sexta-feira, 23 de maio de 2008

Brazil finds more oil near huge offshore field

By THE ASSOCIATED PRESS
Published: May 22, 2008
Filed at 11:24 a.m. ET
RIO DE JANEIRO, Brazil (AP) -- Brazil's state-run oil company has struck oil in ultra-deep waters off the Atlantic coast, near the huge Tupi field it discovered last year, the company said.
Petroleo Brasileiro SA has discovered new deposits of medium-grade crude at a depth of 22,221 feet in the Santos Basin, 155 miles off the coast of the state of Sao Paulo, the company said in a statement late Wednesday.
Petrobras did not specify how much oil had been found, and its offices were closed Thursday for a national holiday.
The discovery lies in a deep-water area near Brazil's Tupi field, which Petrobras in November said could have recoverable reserves of up to 8 billion barrels of oil. Tupi was the largest oil find in the Western Hemisphere since the Cantarell field was tapped in the Gulf of Mexico in 1976.
Petrobras, which recently passed Microsoft Corp. to become the world's sixth-largest company, has a 66 percent stake in the new offshore find, while Royal Dutch Shell PLC holds a 20 percent share and Portuguese oil company Galp Energia holds 14 percent.
The oil has a density of between 25 and 28 degrees on the American Petroleum Institute scale, Petrobras said.

Crise de alimentos é oportunidade para América Latina, diz OEA

EFE
23/05/2008
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, afirmou que a crise alimentícia supõe uma oportunidade para a América Latina, já que a região tem um enorme potencial de produção e importa muito pouco de outros países.
Em um encontro com jornalistas, o chefe da OEA explicou que a América Latina é a região que "menos alimentos importa no mundo", e que por isso poderia "ampliar perfeitamente sua presença no mercado de alimentos".
Insulza declarou que para isso os governos latino-americanos deveriam, além de subsidiar alimentos para populações mais pobres, destinar recursos a estender os terrenos para a produção de alimentos.
O secretário-geral da OEA insistirá no tema em seu discurso de inauguração da 38ª Assembléia Geral da entidade, que ocorrerá de 1º a 3 de junho em Medellín, na Colômbia.
Insulza lembrou que, segundo analistas, mais de 30 países do mundo sofrerão as conseqüências da crise alimentícia em sua estabilidade política. Foi o que ocorreu em abril no Haiti, onde vários distúrbios se deveram a uma grave falta de alimentos.
Os protestos suscitaram uma crise política no país caribenho e custaram o posto do primeiro-ministro Jacques Edouard Alexis.
O titular da OEA expressou seu temor de que "cada organização esteja formulando novamente planos próprios para abordar a crise alimentícia", e exigiu de organismos internacionais que "concentrem as ajudas" e as distribuam por meio de poucas instituições.
Segundo sua opinião, a ajuda humanitária pode ser canalizada por meio de alguma "instituição renomada que se dedique a distribuir alimentos no mundo inteiro".
Outro aspecto que preocupa Insulza são os subsídios do setor agrícola.
"Não resta dúvida. A política agrícola tem um peso maior para a proteção do produtor. É preciso estar um pouco mais do lado dos consumidores, e isso significa eliminar algumas barreiras artificiais impostas pelos seres humanos aos alimentos", completou.
Um tema politicamente delicado é a produção de biocombustíveis em plena crise alimentícia, segundo Insulza.
"No caso da América Latina e dos EUA terá de ser discutido com mais interesse o tema do etanol", em referência à considerável produção dos EUA desse biocombustível a partir do milho.
De acordo com o titular da OEA, produzir etanol a partir de alimentos básicos como o milho "é uma barbaridade".
"O que me parece errado é (...) o discurso geral contra o uso de produtos agrícolas para gerar energia, porque é perfeitamente possível ampliar muito a superfície destinada ao cultivo de cana-de-açúcar. E açúcar não vai faltar nem vai ficar muito caro", comentou.
A crise alimentícia poderia ser alvo de uma resolução na Assembléia Geral da OEA, ainda segundo Insulza.

Ex-secretários da Receita criticam reforma tributária

Agência Câmara

23/05/2008

A proposta de reforma tributária do governo foi criticada nesta terça-feira pelos ex-secretários da Receita Federal Everardo Maciel e Osíris Lopes Filho, em audiência pública da comissão especial que analisa a matéria (PECs 233/08, 31/07 e outras). Everardo argumentou que, embora as alíquotas do novo ICMS possam ser fixadas definitivamente, a reforma permite a variação da base de cálculo, o que, na prática, possibilitaria o aumento da carga tributária.
De acordo com Everardo, que foi secretário durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a unificação do PIS com o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica não muda o quadro atual, pois os dois impostos têm a mesma base de cálculo. Ele também criticou a extinção da Cide - que, em sua avaliação, reduziu a sonegação no setor de combustíveis.
Lei Complementar Everardo Maciel afirmou que boa parte da reforma poderia ser feita por lei complementar e questionou pontos cruciais do texto, como a necessidade ou não de acabar com a guerra fiscal e se existe mesmo simplificação na unificação das 27 leis estaduais do ICMS.
Ele condenou o poder concedido ao Confaz para fixar as alíquotas do novo ICMS. Em resposta, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse que a redação foi retirada de uma proposta aprovada em comissão da Câmara em 2003. Ele afirmou que a guerra fiscal, com a possibilidade de os estados reduzirem o ICMS para atrair investimentos, é nociva, porque gera insegurança entre os investidores.
IVA federal Para Osíris Lopes Filho, que foi secretário da Receita durante o governo do ex-presidente Itamar Franco, a reforma fere a autonomia estadual e acaba com as fontes específicas da Seguridade Social, que são uma conquista da Constituição de 1988. O ex-secretário se disse "espantado" com a falta de reação contra a proposta do governo e alertou que os fundos compensatórios aos estados, previstos no texto, podem não funcionar na prática como aconteceu com a Lei Kandir.
Appy reafirmou que a reforma simplifica o sistema. Segundo ele, hoje há uma diferenciação até por atividade econômica dentro de um mesmo tributo. Appy, no entanto, reconheceu que o novo IVA federal não deve ter alíquota única, mas duas ou três, para que o setor de serviços tenha uma alíquota menor. De acordo com ele, há tendência de redução da carga tributária com o crescimento da economia.
O sistema atual, disse o secretário, não consegue reduzir impostos indiretos e aumentar os diretos sem afetar a distribuição de recursos para estados e municípios. "Com a reforma, isso poderá ser feito, aumentando a progressividade do sistema - quem ganhar mais, pagará mais."
CPMF Appy contestou a afirmação do presidente da Comissão de Direito Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, Antonio Carlos do Amaral, de que a reforma propicia a recriação da CPMF, já que o IVA federal deverá incidir sobre bens, mas o texto não define quais seriam. Appy argumentou que a expressão "operação com bens" existe na legislação européia, na qual não há CPMF, e garantiu que a base do novo imposto será a mesma do PIS e da Cofins.

Lugo pede que Brasil e Paraguai aprovem entrada da Venezuela

Ansa
23/05/2008
O presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, afirmou nesta quinta-feira que seu país e o Brasil "estão em dívida" com a Venezuela, que aguarda a aprovação dos parlamentos destas duas nações para ingressar no bloco do Mercosul. “Estamos em dívida os brasileiros e os paraguaios, são os dois países cujos parlamentos ainda não deram sua aprovação", afirmou Lugo em coletiva de imprensa em Montevidéu, após se reunir com seu futuro colega uruguaio, Tabaré Vázquez, ao final de uma visita de dois dias ao país. O ex-bispo católico, que assumirá a presidência do Paraguai em 15 de agosto, esclareceu que preferiria evitar um pronunciamento oficial, mas se disse "pessoalmente de acordo que o Mercosul deve crescer tanto quanto o aporte destes países nos ajude a todos a crescer de maneira equitativa". Venezuela está em processo de incorporação ao bloco do Mercosul, integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, e os parlamentos de Brasilia e Assunção têm pendentes a aprovação da entrada de Caracas.

Lula Suspends Plan to Start Brazil's Wealth Fund, Folha Reports

By Adriana Arai
May 23 (Bloomberg) -- Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva suspended a plan to start a sovereign wealth fund because he has questions about the use of budget resources to form it, Folha de S. Paulo newspaper reported, without saying how it obtained the information.
Lula asked Finance Minister Guido Mantega to halt the proposal after being advised by economists outside the government that it would make more sense to use the budget resources to pay debt than start a wealth fund, Folha said.
The president is still considering raising the budget surplus before interest payments to pay debt and using international reserves to create the wealth fund, Folha reported.
Officials at the presidential palace weren't immediately available for comment, the press office in Brasilia said when contacted by Bloomberg News today.

Nova descoberta pode elevar Brasil a potência petrolífera, diz WSJ

BBC Brasil
23/05/2008
O jornal americano Wall Street Journal diz em sua edição dexta sexta-feira que a nova descoberta de petróleo na Bacia de Santos, anunciada na quarta-feira, "esquenta especulações" sobre a ascensão do Brasil ao grupo dos grandes exportadores globais e de que o país tem reservas suficientes para "aliviar a pressão sobre os crescentes preços do petróleo".
Segundo a reportagem, "a descoberta é a última em uma série de ações bem sucedidas da empresa, aumentando as esperanças de que o Brasil será a nova grande novidade em petróleo global".
"Com o preço do petróleo batendo novos recordes, grandes descobertas no Brasil iriam aumentar o otimismo da indústria energética de que o país poderia suprir petróleo suficiente para manter o ritmo da crescente demanda", diz o jornal.
"Nas negociações na quinta-feira, na Bolsa de Nova York, o preço do barril caiu US$ 2,36, ou 1,8%, para US$ 130,81 o barril, em parte diante da perspectiva de maior suprimento vindo do Brasil", afirma o Wall Street Journal.
Segundo o jornal, as descobertas seriam especialmente bem-vindas nos Estados Unidos, garantindo uma nova fonte de petróleo em seu hemisfério.
"O foco de atenção é a Bacia de Santos, uma série de campos de petróleo potenciais enterrados sob milhas de águas ocêanicas, terra e uma teimosa camada de sal. A perfuração exploratória em diferentes campos produziu petróleo bastante similar, alimentando uma excitante nova teoria: de que a bacia pode ser um contínuo mega-depósito de petróleo."
O jornal afirma, no entanto, que apesar do otimismo, observadores dizem que há boas razões para ceticismo.
"A exploração e a extração de petróleo em águas super-profundas são uma empreitada cara e arriscada. O sal que fica sobre os potenciais campos soma desafios técnicos porque muda de lugar e é propenso a mudanças bruscas de pressão. E apesar dos avanços na tecnologia de imagens geológicas, é impossível saber a quantidade e a qualidade do petróleo escondido em um depósito até que ele comece a jorrar - um processo que leva anos."
Mas, segundo o WSJ, os investidores não estão esperando para apostar neste potencial.
"A fatia da Petrobras negociada publicamente aumentou tanto este ano que o valor de mercado da companhia ultrapassou o de empresas de nomes conhecidos, como a General Electric e a Microsoft", afirma o jornal.
Segundo a reportagem, só com as reservas já encontradas o Brasil, provavelmente, chegaria ao topo dos exportadores latino-americanos.
"Para um país que começa a abandonar seu passado como país em desenvolvimento volátil, tanta bonança pode ser bom ou ruim. O dinheiro do petróleo vai encher os cofres do governo, mas também pode deixar o Brasil tentado a adotar hábitos esbanjadores de outros grandes exportadores de petróleo", conclui o WSJ.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Clima econômico piora na América Latina e melhora no Brasil

Rodrigo Postigo
21/05/2008
O Índice de Clima Econômico da América Latina recuou para 4,9 pontos em abril, ante 5,2 pontos em janeiro, ficando abaixo da média histórica dos últimos dez anos, de 5,1 pontos, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo divulgada nesta terça-feira. No Brasil, no entanto, houve uma melhora.
O dado ficou abaixo dos 5 pontos pela primeira vez desde o segundo trimestre de 2003. Segundo a FGV, isso "indica que a avaliação do desempenho econômico é considerada ruim".
A deterioração na região acompanha a tendência mundial: o índice global recuou para 4,6 pontos em abril, ante 5,1 pontos em janeiro. Na América Latina, entre os destaques o indicador teve ligeiro aumento no Brasil, Venezuela e Uruguai e caiu na Costa Rica e na Argentina.
No Brasil, o índice subiu para 6,5 pontos em abril, ante 6,4 pontos em janeiro, devido a uma melhora no componente de situação atual - para 7,9 pontos contra 7,5 pontos no começo do ano - e estabilidade no de expectativas - que ficou em 5,1 pontos em abril comparado a 5,2 pontos em janeiro.
No ranking dos países latinos-americanos da pesquisa, o Brasil ocupa o terceiro lugar, comparado à 7ª posição que ocupava no início do índice, em abril de 2007.
"Descobertas do petróleo, ganho do grau de investimento, o crescimento econômico de 2007 são alguns dos fatores que ajudam a explicar esse resultado", afirmou a FGV em nota.

Texto da reforma tributária já tem 183 emendas

Agência Brasil / Daniel Lima

21/05/2008
Até o momento, o texto da proposta de emenda à Constituição da reforma tributária recebeu 183 emendas e o número deve chegar a 200, segundo informou o presidente da Comissão Especial que analisa a matéria, deputado Antonio Palocci (PT-SP).
Palocci lembrou que a proposta de criação de um novo imposto do tipo da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), como chegou a ser acenado ontem (19) por alguns parlamentares, para reforçar o caixa da saúde, poderia ser incluída como emenda no texto da reforma.
“Se houver emenda propondo [a criação de algo semelhante à CPMF], vai ser discutida. Se vai ser aprovada ou não, não sei”.
Para Palocci não é prioridade da reforma tributária criar impostos, e a discussão dentro de proposta de reforma tributaria não é adequada. O deputado concordou, no entanto, que é importante procurar uma fonte de financiamento para a saúde.
“Se é CPMF ou não, não acho fundamental. O que não se pode aprovar é um projeto de despesa sem receita, inclusive a Lei de Responsabilidade Fiscal impede isso”.
Sobre a possibilidade de o governo usar o excesso de arrecadação para financiar a saúde em vez de usar no fundo soberano, Palocci não respondeu. Ele afirmou que é importante observar se existe realmente excesso de arrecadação.
“Acho que o ministro Mantega foi cauteloso ao não dizer se há um excesso de arracadação neste momento e, se houver, ele vai transformar em poupança pública”..
De acordo com o calendário de tramitação da proposta de reforma tributária divulgado pelo relator, deputado Sandro Mabel (PR-GO), o texto deve estar aprovado na Câmara nos dias 16 ou 17 de julho.
O calendário prevê que as audiências públicas internas e externas devem terminar no dia 15 de junho. Nos dias 20 a 27 de junho está prevista a apreciação do relatório na comissão; nos dias 8 ou 9 de julho, votação em primeiro turno no plenário e 15 ou16, a votação em segundo turno.
Palocci participou de audiência pública da Comissão Especial de Reforma Tributária, na Câmara.

DF, RJ e SP são campeões em carga tributária

Financial Web
21/05/2008
Índices estaduais, que relacionam tributos e geração de riqueza local, variam entre 10,6% e 48,4%
A carga tributária brasileira, equivalente a 35,7% do PIB, pode ser decomposta e analisada por companhias que pretendem expandir seus negócios no País. O motivo é que os índices estaduais, que relacionam tributos e geração de riqueza local, variam entre 10,6% e 48,4%. O primeiro no ranking do imposto é o Distrito Federal, seguido por Rio de Janeiro, com 35,9%, e São Paulo, que tem 30,1%. Já a carga mais baixa está no Amapá e a segunda menor em Roraima, com 11,1%.
As informações são das Secretarias do Tesouro Nacional e da Receita Federal e foram divulgadas pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Além do ranking estadual da carga tributária, a apresentação “Justiça Tributária: iniqüidades e desafios”, elaborada pelo presidente do instituto, Márcio Pochmann, traz estatísticas sobre a incidência dos impostos por setor, evoluções tributárias e comparações com outros países.
O índice de desigualdade (Gini), por exemplo, atingiu o patamar de 0,56 em 2006, o mais baixo desde 1960, quando começou um movimento de alta. A partir de então, o índice subiu e atingiu o recorde de 0,64 em 1989. O estudo também mostra que a renda brasileira ainda permanece concentrada. De acordo com o Ipea, a fatia dos 10% mais ricos da população possuam cerca de 75% dos recursos totais do País.

Dívida pública do Tesouro cai 2,8% em abril para R$ 1,318 tri

Rodrigo Postigo
21/05/2008
A dívida pública total do País diminuiu 2,8% em abril, de R$ 1,356 trilhão em março, para R$ 1,318 trilhão, divulgou nesta terça-feira o Tesouro Nacional. Segundo o Tesouro, a dívida pública interna diminuiu 2,5%, ao passar de R$ 1,250 trilhão, em março, para R$ 1,218 trilhão, em abril, em virtude do resgate líquido de R$ 43 bilhões.
Com relação ao estoque da dívida pública externa, houve recuo de 6,25% em relação ao mês de março, encerrando o mês de abril em R$ 99,6 bilhões, sendo R$ 76,5 bilhões referentes à dívida mobiliária e R$ 23,1 bilhões à dívida contratual.
Segundo o Tesouro, esta redução foi conseqüência da valorização do real frente às demais moedas que compõem a dívida externa, bem como do vencimento dos bônus Global 2008 e DM 2008.
A escalada dos juros no mercado futuro em meio à piora do cenário inflacionário contribuiu para a redução e para uma piora do perfil dos vencimentos em abril, afirmou o Tesouro.
A elevação da confiança do investidor estrangeiro no Brasil nos últimos meses, por outro lado, afetou a estratégia do Tesouro de recomprar títulos da sua dívida externa.
O movimento da dívida interna refletiu um resgate líquido de R$ 43 bilhões em papéis da dívida, que compensou parcialmente a apropriação de juros de R$ 11,6 bilhões no mês.
O coordenador-geral da Dívida Pública, Guilherme Pedras, afirmou que, diante da elevação dos juros, o Tesouro optou por reduzir a emissão de títulos ao longo de um mês em que os resgates já tendem a ser elevados diante da concentração de vencimentos.
"Ao longo do mês, as taxas de juros se elevaram e o Tesouro optou por fazer leilões mais conservadores", afirmou Pedras.
As emissões do Tesouro somaram R$ 27 bilhões, com concentração nos papéis atrelados à taxa Selic (47%).
A parcela do estoque dos papéis prefixados, considerados melhores para o gerenciamento da dívida, caiu de 36,26% em março para 34% em abril.
No mesmo período, a participação dos papéis atrelados à Selic sobre o total aumentaram de 36,51 para 38,41% e os corrigidos por índices de preços subiram de 27,39 para 27,63%.
A dívida cambial ficou negativa em 2,17% em abril, ante 2,24% em março.
O estoque da dívida fechou o mês com prazo médio de 41,65 meses, ante 40,26 meses em março.

Más condições de trabalho mancham indústria brasileira, alerta “FT”

BBC Brasil
21/05/2008
As más condições de trabalho para os cortadores de cana e o impacto ambiental das plantações estão "manchando" a indústria brasileira do etanol, segundo análise publicada nesta quarta-feira pelo jornal britânico Financial Times.
O artigo destaca que a maior parte da cana ainda é colhida a mão, com facões, que não mudaram muito desde que foram criados. "Os intervalos para beber água são curtos e a comida é pouca e não-apetitosa", diz o jornal.
"Essas condições provocaram uma série de críticas da União Européia de que o Brasil, o maior exportador mundial de etanol, é um ninho de práticas ruins de trabalho e ligadas ao meio ambiente."
Segundo a análise, as críticas e a tarifa de US$ 0,29 por litro imposta pela União Européia ao etanol brasileiro prejudicam a indústria que o Brasil tenta promover como a alternativa "verde" aos combustíveis fósseis.
Recentemente, o comissário ambiental da EU disse que as cotas de etanol planejadas pelo bloco devem levar em consideração "preocupações sociais e ambientais". Em resposta, o governo brasileiro ameaçou entrar com ação na Organização Mundial do Comércio.
"Os brasileiros afirmam que as críticas sobre as práticas de produção do País são, freqüentemente, uma tentativa mal disfarçada de proteger a indústria doméstica", afirma o FT, citando o ex-presidente do fórum Mercosul-UE, o brasileiro Ingo Plöger, que pergunta: "Quais são as preocupações sociais e ambientais impostas pela UE a atuais fornecedores de energia, como a Nigéria, a Venezuela, o Irã e o Iraque?"
O jornal afirma, no entanto, que o governo brasileiro está disposto a negociar com a UE e, em parte como resultado das críticas, o Estado de São Paulo - que responde por quase 80% da produção nacional - está adotando leis para melhorar as condições e eliminar o corte manual dentro dos próximos quatro anos.
"A mecanização, no entanto, não é bem-vinda pela maioria dos 300 mil trabalhadores da cana, para quem ela representa uma limitação no poder de negociação salarial e perspectivas de desemprego em breve", diz o FT.
Segundo o jornal, esses trabalhadores, normalmente, têm pouca educação e poucas chances de conseguir outros empregos.
O jornal lembra que a decisão também poderá prejudicar os Estados do Maranhão e Piauí, que recebem o dinheiro enviado por trabalhadores sazonais da colheita.
Minimizar o impacto ambiental, outra fonte de críticas internacionais, também é visto com controvérsia, afirma o FT.
Ambientalistas temem que a expansão da cultura da cana "empurre" outras culturas para regiões "sensíveis", mas o governo diz que "está combatendo essas preocupações com medidas como um decreto proibindo a plantação em áreas da Amazônia e no Pantanal".
"Ainda há bastante espaço para a expansão", afirma o jornal. "O Brasil tem cerca de 7 milhões de hectares de terra com cana plantada, dos quais 3 milhões são usados para o etanol, em comparação com 200 milhões de hectares de pasto, cerca de 21 milhões de hectares de soja e 14 milhões de hectares de milho."
Mas apesar de a cultura da cana ter tido pouco impacto ambiental até agora no Brasil, o jornal afirma que a comunidade internacional está esperando para ver o quão bem sucedido será o governo nos esforços para impedir que a produção cause danos ecológicos.

Brazil IPOs Canceled as Prices Top Profits While Bovespa Gains

By Michael Patterson and Paulo Winterstein
May 21 (Bloomberg) -- Brazil, the world's best-performing equity market, has more companies canceling initial public offerings than any nation except the U.S. after 66 percent of last year's new stocks were money-losers.
Norse Energy do Brasil SA, Banco Fibra SA and 17 other companies in Latin America's biggest economy postponed or withdrew IPOs in 2008, according to data compiled by Bloomberg. So far this year, three Brazilian companies went public, raising 780 million reais ($473 million), compared with 59 that sold 53.2 billion reais of new equity in 2007.
Investors abandoned the IPO market even as the Bovespa index rose 15 percent after most of last year's issues fell below their offer price. Brazilian companies that went public in 2007 after reporting a profit the year before sold shares at a median price- to-earnings ratio of 40.6 times, Bloomberg data show. That compares with 22.4 in China and 16.9 in India, where the economies are growing about twice as fast as Brazil.
``It was very clear that the market was probably overshooting,'' Roberto Egydio Setubal, chief executive officer of Banco Itau Holding Financeira SA, Brazil's second-largest non- government bank, said in an interview in Sao Paulo. ``This year probably will be more selective.''
The pace of IPOs typically rises when shares rally. In the U.S. where the Standard & Poor's 500 Index is down 3.7 percent this year, 40 sales have been canceled. Elsewhere in the world the total is 58.
Bovespa Record
``When you're in a bull market, you get a lot of IPOs overpriced,'' said Mark Mobius, who oversees about $47 billion in emerging-market equities as the executive chairman of Singapore- based Templeton Asset Management Ltd. ``It's not only true of Brazil, it's true of other markets.''
The 66-stock Bovespa index climbed more than six-fold since the end of 2002 as rising demand for Brazil's sugar, steel and oil boosted profits at commodities producers and falling interest rates spurred faster economic growth. S&P awarded the country an investment grade credit rating for the first time last month.
The Bovespa rallied to a record yesterday and outperformed the 20 biggest equity markets this year amid a global retreat in share prices sparked by the collapse of the subprime-mortgage market. Benchmark indexes in China and India lost more than 15 percent.
Below IPO
Industries that accounted for most of Brazil's IPOs last year -- banking, real-estate and consumer products -- are underperforming the Bovespa after the central bank raised interest rates last month for the first time in three years to cool inflation.
Iguatemi Empresa de Shopping Centers SA, a Sao Paulo-based operator of malls that sold shares last February for 42 times 2006 earnings, is trading 18 percent below its initial offering price. Bolsa de Mercadorias & Futuros-BM&F SA, the derivatives exchange that merged with Bovespa Holding SA, dropped 8 percent since the Sao Paulo-based company sold shares in November for 100 times profit. Acucar Guarani SA, a sugar processor also based in Sao Paulo, retreated 26 percent since its offering in July for 52.7 times earnings.
The prospect for higher interest rates and weaker consumer spending suggests profit forecasts are overstated, said Nick Field, who helps oversee $27 billion in emerging market equities, including about $9 billion in Brazilian stocks, at London-based Schroders Plc.
The central bank may increase its overnight rate target to 13.75 percent this year from 11.75 percent to curb the fastest rise in consumer prices since 2006, Sao Paulo-based Itau said this week.
`Massive Future Growth'
``In a world where you have more inflation concern and rising interest-rates, where there's more earnings uncertainties and macro uncertainties, people are less willing to pay for massive future growth and rather want growth now,'' Field said.
About 252 companies sold shares valued at $55.5 billion through IPOs worldwide this year, according to Bloomberg data. That's down from 478 deals and $85.1 billion during the same period in 2007, a record year for initial sales.
Norse, a Rio de Janeiro-based oil and gas explorer that canceled its sale last month, said it wants to gauge investor demand for other IPOs before reviving the offering. Norse planned to sell 23 million shares for about 18 reais each, or about 383 times reported profit for 2006, according to data compiled by Bloomberg.
``We're not urgently in need of funding so we can buy ourselves a little more time,'' said Anders Kapstad, chief financial officer of Norse Energy's Oslo-based parent Norse Energy Corp. ASA.
`Doesn't Make Sense'
Banco Fibra, a Sao Paulo-based commercial lender, withdrew its offering this month after the U.S. subprime mortgage-market's collapse sent financial shares tumbling worldwide. The MSCI World Financials Index has declined about 15 percent since Banco Fibra filed its IPO prospectus in August with the nation's securities regulator. Cassio Von Gal, the firm's finance chief, said Banco Fibra may pursue a private share sale instead.
``All bank stocks are down,'' Von Gal said in a May 14 interview. ``It doesn't make sense to enter the market now.''
Importacao Exportacao e Industria de Oleos SA, an Araucaria- Brazil-based soybean oil producer, postponed its IPO in March. Luiz Antonio Cavet, chief financial officer of the family-owned firm, said ``cautious'' investors prompted Imcopa to wait until markets improve.
The company is selling debt to finance operations and plans to offer shares ``when the moment is favorable,'' Cavet said.

Brazil stocks fall from record, currency slides

Tue May 20, 2008 10:51am EDT
SAO PAULO, May 20 (Reuters) - Brazil's stock market fell from a record high and the country's currency weakened early on Tuesday, pushed down by fresh fears about inflation at home and abroad.
The Bovespa index .BVSP of the Sao Paulo stock exchange was down 1.1 percent at 72,631.38 points after closing at a record in the last three sessions. Mining and steel sector shares led the index lower, slumping as investors took profits from a recent run-up.
Brazil's real currency BRBY slipped 0.48 percent to 1.658 per U.S. dollar, weakening for the second straight session after closing on Friday at its strongest level since January 1999. The real, which rallied 20 percent in 2007, has already gained more than 7 percent this year.
Brazilian markets fell in tandem with exchanges overseas, weighed down by concerns about inflation. A report showing that core producer prices in the United States rose in April added to concerns about inflation.
Two separate price indexes released on Tuesday also stirred concerns about inflation in Brazil, where the central bank recently raised rates to keep prices in check.
The so-called FIPE index, which tracks consumer prices in Sao Paulo, surged 0.89 percent in the monthlong period through May 15, and the wholesale-heavy IGP-M index soared 1.54 percent in the 30 days through May 10.
The worse-than-expected inflation data sent interest-rate futures <0#dij:> higher on the BM&F commodities and futures exchange in Sao Paulo, reflecting the growing consensus that Brazil's central bank will raise its benchmark lending rate again in June.
"Inflation won't let up in the short term," said Flavio Serrano, an economist at BES Investimento in Sao Paulo. "That's having an impact on the interest-rate futures market."
At the stock exchange, mining giant Vale (VALE5.SA: Quote, Profile, Research) led the Bovespa index lower. Vale, the second heaviest weighted stock in the index, slumped 1.87 percent to 57.60 reais.
Steel-sector shares also weighed on the index, with Usiminas (USIM5.SA: Quote, Profile, Research) falling 2.75 percent to 92.00 reais and CSN (CSNA3.SA: Quote, Profile, Research) tumbling 1.75 percent to 82.89 reais. Steel shares surged in the previous two sessions, buoyed by expectations that global demand for steel products will remain strong.
Aircraft manufacturer Embraer (EMBR3.SA: Quote, Profile, Research) was down 0.29 percent at 17.26 reais, in line with the broader market, despite news that the company had received three orders for executive jets. (Reporting by Todd Benson and Vanessa Stelzer)

segunda-feira, 19 de maio de 2008

As empresas procuram contratar líderes ou comandantes?

Ivan Postigo

Analisando as definições das palavras líder e comandante chegamos a crer que ambas têm praticamente o mesmo significado e o seu uso, efetivamente, nos deixa confusos.
Vejamos seus significados:
Líder – Guia, chefe.
Liderar – Dirigir na condição de líder
Comandante – Aquele que tem um comando
Comando – Posto, autoridade, direção, liderança.
Comandar – Exercer comando
Você já observou que algumas vezes damos à palavra líder o significado de algo natural e outras de algo delegado?
Inúmeras vezes li e ouvi a expressão: Ele tem uma liderança natural!
Na realidade, quando tratamos de liderança, normalmente, estamos falando de pessoas que de uma forma única exerce influência sobre um grupo de pessoas, levando-as a tomar determinadas atitudes.
Poderíamos criar uma imagem para mostrar a diferença entre esses dois conceitos onde o líder segue a frente da massa, sendo por esta seguido. O comandante, atrás da massa os empurrando.
Bom, poderia surgir a seguinte questão: Quem comanda não lidera? Nesse conceito.......
Quem lidera pode comandar, quem comanda não necessariamente lidera.
Parecia que os conceitos ficariam claros, mas agora sim complicou, não?
Para comandar é necessário que a essa pessoa um posto seja dedicado. Esse posto deve investi-lo de autoridade e uma direção ou rumo devem ser estabelecidos. Para liderar isso não é necessário.
A liderança é exercida pelo fascínio gerado por uma idéia ou pelo magnetismo de uma pessoa.
Poderíamos encontrar um líder que não se sentisse bem cercado de pessoas?
Quando o modo de agir é que gera atração é mais difícil, contudo quando esse fato se dá com conceitos, por ele desenvolvidos, é perfeitamente normal.
Isso é facilmente observável? Não, todo conceito é contestável e contestado, portanto o líder ao defendê-lo, normalmente veementemente, dificulta a separação da atração pelo conceito ou pelo homem.
Os vilões são grandes exemplos disso. Os desenhos animados mostram muitas dessas facetas. As atitudes são reprovadas, mas seu magnetismo pessoal os torna atraentes! Tarantino, no cinema, é mestre nessa arte.
Note que o vilão é seguido por um grupo de personagens, o herói se vê sozinho, muitas vezes consegue ajuda convocando e apelando para nobres sentimentos.
Tomando o exemplo do herói, se eu me apropriar de uma idéia posso liderar já que esta exerce fascínio sobre as pessoas?
Não, você poderá comandá-las, tendo um conceito como direção.
Nas nossas empresas procuramos pessoas que mudem o status quo, que nos mostrem novos caminhos, ou que sejam capazes de garantir a execução de planos, previamente elaborados, muitas vezes sem a sua participação?
Estamos dispostos a aceitar conceitos que confrontem a ordem ou desordem instalados? Novas idéias, mesmo que não gerem mudanças radicais, são facilmente debatidas, mesmo que não aceitas?
Acordamos, sem resistências, debater um mesmo assunto, mais de uma vez, já que a pessoa recém-chegada insiste, por considerá-lo importante?

O anúncio, em muitos casos, não deveria ser: “Procura-se profissional tecnicamente atualizado, capaz de comandar equipes, levando-as a realizar trabalhos previamente estabelecidos, gostem ou não, sem contestação, própria ou do grupo?”.
Ao analisar muitas invenções e métodos de trabalho bem sucedidos em algumas organizações, observaremos que estes estiveram à disposição de outras e foram recusadas sem uma análise mais cuidadosa, levando seus criadores a buscarem locais mais férteis para sua liderança.
Pensei, pensei, não sei!
Liderar...comandar ...é a mesma coisa?
Hum, ... as empresas procuram contratar líderes ou comandantes?


Ivan Postigo
Economista, Contador , Pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Tel./fax (11) 4526 1197
Tel. (11) 9645 4652
Ipostigo@terra.com.br

Socorro! Onde estão os clientes?

Ivan Postigo

-Faça um pouco de silêncio! Consegue ouvir?
-Sim, são incontáveis empresas em busca desse personagem, o cliente.
-Durante décadas parecia fácil encontrá-los. “Secos e molhados”, ali estava um cliente. A loja da dona Nena, a farmácia do Zé, a padaria do Pepe, a livraria do Inácio, o açougue do Zuca, o barracão de cebolas Paco, o depósito de laranjas do Aristides...
-Sabe que o impressiona? Poucos tinham placas ou qualquer letreiro.Todos eram conhecidos.
-Os estabelecimentos?
-Sim e os “donos” também!
-Propaganda, comercial?
-Que nada! Não havia dinheiro nem costume de fazer reclames.-Ah, assim era chamado na época esse recurso de divulgação.
Bairros eram poucos, na verdade a gente dividia a cidade em além linha e além ponte. Você morava depois da linha do trem ou depois da ponte. Era mais difícil lembrar o nome dos locais do que dos estabelecimentos.
As ruas e bairros tinham nomes, mas a gente os conhecia mais pelos apelidos ou nomes antigos, assim como as pessoas.
Não, não era uma enorme falta de respeito, não! Era uma enorme intimidade.
Eu não dizia moro na vila Hortência, a grafia está correta, já explico, e sim na rua dos morros.
A palavra assim se manteve por ser a única colônia espanhola no Brasil-- pelo menos nunca encontrei outra.
As ruas têm nomes como Granada, Catalunha, Madri, Sevilha, e por ai vai.
Tinha o teatro Alhambra, a língua do local era portunhol, as abuelas se quedavam , ops, ficavam com seus vestidos negros nas portas tomando uma fresca e falando da vida de todo mundo, nos fins de tarde.
Isso acontecia no além ponte, agora do outro lado da cidade no além linha, esse grupo já fora considerado cigano pelos costumes, pelas festas e, penso, pela barulheira que faziam!
Fosse você neto de espanhóis ou tivesse assistido a uma conversa de meus avós com os vizinhos saberia do que estou falando. Eu era um niño – menino -- agitado, então as vezes virava assunto, Diós!
-Tá, mas cadê os clientes, na lista ai em cima só tem meia dúzia? Você pode me perguntar.
-Espalhados, concentrados, ora!
Quando decidíamos fazer o churrasco comprávamos a carne no açougue, o refrigerante na “venda”, o carvão na carvoaria, hoje está tudo diferente. Você compra tudo no açougue se quiser, pois ele tem uma mercearia dentro. Pode ser na mercearia, que tem um açougue dentro.
Como diria meu irmão caçula:
-Perto de minha casa tinha um “secos e molhados”, depois colocaram um açougue dentro, mais tarde uma loja de louças, outra de brinquedos e assim foram colocando e colocando e colocando coisas dentro. Um homem com bastante dinheiro comprou aquilo tudo e hoje chamam de hipermercado.
-É inevitável que você me pergunte onde foram parar as outras lojas que vendiam aquilo tudo, certo?
-Algumas fecharam, outras abriram e várias colocaram coisas dentro! O fato é que já não sei como chamá-las hoje, a livraria não é mais apenas a livraria, a farmácia vende até brinquedos.
-Quem bom, você se tornou um vendedor e está em busca de clientes! Eu vendo idéias, soluções, posso sim ajudá-lo na prospecção.
-Claro , posso sim ir com você ao mercado, mas antes quero que você entenda uma coisa: Os potenciais compradores estão onde você quiser. Sendo o seu produto interessante, proporcionando o retorno esperado, você poderá colocá-los a venda em qualquer lugar. Seu futuro cliente só tem que fazer alguns ajustes no layout e colocar mais um produto junto com os que já têm!
-Sim, claro, está bem mais fácil encontrar clientes agora! Como diria o filho caçula do seo Salvador – não por coincidência meu irmão- é só convence-lo a colocar coisas dentro da loja!

Ivan Postigo
Economista, Contador , Pós-graduado em controladoria pela USP
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Bush vai vetar ampliação de prazo para tarifa ao etanol

Congresso dos EUA aprovou medida na quarta-feira
G1 / Gustavo Porto
19/05/2008
O subsecretário do Serviço Agrícola Internacional do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), Mark Keenum, afirmou ontem que o presidente George W. Bush vetará pontos da Lei Agrícola (Farm Bill), aprovada quarta-feira. Entre eles, o artigo que amplia em dois anos a manutenção da tarifa de US$ 0,54 por galão sobre o etanol brasileiro.
No entanto, Keenum acredita que dificilmente o veto à prorrogação do prazo de 2009 para 2011 será mantido quando a Farm Bill voltar ao Congresso. "A lei foi aprovada por uma ampla maioria na Câmara e no Senado e será difícil que um veto do presidente seja mantido", avisou Keenum, que visitou ontem a Usina São Francisco, em Sertãozinho, no interior de São Paulo. Ele também conheceu fazendas de produção de cana-de-açúcar do Grupo Balbo, em Jaboticabal. Keenum defendeu a produção de etanol de milho pelos Estados Unidos e rebateu as críticas mundiais em relação ao uso do cereal para a produção do combustível.
Segundo ele, a produção americana para consumo humano e para exportação é suficiente para abastecer a demanda e nunca foi tão grande. "Mesmo com o uso para o etanol, a produção de milho como alimento e para a exportação é a maior dos últimos dez anos e suficiente para abastecer o consumo", explicou o subsecretário do USDA. "A crise mundial e a inflação de alimentos ocorreu pela redução de estoques e de produção e após o aumento da demanda em países como Índia e China."
Na visita, Keenum assistiu a uma palestra sobre a produção de cana, açúcar e álcool orgânicos na Usina São Francisco, o maior projeto do mundo desse tipo de agricultura. Visitou, ainda, a unidade de controle biológico da broca da cana e a colheita mecanizada da cultura. "Fiquei realmente impressionado com a tecnologia utilizada aqui", afirmou.

Brazil, Peru Sign Agreement for Hydropower Plant, Efe Reports

By Joao Lima
May 19 (Bloomberg) -- Brazil and Peru signed an agreement on the construction of a hydropower plant in Peru, newswire Efe reported, citing Brazilian Energy Minister Edison Lobao.
The 3,400-megawatt plant will ``very probably'' start to be built next year by a Brazilian company affiliated with Centrais Eletricas Brasileiras SA, Brazil's state-controlled electricity utility, and by a Peruvian company, Lobao said, according to Efe.
Brazil and Peru also signed an agreement for the construction of another 14 hydropower plants in Peru, which will generate electricity for export to Brazil, Efe said.

Brazil stocks surge, real gains to Jan 1999 high

Fri May 16, 2008 5:07pm EDT
(Updates to close)
By Elzio Barreto
SAO PAULO, Brazil, May 16 (Reuters) - Brazil stocks surged to a record on Friday as mining company Vale, local steelmakers and state-controlled Petrobras took a boost from a commodity rally, while the national currency gained to its strongest level since January 1999.
The Bovespa index .BVSP of the Sao Paulo stock exchange jumped 1.78 percent to 72,766.93 points, passing a previous record set on Thursday. The index has gained nearly 14 percent in 2008 and broken successive records as investors bet a booming economic expansion in Brazil will boost corporate profits.
Steelmakers Usiminas, Gerdau and CSN were among the biggest gainers on Friday, surging more than 2 percent after the local industry association raised its sales forecast for the year.
The Brazilian real BRBY strengthened 0.79 percent to 1.642 per U.S. dollar, its highest level since closing at 1.58 on Jan. 20, 1999 less than a week after the government let it float freely against the dollar.
Brazil, which had a controlled foreign exchange rate regime for years, let the real trade freely against the dollar on Jan. 15.
The currency, which rallied 20 percent last year, has gained 8.22 percent in 2008. It may rally further, toward 1.6 per dollar as investors buy local securities ahead of an expected credit upgrade by Fitch Ratings, said Joao Medeiros, a partner at Brazil's biggest interbank currency brokerage Pioneer. Dollar inflows from exporters and foreign stock investors have also been strong, he said.
"I see nothing but upward pressure on the real. All you see are dollar inflows," said Medeiros. "Exporters have been selling an amazing volume of dollars. Inflows into stocks continue to charge ahead also."
Interest-rate futures <0#dij:> on the BM&F commodities and futures exchange fell the second day in a row on expectations that the government may extend tax breaks to key foodstuffs to curb resurgent inflation.
At the stock exchange, steel shares rallied after the local industry association raised its sales growth forecast for the year to more than 13 percent from 10.7 percent, citing red-hot domestic demand for automobiles and appliances.
Gerdau (GGBR4.SA: Quote, Profile, Research), Brazil's biggest producer of long-rolled steel, jumped 5.07 percent to 80.04 reais. Usiminas (USIM5.SA: Quote, Profile, Research) climbed 4.13 percent to 93.2 reais and CSN (CSNA3.SA: Quote, Profile, Research) rose 2.59 percent to 83.3 reais.
Mining giant Vale (VALE5.SA: Quote, Profile, Research), the second most heavily weighted stock in the index, rose 3.13 percent to 58.62 reais, benefiting from a surge in copper and other industrial metals.
State-run energy company Petrobras (PETR4.SA: Quote, Profile, Research), the heaviest weighted stock in the Bovespa index, also helped to buoy the market. Its shares rose 2.21 percent to 48.15 reais after world oil prices extended a record-setting streak near $127 a barrel.
The jump in oil prices weighed on airline shares, with TAM Linhas Aereas (TAMM4.SA: Quote, Profile, Research) falling 3.3 percent to 36.60 reais and Gol Linhas Aereas (GOLL4.SA: Quote, Profile, Research) sliding 1.67 percent to 27.14 reais.

Brasil lançará ofensiva a favor dos biocombustíveis

Rodrigo Postigo
19/05/2008
O assessor especial da presidência da República, Marco Aurélio Garcia, afirmou nesta sexta-feira que o governo brasileiro lançará uma "ofensiva" internacional para obter apoio à produção dos biocombustíveis.
"Vamos continuar na nossa política. Estamos obtendo cada vez mais adesões e vamos fazer uma ofensiva publicitária internacional para esclarecer isso", afirmou Garcia que participa em Lima, no Peru, da 5ª Cúpula América Latina, Caribe e União Européia, onde um dos temas em discussão é a energia.
Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está convencido de que os biocombustíveis são a melhor alternativa para a preservação ambiental. "Cada um saberá dizer se os biocombustíveis servem para seu país ou não. Para o Brasil, serve", disse.
Garcia reforçou a declaração dada por Lula na noite de ontem, ao chegar a Lima, de que as empresas petrolíferas não têm interesse na expansão do uso dos biocombustíveis.
O assessor especial da presidência também comentou a notícia de que o FBI, a agência federal de investigações dos Estados Unidos, afirmou serem verdadeiras as informações encontradas no computador do líder assassinado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes, que liga o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, à guerrilha colombiana.
"A única informação que tive é que se uma pessoa ficar lendo cem páginas por dia vai levar anos para constatar tudo que está ali. Não é uma coisa sobre a qual temos possibilidade de qualquer reação no momento atual", avaliou Garcia.
Questionado se o presidente Lula continua sendo o principal garoto-propaganda dos biocombustíveis, Marco Aurélio Garcia respondeu: "Não sei se é principal garoto-propaganda e, se há alguma tendência depreciativa nessa expressão, digo que para nós não tem esse significado".

Brasil e Peru construirão hidrelétrica bilateral em solo peruano

Efe
19/05/2008
Brasil e Peru assinaram um acordo de intenções para a construção de uma hidrelétrica conjunta em solo peruano, informou neste domingo o ministro Edison Lobão (Minas e Energia).
A central começará a ser construída no ano que vem por uma empresa brasileira filiada à Eletrobrás e uma companhia peruana, afirmou Lobão durante a abertura do Fórum Global de Energias Renováveis, em Foz do Iguaçu (Paraná).
A capacidade da usina é estimada em 3.400 megawatts por hora.
Os dois países também assinaram no sábado um entendimento para a construção de outras 14 hidrelétricas em território peruano, cuja energia será integralmente importada pelo Brasil, já que o "Peru não precisa dela", segundo o ministro.
O acordo foi assinado no sábado passado durante a visita oficial realizada a Lima pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aproveitou a 5ª Cúpula América Latina-Caribe-União Européia (EU-LAC, em inglês).
Lula e seu colega peruano, Alan García, também assinaram um memorando de entendimento para construir no país andino o maior projeto petroquímico do litoral oeste da América, que terá um investimento de US$ 3 bilhões.

Brasil avança em competitividade

Levantamento com 55 nações mostra o País na 43.ª posição, seis acima da colocação obtida em 2007
O Estado de São Paulo / Jamil Chade e José Henrique Lopes
19/05/2008
Resistindo à turbulência que tomou conta do mercado internacional recentemente, o Brasil reverteu uma tendência de queda, verificada nos três últimos anos, e recuperou posições nos rankings de competitividade.
De acordo com o Anuário de Competitividade Mundial (WCY, na sigla em inglês) de 2008, produzido pelo Instituto IMD com o apoio da Fundação Dom Cabral, o Brasil subiu seis posições e alcançou a 43ª posição no ranking dos países mais competitivos do planeta. A lista conta com 55 nações.
O anuário é uma ferramenta que mede a capacidade que um país tem de oferecer às empresas um ambiente saudável de concorrência e crescimento. Para a elaboração do ranking, são levados em conta 323 indicadores. Metade deles são estatísticos e dizem respeito a índices como crescimento da economia, controle inflacionário e nível de emprego. Os outros 50% são qualitativos, calculados com base em entrevistas realizadas com empresários de cada país.
A ascensão brasileira é destacada pelo IMD, considerado a melhor escola de administração do mundo. Segundo o professor Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, isso se deve sobretudo a fatores conjunturais, já que o Brasil conseguiu melhorar tanto em seus indicadores como na avaliação do empresariado. Internamente, o País alcançou a estabilidade econômica, conquistando a confiança e despertando o otimismo dos empresários. Na relação com o mercado internacional, soube tirar proveito de alguns fatores que lhe favoreciam, como a desvalorização do dólar, para importar mais e investir em sua capacidade produtiva, por exemplo.
Entre os fatores positivos, Stephane Garelli, professor do IMD e responsável pelo estudo, aponta a redução do déficit público e a volta dos investimentos. O IMD ainda destaca a emergência do mercado doméstico nacional. “Isso fará com que o Brasil passe a não depender inteiramente de suas exportações para se desenvolver”, diz. Mas, segundo o instituto, a resistência da economia brasileira à turbulência internacional tem sido a verdadeira “ prova de fogo” para o País.
No ranking das economias que mais resistem à turbulência, o Brasil ocupa a 9ª posição. “A resistência está sendo a prova de que a economia está sólida e de que há uma confiança dentro do País na superação das dificuldades”, afirma Garelli.
Tudo isso faz com que o setor privado brasileiro seja hoje o 29º mais competitivo do mundo, à frente de nações como França, Espanha e China. “O Brasil tem bons administradores e está aberto ao mundo. Isso faz com que o setor privado esteja mais acostumado a confrontar pressões internacionais e se adequar às novas situações”, explica o especialista.

Bolivia Expects Oil, Gas Tax Revenue to Rise 30 Percent in 2008

By Alex Emery
May 17 (Bloomberg) -- Bolivia's oil and gas tax revenue is set to rise 30 percent this year as the Andean country takes over refineries and storage installations, President Evo Morales said today.
Oil and gas revenue will rise to about $2.5 billion from $1.93 billion in 2007, Morales said, after the government on May 1 seized a majority stake in four energy companies -- Spain's Repsol YPF SA, the U.K.'s BP Plc and Ashmore Group, and Germany's Oiltanking GmbH.
Morales, who took over refineries owned by Petroleo Brasileiro SA and Swiss trader Glencore International AG last year, has pledged to take greater control of the country's natural resources to keep energy and mining revenue in the country.
``If it wasn't for nationalization, we would still be receiving $300 million a year like we did in 2005,'' Morales told reporters in Lima. ``We won't negotiate the looting of our natural resources.''

Bolívia ameaça estatizar exploração de gás

BBC Brasil / Marcia Carmo
19/05/2008
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que o Ministério de Hidrocarbonetos dará um "ultimato", em forma de um decreto, às empresas petroleiras para que realizem investimentos nos campos de exploração de petróleo e de gás, ou estas atividades voltarão às mãos da estatal Yacimentos Petrolíferos Fiscais Bolivianos (YPFB).
A informação foi publicada no domingo na Agência Boliviana de Informação (ABI), do governo. "Se num prazo determinado (as petroleiras) não investirem, vamos recuperar essas áreas para que a Yacimentos realize investimentos, mesmo que seja através de créditos. Não vamos esperar a boa vontade das empresas", disse Morales, num discurso na localidade de Punata, a 58 km da cidade de Cochabamba.
O presidente afirmou ainda que, depois da nacionalização das petroleiras, no dia 1º de maio de 2006, as empresas se comprometeram a investir para ampliar a produção no país. Por isso, disse o líder boliviano, estas empresas devem investir e "cumprir com os acordos assinados". O presidente não citou nome de empresas e acusou a Câmara de Hidrocarbonetos da Bolívia, que reúne as petroleiras, de "sabotar os investimentos".

sexta-feira, 16 de maio de 2008

O inferno de um deus

Ivan Postigo

Nós queremos todas as bênçãos do céu, do Olimpo, mas de uma forma que não interfira nas nossas ações. A questão é como isso pode ser possível?
Ser independente, saber tudo que se passa, e ainda, ver tudo acontecer da forma como gostaríamos.
Três palavras definiriam esse conjunto de poderes ou capacidades:
Onisciência: Poder ou capacidade de saber tudo;
Onipresença: Poder ou capacidade de estar em todo lugar;
Onipotência: Poder absoluto sobre todas as coisas.
Para isso, grosso modo, eu teria que criar o meu mundo, com as minhas regras, dentro da minha visão, com a missão que eu determinasse. Como levar esse empreendimento adiante?
Empreender......, empresa........ é isso!
Com esse pensamento constitui uma empresa, pequena, que se tornou média, estando presente o tempo todo. É verdade, trabalhava 16 horas por dia ou mais, mas no começo é sempre assim.
As pessoas que trabalhavam comigo, eram poucas, escolhidas por mim, me informavam tudo o tempo todo. Tudo eu sabia.
Regras? Eu as tinha estabelecido. O que fazer, quando fazer, como fazer, era simples, todos seguiam minhas determinações.
Ao menor desvio, as pessoas, mesmo em tom de brincadeira, não tinham dúvidas, diziam: procure deus, ele irá ajudá-lo. E eu os ajudava!
Os produtos que fazíamos sofriam uma pequena concorrência, era uma novidade, então rapidamente demos um grande salto, entramos em novos mercados com novos produtos.
Já não consigo contratar pessoalmente cada funcionário, nem conversar com todos. Aliás, muitos nem conheço. Não consigo admitir isso no meu mundo!
Todos os dias acontecem coisas a minha volta e não sou informado! Antes bastava ir ao local do café e obtinha todas as informações, hoje temos mais de 50 pontos por toda a empresa.
Continuo trabalhando mais de 16 horas por dia e mal consigo sair de minha sala, tenho uma agenda enorme de compromissos a cumprir. Todos praticamente têm a ver com situações além dos muros de minha empresa.
Vejo portas fechadas, grupos de pessoas tomando decisões das quais sequer sou comunicado. Não consigo admitir isso no meu mundo!
Muitas regras que determino são contestadas e sugestões me são enviadas. Não consigo admitir isso no meu mundo!
Estamos crescendo, ganhando dinheiro, mas sinto que o meu mundo me foge às mãos.
Dia desses fui a uma palestra onde muito se falou sobre delegação como forma de se manter a qualidade da gestão empresarial.
Ao delegar entendi que devo encontrar uma pessoa com conhecimentos técnicos, capacidade de liderança, disposição para assumir riscos e investi-la de poder para decidir sobre determinadas situações. Ah, no meu mundo, não!
Os problemas cada dia são maiores, perdemos alguns clientes, mais isso é passageiro...
Assim que eu encontrar uma forma de escrever procedimentos para que cada funcionário faça exatamente aquilo que quero, e que voltem a me informar sobre tudo o que acontece, as coisas voltarão a ficar bem. O processo de condução é o mesmo, quem fazia com 30 pode fazer com 1.500 pessoas.
É só encontrar uma forma. As coisas do meu jeito sempre deram melhores resultados.
Intromissão? No meu mundo não!



Ivan Postigo
Economista, Contador , Pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
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Venda de PCs no País cresceu 25% no 1º trimestre

Agência Estado / Milton F. Da Rocha Filho
16/05/2008
O mercado brasileiro de computadores pessoais (PCs) negociou 2,5 milhões de novas unidades no primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 25,6% sobre o mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte de um estudo contratado pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) junto à consultoria IT Data. A previsão é de que o setor termine o ano com um crescimento de 17% sobre o ano passado.
O estudo da entidade aponta que as vendas de PCs atingirão 11,7 milhões de unidades em 2008. Tanto o segmento doméstico, principalmente as classes B e C, que ainda estão adquirindo o seu primeiro PC, quanto o mercado corporativo, que deverá renovar sua base instalada, apresentarão um bom desempenho em 2008, explicou o presidente da Abinee, Humberto Barbato.
A associação estima ainda que o mercado de desktops (computadores de mesa) cairá 2% este ano, enquanto que o de notebooks (computadores portáteis) crescerá 98%. Dados do Ministério do Trabalho indicam que nos primeiros três meses deste ano foram criados mais de 550 mil postos de trabalho com carteira assinada. E, a cada 2,7 empregos gerados, as empresas adquirem um PC, segundo a IT Data.
O estudo do mercado de PCs mostra que as vendas de desktops alcançaram 1,8 milhão de unidades no primeiro trimestre, o que representa um crescimento de 5,8% sobre o primeiro trimestre de 2007. Comprovando a tendência de migração, o mercado de notebooks alcançou 664 mil unidades de janeiro a março, 165% superior ao mesmo período de 2007, passando a representar 26% do mercado de PCs. A estimativa da Abinee para 2008 é que, até o final do ano, este porcentual atingirá 32,4%.
A participação do mercado ilegal de desktops cresceu de 29%, no quarto trimestre de 2007, para 32%, no primeiro trimestre do ano. Para o presidente da Abinee, a greve dos auditores da Receita Federal favoreceu este crescimento, em razão da retenção de componentes oficiais nas alfândegas. Já o mercado ilegal de notebooks apresentou redução de 37%, no quarto trimestre de 2007, para 34%, nos primeiros três meses do ano.

Brasil e Venezuela acertam construção de siderúrgica no território venezuelano

France Presse
16/05/2008
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, firmou nesta quinta-feira (15) uma carta de intenções com o grupo brasileiro Andrade Gutiérrez para a construção de uma siderúrgica no estado de Bolívar, no sudeste venezuelano.
O acordo se refere ao desenvolvimento de um complexo siderúrgico com a participação do grupo brasileiro e da recém-nacionalizada companhia Ternium-Sidor, para produzir bobinas laminadas a quente e chapas grossas para a indústria venezuelana.
O investimento total é estimado em 4 bilhões de dólares, cabendo à Andrade Gutiérrez cerca de 1,5 bilhão.
O início das operações da siderúrgica, que terá uma capacidade instalada anual de 1.550 toneladas de aço, está previsto para o quarto trimestre de 2011.
No Brasil, a indústria siderúrgica anunciou nesta quinta-feira que a capacidade instalada do setor poderá dobrar até 2015, acompanhando o ritmo crescente do consumo interno, que crescerá em proporção semelhante nesse tempo.
A estimativa divulgada nesta quinta-feira pelo IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia) prevê que o parque produtivo tem possibilidades de chegar a 80,6 milhões de toneladas na metade da próxima década. Atualmente, tal capacidade é de 41 milhões de toneladas.

Etanol atrai líderes europeus para Brasil, diz jornal

BBC Brasil
16/05/2008

Em sua edição desta sexta-feira, o diário argentino Página/12 destaca a vista de quatro premiês europeus ao Brasil, a caminho da Cúpula de Lima, afirmando que o "Brasil é o destino latino-americano mais desejado para os mandatários europeus".
Nos últimos dias, os líderes da Áustria, Finlândia, Alemanha e Espanha estiveram no País. Segundo o jornal, "os europeus estavam interessados somente em uma coisa: biocombustíveis".
Segundo o diário, enquanto a relação com a Espanha, e especialmente com Zapatero, já data de algum tempo, o interesse do resto da Europa é mais recente. "A conjunção das tragédias dos últimos meses e a crise alimentar parecem ter posto o Brasil no centro da cena política mundial", afirma o diário argentino.
"Suas amplas pradarias, perfeitas para semear soja, arroz e feijão, e os extraordinários recursos petroleiros descobertos recentemente tornaram o país a área mais cobiçada pelas grandes potências."
O Página/12 destaca o número de carros bicombustíveis vendidos no Brasil, além da inclusão de etanol em toda a gasolina vendida nos postos.
"Como se o pacote não fosse suficientemente tentador", afirma o jornal, "o país mais extenso da América Latina conta com uma das tecnologias mais avançadas do mundo para produzir etanol e biodiesel, os dois combustíveis mais desenvolvidos até o momento."
O Página/12 destaca que, assim que chegou ao Brasil, a chanceler alemã, Ângela Merkel - que foi ministra do Meio Ambiente e impulsionou a meta de 20% de etanol para todos os carros da comunidade européia - foi discutir os avanços na produção local e assinar quatro convênios de cooperação.
"Mas a visita de Merkel teve seus momentos incômodos para Lula", diz o jornal. "Durante a entrevista coletiva dada pelos dois mandatários antes do fim da visita, a premiê alemã tocou no delicado tema da preservação da Amazônia e na recente renúncia da ministra do Meio Ambiente Marina Silva."
Segundo o Página/12, fontes da comitiva de Angela Merkel confirmaram que não estão contentes com a saída da ministra, que era admirada pela chanceler.

FMI elogia criação do fundo soberano brasileiro

Rodrigo Postigo
16/05/2008
O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), José Fajgenbaum, elogiou nesta quinta-feira a iniciativa do governo de instituir o fundo soberano com os recursos do superávit primário (economia do setor público para pagar os juros da dívida) que ficarem acima da meta.
Para ele é positivo que o País institua uma poupança que sirva como segurança em momentos de crise.
"O fundo soberano é uma poupança muito importante para o País, que poderá usar os recursos em situações de necessidade", destacou o representante do FMI, que nesta tarde participou de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Fajgenbaum afirmou ainda que o Banco Central (BC) está tomando medidas adequadas para conter a inflação ao ter elevado os juros básicos no mês passado. Ele, no entanto, evitou opinar se o BC deve continuar a reajustar a taxa Selic.
"A tendência é que quaisquer medidas sejam tomadas de acordo com a necessidade, dentro de um planejamento macroeconômico", declarou.
No encontro com Mantega, Fajgenbaum felicitou o ministro pela estabilidade da economia brasileira. O representante do FMI citou a classificação obtida pelo Brasil, por parte da agência internacional Standard & Poor's, como país confiável para receber investimentos. "Essa foi uma constatação internacional de que a economia interna do País vai bem".
Fajgenbaum disse esperar que outras agências "continuem fazendo também boas avaliações sobre o País".

FMI elogia criação do fundo soberano brasileiro

Rodrigo Postigo
16/05/2008
O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), José Fajgenbaum, elogiou nesta quinta-feira a iniciativa do governo de instituir o fundo soberano com os recursos do superávit primário (economia do setor público para pagar os juros da dívida) que ficarem acima da meta.
Para ele é positivo que o País institua uma poupança que sirva como segurança em momentos de crise.
"O fundo soberano é uma poupança muito importante para o País, que poderá usar os recursos em situações de necessidade", destacou o representante do FMI, que nesta tarde participou de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Fajgenbaum afirmou ainda que o Banco Central (BC) está tomando medidas adequadas para conter a inflação ao ter elevado os juros básicos no mês passado. Ele, no entanto, evitou opinar se o BC deve continuar a reajustar a taxa Selic.
"A tendência é que quaisquer medidas sejam tomadas de acordo com a necessidade, dentro de um planejamento macroeconômico", declarou.
No encontro com Mantega, Fajgenbaum felicitou o ministro pela estabilidade da economia brasileira. O representante do FMI citou a classificação obtida pelo Brasil, por parte da agência internacional Standard & Poor's, como país confiável para receber investimentos. "Essa foi uma constatação internacional de que a economia interna do País vai bem".
Fajgenbaum disse esperar que outras agências "continuem fazendo também boas avaliações sobre o País".

Governo amplia desoneração fiscal para produtores de biodiesel

Medida amplia tipos de matéria-prima com direito à redução de impostos.Objetivo é estimular o cultivo de outras oleaginosas para produção do combustível.
Agência Estado
16/05/2008
O governo ampliou nesta quinta-feira (15) o universo de produtores de biodiesel que têm direito à isenção de PIS/Pasep e Cofins na venda do produto. Decreto publicado no "Diário Oficial da União" determina que terão direito ao benefício fiscal os fabricantes de biodiesel que comprarem qualquer tipo de matéria-prima produzida pela agricultura familiar das regiões Norte e Nordeste e do semi-árido.
A regra que estava em vigor antes do decreto previa que a isenção só poderia ser aplicada para quem adquirisse mamona ou palma desses produtores (da agricultura familiar). Ao estender o benefício aos produtores de biodiesel que usam outras sementes, o Ministério de Minas e Energia pretende estimular o cultivo das demais oleaginosas.

Time Running Out for Energy in Mexico

By Marcela Sanchez
Special to washingtonpost.com Friday, May 16, 2008; 12:00 AM
WASHINGTON -- Mexican Energy Secretary Georgina Kessel's warning to the Mexican Congress last week sounded ominous: If legislators did not approve reforms within the oil sector, the country would suffer a "severe energy crisis" within a decade.
That's probably an understatement.
Mexico's oil production is rapidly declining. The Cantarell oil field, one of the world's largest, is responsible for almost two-thirds of Mexico's production. In 2004, it brought up 2.1 million barrels a day; today it produces only half that. Unless new sources are found, Mexico -- up until last year the second-largest supplier to the United States -- will become a net oil importer by the year 2018.
For some countries, being a net oil importer is no big deal. But for Mexico, oil represents the single largest amount of revenue for the federal government -- about 40 percent. This looming "energy crisis" would be felt more than just at the pump. It would be across the board, impacting financial, social and political sectors as well.
Still, almost every expert on this issue I've interviewed or heard speak in recent months insists that it won't get that bad. They say Mexico will come to its senses and adopt the kind of overhaul that will give the country's state-run oil company, Petroleos Mexicanos -- Pemex -- enough flexibility to invest more of its profits in modernizing its operations. That way, the experts say, it could become more like Brazil's state-run Petrobras, regarded as one of Latin America's most well-run companies.
At the same time, Mexico's attitude about oil and Pemex's serious systemic flaws don't inspire much optimism. The energy proposals introduced last month by President Felipe Calderon offer some modest reforms, but probably not enough to stem the crisis. As Jeffrey Davidow, a former U.S. ambassador to Mexico, put it diplomatically, "the steps they are taking are not sufficient."
Calderon wants to allow outside investment in some areas of transportation, storage and refinement. Those steps alone would be of historic significance. Since the day in 1938 when President Lazaro Cardenas nationalized the oil industry and created Pemex, oil has become so sacrosanct that nobody outside Mexico can help get it out of the ground, refine it, or even move it. Such restrictions have led to unintended consequences -- Mexico today is a gasoline importer, with four out of every 10 gallons coming from refineries abroad.
Even if the door is cracked open for foreign investment, there may be little to attract it without fundamental changes to Pemex's business model. Pemex is weakened by mismanagement and its monopoly status. Calderon's reforms would provide some government oversight and performance reviews. Still, it seems obvious that a more fundamental shift is required for a company that "does not know how to behave in the private sector," said Jorge Pinon, president of Amoco in Latin America during the 1990s.
In particular, Pemex must learn to work collaboratively. George Baker, an energy consultant based in Houston, told me that if Mexico is to consider deep-water exploration in the Gulf of Mexico, it is going to have to have an attitude adjustment. According to Baker, it took at least 30 oil companies, sharing risks and expertise, to develop a similar area for the United States. "The validity of the one-company model is coming to an end," he said.
Pemex also needs to reform its workers' union, which historian Jonathan C. Brown in an interview called "one of the most powerful and most corrupt in Latin America." When Cardenas nationalized the oil industry, he did it largely to protect oil workers from abuse by foreign companies. But, as Jesus Silva Herzog, former Mexican ambassador to the United States, told me, "the union has abused Pemex" ever since. Union reform is not even on Calderon's reform agenda.
The common wisdom now is that Calderon's reform package will pass because it is modest and treads lightly. The hope is that deeper reforms will become possible later. Yet with Mexico holding legislative elections in July 2009, it is unclear whether there will be sufficient political will to do much more in the near term.
Oil, without a doubt, is crucial to Mexico's future. Considering the significant long-term planning and development the industry requires, Mexico seems to be running short of another important commodity -- time.

Uruguai gasta US$ 2 milhões por dia para importar energia brasileira

Rodrigo Postigo
16/05/2008
O Uruguai gasta US$ 2 milhões por dia para importar energia do Brasil, devido ao uso de uma maior extensão da rede, segundo publicou hoje a imprensa local."É uma solução cara, mas a única que podemos lançar mão por enquanto", disse uma fonte da empresa estatal uruguaia Administração Nacional de Usinas e Transmissões Elétricas (UTE) ao jornal local Ultimas Noticias.
Durante as horas de pico, o Uruguai recebe 300 MW (megawatts) do Brasil através da represa de Salto Grande, que o país divide com a Argentina, e do rio Uruguai, por onde percorre um trajeto mais longo e pelo qual paga mais pedágio do que para transportar os outros 70 MW que entram no país pela cidade de Rivera, a 501 km ao norte de Montevidéu, na fronteira com o Brasil.
Segundo o jornal, o Uruguai deverá pagar US$ 60 milhões por essa energia até que se reativem as hidrelétricas do rio Negro, no centro do país, que estão paralisadas devido à seca. O serviço meteorológico local não prevê chuvas para os próximos 15 dias.
O presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, estendeu esta semana um plano de economia de energia ao setor privado, o que implica a redução de 50% da iluminação e do uso de elevadores, além da proibição de espetáculos noturnos ao ar livre, entre outras medidas.
Com essa economia energética, o governo busca evitar "apagões" programados como os aplicados durante a seca de 1989 no país.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Sleeping giant Brazil wakes, but could stumble

Tue May 13, 2008 5:10am EDT
By Raymond Colitt
BRASILIA (Reuters) - From Wall Street to the World Trade Organization, Brazil is finally punching its weight with a booming economy and stronger global leadership but it remains burdened by a bloated state and daunting social problems.
President Luiz Inacio Lula da Silva, basking in the investment grade status Brazil received last month, said it was a "magical moment" for Latin America's largest country.
The economy was previously plagued by boom and bust cycles and rampant inflation, and Brazil was for long dubbed the eternal country of the future, always promising much but never delivering.
But now it is growing at rates of around 5 percent, helping secure its place as one of the four so-called BRIC major emerging economies along with Russia, India and China.
The stock market -- home to world-class companies such as aircraft maker Embraer and oil firm Petrobras -- has gained eight-fold in just over 5 years, helped by economic stability and surging prices for Brazil's huge farm exports.
While many analysts credit former president Fernando Henrique Cardoso with laying the groundwork, former leftist union leader Lula surprised skeptical investors by maintaining market-friendly policies after he took office in 2003.
Abroad, Lula has forged a common front of developing nations to pressure rich nations for freer farm trade, making Brazil a key player in global trade talks.
He has also pushed Brazil's role as regional moderator at a time of growing political divisions between left and right in Latin America.
An estimated 20 million Brazilians have emerged from poverty on the back of cheap credit, welfare checks, and tax breaks, helping to forge a new middle class that in turn is fueling strong consumer demand.
"In my street, there are more new cars and satellite dishes -- we even have two supermarkets now," said Jose Antonio Pereira, a taxi driver from Sao Sebastiao, a low-income satellite city outside the capital Brasilia.
PITFALLS
Investment grade is a seal of approval for investors in Brazil's lucrative financial markets but not for those who have to negotiate the more perilous day-to-day realities.
A high tax burden, red tape, a slow and often corrupt judiciary, and an unwieldy labor market undermine Brazil's international competitiveness.
Brazil came 72nd in a survey on perceived corruption by international watchdog Transparency International, behind Senegal and on a par with India and China.
Lula has lost several key aides, including his finance and energy ministers, to corruption scandals.
"Without reforms to tackle these problems, Brazil cannot maintain its current growth rate," said Flavio Castelo Branco, chief economist at the National Industry Confederation.
At roughly 37 percent of gross domestic product, Brazil's total tax burden is the highest of any major emerging market, acting as a ball and chain on the fledgling giant.
Despite Lula's weekly inaugurations of public works projects, washed out roads and overcrowded ports still cause delays and raise costs for business.
"Everything we gain by investment grade we lose to poor infrastructure," Julio Sergio Gomes de Almeida, former economic policy secretary under Lula, told Reuters.
A maze of taxes and barriers to set up businesses also drag down Brazil's international competitiveness.
"Industry is doing well despite, not because of, government," said Almeida.
With higher income, the poor in many big cities are less likely to go hungry than a few years ago. But many still risk dying of a stray bullet from a shootout between drug gangs and often poorly paid and under-trained police. Few have access to justice, clean water or sewage treatment.
"Investment grade? I don't see much investment here," said Father Jaime Crowe, an Irish priest in Jardim Angela, a rough and poor neighborhood on the outskirts of Sao Paulo.
"The people here are buying more gadgets but that's not sustainable without education, health and security," he said.
Brazil's recent economic strength has been due in part to a global boom in commodities prices with exports from beef to soybeans soaring. Its prospects have been helped by huge oil and gas discoveries.
Although it sells a larger diversity of products to more countries than years ago, a reversal in commodities markets would hit its trade balance and slow growth in the vital agriculture sector.
Social and environment problems, from slave and child labor to violent crime and the large-scale deforestation of the Amazon, also weigh on the country's development, and experts say the government has not pushed through the economic reforms needed to guarantee long-term strength.
"Now is the time to ensure tomorrow's growth but I don't see any signs of economic reforms," Almeida said. "Brazil is already becoming complacent."

Consumo do País deve crescer 6,8%, para R$ 1,7 tri

Rodrigo Postigo
14/05/2008
O consumo dos brasileiros neste ano deve subir 6,8%, em relação a 2007, e atingir R$ 1,7 trilhão, de acordo com estudo da Target Marketing, divulgado pelo Estado de S. Paulo.
A região Nordeste deve ser responsável por grande parte da alta do consumo, beneficiada pela expansão do emprego, melhora da renda familiar, pelo crediário e programas sociais do governo.
Ainda segundo o jornal, o Nordeste deve passar de 16,8% para 18,2% na participação do consumo nacional, ultrapassando o Sul, que deve ficar estagnado nos 16,8%.
O estudo calculou os gastos em todos os municípios brasileiros com base no Índice de Potencial de Consumo (IPC).
A região Sudeste deve manter a liderança, com 51,8% de participação, valor abaixo dos 53,2% registrados em 2007. O Norte pode passar de 5,6% no ano passado para 5,4%. O Centro-Oeste, por sua vez, deve subir de 7,6% para 7,8%, segundo o Estado de S. Paulo.

'FT' ironiza idéia de Lula de o País entrar para a Opep

Agência Estado
14/05/2008

A edição eletrônica do jornal inglês 'Financial Times' contestou ontem a intenção do presidente Lula de incluir o Brasil na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Ele fez a afirmação em entrevista à revista alemã 'Der Spiegel'.

Para o jornal, mesmo que o campo Carioca seja tão grande quanto disse o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, que disse que o campo teria reservas de petróleo cinco vezes maiores do que as estimadas em relação ao campo Tupi, o Brasil "continuaria, pelos padrões da Opep, um membro de segunda linha".

"O Brasil usa muito petróleo, portanto, precisará de anos para se tornar um grande exportador líquido". O 'FT' também argumentou que, se o País aderisse ao sistema de divisão de cotas do cartel, poderia ver ameaçado o fluxo de investimento estrangeiro. Isso poderia afastar o capital externo "num momento em que a indústria do petróleo do Brasil está só começando a concretizar seu potencial". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fundo pode ir na contramão de um ajuste fiscal saudável

Terra / Denise Campos Toledo
14/05/2008
O Brasil terá mesmo um fundo soberano, mas como ele irá funcionar? Apesar de ainda restarem muitas dúvidas, ele já nasce cercado de críticas, uma delas é de que o Brasil não tem excedente nas contas externas nem nas contas públicas para criar um fundo desse tipo, como aconteceu em países como China e Arábia Saudita.
Além disso, as contas externas brasileiras voltaram a ficar no vermelho e o que excede as metas de ajuste fiscal tem sido gerado pelo excesso de arrecadação. Portanto, o tal "cofrinho" que esse fundo pode representar, como colocou o ministro da Fazenda Guido Mantega, virá do bolso do contribuinte.
É também bastante questionável o fato de o excedente fiscal não ser utilizado para reduzir a dívida pública, que tende até mesmo a crescer em função do atual ciclo de alta dos juros básicos. Causou decepção, aliás, o governo não ter anunciado uma ampliação da meta de superávit fiscal simultaneamente à criação do fundo soberano, pois o mercado esperava que o governo se comprometesse com um esforço fiscal maior, via redução de gastos, para viabilizar a criação do fundo.
Vale lembrar que, mesmo com o recente investment grade dado pela Standard & Poor´s, as agências de classificação de risco continuam colocando a relação dívida x PIB como um dos maiores problemas do País, o que pode atrapalhar avanços maiores nessa graduação. O Brasil atingiu apenas o primeiro estágio do investment grade, dado por apenas uma agência.
A intenção de liberar mais recursos para o BNDES financiar empresas brasileiras no exterior é positiva. Mas, além de todos os problemas citados, ainda há o receio de que essa iniciativa acabe interferindo na evolução do dólar, provocando alguma alta maior das cotações, o que pesaria na inflação. Isso, em um momento de índices já bem pressionados, a ponto até de levar o Banco Central a pisar mais fundo no ajuste da taxa básica.
Como os recursos do fundo soberano não virão das reservas cambiais administradas pelo Banco Central, a formação dessas novas reservas do Fundo, estimadas inicialmente em US$ 20 bilhões, pode levar o Tesouro a comprar dólares no mercado, justificando essa preocupação quanto a possíveis efeitos inflacionários.
Enfim, o fundo pode ir na contramão de um ajuste fiscal mais saudável, de uma redução da dívida pública e de um controle mais eficiente da inflação que poderia viabilizar, inclusive, um menor aperto monetário.
Faltam detalhes, mas as primeiras indicações do Fundo Soberano brasileiro não são muito animadoras.

Governo não mexerá no superávit primário, garante Mantega

Rodrigo Postigo
14/05/2008
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou nesta terça-feira que, para abastecer o Fundo Soberano de Investimento, lançado ontem pelo governo federal com o objetivo de financiar empresas brasileiras no exterior e de fazer uma nova reserva de caixa para casos de crise, o governo não mexerá na meta do superávit primário, de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB).
O ministro chegou a chamar o fundo de "cofrinho" e apontou, no entanto, para recursos orçamentários, mas não precisou o percentual que será destinado.
O governo deve enviar a proposta de criação do Fundo Soberano de Investimento para o Congresso Nacional até o fianal da semana. De acordo com Mantega, ainda não há decisão se será criado por medida provisória ou por meio de projeto de lei.

Japanese, Swiss and Brazilian Stock Investors Grow More Bullish

By Darren Boey
May 14 (Bloomberg) -- Japanese, Swiss and Brazilian stocks may rise in the next six months, and investors in most of the rest of the world's biggest markets are growing less convinced equities will fall, a survey of Bloomberg users showed.
Japan's Nikkei 225 Stock Average, the Swiss Market Index and Brazil's Bovespa Index will gain, according to the Bloomberg Professional Global Confidence Survey. Fewer investors expect declines in the Standard & Poor's 500 Index, the U.K.'s FTSE 100 Index, Germany's DAX Index and Spain's IBEX 35 Index than in April, according to the poll of 3,447 users in 10 markets from Tokyo to Zurich to New York. Only in Hong Kong, France and Italy did investors grow more bearish.
The MSCI World Index rebounded 11 percent from a 17-month low on March 17, and two-thirds of companies in the S&P 500 reported first-quarter earnings that beat estimates, according to data compiled by Bloomberg. Fast Retailing Co., Japan's biggest clothing retailer, raised its earnings forecast for the year ending Aug. 31. Novartis AG, Switzerland's second-largest drugmaker, posted first-quarter profit that exceeded analysts' estimates. S&P raised Brazil's credit rating to investment grade, sending the Bovespa to a record.
``Sentiment globally is picking up,'' said Lawrence Peterman, investment director at Eden Financial Ltd. in London, who participated in the survey. ``The largest part of the bad news may be with us already, especially with the financials, so it adds to the feeling that we may have seen the worst.''
Stock investors became more bullish as the Federal Reserve provided additional cash to banks, gave credit to primary dealers of government securities and signaled it has cut interest rates enough to spur economic growth.
Japan's Rally
The Bloomberg stock confidence index climbed to 51.1 in Japan this month from 46.8 in April. Readings above 50 indicate that more users expect stocks in their country to rise than to decline in the next six months.
The dollar's 8.1 percent increase against the yen from a 12-year low March 17 boosted the profit outlook for Japanese exporters. A stronger dollar increases the amount of U.S. revenue when converted to yen.
The Nikkei jumped 20 percent since March 17, when it was valued at 13.4 times earnings, the lowest since at least April 2000, according to data compiled by Bloomberg. Yamaguchi City, Japan-based Fast Retailing raised its full-year profit forecast last month after March sales surged.
``Japan's stock market will remain robust,'' said Hideyuki Ookoshi, who helps oversee the equivalent of $365 million at Chiba-Gin Asset Management Co. in Tokyo. As lower interest rates ``help prevent the U.S. economy and stock market from worsening rapidly, the dollar is very likely to stay strong against the yen, which helps Japanese businesses,'' Ookoshi said.
Biggest Gains
Investors in Brazil, Switzerland and the U.K. recorded the biggest gains in sentiment over the past month, according to the survey. The stock confidence index for Brazil jumped to 82.5 from 66.8. The Swiss index rose to 52.9 from 44.7, while the U.K. climbed to 31.4 from 26.4.
Bloomberg users were most bullish on Brazil's benchmark stock index, after S&P on April 30 raised the country's long- term foreign currency debt rating to BBB- from BB+. Brazil, whose economy grew last year at the fastest pace since 2004, should be able to maintain annual growth of as much as 4.5 percent, the rating company said.
Higher commodities prices also helped lift shares of the nation's metals, oil and sugar producers and send the Bovespa 10 percent higher this year.
Novartis, ABB
Investors in Switzerland predicted gains for the first time this year after Basel-based Novartis and Zurich-based ABB Ltd., the world's largest builder of electricity networks, reported profit that beat analyst estimates. The Swiss Market Index climbed 12 percent since March 17.
The U.K.'s increase left Spanish investors the most pessimistic in the May 5 to May 9 survey, even as sentiment climbed to 29.3 from 28.3. The confidence gauge fell the most among the 10 markets in Italy, dropping to 42.7 from 48.7.
In the U.S., the stock confidence index rose to 35.8 from 34.6 in April. The S&P 500 has climbed 10 percent from a 19- month low on March 10 as companies from Peoria, Illinois-based Caterpillar Inc. to Mountain View, California-based Google Inc. reported profit that beat analysts' estimates. Europe's Dow Jones Stoxx 600 Index has gained 12 percent from its 2008 low and the MSCI Asia Pacific Index has advanced 13 percent.
``People are definitely starting to feel better about the U.S. market,'' said Doug Peta, a market strategist at J&W Seligman & Co. in New York, which oversees $19 billion. ``Earnings were pretty good. But I don't think it's off to the races. There's still work to do.''

Relatório sobre reforma tributária deve ser votado até o fim de junho, prevê relator

Agência Brasil / Daniel Lima
14/05/2008

O relator da proposta de reforma tributária, deputado Sandro Mabel (PR-GO), disse hoje (13) que espera que o relatório seja votado até o final de junho. Mabel, o presidente da comissão especial que analisa a reforma tributária, deputado Antonio Palocci (PT-SP), e o secretário de Política Econômica, Bernard Appy, discutiram hoje como deve ser o encaminhamento do proposta no Congresso Nacional.

À tarde, eles participam de novo encontro para tratar do assunto, dessa vez com governadores do PSDB, PT, PSB, PMDB e PDT e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Sandro Mabel voltou a defender que a reforma beneficiará a população e que não será mais um instrumento de arrecadação. O relator afirmou, porém, que as entidades que discordam do texto por achar que não haverá justiça fiscal devem ter a certeza de que suas propostas serão analisadas."Vamos analisar. Mas a grande beneficiada vai ser a população. Ao longo do tempo, a reforma vai permitir uma simplificação [de impostos], vai dar competitividade às empresas, o governo vai arrecadar mais e, ao atingir um teto de carga tributária, vai ter que desonerar, e aí vai desonerar o arroz, o óleo de soja, o pão e o arroz", disse.

S&P unimpressed by Brazil's new industrial policy

Tue May 13, 2008 5:29pm EDT
By Walter Brandimarte
NEW YORK, May 13 (Reuters) - Brazil's recently-unveiled plan to boost exports and specific sectors of the economy was taken with a pinch of salt by rating agency Standard & Poor's, which noted the high fiscal costs to be incurred by the government.
Brazil will deliver up to 21.4 billion reais ($12.7 billion) in tax breaks through 2011 in an attempt to bolster the economy, Finance Minister Guido Mantega announced on Monday.
The plan will likely benefit sectors that have been hurt by the appreciation of the Brazilian currency. But S&P, which upgraded Brazil's credit ratings to investment grade less than two weeks ago, said "picking winners and losers" might not be the best approach.
"Another option would be to improve investment climate, cut taxes across the board, reduce the cost of doing business in Brazil," S&P analyst Lisa Schineller said on Tuesday on the sidelines of a conference organized by the Brazilian-American Chamber of Commerce in New York.
Schineller noted that government initiatives to promote targeted sectors has worked in many Asian countries but said there is always the risk that the government might "be trying to make competitive a sector that is not going to be competitive."
Brazil has "some room" to accommodate the increased fiscal stimulus, Schineller said, adding however that S&P would prefer to see policies aimed at reducing the country's debt-to-GDP ratio at a faster pace.
Exporters have long complained that the strength of the real, currently at a nine-year high against the dollar, are making Brazilian products less competitive abroad. Brazil's upgrade by S&P, although widely celebrated in the country, left exporters even more concerned as it raised prospects of further currency appreciation.
But Schineller said that the return of current account deficits in Brazil, coupled with some growth slowdown, should curb the real from strengthening even more.
"I see it moving close to 1.8 reais per dollar by the end of this year. That's the scenario I'm working with," said Schineller.
The real closed at 1.657 per greenback on Tuesday.