sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Brazil real, stocks firm after Bernanke testimony

Thu Feb 28, 2008 4:28pm EST
(Updates to close)
SAO PAULO, Feb 28 (Reuters) - Brazil's currency and stocks closed marginally firmer on Thursday in volatile trading after U.S. Federal Reserve Chairman Ben Bernanke raised concern over the health of some banks because of the housing sector woes.
The Bovespa index .BVSP of the Sao Paulo Stock Exchange gained 0.09 percent to 65,555.08 points, helped by a rise in stocks of mining giant Vale, while Wall Street shares fell after Bernanke told a Senate committee there probably will be bank failures as the housing slump takes its toll.
Brazil's real BRBY, gained 0.06 percent to 1.67 per U.S. dollar. The currency has strengthened for nine straight sessions, up nearly 5 percent in the period.
"The trend (for the exchange rate) is to strengthen more," said Marcos Forgione, a analyst at the Hencorp Commcor brokerage.
Interest-rate futures <0#dij:> on the BM&F commodities and futures exchange in Sao Paulo edged higher.
On the stock market, Vale (VALE5.SA: Quote, Profile, Research), the second most heavily-weighted stock in the index, rose 2.24 percent to 52.5 reais. Talks between Vale to take over rival Xstrata hit an impasse, a source close to the situation said. For details see [ID:nL28684659].
The takeover of Xstrata would increase Vale's debt.
Vale reports fourth-quarter results after the close of markets on Thursday and analysts surveyed by Reuters expect a 44 percent jump in US GAAP net income from a year earlier.
State oil company Petrobras (PETR4.SA: Quote, Profile, Research) -- the Bovespa's main heavyweight -- rose 0.53 percent to 86.15 reais as crude prices surged nearly 3 percent to an all time high above $102 a barrel in New York.
Brewer AmBev (AMBV4.SA: Quote, Profile, Research) rose 2.66 percent to 146.8 reais. The company, part of the world's biggest brewer InBev, said on Thursday its fourth-quarter net income edged 4.1 percent lower to 1.13 billion reais because of foreign exchange losses on investments in units outside of Brazil.
Telecoms group Oi Participacoes (TNLP4.SA: Quote, Profile, Research) edged up 0.11 percent to 44 reais. The company said on Thursday its fourth-quarter profit jumped 48.6 percent and grew by 80 percent for the year of 2007, buoyed by strong growth in its mobile and broadband Internet business.
Vivo (VIVO4.SA: Quote, Profile, Research), Brazil's biggest wireless phone company, tumbled 5.02 percent to 10.6 reais. Portugal Telecom's Chief Executive Henrique Granadeiro said the company has no plans to sell its stake in Vivo, which it co-owns with Spain's Telefonica. (Reporting by Elzio Barreto and Silvio Cascione; Editing by Diane Craft)

Brazil February Inflation Slows, Allays Rate Concern (Update2)

By Andre Soliani and Telma Marotto
Feb. 28 (Bloomberg) -- Brazil's broadest inflation index fell to a seven-month low in February, allaying concern that the central bank will need to increase interest rates to keep prices under control.
Consumer, construction and wholesale prices, as measured by the IGP-M, rose 0.53 percent in February compared with a 1.09 percent rise in January, the Rio de Janeiro-based Getulio Vargas Foundation said today in a report on its Web Site. The February rate was the lowest since a 0.28 percent climb in July.
``Recent benign inflation figures postpone expectations that the central bank could raise rates,'' said Marcelo Carvalho, senior economist for Morgan Stanley in Sao Paulo. ``Inflation has clearly decelerated, and the price hike at the turn of the year didn't sustain itself.''
The central bank halted its longest cycle of monetary easing in October as policy makers sought to better gauge whether an inflation pickup was temporary. Annual inflation as measured by the benchmark IPCA index surged from an eight-year low of 2.96 percent in March to 4.56 percent in January.
Carvalho said he thought that it would be premature for the central bank to resume rate reductions. He expects room for further monetary policy easing in the fourth quarter.
Wholesale
Rising wholesale and consumer food prices, which fueled inflation in previous months, decelerated in February, according to Getulio Vargas Foundation.
Wholesale agricultural prices rose 0.23 percent in February, down from 2.31 percent in January. Consumer food prices rose 0.21 percent in February compared with a 2.25 percent jump a month-earlier.
Consumer price inflation in the month through mid-February, as measured by the government's benchmark IPCA-15 index, decelerated to 0.64 percent from 0.74 percent in mid-January, the national statistic agency said in a Feb. 26 report.
In a separate report by the national statistic agency, unemployment rose to 8 percent in January from a six-year low of 7.4 percent in December. The increase was expected as companies shed temporary Christmas staffing.
Still, unemployment in January was lower than the 9.3 percent rate a year-earlier.
The real weakened to 1.6762 per dollar at 11:18 a.m. New York time. Brazil's currency yesterday touched 1.6630 per dollar, the strongest since May 1999. The currency has gained 26 percent in the past 12 months, the biggest increase among the 16 major currencies against the dollar.

UPDATE 1-Bernanke backs lower tariff on Brazil ethanol

Thu Feb 28, 2008 12:03pm EST
(Adds Bernanke's comments)
WASHINGTON, Feb 28 (Reuters) - Federal Reserve Chairman Ben Bernanke said on Thursday he favored cutting high tariffs on Brazilian ethanol to help take pressure off food prices.
"As you know, I favor open trade and I think allowing Brazilian ethanol, for example, would reduce costs in the United States," Bernanke told the Senate Banking Committee.
Most of the ethanol made in the United States comes from corn, and domestic production is protected from sugar-based Brazilian ethanol by a steep tariff.
Bernanke said it was hard to say how much current strong demand for ethanol was boosting food prices.
"But it is the case that a significant portion of the corn crop is being diverted to ethanol, which raises corn prices," Bernanke told the panel.
"And there's some knock-on effects. For example, some soybean acreage has been moved to corn production, which probably has some effect on soybean prices. So there is some price effect on foodstuffs coming through the conversion to energy use," Bernanke said. (Editing by Jan Paschal)

Reservas internacionais sobem para US$ 190,490 bilhões

Rodrigo Postigo

29/02/2008

As reservas brasileiras internacionais avançaram em US$ 1,058 bilhão ontem, no conceito de liquidez internacional, segundo o Banco Central (BC). Com isso, o total das reservas brutas passou de US$ 189,432 bilhões para US$ 190,490 bilhões.

Aperto fiscal do governo é o maior da história

Folha de São Paulo

29/02/2008

A arrecadação recorde registrada em janeiro turbinou o superávit primário do governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central), que somou R$ 15,4 bilhões no mês passado. O valor ficou 33% acima do resultado fiscal de janeiro de 2007 e é o melhor número mensal da série disponível no Tesouro, iniciada em 1995.Em proporção do PIB, a economia produzida pelo governo central em janeiro foi de 6,89%. Na avaliação do Ministério da Fazenda, o resultado de janeiro usualmente é o maior do ano e, no mês passado, dois fatores considerados atípicos potencializaram mais o resultado.“Houve duas atipicidades importantes: ainda não há Orçamento e a receita de janeiro foi expressiva, decorrente do momento extraordinário da economia brasileira, influenciada pelo último trimestre de 2007″, disse o secretário do Tesouro, Arno Augustin.

Segundo ele, isso reforça a “confiança” na economia do país.Em janeiro, as receitas subiram 12% acima da expansão do PIB na comparação com janeiro de 2007. Um dos motivos foi a arrecadação de R$ 6 bilhões sobre os lucros obtidos pelas empresas em 2007 -receita de Imposto de Renda e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Além disso, o crescimento do emprego formal proporcionou um adicional de R$ 1,7 bilhão em receitas previdenciárias.

Para o Tesouro, esse aumento de receitas não se sustentará nos próximos meses. Augustin não deixou claro, no entanto, como a ausência de Orçamento -que ainda está em fase de votação no Congresso- interferiu no superávit do mês passado. “A falta de Orçamento represa um conjunto de gastos.”Tradicionalmente, janeiro é um mês de baixa execução orçamentária, mesmo com o Orçamento em vigor. Uma prova disso é que, somente em fevereiro, o governo edita o decreto de execução financeira, que autoriza os limites de gastos para os órgãos.

Além disso, em janeiro do ano passado, o governo também não contava com Orçamento aprovado.Em relação a janeiro de 2007, as despesas cresceram 8,8% acima da expansão da economia. Pressionou os gastos principalmente o pagamento de decisões judiciais favoráveis a aposentados da Previdência e a funcionários públicos. As condenações também ocorreram na área de custeio da máquina pública. Essas sentenças consumiram mais de R$ 5 bilhões.Com investimentos, o governo gastou em janeiro R$ 1,262 bilhão -17% a mais que em janeiro de 2007.

Bovespa e BM&F querem se unir para não serem engolidas

Juntas, serão uma empresa de US$ 20 bi, maior que a Bolsa de Nova York

Isto É / Milton Gamez

29/02/2008

Agora é oficial. A Bovespa e a BM&F assumiram publicamente o namoro. Na terça-feira 19, as duas bolsas divulgaram fato relevante ao mercado, confirmando os boatos de que estudam uma fusão. Nos próximos 60 dias, as duas entidades irão definir os termos do acordo que poderá criar uma das maiores bolsas de valores e futuros do mundo, com valor de mercado de US$ 20 bilhões - à frente, por incrível que pareça, da mítica Bolsa de Nova York, do Grupo Nyse Euronext. O boato já circulava no mercado havia algumas semanas e o próprio diretor-geral da Bovespa Holdings, Gilberto Mifano, declarou em meados de janeiro que a união "faz sentido". Diante do fato, as ações dispararam: a cotação da Bovespa Holdings subiu 10,2%, na quarta-feira e a da BM&F, 15,4%. Sinal de que os investidores gostaram da notícia. Mas será que sai casamento? Provavelmente, sim. Mas tudo vai depender de grandes acomodações de interesses e ambições dos acionistas e dos dirigentes de ambas as bolsas. Se for adiante, a união será um marco importante no mercado de capitais. A fundação da Bovespa remonta a 1890. Dela nasceu, 90 anos depois, a BM&F. Juntas, elas seriam a 10ª maior empresa do País em valor de mercado. Estaria à frente de gigantes como Gerdau, CPFL Energia, Vivo e Embraer. Mas, para que isso aconteça, os acionistas das duas casas precisam agir rapidamente. A Bovespa está sendo assessorada pelo Credit Suisse e a BM&F, pelo Grupo Rothschild. Ambas têm interesse em fechar negócio antes que algum aventureiro o faça.

Quando decidiram passar de entidades sem fins lucrativos a companhias abertas, os acionistas da Bovespa e da BM&F se comprometeram a manter suas ações por um mínimo de seis meses após a estréia dos papéis no pregão eletrônico da Bovespa. No caso desta, o prazo de "lock up" vence em abril. No da BM&F, em maio. Depois disso, os sócios poderão se desfazer de suas ações, o que abrirá espaço para ofertas hostis de bolsas concorrentes, como a americana Chicago Mercantile Exchange. Esta já é sócia minoritária da BM&F, com 10%. A Bolsa de Nova York, por sua vez, tem 1% da Bovespa. As duas atuam em mercados maduros e gigantescos e teriam interesse em reforçar a presença em países emergentes como o Brasil. Apesar do valor de mercado alto de suas controladoras, as bolsas brasileiras são muito pequenas diante das americanas em termos de volumes negociados. Segundo a Economática, negociam-se na Bovespa, em média, US$ 3 bilhões por dia, quase 80% de todas as transações com ações na América Latina. Em Nova York, somente as ações da Apple Computer giram US$ 7,6 bilhões por pregão.

No Brasil, a idéia das bolsas é crescer para reinar. Como em toda fusão, há dois grandes interesses em jogo: o econômico e o político. Do lado econômico, que geralmente fala mais alto, a união da Bovespa e da BM&F traria enormes ganhos de escala e economias de custos, aumentando os lucros dos acionistas e dos investidores que operam nas bolsas. "Todo mundo sairá ganhando. Pouca gente vai perder", diz o corretor Eduardo da Rocha Azevedo, ex-presidente da Bovespa e fundador da BM&F. Segundo um estudo de um banco americano que circulou no mercado na semana passada, uma fusão traria ganhos de R$ 100 milhões para os clientes das duas bolsas somente no primeiro ano. Isso viria da economia de custos operacionais, como a liquidação e a custódia de títulos, por exemplo. Se puderem negociar nos mercados a vista e derivativos na mesma casa, os investidores terão economia com relação aos depósitos de garantias, poderão fazer operações cruzadas entre os mercados com mais facilidade e poderão realizar negócios de maior volume. E as reduções de despesas tornariam as bolsas mais lucrativas. Como os maiores acionistas da Bovespa e da BM&F são praticamente os mesmos - corretores, bancos e investidores estrangeiros - e todos ambicionam mais e melhores lucros, uma união criaria valor e evitaria a eventual competição entre as bolsas. Hoje, elas são monopolistas: a Bovespa atua em ações e renda fixa e a BM&F, em derivativos (futuros e opções de DI, dólar, Ibovespa, cupom cambial, boi gordo, ouro, café e etanol, entre outros ativos). Como dominam mercados em franco crescimento, ainda não precisam invadir a seara uma da outra.

A questão mais delicada, portanto, é a política. Depois da troca das alianças, quem vai mandar na superbolsa? Quem vê de fora imagina que a guerra de egos será sangrenta. Tanto a Bovespa quanto a BM&F possuem lideranças muito fortes e executivos influentes e respeitados no mercado e junto às entidades reguladoras. Raymundo Magliano Filho, 65 anos, comanda a Bovespa há sete anos consecutivos e Manoel Félix Cintra Neto, 59 anos, do pelo habilidoso titular. "O Magliano ficou mordido e matou a disputa antes de ela começar", afirma um aliado.

Tanto Magliano como Cintra Neto são verdadeiros animais políticos. Não foi sem muita habilidade que a Bovespa conseguiu, ao longo dos últimos anos, atrair os corretores de outras praças e tornar-se a única bolsa de valores do País. Estudante de filosofia, o carismático presidente da Bovespa deixou sua marca pessoal nas principais conquistas e transformações do mercado. Uniu-se a sindicatos de trabalhadores para derrubar a cobrança da CPMF nos negócios com ações e amanheceu em portas de fábrica para popularizar o mercado acionário. Foi à praia de bermudas catequizar investidores. Cintra Neto, da BM&F, é mais discreto e atua mais nos bastidores. Dirige uma bolsa que reina sozinha num mercado altamente competitivo e reúne, a cada dois anos, a nata da economia mundial no Congresso de Derivativos de Campos do Jordão. Ambos estão unidos na luta contra a cobrança de Contribuição Social sobre o Lucro (CSSL) imposta às bolsas pelo governo para cobrir a extinção da CPMF. Será que estão de acordo sobre o futuro da superbolsa?

O veterano Homero Amaral Júnior, presidente da Associação Nacional das Corretoras (Ancor), não acredita em disputa de poder entre Magliano e Cintra Neto. "Se houvesse disputa, não haveria conversa sobre a fusão", diz ele. Mas qual dos dois irá se aposentar após a união? "Não tenho a menor idéia. Pode até ser um terceiro nome. Torço pelos dois grupos, que já provaram ser muito competentes", afirma. Não menos importante, para as bolsas, será a decisão dos acionistas sobre quem será o principal executivo da nova superbolsa.

Na prática, são os diretores-gerais que mandam no dia-a-dia das organizações e fazem as engrenagens funcionar. Gilberto Mifano, da Bovespa, e Edemir Pinto, da BM&F, são muito competentes e lideram equipes vencedoras. Mifano criou o Novo Mercado, que revitalizou a Bovespa. Mas um dos dois terá de abrir mão do cargo nas negociações. "Não há espaço para dois CEOs. Quem vai escolher são os acionistas", diz Rocha Azevedo. Obviamente, o mesmo irá acontecer em todas as áreas das duas empresas onde houver superposição de funções. A Bovespa tem 821 funcionários e a BM&F, 559. Antes de abrir capital, em 2007, as duas bolsas chegaram a conversar sobre a união, mas não houve acordo. Quando as ações foram a mercado, o valor de cada uma ficou mais claro para todas as partes, o que deve ajudar as conversações atuais. A compra de uma pela outra ou a criação de uma holding que absorveria as duas estão em estudo e trariam economias tributárias significativas.

Por essas e outras, a fusão é estratégica e deve se resolver nos próximos 60 dias. "Se a Bovespa e a BM&F se fortalecerem, poderão comprar outras bolsas na América Latina em vez de serem compradas", diz Rocha Azevedo. Para ele, no futuro sobrarão entre seis e oito bolsas no mundo. "Com a grande concorrência internacional, manter a Bovespa e a BM&F separadas estava ficando insustentável", avalia o corretor Marcos Souza Barros. "A fusão é hoje uma obrigação", diz. Casamentos desse tipo já ocorreram em mercados como Hong Kong, Austrália, Cingapura, Espanha, Alemanha e Canadá. Chegou a vez do Brasil.

Brasil e Vietnã poderão firmar parceria em etanol

Agência Brasil

29/02/2008

O Brasil pretende atuar em parceria com o Vietnã na produção de etanol. O protocolo de intenções foi firmado na última quarta-feira, durante visita do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ao Vietnã. O documento conjunto prevê a cooperação em técnicas de produção e uso de etanol combustível. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve visitar o Vietnã em meados deste ano.

Os dois países fixaram uma meta ambiciosa para as trocas comerciais: pretendem triplicar o comércio bilateral até 2010, passando de US$ 323 milhões anuais para US$ 1 bilhão. O Brasil está de olho nas oportunidades de uma economia que cresce a taxas de 8% ao ano e que ainda tenta se reerguer dos prejuízos da guerra com os Estados Unidos (de 1972 a 1986). Para o Brasil, o Vietnã pode ser também a porta de entrada para o gigantesco mercado asiático, de 2 bilhões de pessoas.

Infra-estrutura, aviação civil, produção de etanol, automação bancária e software estão no foco brasileiro, de acordo com o Itamaraty. Outros setores que interessam aos exportadores brasileiros são agronegócio e petroquímica. Ontem, os empresários que acompanham o chanceler Celso Amorim na viagem participaram de seminário sobre oportunidades de negócios no Vietnã entre os presentes estavam exportadores de café e representantes das empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht. As possibilidades de parceria vêm sendo discutidas desde 2003 pelos dois países.

Brasil e Vietnã mantém relações diplomáticas desde 1989. Naquele ano, o intercâmbio comercial foi de US$ 16 milhões. Após anos de declínio, as trocas bilaterais se intensificaram a partir de 2002. Nos últimos cinco anos, o comércio bilateral cresceu sete vezes. As exportações brasileiras para o país asiático aumentaram em proporções ainda maiores: nove vezes, saltando de US$ 25 milhões para US$ 200 milhões em 2007.

Ainda assim, o Vietnã está longe de integrar a lista dos dez principais parceiros comerciais brasileiros, liderada pelos Estados Unidos, Argentina e China. Para dar maior impulso às relações comerciais bilaterais, em 2006, foi aberto escritório comercial do Vietnã em São Paulo e, em 2007, instalada a Câmara de Comércio Brasil-Vietnã, no Rio de Janeiro.

Para impulsionar as relações em nível governamental, também ficou acertada durante a visita de Amorim a criação de uma comissão bilateral, que tratará de temas de interesse dos dois países. Segundo o Itamaraty, estão em negociação acordos nos campos de ciência e tecnologia, agricultura e esportes e há potencial de cooperação na construção de hidrelétricas, em siderurgia, na indústria alimentícia, no processamento de madeira e na aquicultura.

Amorim aproveitou a visita para convidar o Vietnã a integrar o G20, grupo de países em desenvolvimento, liderado por Brasil e Índia, que luta pela abertura dos mercados agrícolas e pela redução do apoio financeiro concedido pelas nações ricas a seus agricultores.
Juntos, os países do G20 concentram 70% da população agrícola mundial, respondem por 21% do PIB (Produto Interno Bruto) agrícola global e 26% das exportações agrícolas mundiais.

Proposta de reforma simplifica, mas não reduz carga tributária, avalia Fecomercio

Rodrigo Postigo

29/02/2008

Embora o governo federal tenha dado o primeiro passo para concretizar a reforma tributária, a proposta atual apenas irá simplificar a forma de arrecadação, mas não diminuirá a atual carga de impostos de modo efetivo, avalia a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio).

A entidade justifica que não haverá redução da carga tributária, pois o governo irá fixar a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA-F) com base na arrecadação de tributos já existentes. Além disso, explica a Fecomercio, a proposta autoriza que na criação do IVA o imposto venha a integrar sua própria base de cálculo, o que resultaria em uma alíquota final maior do que a aprovada.

O fato de o governo ter escolhido um único mecanismo para implantar a reforma - o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) - não agradou a entidade, que diz acreditar que uma lei complementar ou ordinária seria o mais ideal, pois possibilitaria eventuais correções no texto aprovado pelo congresso e também evitaria a necessidade de um esforço político extra para que todos os Estados da União se sentissem contemplados pelo novo formato do ICMS. Ou seja, o processo se tornaria mais ágil.

Proposta de reforma tributária pretende estimular investimentos

Folha Online / Ana Paula Ribeiro

29/02/2008

A proposta de reforma tributária que começará a tramitar no Congresso Nacional prevê a completa desoneração dos investimentos. Para isso, serão reduzidos gradualmente os prazos que as empresas têm para fazer a utilização dos créditos referentes a impostos pagos na aquisição de máquinas e equipamentos, ou seja, no momento do investimento.

"Um dos objetivos da reforma tributária é a desoneração completa dos investimentos, principalmente pela redução gradual do prazo requerido para a apropriação dos créditos de impostos", explica o texto da cartilha que o Ministério da Fazenda produziu para justificar a necessidade de uma reforma --a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) foi entregue hoje aos parlamentares.

No entanto, essa desoneração será lenta, sendo que sua completa implementação se dará em 2016.

Hoje, as empresas precisam esperar 48 meses para utilizar os créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) --principal tributo dos Estados-- que incide na aquisição de máquinas e equipamentos. Na reforma, a expectativa é que esse prazo caia para 44 meses em 2010 e, gradualmente, chegue a zero em 2016.

No caso dos impostos federais, a desoneração será feita após a criação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que irá unificar o PIS/Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e a Cide (Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico).

O prazo em vigor para aproveitamento dos créditos tributários referentes ao PIS/Cofins é de 24 meses.

Também está prevista a desoneração completa das exportações. Hoje, as empresas exportam e ficam com os créditos referentes ao ICMS. No entanto, nem sempre conseguem ser ressarcidas pelos Estados. Com a mudança da cobrança desse imposto da origem para o destino, o governo prevê que esse ressarcimento ficará mais fácil.

Além disso, será implementado um sistema de compensação de débitos e créditos tributários entre as empresas, o que facilitará o aproveitamento desses créditos.

Outras desonerações

A reforma tributária prevê ainda a redução de impostos para produtos da cesta básica que ainda não passaram por desoneração, como pão, açúcar e óleo de soja. Para as empresas, está prevista ainda a desoneração da folha de pagamentos, reivindicação antiga dos empresários.

A proposta prevê que as empresas deixarão de recolher os recursos referentes ao salário-educação, que é destinado ao Ministério da Educação e é formado por 2,5% da folha de pagamentos. Para que a área da educação não sofra perda de recursos, ficará estabelecido que uma parcela do IVA-F terá essa destinação.

Além disso, o governo pretende, 90 dias após aprovada a PEC da reforma tributária, encaminhar um projeto de lei para desonerar a folha de pagamento. A contribuição patronal à Previdência Social cairia de 20% para 14% em seis anos, sendo reduzido um ponto percentual por ano.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Riscos que não corremos, resultados que não atingimos

Ivan Postigo

Nossa mente é impressionante, uma palavra, uma imagem, nos remete a análise de situações que sequer estamos levando em consideração em determinados momentos. Por essa razão a melhor forma de “turbinarmos” nossa criatividade e melhoramos nossos resultados é nos colocarmos em movimento.
Há momentos em que mesmo nos dedicando a encontrar a solução para um problema nos sentimos presos num labirinto. Pare! É hora se sair, conversar, olhar a questão sob um novo ângulo.
Dia desses convidei meu filho para acamparmos, enquanto ele ria e me dizia que achava que estava numa nova fase, do conforto, frigobar e dos lençóis limpos, um filme passava pela minha cabeça.
“Via e ouvia”, nitidamente, seus amigos chegando a nossa casa dizendo que haviam passado nos vestibulares, em locais que não imaginavam um dia conseguir aprovação.
A frase era sempre a mesma: “Nossa, nunca imaginei conseguir! “.

Uma verdade para o lado consciente, uma inverdade para o inconsciente.
A voz interior, aquela que muitos de nós cada vez mais deixamos de ouvir, dizia a eles para estudarem, fazerem as inscrições para os vestibulares, realizarem as provas e irem ver os resultados, enquanto a outra voz dizia, tudo bem, mas não vai dar certo!
Quando eu lhes perguntava: “Você nunca acreditou nisso, então porque fez a inscrição e as provas? “.
Acredite, a resposta sempre era: “Ah, lá no fundo eu tinha uma pequena esperança!”.
Na vida tudo é assim, temos que nos preparar, mas principalmente dar ouvidos à voz interior e uma chance àquela pequena esperança.
O tempo passa, nos formamos, nos tornamos profissionais e cada vez ouvimos menos a voz interior.
Isso me remeteu a uma outra questão, a dos resultados de muitas empresas e como são administrados.
O mês de janeiro não lhes trouxe uma contribuição satisfatória, fevereiro praticamente se encerra sem nenhuma mudança no panorama, e pior, não conseguem prever o que vai acontecer daqui para frente.
Uma correção! Conseguem sim prever, não se arriscam a colocar no papel e enfrentar a questão.
Empresas com essa configuração são dependentes de uma melhoria substancial no mercado, a voz interior já está lhes dizendo que nesse ritmo os resultados serão os mesmos, há necessidade de ação.
O planejamento de muitas dessas empresas são cópias fiéis do cenário desenhado no ano que se encerrou, apesar de não tê-los atingido.
Um plano partindo da base zero, estabelecendo novas metas e compromissos, traz um enorme risco.
No mundo dos negócios duas coisas são constantes: Mudanças e riscos. Resultados diferentes jamais serão conseguidos com as mesmas atitudes.
Imagine o atleta que treina para uma olimpíada. Ele terá aquele chance , só aquela.
Alguns esportes são coletivos, mas o que dizer dos individuais?
Nos negócios, como no esporte, as regra são: Aprenda, treine com os melhores, estabeleça suas metas, se comprometa , vá lá e traga o resultado.
Considere que você como gestor é um atleta olímpico e terá pela frente seus concorrentes como competidores, que medalha acredita que conseguirá este ano?
Você já conhece as regras, está procurando aprender, tem estudado as questões que dificultam sua empresa de obter melhores resultados, tem procurado os melhores colaboradores, já estabeleceu suas metas, está comprometido?
Ótimo, agora ação, sem correr os riscos não obterá os resultados, corra, salte, nade, faça o que o seu esporte determina, mas se arrisque a conseguir uma medalha!


Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br

Mesmo sem CPMF, arrecadação bate novo recorde em janeiro

Rodrigo Postigo

27/02/2008

O governo federal arrecadou R$ 62,596 bilhões em impostos e contribuições em janeiro, primeiro mês após a derrubada da CPMF pelo Congresso. A cifra é recorde para meses de janeiro.

O crescimento foi de 20% em termos reais frente a igual período de 2007. Frente a dezembro, no entanto, houve queda de 5,14%.

Os dados, divulgados pela Receita Federal do Brasil, hoje, são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Créditos estão mais caros devido a IOF, consignado e crise

Rodrigo Postigo

27/02/2008

Em nota, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) atribuiu o aumento nas taxas de juros para empréstimos, ocorrida em janeiro, ao aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), à suspensão da concessão de crédito consignado durante alguns dias no início do mês e à volatilidade dos mercados externos durante a crise americana.

Segundo a nota, assinada por três economistas da entidade, apesar de aumentar em janeiro, o custo dos empréstimos ainda tem redução de 2,6 pontos percentuais nos últimos doze meses.

A Febraban atribui o aumento de janeiro ao reajuste de 100% na alíquota do IOF, que passou de 0,0041% para 0,0082% ao dia e ainda sofreu acréscimo de 0,38 ponto percentual ao mês, para compensar a perda de arrecadação com a CPMF.

No caso do crédito consignado, a suspensão entre 2 e 7 de janeiro fez com que esse tipo de empréstimo, que tem taxas de juros menores, fosse suspenso, o que elevou a taxa média para a pessoa física, informou a entidade.

Já o acirramento da crise nos Estados Unidos "trouxe mais volatilidade aos mercados financeiros" e contribuiu, segundo a Febraban, para encarecer a captação de recursos por parte dos bancos.

Ajuste fácil ao fim da CPMF viabiliza corte de impostos

Valor Econômico

27/02/2008

O ajuste fiscal feito em nome do fim da CPMF foi praticamente indolor. Não houve cortes nas emendas dos parlamentares ao Orçamento Geral da União, que somam R$ 15,3 bilhões. Praticamente todos os reajustes salariais do funcionalismo, objetos de acordo no ano passado, foram respeitados e serão implementados (só não serão retroativos a 2007).

As despesas de custeio, que aparentemente foram reduzidas em R$ 6,8 bilhões, na realidade, comparadas ao projeto de lei orçamentário enviado pelo governo, em agosto de 2007, ao Congresso, cresceram de R$ 465,7 bilhões para R$ 468,93 bilhões.

Dos três grupos de despesa atingidos pelo “corte” de R$ 12,22 bilhões, só o feito com pessoal é que resulta em redução, ainda que temporária do gasto. Os reajustes salariais embutidos no relatório final vão representar um aumento de R$ 7,59 bilhões na folha de pessoal de 2009 em diante, valor igual ao da proposta original, que era de R$ 7,73 bilhões. A retroatividade dos reajustes salariais a 2007 é que foi cancelada. Os investimentos tiveram corte de R$ 1,97 bilhão, mas esse também foi em relação ao valor que já inclui as emendas parlamentares. Comparados ao projeto de lei original, os investimentos aumentaram de R$ 28,79 bilhões para R$ 37,31 bilhões.

Quando o governo perdeu quase R$ 40 bilhões de receita da CPMF, no final do ano passado, os ministros da área econômica anunciaram como inexorável um ajuste fiscal desse mesmo valor, sendo R$ 20 bilhões de aumento das receitas e R$ 20 bilhões de corte nas despesas. De imediato, decidiram por uma elevação das alíquotas do IOF e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para 2008, para gerar R$ 10 bilhões a mais de arrecadação.

O Congresso, porém, foi mais otimista do que o governo no cálculo das receitas. Considerando a perda da CPMF e o aumento de tributos, a receita primária bruta do orçamento será R$ 4,1 bilhões superior à prevista no projeto original do Executivo, chegando a R$ 686,82 bilhões. Ainda assim, o governo encontra espaço para desonerar a folha de salários das empresas e reduzir a tributação do Imposto de Renda sobre a classe média.

Bovespa Mais abre as portas para mais empresas entrarem no mercado acionário

Captar recursos por meio da bolsa de valores agora também é possível para empresas que desejam crescer, mas com ofertas menores de ações, respeitando as boas práticas de governança corporativa

Rodrigo Postigo

27/02/2008

Captar recursos por meio da bolsa de valores agora também é possível para empresas que desejam crescer, mas com ofertas menores de ações, respeitando as boas práticas de governança corporativa. Inaugurado semana passada, o Bovespa Mais exige que as empresas nele listadas assumam o compromisso de garantir direitos e informações a seus investidores, da mesma forma como também exige o Novo Mercado. Ao considerar que um dos objetivos do Bovespa Mais é permitir a um número maior de empresas o acesso ao mercado acionário e que ele vem sendo bem recebido pelo mercado, vale aplaudir a chegada de mais este espaço de defesa da governança.

As empresas candidatas ao Bovespa Mais são aquelas que desejam ingressar no mercado de capitais de forma gradativa, ou seja, que acreditam na ampliação gradual da base acionária como o caminho mais adequado à sua realidade, destacando-se as de pequeno e médio porte que buscam crescer utilizando o mercado acionário como uma importante fonte de recursos.

Empresas que sejam particularmente atrativas aos investidores que buscam investimentos de médio e longo prazo e cuja preocupação com o retorno potencial sobrepõe-se à necessidade de liquidez imediata.Os investidores encontrarão companhias com firme propósito e compromisso de se desenvolver no mercado, o que é refletido na adoção de elevados padrões de governança corporativa; na busca da liquidez das suas ações; e na postura pró-ativa para conquista de investidores.

UPDATE 2-Brazil posts current account deficit again in Jan

Mon Feb 25, 2008 9:51am EST
(Recasts, adds details on trade, remittances)
BRASILIA, Feb 25 (Reuters) - Brazil posted a current account deficit in January for the third month in a row as foreign companies repatriated more dividends and profits overseas and a weak U.S. dollar led to a surge in imports, central bank data showed on Monday.
The current account balance, the broadest measure of a country's foreign transactions, was in deficit by $4.232 billion in January. That compared with a surplus of $286 million in January 2007 and a deficit of $699 million in December.
The country was expected to post a deficit of $2.6 billion in January, according to the median forecast of 15 analysts surveyed by Reuters. The forecasts ranged from a deficit of $3.5 billion to a deficit of $300 million.
The current account balance tracks a country's net flow of external transactions, including foreign trade, interest payments and services such as tourism. It is used to gauge a country's dependence on foreign capital.
In the 12 months through January, Brazil posted a current account deficit equal to 0.09 percent of gross domestic product compared with a surplus equal to 0.26 percent of GDP in the 12 months through December.
A local currency that is strengthening against the U.S. dollar has helped trigger a surge in imports over the last year, putting pressure on the current account. Corporate remittances are also on the rise as foreign companies send more profits and dividends overseas.
As a result, the central bank expects another current account deficit in February, totaling $1.7 billion.
The trade surplus narrowed to $944 million in January from $2.52 billion in the same month a year ago. Imports surged to $12.33 billion last month from $8.47 billion a year earlier while exports grew to $13.28 billion from $10.98 billion.
Corporate remittances soared 125.6 percent in January from the previous year, to $4.3 billion. The central bank said last month it expects remittances to total $20 billion this year.
Foreign direct investment in Brazil, Latin America's largest economy, rose in January to $4.814 billion from $2.422 billion in the same month in 2007. The central bank expects such investments to fall to $200 million in February.
Brazil's foreign currency assets surpassed liabilities for the first time ever in January, meaning the country became a net foreign creditor, the central bank said last week.
Brazil's current account surplus narrowed sharply last year and is expected to fall into deficit on an annual basis in 2008 for the first time since 2002.
(For central bank details on Brazil's current account figures for January, see: here) (Reporting by Isabel Versiani; Writing by Todd Benson; Editing by Chizu Nomiyama)

Brazil currency strongest since 1999; stocks firm

Tue Feb 26, 2008 4:55pm EST
(Updates to close)
SAO PAULO, Feb 26 (Reuters) - Brazil's currency rose on Tuesday to its strongest level since May 1999 on inflows from investors seeking high returns from the country's domestic interest rate, while stocks firmed as shares of banks gained.
The real BRBY surged more than 1 percent to 1.684 per U.S. dollar -- the first time it has closed stronger than 1.7 to the greenback since May 1999, only months after the government devalued the currency and let it float freely.
The real has already rallied 5.5 percent this year, adding to its 20-percent gain in 2007.
Brazil's benchmark lending rate of 11.25 percent is among the highest in the world, luring funds from countries such as Japan, where borrowing costs are much lower.
"Everyone is coming here" because of the high rates, said Julio Cesar Vogeler, a currency trader at the Didier Levy brokerage. "There is a lot of confidence in the Brazilian economy."
Foreign investors have been pouring cash into Brazil over the past few years, attracted by high-yielding government bonds and high interest rates. Surging commodities prices have also lifted export revenue coming into the country, further bolstering the real.
The Bovespa index .BVSP of the Sao Paulo Stock Exchange rose 0.28 percent to 65,182.61 points, led higher by shares of Bradesco and Itau, Brazil's two biggest private sector banks.
Bradesco (BBDC4.SA: Quote, Profile, Research) rose 3.92 percent to 53.25 reais, while Itau (ITAU4.SA: Quote, Profile, Research) gained 2.83 percent to 44.01 reais as expectations that U.S. financial firms may avoid further credit market losses helped fuel demand for banking stocks globally.
Banco do Brasil (BBAS3.SA: Quote, Profile, Research) shares tumbled nearly 5 percent to 28.51 reais after it posted a 16 percent drop in full-year net profit for 2007 due to a large one-time charge and rising costs.
Interest-rate futures <0#dij:> on the BM&F commodities and futures exchange in Sao Paulo edged higher after official data showed that Brazil's benchmark inflation index rose more than expected in the month through mid-February. (Reporting by Elzio Barreto and Silvio Cascione)

Brazil Federal Tax Revenue Soars 26% From Year Ago (Update2)

By Andre Soliani
Feb. 26 (Bloomberg) -- Brazil's federal revenue surged 26 percent in January as faster economic growth boosted collections, allaying concern that last year's lapse of a financial transactions tax would lead to a shortfall.
The government took in 62.6 billion reais ($37.2 billion) compared with 49.9 billion reais in the same month a year earlier, the federal tax agency said in a report distributed today in Brasilia. The expired financial transactions levy produced 2.9 billion reais in January 2007.
Tax revenue is soaring as Latin America's biggest economy expands at the fastest pace in more than three years, fueling a jump consumer spending and record company profits, said Alex Agostini, chief economist at Sao Paulo-based Austin Rating Servicos Financeiros.
President Luiz Inacio Lula da Silva's congressional failed to get congress to renew the 0.38 percent tax on financial transactions before it expired in December. Opposition lawmakers said the demise of the tax would force the government to cut spending and help avoid yet another increase in the tax burden.
To make up for part of an anticipated 40 billion-reais budget gap, President Luiz Inacio Lula da Silva raised other levies expected to generate 10 billion reais in 2008.
Simpler Taxes
Brazil's business leaders view taxes as the major obstacle for companies seeking to expand, according to a survey by the national industrial association, published in October. The tax burden reached a record high 34.2 percent of gross domestic product in 2006, according to figures by the tax collection agency.
The government will send Congress a tax reform proposal on Feb. 28 that aims to cut taxes for investments and exports, Finance Minister Guido Mantega said last week. The proposal also plans to simplify the country's tax system by unifying various federal levies into one.
Mantega told reporters in Brasilia today the tax reform, once approved, could increase collection by spurring economic growth and reducing evasion. He said the reform's goal will be to reduce payroll taxes as well.

'FT': biocombustíveis ameaçam progresso no combate à fome

BBC Brasil

27/02/2008

O jornal britânico Financial Times adverte em editorial publicado nesta terça-feira que o progresso alcançado entre 1990 e 2005 no combate à fome, principalmente entre as crianças, está ameaçado pela alta do preço dos alimentos, impulsionada, entre outros fatores, pelos subsídios pagos à produção de biocombustível.

Segundo o FT, o preço de commodities como trigo, soja e milho duplicaram, ou até triplicaram nos últimos anos. "O resultado é pobreza - para milhões, a duplicação do preço significa escassez - e o aumento da desnutrição."

"Enquanto os recentes aumentos de preços dificilmente serão permanentes, os produtores deveriam parar de gastar alimentos subsidiando biocombustíveis e dar ao Fundo para Alimentação da ONU (FAO) os recursos que ele necessita para distribuir calorias para aqueles que não podem lidar com o problema sozinhos."

O FT afirma que muitos dos fatores que provocaram a alta dos alimentos são temporários, "mas a maior mudança estrutural são os biocombustíveis. No espaço de alguns anos, os Estados Unidos destinaram cerca de 40 mil toneladas de milho para a produção de bioetanol - cerca de 4% da produção global de grãos. Este rápido crescimento é em grande parte resultado dos subsídios - que têm que ser cortados".

"Os benefícios ambientais do bioetanol de milho são ambíguos, na melhor das hipóteses, e não deveriam ser favorecidos em detrimento da plantação de milho para fins alimentares."

'The Guardian

'O jornal britânico The Guardian também comenta o aumento dos preços em editorial nesta terça-feira, afirmando que alta do trigo anunciada na segunda-feira normalmente passaria despercebida, mas "ela é apenas o mais recente sinal de que a longa era de comida barata finalmente acabou. O fim chega ao final de um mês em que as implicações começam a ser sentidas em todo o mundo".

O Guardian comenta o pedido da FAO, que, segundo o jornal, precisa urgentemente arrecadar novos fundos para continuar distribuindo ajuda.

"Os efeitos da alta no preço de alimentos são ainda mais sérios porque é algo com que o mundo se desacostumou. Por um quarto de século, depois de meados dos anos 70, novas tecnologias e o livre comércio se combinaram para tornar os alimentos quase que continuamente mais baratos."
O jornal afirma que o preço do trigo caiu mais de 80% entre 1973 e 2000, levando-se em conta a inflação, e agora está mais do que o dobro do preço de alguns anos atrás.

"Se a tendência continuar, o pão e manteiga da política mundial poderá virar pão e manteiga de verdade, mais uma vez. É nos países pobres, no entanto, que os efeitos são mais graves: o custo da comida, pode ser frequentemente contado em vidas humanas."

O editorial também afirma que os subsídios aos biocombustíveis, "particularmente nos Estados Unidos", estão causando distorções no mercado global de alimentos.

Reforma terá impacto neutro na carga tributária, diz Jucá

Líder explica que a redução da carga será apresentada separadamente e tramitará em paralelo à reforma

Agência Estado / Adriana Fernandes

27/02/2008

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta terça-feira, 26, que a proposta de emenda constitucional de reforma tributária terá um impacto neutro na carga tributária. A redução da carga, segundo ele, se dará por meio de projetos apresentados separadamente e que devem tramitar em paralelo à proposta de reforma tributária. Entre esses projetos, estão a proposta de desoneração da folha de pagamentos das empresas.

O líder do governo disse ainda que o governo não tem ainda o desenho final do dispositivo que será incluído na proposta de reforma tributária para impedir o aumento da carga do Imposto de Valor Agregado (IVA) federal - tributo que será criado com a unificação do PIS, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e salário educação. Segundo ele, será definido um limite que não poderá ser ultrapassado.

Jucá informou que a proposta de desoneração da contribuição previdenciária paga pelas empresas para os seus trabalhadores será enviada ao Congresso por meio de um projeto de lei. Após se reunir com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, Jucá defendeu a desoneração e afirmou que é possível buscar outras fontes de receitas para compensar a perda de arrecadação da previdência com a desoneração da folha de pagamento das empresas.

O ministro explicou que o governo está fazendo as contas, mas por enquanto não há decisão se haverá criação de uma compensação para essa desoneração. Ele explicou que a desoneração não é matéria constitucional e, portanto, não estará incluída na emenda constitucional que o governo encaminhará ao Congresso esta semana. Segundo o líder, o projeto deverá ter tramitação paralela à reforma tributária, mas não necessariamente será enviado junto com a ela esta semana.

Entenda a reforma tributária

O governo encaminha na quinta-feira ao Congresso o projeto de reforma tributária, que pretende desonerar as empresas e acabar com a guerra fiscal entre os Estados.

O projeto de reforma tem como principal destaque a desoneração da folha de pagamento, com a suspensão da cobrança do salário-educação, pago atualmente por todas as empresas, com alíquota de 2,5% sobre o valor da folha de salários.

Jucá, no entanto, afirmou que a desoneração seguirá em projeto paralelo ao da reforma, assim como a redução gradativa a contribuição das empresas ao INSS. Atualmente, os empregadores pagam alíquota de 20% sobre a folha. A área técnica do governo trabalha com a alternativa de reduzir essa alíquota em cinco pontos porcentuais.

Outro ponto da reforma é a criação do Imposto de Valor Agregado (IVA) federal, que reunirá o Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide sobre combustíveis.

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não fará parte do novo IVA federal porque é utilizado pelo governo em sua política industrial, na concessão de incentivos fiscais.

O Imposto sobre Serviços (ISS) não fará mais parte do novo IVA estadual, como era a idéia anterior do governo. Assim, a proposta do governo para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é a mesma que está parada na Câmara. Ela prevê a unificação das alíquotas e da legislação do ICMS, que passará a ser cobrado na origem. O prazo de transição vai até 2016.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O poder do criador e da criatura na gestão empresarial

Ivan Postigo

Você já se deu conta de quantas obras conhece, admira, sem contudo identificar o criador?
Podemos falar em músicas, poesias, histórias, quadros, esculturas, edifícios, pontes, bens de consumo como sabão, sabonete, pasta de dente, desodorante, computadores, softwares, sistema de gestão e muitos outros.
Podemos dizer que estamos mais encantados com a criatura do que como criador? Não restam dúvidas.
Em muitos casos é mais fácil lembrar da criatura que do criador. Lembramos o nome de um romance famoso, mas temos dificuldades de lembrar de quem o escreveu.
Em momentos de grande alvoroço pela obra fixa-se, reforça-se a lembrança do nome do criador , momento em que a criatura cria o criador.
Na gestão empresarial a situação não é diferente, suas obras farão mais por você do que toda força que possa imprimir.
Visitando as cidades mineiras vamos encontrar uma enormidade de obras de Antonio Francisco Lisboa, conhecido como o Aleijadinho, contudo sabemos que muitos detalhes não foram executados diretamente por ele, muitos foram delegados e supervisionados, porém este detém todo o mérito da criação, lembrança e respeito.
Indo a Congonhas ( antiga Congonhas do Campo), nos deparamos com os 12 profetas no adro da Igreja do Senhor do Bom Jesus, esculpidas em pedra-sabão, e caso não saiba e lhe informem que é de aleijadinho jamais esquecerá, este é o momento em que a criatura cria o criador .
Sem dúvidas a adição de competência para a realização daquela obra foi enorme, tornando-se esta mais reverenciada que o próprio criador.
Uma antiga frase diz que não importa o que você sabe, mas o que faz com o que sabe e suas obras ratificam isso e lhe dá autoridade.
Poder com autoridade solidifica seu comando, poder sem autoridade o fragiliza, isso suas obras podem fazer por você, sem que seja necessário trabalhar apenas a duas mãos.
Há um programa de televisão chamado American Chopper onde pai e filho constroem motocicletas personalizadas e pode-se ser ver todo o processo de criação. Apesar de toda dureza e imposição do pai no dia-a-dia seu poder vem de sua criatividade e dos produtos que cria e não das ordens que dá .
Um exemplo de conflito que a obra apaga é a pintura dos afrescos da Capela Sistina, executada entre uma briga e outra entre Michelangelo e o Papa Julio II.
Cria-se neste caso uma relação difícil, mas interessante de ser analisada: Um confronto entre a intolerância e aceitação.
É impossível não encontrarmos nas empresas projetos, pessoas que enfrentaram momentos de intolerância e por serem aceitos tiveram sucesso.
Acredito que todos já ouviram a famoso frase : “O cavalo veio para ficar, o automóvel não passa de uma moda passageira “.
Neste caso a obra superou em muito seu criador, dando-lhe um poder enorme .
Estima-se que em dez anos a criação terá tanta importância como o tema da qualidade hoje, daí virá o poder da empresa com inovação e o seu como gestor.
Mais do que nunca um dos aspectos para o sucesso empresarial será a adição de competência que demanda sem nenhuma dúvida experiência.
Alguns aspectos nas administrações começarão a tomar uma outra conformação, como guerreiro um jovem, como general um sábio.Com isso deixaremos de negligenciar um terma importante neste país e nas nossas empresas: A experiência.


Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br

A reforma tributária possível

Estado de São Paulo / Editorial

25/02/2008

Não se espere da reforma tributária, cujo projeto o governo promete encaminhar ao Congresso até quinta-feira, a necessária e desejada redução da carga tributária. Pode até ocorrer que, se aprovada e colocada em prática, essa reforma resulte, num primeiro momento, em algum aumento do peso dos impostos sobre a atividade econômica. Mesmo assim, não há dúvida de que o projeto apresentado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, às lideranças dos partidos da base de sustentação do governo é o mais viável de todos os apresentados nos últimos anos.

O momento é favorável à discussão. Em outras ocasiões em que a reforma foi proposta, o baixo ritmo de atividade da economia tolheu o debate, pois cada um dos envolvidos - governo federal, governos estaduais, prefeituras e, algumas vezes, representantes dos contribuintes - temia incorrer em perdas que talvez não pudessem ser recuperadas no futuro. O crescimento da economia, ao ritmo de 6% ao ano neste momento, assegura para todos os níveis de governo um aumento de arrecadação que permite a discussão mais tranqüila e objetiva de todos os pontos do projeto.

Além do objetivo de redução da carga tributária, o projeto deixa de lado outros pontos que vinham sendo apontados como essenciais a uma reforma como a que o País necessita. Não mexe no Imposto de Renda nem propõe a incorporação ao futuro Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) estadual do Imposto sobre Serviços (ISS), tributo de natureza municipal. Não é, como resumiu o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, uma reforma “ampla e geral”, mas “restrita”. Mas isso pode ser uma de suas virtudes. “É mais realista tentar aprovar uma reforma mais modesta, que mexa o mínimo em conflitos de interesse”, reconheceu Skaf.

A proposta tem muitos pontos positivos. Ela simplifica o sistema tributário brasileiro, reduz os custos das contratações de trabalhadores e cria uma regra única para a tributação estadual. Com a substituição do atual Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo IVA estadual sujeito a uma legislação nacional, deve acabar a guerra fiscal entre Estados, que impõe custos não apenas às unidades federativas que por não a praticarem abertamente perdem investimentos, mas também às que a praticam.

Um dos pontos mais importantes do projeto é a redução do peso dos tributos sobre a folha salarial para estimular a contratação de mão-de-obra. Para isso, o governo se dispõe a reduzir gradualmente, em 5 pontos porcentuais, a alíquota da contribuição patronal para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), atualmente em 20%. O governo anuncia também o fim da contribuição para o Incra que incide sobre a folha, com alíquota de 0,2%. Ainda não está claro como será feita a compensação para a perda dessa receita. Uma das possibilidades é elevar alíquotas de outros tributos. Outra é o Tesouro absorver essa perda, o que pode ser tolerável por causa do aumento da arrecadação em razão do crescimento da economia.

O governo proporá também a eliminação da contribuição do salário-educação recolhido pelas empresas, com alíquota de 2,5% sobre o valor da folha de salários. No ano passado, a arrecadação do salário-educação foi de R$ 7,1 bilhões, ou 60% do orçamento do Ministério da Educação. Esse dinheiro é aplicado em programas como o da merenda escolar, do livro didático, de transporte escolar e de reforma e construção de escolas, entre outros. O IVA federal é outra novidade do projeto. Ele resultará da unificação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), do PIS/Pasep e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), e sua alíquota será fixada de modo a compensar o fim do salário-educação. Explicando por que o projeto deixa de fora do IVA o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o governo diz que o IPI é utilizado como instrumento de política industrial e precisa ter regras mais flexíveis. O fato é que, se o IPI fosse incorporado ao IVA federal, a alíquota do imposto seria alta demais, o que tornaria politicamente inviável sua criação.

Mesmo sem ter a amplitude desejada, a proposta tem pontos importantes que, se aprovados, melhorarão o sistema tributário nacional.

Brazil May Face Steel Supply Problems This Year, Estado Says

By Joao Lima

Feb. 25 (Bloomberg) -- Brazil's steel industry may have problems meeting domestic demand this year as there are no planned capacity increases, O Estado de S. Paulo said on its Web site, citing Christiano da Cunha Freire, president of the National Institute of Steel Distributors.
If flat-steel consumption increases 15 percent this year, demand will be close to the production capacity of 14 million tons, the Brazilian newspaper said. There may be supply problems in the second half, Freire said, according to Estado.

Imports will involve ``much higher'' costs due to the increase in prices and transportation, Estado said.

Governo pode desligar térmicas a óleo

Rodrigo Postigo

25/02/2008

As chuvas intensas que vêm caindo no Sudeste do País nas últimas semanas podem levar o governo a desligar ao menos parte das usinas termoelétricas movidas a óleo que foram acionadas no início do ano para poupar água nos reservatórios das hidrelétricas.A ordem para que algumas termoelétricas deixem de funcionar pode ser dada na quinta-feira, durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). ''No Sudeste dá pra avaliar (a possibilidade de desligar térmicas). Pode ser que desliguemos, pelo menos, algumas'', admitiu o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp.

O mais provável é que o governo abra mão, primeiro, da energia gerada por usinas térmicas movidas a óleo, combustível mais caro e mais poluente que o gás natural.Chipp destaca, porém, que, pelo menos na próxima reunião, o CMSE não deve mandar desligar nenhuma termoelétrica no Nordeste. ''A expectativa é de que no Nordeste não façamos nada, agora. A situação das chuvas lá é menos estável que no Sudeste.''

De qualquer modo, a questão do desligamento das usinas ainda precisa ser analisada por todos os integrantes do CMSE. Além do ONS, compõem o comitê representantes do Ministério de Minas e Energia, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Importações crescem perto dos 50%

Rodrigo Postigo

25/02/2008

Os investimentos em bens de capital aceleraram o ritmo das importações nos últimos meses. Entre setembro e novembro do ano passado, as importações brasileiras passaram a crescer em uma cadência mais forte que nos meses anteriores, de 35% a 40% em relação aos mesmos períodos de 2006.

De dezembro pra cá, o ritmo se acelerou ainda mais, para até 46,9%. Esse movimento, segundo levantamento feito pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) a pedido do jornal O Estado de S. Paulo, está sendo puxado principalmente pelos bens de capital.

O principal fator para essa tendência é a queda do dólar em relação ao real: na sexta-feira, a moeda americana atingiu a cotação mais baixa dos últimos oito anos. Com o câmbio na casa de R$ 1,70, empresas de diferentes setores desembolsam menos reais para ter acesso a inovações tecnológicas que garantem saltos de produtividade e eficiência.

Com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Iedi calculou a evolução das compras externas, comparando a média das importações por dia útil de cada mês. Em janeiro deste ano, as importações dos chamados bens de investimento deram um salto de 56,9%, em relação a janeiro de 2007, contribuindo com 26,2% para o aumento das importações totais do país.

In Argentina, No Assistance From Region on Gas Needs

From left, President Luiz Inácio Lula da Silva of Brazil, President Cristina Fernández de Kirchner of Argentina and President Evo Morales of Bolivia at a meeting on Sunday in Buenos Aires.
The New York Times
By ALEXEI BARRIONUEVO
Published: February 25, 2008
RIO DE JANEIRO — Brazil has declined to cede any natural gas shipments from Bolivia to Argentina, which is struggling to find more energy sources to help it avoid supply shortages that could derail its fast-growing economy.
Argentina and Brazil are facing the possibility of short-term energy crises from a lack of natural gas needed to fuel industries and generate electricity for residents. Bolivia is sitting in the middle with the region’s largest gas reserves.
For Cristina Fernández de Kirchner, Argentina’s new president, finding solutions to the energy problems that the administration of her husband, Néstor Kirchner, helped create is among her biggest early challenges.
Bolivia, which has seen a rise in domestic energy demand, has struggled to meet its contractual obligations to supply gas to Brazil and Argentina. Brazil’s national oil company, Petrobras, which has a much larger contract with Bolivia, has been unwilling to divert any gas supplies to Argentina because of concerns here that Brazil could face its own energy shortfalls.
That changed little over the weekend, as leaders from the three countries met in Buenos Aires to discuss energy issues, with Argentina walking away with no pledges for more gas supply. The result is that both Argentina and Chile — which Argentina has cut off from gas supplies the past few years — will face severe risks of energy shortfalls this coming winter.
President Luiz Inácio Lula da Silva of Brazil promised to try to provide some electricity — but not gas — to Argentina in the coming months, as Brazil did last June and July when Argentina was struggling to supply its industries and homes.
Brazil’s foreign minister, Celso Amorim, portrayed the move last year as a “sacrifice.” He said in an interview that Brazil would not help Argentina this year if it meant “the risk of having blackouts or brownouts in Brazil.”
José Sergio Gabrielli, the chief executive of Petrobras, said that while Brazil was “sensitive” to Argentina’s energy problems, Brazil needed “every molecule” of gas it imported from Bolivia.
Those statements underscored the high political stakes for Mr. da Silva’s government. In 2000, when President Fernando Henrique Cardoso imposed energy austerity measures in Brazil, his plummeting approval ratings helped sink his party’s chances in the next presidential election. “Lula is not going to risk domestic shortages or having to ration gas to help Argentina,” said Daniel Kerner, an analyst with Eurasia Group, a global risk consulting firm based in Washington and New York.
While Argentina pays more for Bolivian gas than Brazil, Brazil’s larger contract and the importance of Petrobras have given Argentina little leverage, analysts said. In December, Mr. da Silva said that Petrobras would invest up to $1 billion in Bolivian gas over the next few years.
Mr. Kerner said Argentina had only itself to blame for its energy problems. Mr. Kirchner’s government, which took over just after Argentina’s devastating financial crisis of late 2001, maintained low energy prices at all costs to keep inflation low and the economic recovery going. That meant imposing heavy subsidies and paying more for Bolivian gas rather than charging Argentines more.
Despite Mr. Kirchner’s persistent denials last year of a growing energy problem during his wife’s campaign, the policy has begun to show cracks. Industrial production last July fell 2.7 percent from the previous year, slowing to its lowest increase since 2002. Outsiders have been reluctant to invest in Argentina’s energy sector because of high taxes and low returns caused by the government’s caps on domestic prices. As investment has faltered, energy demand has risen faster than supply.
Still, so far the gamble seems to have paid off: Mrs. Kirchner was easily elected in October as Argentina’s first female president, and the economy grew by 8 percent for a fifth straight year.
Bolivia has complicated the situation for Argentina. Bolivian gas production has been stagnant since 2006, and the country has had to adjust in order to guarantee supply of 31 million cubic meters a day to Brazil under its priority contract. It has fallen short of that lately, shipping 27 million to 29 million cubic meters a day. Exports to Argentina, meanwhile, have fallen to under three million cubic feet a day, less than half of its contract with Bolivia.
Investment in Bolivian energy has been paralyzed since President Evo Morales nationalized its natural gas industry in 2006. Bolivia’s own energy demand has grown substantially because of artificially low prices set by the government.
As Bolivian gas supplies have faltered, Mr. Kirchner, rather than risk political damage at home, chose to cut off gas supplies to Chile, creating tensions between the countries.
After taking over as president in December, Mrs. Kirchner acknowledged an energy crisis for the first time, attributing it in part to global warming. She ordered clocks moved forward by one hour, mandated the use of more energy-efficient light bulbs and required doormen in Buenos Aires to monitor residents’ air-conditioning use.
Vinod Sreeharsha contributed reporting from Buenos Aires.

Mercado interno pode ter escassez de aço em 2008

Agência Estado

25/02/2008

Sem aumentos de capacidade produtiva previstos para este ano, as siderúrgicas devem enfrentar dificuldades para abastecer toda a demanda do mercado interno. A expectativa é de que as encomendas da indústria manterão o ritmo acelerado do ano passado, esbarrando na capacidade das usinas, que já operam a todo vapor.

Segundo estimativas do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), se o crescimento do consumo de aços planos alcançar 15% este ano sobre as 11,7 milhões de toneladas do ano passado, a demanda chegará muito perto da capacidade de produção, que é de 14 milhões de toneladas. "Podem surgir problemas de abastecimento no segundo semestre", disse o presidente do Inda, Christiano da Cunha Freire.

No ano passado, a limitação da capacidade provocou uma queda significativa das exportações de aço, que foram direcionadas para atender o crescente mercado interno. No entanto, especialistas acreditam que essa opção está próxima do seu limite, porque coloca em risco as relações comerciais das siderúrgicas no mercado externo. "As vendas internas podem chegar no máximo a 80% porque existem contratos de longo prazo no exterior", disse o analista da Link Corretora Leonardo Alves.

As siderúrgicas produtoras de aços planos CSN e a Usiminas destinam 71% e 77% das vendas para o mercado interno, respectivamente. A Gerdau, que fabrica aços longos, separa 69% da sua produção no Brasil para o mercado doméstico. No período acumulado dos nove primeiros meses do ano passado, a Usiminas reduziu suas exportações em 25% para atender os clientes brasileiros. A CSN diminuiu suas vendas internacionais em 18% no terceiro trimestre de 2007, enquanto o volume vendido no País cresceu 21,8%. A Gerdau reduziu seus embarques a partir do Brasil em 10,3% no ano passado.

Isso indica que as siderúrgicas terão pouco espaço para cortar ainda mais suas exportações, gerando dificuldades de abastecimento internamente. Nesse cenário, as usinas e a indústria terão de apelar para as importações de aço justamente em um momento de alta nos preços internacionais. Desde o início do ano, o aço laminado a quente no exterior subiu 20%, passando de US$ 660 por tonelada para US$ 800 por tonelada, impulsionado pela demanda e pela alta dos insumos.

As importações trarão custos muito maiores para a indústria devido aos preços elevados e às questões logísticas. Segundo o analista de siderurgia da Prosper Corretora, Alan Cardoso, uma das maiores dificuldades será lidar com a necessidade de prazos maiores para os pedidos no exterior.

A situação só deve se normalizar com a entrada dos projetos de ampliação das siderúrgicas, a partir do ano que vem. Mesmo assim, o analista da Socopa Daniel Lemos ressalta que as condições são favoráveis para as usinas, que terão facilidade para repassar a alta de custos nas atuais condições de escassez do mercado. "A siderurgia conseguirá aumentar os preços com maior tranqüilidade", disse.

Sem acordo, Brasil, Argentina e Bolívia criam grupo para discutir falta de gás

Governo brasileiro diz de que não tem condições de abrir mão do gás.Em compensação, repassaria energia elétrica para a Argentina no inverno.

G1

25/02/2008

Os governo do Brasil e da Argentina, junto com a Bolívia, decidiram criar um grupo de trabalho para discutir o problema da falta de gás boliviano para abastecer os dois países vizinhos.Os presidentes dos três países se reuniram neste sábado (23) em Buenos Aires para discutir a questão energética, que deve se agravar com a chegada do inverno na Argentina. Não chegaram a um acordo, mas decidiram continuar discutindo o problema.

“Nós criamos um grupo com os três ministros dos três países para que a gente possa, não apenas discutir gás em época de inverno, para a gente discutir quais as novas fontes de produção de energia de que nós precisamos”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o encontro. Ele ressaltou que todas as economias da região estão crescendo, a da Argentina mais que a do Brasil, mas afirmou que todos vão precisar de mais energia. “Não se trata de sobrar gás ou não, se trata de uma política de solidariedade que os países do Mercosul têm que ter para ajudar uns aos outros”, disse Lula.

Os presidentes de Brasil, Argentina e Bolívia se reúnem neste sábado (23), em Buenos Aires, para discutir as cotas de fornecimento de gás natural proveniente do país andino.

Lula disse que a criação do grupo será importante para resolver os problemas energéticos de todos os países que possam passar por crises de desabastecimento.

“O Uruguai, de vez em quando precisa, a Argentina precisa, de vez em quando nós precisamos da Argentina. Então, eu acho que essa política de solidariedade é extremamente importante”, disse Lula.

Em entrevista à Agência Brasil, o ministro de Minas e Energia, Édson Lobão, reafirmou que o Brasil não cederá gás boliviano para a Argentina. “O Brasil não vai abrir mão o gás”, afirmou.

“Tanto quanto possível, vamos contribuir para minorar essa dificuldade, sem repasse de gás, mas com repasse de energia se tivermos energia para fornecer.”

Soybeans, Soybean Oil Rise to Records on Demand; Corn, Wheat Up

By Jae Hur

Feb. 25 (Bloomberg) -- Soybean and soybean oil prices in Chicago surged on speculation that global demand for food, animal feed and biofuels will exceed production this year. Corn also reached its highest ever, and wheat surged.

Soybean futures jumped 87 percent in the past year as U.S. inventories headed to a four-year low, according to a U.S. government forecast. The rally was also underpinned by speculation China may increase vegetable oil imports to curb food inflation, India may cut import duties on vegetable oils and Indonesia may raise export tariffs on palm oil.

``Chicago soybeans were up because of the forecast that U.S. stockpiles will not increase enough,'' said Toshimitsu Kawanabe, an analyst at futures broker Taiheiyo Bussan in Tokyo. Concern that Indonesia may further increase export duties on palm oil lent support, he said.
Soybeans for May delivery rose as much as 23.5 cents, or 1.6 percent, to $14.6175 a bushel in after-hours electronic trading on the Chicago exchange, and stood at $14.6025 at 12:32 p.m. Singapore time.

Soybean oil for May delivery added 1.18 cents, or 1.9 percent, to 64.20 cents a pound in Chicago. Soybeans and soybean oil on China's Dalian Commodity Exchange and palm oil on the Malaysia Derivatives Exchange also reached records.

Rising demand for soybeans will limit the gain in U.S. stockpiles of the oilseed to 169 million bushels as of Aug. 31, 2009, even as output jumps 14 percent, the Department of Agriculture said Feb. 22.

China, India

Chinese inflation accelerated in January to the quickest pace in 11 years after the worst snowstorms in decades disrupted food supplies. China is the world's top vegetable oil importer.
India, the world's second-biggest buyer of vegetable oils, may cut import duties on cooking fat or increase purchases on global markets. ``Both are options,'' Federal Food Secretary T. Nanda Kumar said Feb. 5. ``Improving supplies and reducing prices is the main concern for the government.''

Indonesia, the world's top palm oil producer, announced higher export taxes on crude palm oil, setting a maximum rate of 25 percent if the price exceeds $1,300 a metric ton. It will impose a 20 percent tax on the oil exports if the price rises to $1,200 a ton, Bayu Krisnamurthi, deputy to the coordinating minister for economic affairs, said Feb. 4.

Corn futures for May delivery advanced 1.3 percent to $5.4175 a bushel, and traded at $5.405 at 12:40 p.m. Singapore time. Corn is up 23 percent in the past year on record demand for grain to produce ethanol and feed livestock.

South Korea bought 275,000 tons of corn for feed production at a tender on Feb. 22.

Wheat for May delivery gained as much as 41 cents, or 3.9 percent, to $11.055 a bushel, breaching $11 for the first time since Feb. 11 when the most-active contract reached a record $11.53. It last traded at $10.9275 a bushel. The price has more than doubled in the past year.

Global inventories are expected to fall 12 percent to 109.7 million tons in the year ending May 31, the lowest since 1978, the USDA said on Feb. 8. Reserves are forecast to decline 47 percent from a record 208.5 million in 2000.

TRF julga pacote de ações sobre ICMS e ISS

Valor Econômico

25/02/2008

A Sétima Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região julgou na última terça-feira um pacote de 19 processos sobre a exclusão do ICMS e do ISS da base de cálculo da Cofins e admitiu a redução da incidência da contribuição. O julgamento marcou a mudança de posicionamento da sétima turma e transformou o TRF de Brasília no primeiro tribunal federal do país a admitir a exclusão dos impostos da base da Cofins nas suas duas turmas de direito público. A oitava turma do tribunal julgava nesse sentido desde outubro de 2006, logo depois de o tema ter conseguido maioria de votos no início do julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Foram julgados ao todo 18 processos pedindo a exclusão do ICMS e um caso sobre a exclusão do ISS da base de cálculo da contribuição, todos de relatoria do desembargador Luciano Tolentino Amaral. Até então, a sétima turma se posicionava contra a tese dos contribuintes, mas no julgamento do mérito dos processos acabou adotando a mesma posição da oitava turma.

Segundo o advogado Roberto Salles, do escritório Botelho, Spagnol Advogados, responsável por um dos casos julgados na sétima turma, a partir de agora é possível dizer que o TRF da 1ª Região tem posição contrária à inclusão do ICMS e do ISS na base da Cofins. O principal resultado prático são as melhores chances de sucesso dos pedidos feitos em toda a área de atuação do tribunal - o maior do país, incluindo 13 Estados e o Distrito Federal. O advogado diz que entrou com muitas ações contra a Cofins logo depois do início do julgamento do caso no STF e ainda ajuiza novos processos sobre o tema, para os quais a posição do TRF é de grande utilidade.

Outra particularidade do julgamento desta terça-feira, diz Salles, é que os desembargadores não fizeram uma declaração de inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo da Cofins. O que ocorreu foi uma interpretação da regra de cobrança da Cofins de forma a excluir o imposto da sua base de cálculo. O efeito prático da decisão para os empresários é o mesmo, mas a fórmula apresentada pelos desembargadores pode ajudar na defesa dos contribuintes na discussão da ação declaratória de constitucionalidade (ADC) nº 18, apresentada pela União em outubro de 2007 como tentativa para reverter o placar da disputa no Supremo.

Segundo uma linha de defesa dos contribuintes contra a ADC, a ação é inviável porque não há nenhum dispositivo a ser declarado constitucional - tampouco inconstitucional. Isso porque não há norma que declare explicitamente que o ICMS ou o ISS incluem a base da Cofins, tratando-se apenas de interpretação da Receita. O voto do desembargador Tolentino Amaral ainda não foi divulgado e não há detalhes sobre a semelhança entre a argumentação dos contribuintes e do desembargador.

A posição do TRF da 1ª Região também serve de alento para a decisão tomada na semana passada pela Quarta Turma do TRF da 3ª Região, que negou, no mérito, a exclusão do ICMS da base da Cofins. Apesar de o TRF da 3ª Região já ter proferido liminares contra a cobrança, no mérito preferiu manter a posição tradicional do tribunal, sob o argumento de que o caso ainda está em discussão no STF. O tribunal da 5ª Região, de Recife, tem alguns precedentes favoráveis ao contribuinte, e no TRF da 4ª Região, de Porto Alegre, a posição dominante é favorável ao fisco.

A disseminação da disputa do ICMS na base da Cofins teve início ainda em 2006 para aproveitar o resultado parcial do Supremo - onde há seis votos pelo contribuinte e um pela Fazenda - e reduzir de imediato a carga tributária das empresas. As ações precoces servem ainda para evitar a prescrição de créditos antigos que devem ser devolvidos ao contribuinte em caso de derrota do fisco. Mas as ações também serviram para a União acelerar o julgamento da ADC nº 18 e tentar reverter o placar desfavorável: para justificar a urgência do julgamento em cautelar, a União alega que há proliferação de liminares contra a tributação, o que demanda uma solução rápida.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O alto custo da administração barata

Ivan Postigo

Como gestor a melhor contribuição que você pode dar à sua empresa é dedicando-se àquilo que melhor faz.
Caso sua vocação seja comercial, certamente a empresa ganhará muito com suas orientações e recomendações para aumento das vendas, se for industrial poderá ter uma fábrica organizada, limpa, com uma excelente estrutura de planejamento e atendimento de pedidos, ou se for administrativa terá muito que fazer nas questões contábeis e financeiras.
Para as demais áreas agregue competência, contrate quem sabe fazer, assim as questões operacionais serão executadas de forma rápida e segura e você poderá dedicar mais tempo às questões estratégicas.
Vejo sempre gestores se envolvendo em questões simples, mas por falta de conhecimento técnico transformam a situação num conflito desnecessário.
Um de meus primeiros chefes e mestres não sabia muito sobre contabilidade e sempre se atrapalhava em identificar o ativo e o passivo, então quando tínhamos que analisar o balanço ele me dizia: “ Vem na minha sala, assim eu abro a gaveta e lá tem um papel com as indicações”.
Em letras vermelhas e grandes lia-se: “Ativo do lado da porta e passivo do lado da janela “.
Era a brincadeira mensal e uma indicação simples e clara de que se não sabe fazer é melhor pedir a quem sabe, não dá para levar a mesa junto.
Muitas empresas em momentos de maior dificuldade na gestão contratam profissionais para colocá-la nos trilhos, mas passado algum tempo começam a questionar os custos e efetuam cortes, tendo como alvo os maiores salários.
Não demora muito para que comecem as observações sobre o fato de que João desenvolvia um determinado trabalho com facilidade, com erros mínimos, mas José não consegue ter o mesmo desempenho. Desnecessário dizer quantas teses vão ser levantadas!
A resposta é muito simples: João tinha experiência, João sabia fazer.
Um amigo quando ouve observações como essa costuma responder: Quando fazemos a coisa certa sempre os resultados são bons, impressionante não?
Um dia alguém vai espancá-lo! Espero que não.
Pensava nisso outro dia quando me deparei com um programa na televisão sobre refugiados na África.
Essas pessoas atravessam um trecho de um país a noite, onde há uma grande quantidade de leões. Com bastante freqüência são atacados e muitos devorados por esses animais que têm o hábito noturno de caça.
Pensando em espantá-los carregam consigo latas, panelas, tampas , e andam batendo , fazendo um enorme barulho, mas sentem que ao invés de afastá-los, estão sendo atraídos.
Um especialista que trabalha há décadas com esses animais esteve na região e confirmou que é exatamente isso que está acontecendo, e com uma lata e alguns pedaços de carne rapidamente treinou um leão. Jogava carne para o animal e batia na lata, rapidamente a fera associou o barulho com comida.
Quando as pessoas passam fazendo barulho, mesmo os leões mais distantes sabem que está chegando comida na área.
Nas nossas empresas não é diferente quando colocamos pessoas sem treinamento para cuidar de tarefas mais complexas.
Como gestor, um dos cálculos que você deve fazer é se a sua dedicação à sua especialidade não traz resultado suficiente para pagar o investimento numa equipe melhor qualificada e ainda ficar com algum lucro do que ter uma equipe com um custo menor, mas que demande seu tempo para questões não estratégicas.
Caso a sua resposta seja não, diria a você para reavaliar suas tarefas e o tempo que tem dedicado às questões estratégicas, provavelmente sua concentração está sendo em aspectos operacionais.
Depois do trabalho de organização nas empresas, com certa freqüência ouço de gestores que viviam assoberbados: “Você me arrumou tempo, eu não sei o que fazer com ele “.
Recomendo sempre que vá ao mercado para entender o que está acontecendo, para avaliar as conseqüências das medidas tomadas e políticas estabelecidas , converse com especialistas, pares, concorrentes, fornecedores, clientes, se informe.
Penso que é mais sensato se cercar de especialistas do que estar sozinho batendo lata em hora e lugar errados.
Você , o que acha ?


Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br

Um longo caminho à lugar nenhum

Ivan Postigo

Não é difícil encontrarmos no mercado uma quantidade substancial de empresas que apesar de muitos tentativas de crescimento, reorganização, não chegaram a lugar nenhum. Algumas estão de volta ao ponto de partida, outras decidiram encolher para recomeçar e muitas acreditam que são mais lucrativas menores.
Dizia com certo desencanto uma pessoa que já não via há alguns anos : “Decidimos reduzir nosso porte , assim atenderemos melhor nosso clientes “.
Quando esta empresa vai se envolver em projetos novos e de crescimento? Provavelmente não tão cedo.
Nossa economia é complexa, o mercado é instável, os impostos são massacrantes, é verdade, mas muitas empresas não vêem seus projetos naufragarem por esses aspectos e sim por falta de vocação em planejamento, delegação e controle.
O que me leva a acreditar nisso ?
Basicamente o sucesso na arrancada do projeto!
Essas empresas num primeiro momento criam e desenvolvem ambiente para essa alavancagem, perdendo–se em seguida.
A medida que os projetos vão evoluindo os resultados são positivos, os prazos negociados são coerentes, os preços também, contudo passado alguns meses a empresa já não sabe mais dizer não a qualquer pedido que lhe seja oferecido, fazendo concessões em preços e principalmente prazos .
Cria-se a mentalidade de que o cliente tem que ser atendido a qualquer custo, sem uma observação mais clara das conseqüências.
É difícil, mas saber dizer não também preserva a saúde da gestão empresarial.
Um pedido mal negociado, com prazos extremamente apertados, não traz um problema, traz todos.
Repentinamente coloca-se toda a organização com foco numa única situação, um pedido específico , atrasando a execução de todo um programa de trabalho.
Imaginem uma situação onde as equipes trabalhem sexta , sábado e domingo para entrega de um pedido especifico, com toda tensão , cobranças e conflitos que são inerentes a situações como essa, qual a produtividade que se pode esperar das equipes na segunda-feira?
Há situações interessantes onde o pessoal de criação, em número limitado, tem algumas horas para criar as melhores coleções da vida para três empresas .
Pode dar certo ? Pode , algumas vezes, sempre não!
Tudo pode ver visto e avaliado quando se trabalha com planejamento, cronogramas, delegação e controles.
Quantas vezes não vimos pessoas discutindo por causa de um problema , onde felizmente outras tratam de resolve-lo, e ao fim de algumas horas a questão está solucionada mas o debate não!
O confronto não tinha a finalidade de encontrar a solução , mas a concordância!
Isso é terrível e reforça o conceito de que as pessoas não resistem à situações novas e mudanças , mas resistem a serem mudadas.
Na sua empresa avalie sempre se o foco está em obter melhores resultados ou maior poder.
Essa situação pode ser observada desde o confronto entre sócios até no uso de ferramental ou espaço no chão de fábrica.
Quem gosta de história vai observar que reinos poderosos foram destruídos mais por conflitos internos do que por ataques de povos invasores.

Essa lição pode e deve ser levada à nossa área comercial na sua incessante luta para obter maior participação de mercado.
Observe que as empresas que tiveram sucesso e depois recuaram sofreram mais por fracassos em atender as expectativas do que com oportunidades de mercado .
Todas não , claro, há situações em que o mercado , os preços se mostram adversos.Há setores que sofreram e sofrem brutalmente com a invasão de produtos chineses.
Ainda assim vamos encontrar exemplos bastante interessantes de empresas que para combater esse tipo de concorrência encontraram soluções com forte participação das equipes internas.
Em segmentos específicos a invasão de produtos oriundos da China provocou uma quebradeira , eliminado do mercado os mais fracos e também empresas que não tinha interesse em concorrer nas condições apresentadas, com isso as mais persistentes passaram a dominar com certa facilidade uma fatia mais significativa do mercado.
Como gestores estão observando oportunidades de crescimento, têm avaliado positivamente o potencial para expandir, acreditam no desempenho dos colaboradores?
Ótimo, então preparem-se para crescer delegando e criando canais abertos de comunicação .
Quando o poder do gestor supera o da empresa pode estar sendo criado um longo caminho para lugar nenhum!


Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br

Oportunidade, potencialidade e performance

Ivan Postigo

Há uma frase que dificilmente alguém não usou: “Tinha tudo para dar certo, mas deu errado! “.
Pode ser uma observação sobre uma viagem, a confecção de um bolo, com relação ao destino de uma pessoa ou sobre uma empresa, que será o nosso tema.
Oportunidades a vista, condições favoráveis, mas resultado frustrante. Como avaliar a questão tecnicamente?
Podemos encontrar nessa situação organizações consolidadas, algumas constituídas para explorar um determinado segmento de mercado, empresas em rápido crescimento que sofrem um revés, enfim os exemplos são diversos.
A afirmação pode também ser lida no sentido inverso: “Tinha tudo para dar errado, mas deu certo!”. Nestes casos parece haver um toque de genialidade.
Voltando ao final da segunda guerra mundial dificilmente alguém apostaria que o Japão se tornaria uma potência, pois uma ilha com poucos recursos, saindo destroçada do conflito mundial, completamente dependente de ajuda, não encontraria oportunidades claras e pior, não mostrava potencialidade. O que possibilita sucessos como esse?
Definitivamente a dinâmica dos três fatores que estamos tratando.
Quem está acostumado a avaliar projetos está sempre verificando as oportunidades para se assegurar de seu sucesso, por exemplo:
Estudamos o mercado comprador, analisamos a concorrência, consultamos o mercado quanto ao fornecimento da matéria-prima, avaliamos diversos tipos de maquinários e ferramentais, observamos o pessoal a ser contratado, os turnos na fábrica, calculamos os custos, averiguamos as disponibilidades financeiras, as fontes de financiamentos, calculamos as taxas internas de retorno ( TIR) e o tempo de retorno (Payback ).
A princípio nenhuma razão para dar errado, certo? Errado.
Considerando que o estudo foi feito de forma exaustiva e consciente é necessário garantir a sua execução, de ponta a ponta. Dois aspectos têm que ser observados, as potencialidades e performance.
Potencialidades têm que ser desenvolvidas e aprimoradas, esta é a base da performance.
É impressionante o número de empresas que encontro desenvolvendo projetos sem que na sua execução façam o efetivo uso do cronograma, ferramenta de enorme utilidade que mostra o que tem que ser feito, quando e quem deve fazer.
Data perdida gera uma quantidade infindável de prejuízos para a empresa, como aumento de custos, atrasos nas entregas, cancelamento de pedidos e conflitos internos e externos.
O mês de janeiro se encerrou, fevereiro está em curso, muitas empresas que não estão conseguindo obter os resultados esperados não terão muitas chances de reverte a situação este mês, uma vez que seus produtos não são pronta entrega, e ainda não estão conseguindo planejar e projetar os resultados dos próximos três meses.
Esta é uma situação em que a performance indica que há necessidade de melhoria das potencialidades para observação das oportunidades.
Entusiasmo, comprometimento, dedicação, superam muitas vezes as deficiências nas potencialidades e criam as oportunidades.
É comum tratarmos de performance pensando no chão de fábrica, na execução dos produtos, nas entregas, no desempenho da equipe de vendas, sem uma visão clara de futuro.
As oportunidades de mercado podem ser atendidas ou criadas como dizia Akio Morita.
Uma potencialidade pode ser desenvolvida na empresa com treinamento ou agregando competência com a contratação de especialistas.
O sucesso de um produto começa na observação de sua oportunidade, passa pela avaliação da potencialidade da empresa em fabricá-lo, vende-lo e entrega-lo e se consolida com o comprometimento com a performance.
Esse processo de conscientização deve ser levado por toda organização de forma que cada pessoa saiba o que está fazendo e por quê? .
Caso sua empresa forneça componentes para clientes diretamente na linha de montagem, atendendo a um contrato que estabeleça multa por atraso, deve ouvir com freqüência: “ Temos que atender os prazos, eles não podem parar!”.
Na realidade a frase deveria ser: “ Nós não podemos parar! “.
Lembre-se sempre : Suas oportunidades, sua potencialidade, sua performance, seu sucesso . Ou não !

Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
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Empresa familiar – Um pé no céu outro no inferno?

Ivan Postigo

Usando o jargão popular, qualquer que seja a adaptação, este assunto dá um livro.
São inúmeras as razões pelas quais uma ou mais pessoas decidem criar uma empresa familiar.
Você pode estar pensando que uma só pessoa não cria uma empresa familiar, no máximo cria uma empresa!
É verdade, mas por aspectos diversos alguns gestores acabam agregando ao negócio familiares.
Podem convidar as esposas para ajudá-las a coordenar o processo produtivo, controlar as finanças, tratar dos assuntos bancários, fazer as compras, mas também envolver primos, tios, cunhados, sogros, filhos, enfim, aqueles com os quais tem boas relações para auxilia-lo a tratar dos negócios.

Outros, junto com familiares reúnem os capitais e criam um negócio, dividindo, conceitualmente, as responsabilidades, os riscos e somando a esperança.
A questão é saber se são sócios nos negócios e sonhos ou o são por convencimento! Uma pessoa bem sucedida, admirada na família, facilmente convence alguns a segui-lo na empreitada.
A idéia de poder trabalhar com os familiares, criando algo juntos, sem limites, podendo conversar, apoiando e recebendo apoio é sensacional. Poder solicitar ajuda, ter a resposta com a maior boa vontade e empenho é colocar um pé no céu.
Agora, atenção, pessoas que riem juntas tomando uma cerveja, fazendo um churrasco, freqüentando clubes, não importa sua condição econômica, normalmente pouco sabem do humor do futuro sócio. Até o momento só trataram de amenidades.
Ninguém cria um negócio sem esperar lucros, quanto mais rápido o retorno for necessário, maiores serão as cobranças, as expectativas e os riscos de questionamentos e confrontos.
Conversar com um sócio que não é membro da família sobre seu desempenho é diferente de tratar com um familiar. As chances no primeiro caso do assunto ficar restrito à empresa são imensamente que maiores que no segundo.
Nós temos simpatia pelos mais fracos e não é raro toda a família abordar o sócio contestador em busca de maior compreensão e transformar um assunto empresarial normal em uma série de pequenos conflitos.

Uma das questões delicadas em empresas familiares é simpatia ou não por um determinado funcionário, quer seja ele competente ou não. Existe uma tendência muito grande na família das pessoas se influenciarem.

João aprecia o trabalho de seu funcionário Joaquim, mas Pedro pouco sabe de seu desempenho e por algumas razões não tem simpatia por este. Para azar de Joaquim, João ouve muito as observações de Pedro e é altamente influenciado por este. A carreira e o futuro de Joaquim na empresa têm grandes chances de não ser muito longa.
Podemos encontrar situações extremamente complicadas, onde um dos sócios, majoritário ou não, é o patriarca. Pessoa de difícil relacionamento que está ressentida com a perda de poder devido ao crescimento profissional dos filhos.
Como não pode e não quer deixar a sociedade resolve questionar o desempenho de todos que não são seus subordinados enfraquecendo o comando dos filhos , também acionistas .Sempre nas reuniões familiares torna um objeto de contestação .
Um dia, por unanimidade, os filhos resolvem defender um dos funcionários, Antonio, que bem conhecem, dedicado, pronto para qualquer projeto, despertando a ira do patriarca.
No dia seguinte depois de muita relutância e negociação, Antonio é comunicado a fazer as malas e deixar a empresa.

Para Antonio o drama se encerra, vai ao mercado e se recoloca, os que ficaram enfrentarão algumas dificuldades para continuar o trabalho que este fazia com competência
Qualquer contestação é rapidamente rebatida: Ninguém é insubstituível. É verdade, assim como todos os cogumelos são comestíveis. Alguns, uma vez só.
Uma coisa é certa, é impossível ficar com um pé em cada lado, uma hora terão que ser colocados juntos.
Aquele que tiver colocado os pés no céu parabéns, fantástico, trabalhe duro para que assim se mantenha, aquele que ainda não se decidiu, como disse Dante Alighieri na Divina Comédia: “Deixai toda esperança , ó vós que entrais “ , Inferno , Canto III, 9 , portanto reflita bem, a decisão é sua , você é soberano .
Ter uma empresa, sem sócios, não envolver os familiares, é uma alternativa, pode evitar uma série de desentendimentos, mas também é bom lembrar que é como morar sozinho: É sempre sua vez de lavar a louça.



Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
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