração de instrumentos financeiros, incluindo derivativos, nas notas explicativas dos balanços de companhias abertas.
A regulamentação está dentro do cronograma de convergência para o padrão internacional de contabilidade, conhecido como IFRS, discutida em parceria com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Até o final do ano, será elaborada uma norma mais detalhada, conforme os pronunciamentos adotados pelo International Accounting Standards Board (IASB), sobre a demonstração e contabilização das operações com instrumentos de derivativos. "A deliberação nº 550 da autarquia, que exige informações detalhadas sobre os instrumentos de derivativos detidos por companhias abertas nos balanços do terceiro trimestre, é uma norma transitória e antecipa em parte o que a CVM passará a exigir a partir do fim do ano", diz.
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21.10.08
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Argentina pode estatizar US$ 28,7 bi em fundos de pensão
Rodrigo Postigo
21/10/2008
O governo da Argentina irá propor ao Congresso a estatização de aproximadamente US$ 28,7 bilhões depositados em fundos de pensão privados, afirmou nesta segunda-feira uma fonte do mercado previdenciário.
A idéia seria que o Estado passasse a administrar os ativos atualmente nas chamadas AFJP, de modo que os trabalhadores não seguissem perdendo dinheiro devido às turbulências nos mercados.
As AFJP investem seus recursos em ativos financeiros, diferentemente de um sistema previdenciário que permanece nas mãos do Estado argentino.
Anbid deve editar norma sobre atuação de banco em emissão de ações
Valor Online / Fernando Torres
21/10/2008
A Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) deve apresentar nos próximos dias uma norma de auto-regulação sobre as operações de "equity kicker", em que um banco de investimento faz um aporte de capital ou empresta recursos para uma empresa antes da abertura de capital desta companhia e atua como coordenador da oferta de ações em seguida. O anúncio foi feito hoje pelo novo presidente da Anbid, Marcelo Giufrida, que não revelou maiores detalhes sobre a regra.
"Nós não queremos impedir o uso do instrumento, mas que ele seja usado adequadamente", explicou Alberto Kiraly, vice-presidente da Anbid, alegando que a operação tem seu valor e contribuição em alguns casos.
Segundo a edição de outubro da ValorInveste, se o banco líder da operação for credor de mais de 10% da dívida total da empresa ou proprietário de mais de 10% de suas ações a emissão será classificada como tendo conflito de interesse. Nesse caso, será obrigatória a contratação de um banco sem relação com o processo.
Brazil wants to regulate currency derivatives
Mon Oct 20, 2008 6:15pm EDT
BRASILIA, Oct 20 (Reuters) - The Brazilian government wants to tighten regulations on the country's currency derivatives market after key companies announced heavy losses in recent weeks, a senior government aide said on Monday.
"We need to create a mechanism so that these hedge operations don't turn into flame throwers," an aide of President Luiz Inacio Lula da Silva told Reuters. He asked not be named.
Brazil's currency, the real BRBY, has weakened by nearly one-third since reaching a nine-year high in early August, causing massive currency losses for pulp producer Aracruz Celulose (ARCZ6.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) (ARA.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), meat processor Sadia (SDIA4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) and industrial conglomerate Votorantim Group.
Aracruz's foreign exchange and derivatives losses totaled 2.7 billion reais ($1.27 billion) in the third quarter.
"Investment banks had been offering these derivatives a lot. A brake needs to be put on that," Lula's cabinet member said, without detailing what measures were being studied.
"We were surprised (by these operations), we and the boards of directors of these companies," he said.
The Sao Paulo stock and derivatives exchange, BM&F Bovespa (BVMF3.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), has increased deposit requirements from clients to cover losses in derivatives and securities trade, the head of the exchange told Reuters on Monday.
The total exposure of companies to foreign currency derivatives could exceed 20 billion reais, according to one estimate.
Separately, the government said on Monday that it would increase credit lines to Brazil's large farm sector by 2.5 billion reais and to the construction industry by as much as 4 billion reais.
$1=2.125 reais (Reporting by Natuza Nery; Additional reporting by Aluisio Alves and Isabel Versiani; Writing by Raymond Colitt; Editing by Leslie Adler)
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21.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
Too Many Banks ‘Too Big to Fail’
The New York Times
ROB COX
Published: October 19, 2008
The financial crisis is forcing regulators to encourage the creation of bigger, more interconnected institutions. In the short term, this may serve a useful purpose by allowing healthier, well-capitalized banks like Wells Fargo, Bank of America and JPMorgan Chase to shore up weaker ones.
But it also presents a serious threat to the financial system by fostering financial behemoths that are, to use Federal Reserve Chairman Ben S. Bernanke’s euphemism, “systemically critical.” Policy makers need to start thinking about how to downsize institutions that are becoming “too big to fail” before the situation comes to that.
The basic problem is, in the argot of Wall Street, excessive concentration of risk — or, in layman’s terms, the placing of too many eggs in too few baskets. For the moment, it’s easy to see why regulators have encouraged acquisitions like JPMorgan’s of Washington Mutual and Bear Stearns, and Bank of America’s of Countrywide. These are a common tactic used in times of distress to spread capital across the banking system to fill in the weak spots.
Yet it’s creating some real monsters. Each of these three banks may be close to bursting through the regulators’ 10 percent cap on any one bank’s share of total United States deposits. Watchdogs might well show temporary forbearance, and later force banks to sell off deposits. Of course, none of the three are in a precarious position, but the failure of one would almost certainly wipe out the Federal Deposit Insurance Corporation’s reserves, which were stretched thin after the failure of IndyMac this year.
Because they have tendrils in many other, riskier businesses — among them investment banking, private equity and servicing hedge funds through prime brokerages — these mega-institutions pose risks to the financial system that could be beyond regulators’ ability to contain.
Indeed, Lehman Brothers’ failure showed that even smaller firms can be so interlinked through capital markets — particularly their more opaque corners like credit-default swaps — as to approach systemically critical status.
The worry is that because governments deem the biggest banks too important to fail, they could develop risk-taking cultures unchecked by the full discipline of a free market. This is something akin to what happened at Fannie Mae and Freddie Mac — and it could conceivably happen again.
It’s also one reason some investors have called for Citigroup, a sprawling global financial conglomerate that was until recently the largest American bank by assets, to be broken up.
Even if regulators are preoccupied with sorting out the current mess, they shouldn’t forget to address big concentrations of risk once the financial system looks more stable.
As Mr. Bernanke stated recently, the broad outlines of reform would include more robust regulation to make sure banks do not take advantage of their too-big-to-fail status. The financial infrastructure also needs strengthening. A clearinghouse for credit-default swaps, for example, would make that market less complex and more transparent. Finally, Mr. Bernanke wants a clear mechanism to handle the failure of nonbank financial institutions like Lehman. The Federal Deposit Insurance Corporation Improvement Act provides a blueprint for handling the collapse of banks. But the bankruptcy process is not suited to an orderly winding down of a securities firm with global operations.
All of Mr. Bernanke’s ideas make sense. But the most effective way to minimize the chance that institutions are too big to fail would be, well, to make them less big — and more to the point, less interconnected.
Regulatory carrots and sticks would help. One approach would be to further increase the cost of deposit insurance for banks that engage in practices deemed risky. Another would be to raise capital requirements in such a way as to force riskier businesses — possibly even entire divisions like fixed income, currencies and commodities trading — into separate, ring-fenced subsidiaries that are highly capitalized, or perhaps even make it practical for the banks to hive them off altogether as hedge funds.
These, too, could fail. But with damage confined to a smaller entity with less aggressive borrowing and no recourse to investors’ deposits, the financial system would have less difficulty absorbing the shock.
Publicado por
Agência de Notícias
às
21.10.08
Marcadores: Internacionais sobre o Brasil
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Paises do Mercosul estão bem preparados para enfrentar crise, diz presidente do BID
EFE
20/10/2008
O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, afirmou que as economias de Brasil, Argentina e dos outros membros do Mercosul estão bem preparadas para enfrentarem a crise financeira mundial.
A economia brasileira "está muito sólida" e teve um "êxito impressionante nos últimos anos, além da sorte de ter encontrado muito petróleo", declarou Moreno.
"O Brasil tem uma produção diversificada e desenvolveu uma indústria de alto valor tecnológico", afirmou o presidente do BID.
"Já a Argentina tem uma situação diferente, mas é positivo que tenha normalizado sua situação com o Clube de Paris. Não vejo risco latente em curto prazo", afirmou.
Moreno, que visitou Montevidéu para participar da VIII reunião anual do BID e da sociedade civil, também disse que após a crise os países emergentes "terão uma cadeira na discussão mundial", publica o jornal uruguaio "El Observador".
"A América Latina está em uma situação muito diferente dos tempos em que tinha déficit em conta corrente, pois agora há superávit", declarou.
Moreno afirmou que em quatro anos "triplicaram os níveis de reserva" na região "até um pouco mais de US$ 460 bilhões".
"A região tem uma situação macroeconômica muito estável", acrescentou.
Segundo Moreno, "esta é uma região muito diferente e muito melhor preparada para atenuar esta crise que antes".
Ele previu que uma das conseqüências da crise será o surgimento de "mais ventos protecionistas em todas as partes, começando pelos EUA", o que, na sua opinião, "não é bom".
O presidente do BID disse que após a crise "vai mudar a unipolaridade que existia no Mundo".
Daqui para frente "os países emergentes, que representam um pouco mais de 45% da economia mundial, vão ter uma cadeira na discussão mundial, sem dúvida no aspecto econômico, e conseqüentemente no político", declarou.