sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Lula assina decreto que cria leilões para portos

Gazeta Mercantil/Caderno C / Agência Brasil
31/10/2008
Com o objetivo de estimular a participação privada nos portos brasileiros, o governo federal publicou ontem no Diário Oficial da União um decreto que estabelece novas políticas para o fomento do setor. A medida estabelece que haverá um sistema de concessão pública de portos, no qual o setor privado poderá participar por meio de leilões.
A principal mudança é que não haverá mais a obrigatoriedade para que os proprietários dos portos privados movimentem cargas próprias, como é previsto atualmente. Com o decreto, os portos poderão ser administrados por empresas que não fazem movimentação de carga, apenas operam os terminais para a utilização de terceiros.
O decreto também estabelece que os terrenos e as construções necessárias para obras de melhoramento e aparelhamento dos portos serão desapropriados. As despesas de indenização ficarão por conta dos concessionários e os terrenos vão fazer parte do patrimônio do porto.
O prazo de concessão para os portos será de até 25 anos, podendo ser prorrogado por mais 25. Os contratos já realizados não serão afetados pelo decreto.

Em nova tacada, BC tira remuneração de compulsório

Reuters
31/10/2008
O Banco Central retirou a remuneração de boa parte do recolhimento compulsório sobre depósitos a prazo, em um esforço para pressionar os bancos a repassar recursos ao mercado em meio ao cenário de retração da liquidez.
Segundo circular desta quinta-feira, a partir do dia 14 de novembro 70% dos depósitos a prazo que os bancos são obrigados a recolher junto ao BC passarão a ser feitos em espécie e não serão remunerados. Este volume corresponde a R$ 28 bilhões, segundo a autoridade monetária.
Os 30% restantes continuarão a ser recolhidos em títulos. Antes dessa medida, todo o compulsório sobre depósitos a prazo era recolhido em títulos.
A medida visa estimular as instituições financeiras a usar a prerrogativa, instituída este mês pelo BC, de abater até 70% desse compulsório desde que redirecionem os recursos para a compra de carteiras de crédito e outros ativos de bancos de pequeno e médio portes.
Diante do aumento da aversão a risco desencadeado pela crise financeira mundial, os bancos vinham optando por deixar os recursos no BC.
"Agora o banco vai ter um incentivo (para usar os recursos). Não sei se vai comprar mesmo carteiras de crédito porque algumas têm risco, mas se não fizerem isso vão 'pagar para trabalhar'", comentou o ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas, que vê com bons olhos a decisão.
Ele lembrou que os bancos com depósito a prazo pagam para captar recursos e vão perder se não tiverem remuneração pelo dinheiro.
Para João Augusto Frota Salles, analista da consultoria Riskbank, "o BC apertou o calo dos bancos grandes".
"A medida é cabível porque o sistema ainda está empoçado. Nas entrelinhas dos balanços dos bancos médios vê-se que ainda está um sufoco. O dinheiro não flui para quem precisa porque os bancos estão extremamente preocupados com o curto prazo", acrescentou.
A circular do BC incluiu entre os ativos os depósitos interfinanceiros de instituições não-ligadas que podem ser comprados pelos bancos grandes para fim de abatimento do compulsório.

Economias emergentes ganham 'tempo para respirar', diz 'FT'

BBC Brasil
31/10/2008
As economias emergentes ganharam "tempo para respirar" com as medidas anunciadas nos últimos dias pelo Federal Reseve - o banco central americano – e o FMI, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal britânico Financial Times.
“Desde que atingiram a pior baixa dos últimos quatro anos, na terça-feira, os lucros nos mercados emergentes subiram mais de 24%, de acordo com o índice MSCI de mercados emergentes. Ontem eles subiram 9%”, diz o FT.
Para o jornal, isso é resultado das iniciativas políticas internacionais que ajudaram a acalmar os medos de que os mercados emergentes estavam prestes a se tornar as próximas vítimas da crise financeira.
Segundo o FT, o anúncio do Fed de liberar uma linha de swap cambial para o Brasil de US$ 30 bilhões - para ajudar a combater os efeitos da alta do dólar -, combinado ao corte na taxa de juros nos Estados Unidos e à criação de uma linha de crédito do FMI para “países com fortes políticas econômicas que estejam atravessando problemas” contribuíram para a mudança de cenário.
“Essa mudança de sentimento contrasta com o pânico que se espalhou pelos mercados emergentes na semana passada. Os investidores estrangeiros com problemas de liquidez em casa correram para repatriar seus fundos. Esta desalavancagem atingiu duramente os países com altos deficits em suas contas correntes (que dependem do financiamento dos mercados).”
Mas em outra reportagem, também publicada nesta sexta-feira, o FT avisa: “A redução do crédito para exportação aumenta a pressão sobre a América Latina”.
“A redução de crédito para exportação ameaça intensificar a desaceleração da economia na América Latina, que já está sofrendo o impacto da queda dos preços das commodities, segundo o ex-chefe do Banco Interamenricano de Desenvolvimento Enrique Iglesias”.
Em entrevista ao FT em Madri, Iglesias disse que a dependência da região do capital estrangeiro a tornou particularmente vulnerável à atual turbulência financeira.
Iglesias afirma que os países da região estão melhor preparados para suportar a crise do que alguns anos atrás, mas ainda assim, muitos estão ameaçados por uma queda no ritmo do crescimento.
“Os investidores estão rapidamente perdendo o apetite para a América Latina”, disse Iglesias ao FT.
Os países mais afetados seriam os exportadores de petróleo, como a Venezuela e o Equador, mas a Argentina e o Brasil, grandes exportadores de produtos agrícolas, também devem sofrer.

É hora de os governos usarem estímulos fiscais, diz Economist

BBC Brasil
31/10/2008
Em sua edição mais recente, a revista britânica The Economist traz um artigo que defende que, depois de o mundo aparentemente ter conseguido contornar um colapso no sistema bancário, é hora de os governos agirem diretamente para enfrentar a contração da economia e assim tentar evitar uma grande recessão. O instrumento sugerido é a política fiscal.
No artigo intitulado "The next front is fiscal" ("A próxima batalha é fiscal", em tradução literal) a publicação britânica explica que o mecanismo mais comum usado para estimular a economia é a taxa de juros. Mas, com a crise no sistema financeiro, cortes de juros como os vistos nas últimas semanas não são tão eficientes, com bancos acumulando reservas e segurando empréstimos. Em países como os EUA, que cortaram os juros para 1% no último dia 29, esta política está ainda mais restrita.
"A próxima política tem que ser fiscal", diz o artigo. "Quando o mercado de crédito está disfuncional, a demanda privada está desaparecendo e a confiança está fraca, um empurrão fiscal é uma boa opção". A revista cita diversas medidas em política fiscal que podem ser tomadas.
"Cortar impostos coloca mais dinheiro direto no bolso das pessoas. Aumentando seus próprios gastos, os governos podem incentivar diretamente a demanda e o emprego. Claro que este estímulo aumenta os déficits de curto prazo dos governos, mas os efeitos nocivos de uma recessão prolongada podem ser ainda maiores, como o Japão mostrou na década de 1990".

Brasil quer moeda comum

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados
31/10/2008
O Brasil propôs ao Chile uma moeda comum ou o uso de suas próprias moedas no comércio bilateral como uma forma de alavancar o intercâmbio e fazer frente à valorização do dólar derivada da crise financeira global.
"O Brasil já o fez com a Argentina e a idéia é fazer agora com o Chile, para que este país entre no mesmo sistema, pois é o nosso segundo sócio comercial na região", afirmou o embaixador brasileiro em Santiago, Mario Vilalba.
O diplomata disse que uma medida como essa tende a fortalecer o comércio Brasil-Chile "em um momento em que se encarece o dólar e nossas moedas estão se fortalecendo". Vilalba disse que a proposta foi formulada durante a reunião de presidentes dos bancos centrais da América do Sul, realizada em Santiago no domingo, dia 19 de outubro, para analisar a crise financeira global.
O diplomata lembrou que o Mercosul modificou o artigo 12 de seu acordo com o Chile para facilitar o comércio direto entre zonas fronteiriças.
A modificação permitirá desenvolver a relação entre as zonas francas do Brasil e Chile, especificamente entre Manaus e os portos de Iquique, no norte, e Punta Arenas, ao sul.
Segundo o diplomata, este acordo permitirá incrementar as relações comerciais, os investimentos e os vôos entre as zonas de livre comércio de ambos países.

UPDATE 3-Brazil sees no recession, readies new credit lines

Thu Oct 30, 2008 1:24pm EDT
(Adds central bank comment, paragraphs 9-10)
By Isabel Versiani
BRASILIA, Oct 30 (Reuters) - Brazil's top economic officials said on Thursday the global financial crisis will not push the country into a recession and that the central bank would unveil new credit measures for exporters suffering from a liquidity crunch.
"For now, activity levels haven't come down," Finance Minister Guido Mantega told the Senate's Economic Affairs Committee. "I believe there will be a slowdown in consumption and in activity level in Brazil. But we will not have a recession."
The global credit crisis has battered local financial markets, hurt companies that made wrong bets in currency derivatives, and dried up credit lines for exporters, who are also struggling with falling commodity prices.
The central bank has taken a series of measures in recent months to minimize the impact of the crisis on Latin America's biggest economy and to ease a liquidity crunch prompted by risk-averse investors shunning emerging market assets.
The latest central bank move is aimed at helping exporters.
Central Bank President Henrique Meirelles told senators that the new loans will be made directly to exporters and will use foreign exchange contracts the exporters have with local banks as collateral.
He added that trade finance lines to Brazilian exporters fell "abruptly and very strongly" right after the collapse in September of U.S. investment bank Lehman Brothers Holding Inc, which also marked a sharp deterioration of the crisis.
He said the central bank moves in the foreign exchange market have started to "normalize" the volume of dollars available for exporters.
The bank may add measures to improve the liquidity of small- and medium-sized banks that have been hit particularly hard by the liquidity crunch. Those firms have benefited recently from a series of changes in reserve requirements that are expected to free up as much as 100 billion reais into the banking system.
"We are contemplating additional measures so that these funds (from reserve requirements) get to the smaller banks and all the way to loan market," Meirelles told the senate committee.
The central bank has held daily currency swap auctions and has sold dollars regularly on the spot market in recent weeks to help with a scarcity of dollars that has dragged the national currency, the real BRBY, 15.7 percent lower against the greenback so far this year.
There are signs Brazil has started to feel the pinch of the global economic crisis despite government reassurances that the country is better placed than ever to face the turmoil.
A handful of leading Brazilian companies have announced billions of reais in currency losses over the past weeks, including food processor Sadia (SDIA4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), pulp producer Aracruz (ARCZ6.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) and industrial conglomerate Votorantim.
Brazil's stock market has also been battered in recent months, with the main Bovespa index .BVSP tumbling more than 40 percent this year. The Bovespa was up 5.3 percent on Thursday.
But Mantega said the derivatives problem was easing and that Brazil should end 2008 with "a very comfortable position" in its fiscal accounts. He said the government planned no new budget cuts for now.
"Solid companies went through this specific problem... some liquidated their positions," Mantega said. "So this problem is on track to be solved."
President Luiz Inacio Lula da Silva recently said the government may have to cut government spending if the financial crisis has a broader impact on Brazil. (Additional reporting by Elzio Barreto; Writing by Ana Nicolaci da Costa; Editing by Leslie Adler)

Latin leaders urge investment as crisis hits poor

Thu Oct 30, 2008 8:15pm EDT
By Catherine Bremer
SAN SALVADOR (Reuters) - Latin American leaders urged governments and companies on Thursday to keep investing in the region where the global financial crisis threatens to erase years of progress and plunge millions back into poverty.
As new liquidity lines from the IMF and the U.S. Federal Reserve aim to stabilize battered Latin American markets, presidents at an Ibero-American summit vowed to invest in social programs and infrastructure to buoy incomes in the region.
"In Brazil we are not going to halt a single government project," said President Luiz Inacio Lula da Silva.
"We cannot let this economic crisis, created by speculators who convert the economy and the financial system into a casino, stop a country making the investments it needs to make."
Mexican President Felipe Calderon said it was vital to convince foreign investors to sit tight.
"(We) need enormous flows of external investment, without which it would be impossible to finance our development," Calderon told the three-day meeting in El Salvador, which included the leaders of Spain and Portugal.
"If we don't have people investing, the region has no economic future, particularly poor countries," he said.
Latin America's economies are much better cushioned than in the past to withstand economic shocks, but a reliance on oil, commodities, U.S. demand for exports and migrant remittances means a feared global slowdown will hammer the region.
Investors have fled Latin American stocks and currencies in recent weeks as fears of a global recession and a drop in demand for commodities make emerging market assets look risky.
Latin America's biggest economic power, Brazil, says it can avoid a recession and will not need to tap a temporary financing facility offered by the International Monetary Fund this week for emerging economies with sound fundamentals.

Healthy Countries to Receive I.M.F. Loans

The New York Times
By MARK LANDLER

Published: October 29, 2008

WASHINGTON — Just as the American financial crisis has gone global, so has the rescue effort.

On Wednesday, the International Monetary Fund announced it would lend up to $100 billion to healthy countries that are having trouble borrowing as a result of the turmoil in the global markets. And the Federal Reserve said it would commit up to $30 billion each to Brazil, Mexico, South Korea and Singapore, to enable those countries to more easily swap their currencies for dollars.

The coordinated measures are meant to restore confidence in emerging markets, where stocks and currencies have plunged in recent days as hedge funds and other investors pull out.

Shares and currencies surged in places like São Paulo and Mexico City on Wednesday after the news.

“It would just be a huge, unfortunate mistake if we allowed the stresses of the financial systems in the United States and Europe to spill over and unintentionally undermine these economies,” said Charles H. Dallara, the managing director of the Institute of International Finance, a group of more than 300 global banks that pushed for the measures.

Already, fragile economies in Iceland, Hungary and Ukraine have almost collapsed, and are receiving emergency loans from the fund.

This new program — potentially one of the largest in the fund’s history — is intended for countries with more sound finances and solid growth that suddenly face the threat of corporate or even government defaults as foreign investors flee.

Countries in this category, including Brazil, Mexico and South Korea, depend on foreign capital to finance trade and investments. Some have also borrowed heavily in foreign currencies, and the sharp declines in their own currencies make those debts much harder to repay.

Under the program, countries could borrow five times the amount they are normally entitled to — $25 billion, in Brazil’s case — without the strict conditions that normally accompany such loans. While the loans are for just three months, they can be rolled over three times, giving the countries close to a year to cover shortfalls.

The loans will carry none of the strings that usually accompany fund money, including demands to raise interest rates and cut public spending.

The Fed’s move will allow South Korea, Singapore, Mexico and Brazil to increase the supply of scarce dollars circulating in those markets.

The agreements are similar to swaps the Fed has set up with the Bank of Japan, the Reserve Bank of Australia, the European Central Bank and others to ease the credit crisis in developed economies.

The Fed welcomed the fund’s initiative. And the Treasury secretary, Henry M. Paulson Jr., said the measures showed deepening international cooperation two weeks before a meeting of world leaders in Washington to discuss the crisis.

There had been rumors that the Fed and other central banks might help finance the fund’s loan program. But Mr. Dallara said the Fed would have found that awkward, because the United States’ contribution to the fund is channeled through the Treasury.

The fund said it would finance these loans with its own resources, which total about $200 billion. It is soliciting more money from countries with hefty foreign-exchange reserves, like China, Japan and oil exporters.

The fund has already agreed to lend $15.7 billion to Hungary, $16.5 billion to Ukraine and $2.1 billion to Iceland. It is in talks with Pakistan over a loan that could be even larger. The list of troubled countries will almost certainly grow.

“We probably will need more resources,” said Dominique Strauss-Kahn, the fund’s managing director, at a news conference. “There is no way the fund can solve the problem on its own.”

The loan program greatly expands the fund’s role in the crisis at a time when world leaders are starting a debate about how to fashion a new global financial framework. With Western countries burdened by their own costly rescue efforts, the fund seems likely to remain the major provider of support to emerging-market economies.

That prospect troubles some critics, who contend that the fund is prescribing the same radical measures that caused unnecessary pain in some Asian countries during that region’s financial crisis a decade ago.

Iceland, they said, just raised its interest rate by 6 percentage points, to 18 percent, to try to stabilize its currency, which had been decimated after its banks failed. The interest-rate increase, fund officials said, was a condition of Iceland’s emergency loan.

“They used the same vocabulary they used in past crises: that we need to restore confidence,” said Joseph E. Stiglitz, a Nobel Prize-winning economist who used to be the chief economist of the World Bank. “It doesn’t restore confidence; it just leads to further bankruptcies.”

If the fund prescribes such remedies in a socially unstable country like Pakistan, he added, the risks would be enormous. Still, Mr. Stiglitz said he was encouraged by the new loan program.

The government of Hungary warned on Wednesday that taking a loan from the fund would place burdens on the public. A former central bank governor, Peter Akos Bod, said he worried that the fund would press Hungary to raise its interest rates, which are already high and which, he said, contributed to the habit of Hungarian companies and individuals of borrowing in foreign currencies.

Suspicion of the fund is a global phenomenon: the Korean government declared it would not take any loans. Feelings there are still raw from the Asian financial crisis, during which the fund forced South Korea and other countries to raise their interest rates sharply.

Mr. Strauss-Kahn, a former French finance minister, said he was aware of resistance stemming from the Asian crisis and was trying to tailor loans more closely to the conditions in the countries.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Tese de "descolamento" do Brasil da crise foi destruída, diz FT

Copom mantém Selic em 13,75% e EUA fazem corte no juro

Fazenda diz que fim do IOF é temporário

Troca entre BC e Fed traz US$ 30 bi para reservas

Concessão de rodovias em SP vai garantir investimento de R$ 8 bi

Tese de "descolamento" do Brasil da crise foi destruída, diz FT

BBC Brasil
30/10/2008
A noção de que o mercado de capitais do Brasil está "descolado" do resto do mundo foi destruída nos últimos meses, segundo reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal britânico Financial Times.
O real se desvalorizou frente ao dólar e o índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu para menos de 30 mil pontos na segunda-feira pela primeira vez em três anos, o que o tornou um dos cinco mercados mundiais com pior desempenho nos últimos seis meses, diz o jornal.
Analistas citados pelo FT associam a situação à influência de fatores externos e locais, como a queda no preço das commodities, fatores que parecem disfarçar, segundo o jornal, a crença de que o Brasil "está muito melhor posicionado para resistir a turbulências globais do que há uma década, quando chegou à beira do calote depois que as crises russa e asiática provocaram ataques contra sua moeda."
O jornal explica uma série de mudanças positivas ocorridas "desde então", dizendo que "o governo agora é credor líquido do resto do mundo" e que "a recente desvalorização do real, na verdade, reduz o peso da dívida soberana, em vez de elevá-la, como no passado".
Além disso, afirma o diário, "o Brasil tem cerca de US$ 200 bilhões em reservas de moeda estrangeira para se defender de ataques especulativos".
"Mas as reformas que produziram essa resistência maior incluíram uma reforma nos mercados de capital do Brasil que os deixou muito mais integrados com o resto do mundo do que antes."
O FT lembra que entre os anos de 2004 e 2006, cerca de 70% do dinheiro investido veio de fora do País, e com o desenrolar da crise, esses investidores "correram para retirar seu dinheiro".
"Desde junho, investidores estrangeiros já retiraram cerca de US$ 23,5 bilhões da Bolsa de São Paulo."
Mas para o FT, o governo agiu rápido para aliviar o medo causado pela queda no preço das commodities, a desaceleração do crescimento no Brasil e em todo o mundo no ano que vem, e o temor de que centenas de empresas brasileiras sofram prejuízos por ter apostado erroneamente no câmbio.
O jornal cita a liberação de crédito para empresas, o leilão de dólares e a compra de ações de bancos particulares por bancos estatais por parte do governo, como medidas para aliviar os efeitos da crise.
"Mas o sentimento dos investidores está, em última instância, a mercê de fatores que vão além do controle do governo", conclui a reportagem.

Para crescer, reforma tributária deve ser retomada, afirma Firjan

Terra
30/10/2008
Em resposta à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) afirmou nesta quarta-feira, por meio de comunicado, que os impactos da crise sobre a oferta de crédito apontam para a necessidade de se interromper o processo de alta da taxa de juros.
Para a Firjan, "o Brasil deve retomar o caminho das reformas estruturais, em especial a reforma tributária, de modo a dar maior sustentabilidade ao atual desenvolvimento nacional".
"Somente através da efetiva melhora do ambiente de negócios, via investimentos em infra-estrutura e aperfeiçoamento de marcos regulatórios, é que se promoverá o crescimento econômico e social brasileiro", concluiu a Firjan.

Fazenda diz que fim do IOF é temporário

Folha de São Paulo
30/10/2008
O fim do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para investidores estrangeiros e operações de crédito externo com moeda estrangeira não é permanente, segundo o Ministério da Fazenda. O secretário Bernard Appy disse ontem que o governo pode voltar a cobrar o imposto quando os efeitos da crise se dissiparem.
A alíquota do imposto era de 1,5% para investidores estrangeiros que aplicavam em títulos públicos e mercado de derivativos. E de 0,38% para operações de crédito em dólares. Foram mantidas as alíquotas para as demais operações de crédito, de até 3,38% para pessoa física e 0,38% para empresas.
A redução do tributo publicada hoje no "Diário Oficial" da União representará renúncia fiscal de R$ 50 milhões ao mês -apenas 2,7% da arrecadação com IOF no mês passado. Esse valor foi calculado com base nos dados do Tesouro Nacional de junho, quando o fluxo de investimentos estrangeiros em títulos públicos brasileiros estava elevado. Poderá, portanto, ser ainda menor. Para Appy, a redução foi feita para ampliar a liquidez de dólares no mercado e reduzir a cotação da moeda.

Copom mantém Selic em 13,75% e EUA fazem corte no juro

Gazeta Mercantil/1ª Página / Ana Cristina Góes
30/10/2008
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por unanimidade interromper o ciclo de aperto monetário iniciado em abril e manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. A decisão ficou em linha com as expectativas do mercado.
"Avaliando o cenário prospectivo e o balanço de riscos para a inflação, em ambiente de maior incerteza, o Copom decidiu por unanimidade, neste momento, manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, sem viés", informou o colegiado.
A manutenção da taxa interrompe a série de quatro altas consecutivas. Em abril, a taxa foi elevada de 11,25% para 11,75%. Em junho, saiu de 11,75% para 12,25% e em julho foi de 12,25% para 13%. Em setembro, a taxa atingiu 13,75%.
A decisão foi no mesmo dia em que o Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano) cortou o juro básico em 0,5 ponto percentual, para 1% ao ano.

Concessão de rodovias em SP vai garantir investimento de R$ 8 bi

Rodrigo Postigo
30/10/2008
O governo de São Paulo promoveu leilões da 2ª etapa do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, que incluiu os corredores Raposo Tavares, Marechal Rondon Oeste e Leste, Ayrton Senna/Carvalho Pinto e Dom Pedro I, em um total de cerca de 1,7 mil km. As propostas de deságios para o pedágio chegam a 60%. Os investimentos estão previstos em R$ 8 bilhões.
Para o governador José Serra, o resultado do leilão é muito importante "num contexto de incerteza". "Isso prova que o Estado de São Paulo é muito confiável e capaz de atrair o setor privado, com responsabilidade e seriedade", completou o governador.
Serra citou como indispensáveis os apoios do BNDES, Banco Inter-americano de Desenvolvimento, Nossa Caixa e Corporação Andina de Fomento. Também participaram, com financiamentos parciais, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander e fundos Funcef, Previ e Petros.

Troca entre BC e Fed traz US$ 30 bi para reservas

Gazeta Mercantil/1ª Página / Ayr Aliski
30/10/2008
Em uma ação inédita no País, o Banco Central brasileiro vai trocar reais por dólares com o Federal Reserve (Fed), a autoridade monetária dos Estados Unidos. A linha de empréstimo pode liberar até US$ 30 bilhões, que vão se somar às reservas internacionais do País.
O presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que o acordo é importante pela inclusão formal do Brasil com outras economias relevantes do globo. Dessa forma, os bancos centrais de economias emergentes, com políticas consideradas bem administradas, juntam-se aos governos da Austrália, do Canadá, da Dinamarca, da Inglaterra, da Suécia, da Suíça, além do Banco Central Europeu, em suas ações coordenadas para atenuar os efeitos negativos da crise sobre a liquidez.
Analistas de mercado consideram a medida positiva, dando mais um sinal de que o BC brasileiro tem poder para segurar a escalada do dólar. As reservas, no conceito de liquidez internacional, somavam US$ 203 bilhões em 28 de outubro. Para Natan Blanche, sócio-diretor da Tendências, a medida eleva para US$ 250 bilhões as reservas, contabilizando também operações de swap cambial reverso no montante de US$ 20 bilhões que irão ingressar, agindo como um antídoto contra a supervalorização do dólar.
Ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nova linha de crédito para países emergentes, mas o representante do Brasil no organismo, Paulo Nogueira Batista, afirmou que, no momento, o País não tem intenção de firmar um acordo. "Não, o Brasil tem uma posição forte e, então, eu não acho que precisará disso."

IMF approves new fund for emerging markets

Wed Oct 29, 2008 10:31pm EDT
By Lesley Wroughton
WASHINGTON (Reuters) - The International Monetary Fund on Wednesday approved a short-term financing facility for emerging market economies that have a good economic track record but are having difficulties accessing credit.
"Exceptional times call for an exceptional response," said IMF Managing Director Dominique Strauss-Kahn. "The IMF will respond to this crisis with all the necessary financing," he said in a statement announcing the action.
The new Short-Term Liquidity Facility will be available to a group of pre-approved countries that have well-run economies, access to capital markets and sustainable debt burdens.
Once selected, countries will be able to tap up to five times their IMF quota in a single disbursement and are allowed three drawings in the course of a year for the next two years.
Each IMF member country is assigned a quota based on its size in the world economy. The quota determines its financial commitment to the IMF, its voting power, and how much it can borrow from the fund. Under normal lending program, countries are allowed to draw up to three times their quota.
"We are prepared to use our own resources and to work with others to generate additional resources to make sure that countries have the money they need to restore confidence and maintain stability," Strauss-Khan said.
"The ongoing turmoil in global capital markets has led to significant liquidity difficulties for some emerging market countries, even those that have maintained sound macroeconomic frameworks," he added.
In a separate action the U.S. Federal Reserve also extended a helping hand to emerging economies establishing currency swap lines with Brazil, Mexico, South Korea and Singapore to provide them with dollar liquidity of up to $30 billion each.
The new IMF facility provides financing to countries that don't need to adopt the standard IMF lending program but are suffering from short-term liquidity pressures through no fault of their own.
"This new facility addresses that gap in the Fund's toolkit of financial support," Strauss-Kahn said.
During a news conference, Strauss-Kahn declined to name any candidates for the new facility and said if a country applied for funding, it would be done confidentially.
Asked whether Argentina would qualify, Strauss-Kahn said the "conditions include having a very strong track record and strong policies in the past" for at least some period of time.
"I'm afraid the country you mentioned ... will not be eligible for the facility," he added.
IMF First Deputy Managing Director John Lipsky said the IMF fully expects countries to make use of the new facility.
"We won't judge it in the short term by its use, but we would expect in the current context it will be used and we will review it over time," he said.

Brazil central bank seeks to draw on new Fed line

Wed Oct 29, 2008 3:46pm EDT
SAO PAULO, Oct 29 (Reuters) - Brazil's central bank said on Wednesday it will adopt the necessary regulatory measures to allow it to draw on a new $30 billion currency swap line established by the U.S. Federal Reserve.
The central bank also stressed that Brazil's National Monetary Council would set the conditions for it to take advantage of the new lending facility from the Fed.
"This agreement is part of the central bank's strategy to combat the effects of the international financial turbulence on the Brazilian economy," the bank said in a statement.
Earlier, the Fed established four new currency swap lines of $30 billion each with Brazil, Mexico, South Korea and Singapore, broadening its efforts to ease U.S. dollar funding shortages around the world. (Reporting by Todd Benson; Editing by James Dalgleish)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Câmara aprova MP de ajuda aos bancos

Terceiro setor deve sofrer forte impacto com a crise

Mantega antecipa anúncio de R$ 3 bi para construção civil

Reforma tributária é "prioridade máxima", diz Mantega

Carteiras argentinas irão repatriar seus recursos

Terceiro setor deve sofrer forte impacto com a crise

Folha de São Paulo / André Palhano
29/10/2008
A crise financeira global acertará em cheio a onda de sustentabilidade que o mundo corporativo viu crescer nos últimos anos. Enquanto o financiamento para as organizações e projetos sociais acusa os primeiros sinais de aperto, em diversas empresas a preocupação com a área socioambiental começa a ceder espaço para a preocupação com a própria sobrevivência financeira.
Ainda que ninguém conheça ao certo a dimensão e os efeitos da crise sobre a economia real, especialistas ouvidos pela Folha são unânimes em afirmar que ela será um importante teste para a continuidade -ou a interrupção- dessa onda. m um primeiro momento, as estruturas de financiamento do chamado terceiro setor (representado pelas iniciativas da sociedade civil com caráter de utilidade pública) tendem a ser as mais afetadas devido à crise internacional.
"Estamos justamente em um momento de planejamento e, como o cenário para o próximo ano ainda é incerto, a tendência é o setor privado apertar o cinto no repasse de recursos ao terceiro setor. É um contexto preocupante para o terceiro setor como um todo e para o investimento social privado em particular", afirma Fernando Rossetti, secretário-geral do Gife (Grupo de Institutos Fundações e Empresas), entidade que reúne os principais investidores sociais privados do país.
O aperto financeiro, que em alguma medida também virá do setor público, ocorre em um ambiente em que a competição por recursos já estava acirrada, resultado do aumento no número de organizações e das exigências mais rígidas por parte dos financiadores. E coloca em xeque a própria sustentabilidade de algumas organizações.
"Sempre que acontecem cortes em orçamentos governamentais, bem como do setor privado, o terceiro setor e as áreas sociais são sempre os primeiros a sofrer", diz Cristina Pimenta, coordenadora-geral da Abia (Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids).
No Brasil, esse aperto tende a ser reforçado por uma característica local: a origem dos recursos repassados ao terceiro setor guarda estreita relação com os resultados das empresas em cada ano.
"São raros os casos aqui de fundos patrimoniais. O grosso dos recursos para o terceiro setor no país está no meio empresarial. Ou seja, dependem da performance da empresa e são geralmente votados ano a ano dentro da estratégia de investimento social de cada uma delas. Isso nos permite prever um ano pesado para o setor em 2009", afirma Marcos Kisil, presidente do Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social).
Os fundos patrimoniais (que dão nome às fundações) são geridos de forma independente da gestão financeira das empresas e, portanto, com menor dependência de seus resultados. Um provável efeito desse aperto, segundo os especialistas, é o terceiro setor no país passar por um movimento de consolidação, caracterizado por fusões de algumas organizações, maior número de parcerias estratégicas e, obviamente, pela extinção de outras.
"As organizações que conseguiram diversificar o seu modelo de sustentabilidade, diversificando as fontes de receitas, são as mais bem preparadas para passar por essa crise. As que não fizeram isso tendem a ser mais prejudicadas", afirma Rossetti, lembrando que esse movimento já ocorreu em outros países, como os EUA.

Reforma tributária é 'prioridade máxima', diz Mantega

Agência Estado / Adriana Fernandes
29/10/2008
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo dá "prioridade máxima" à aprovação da reforma tributária. Segundo Mantega, em resposta a críticas do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), há boas chances de a reforma ser aprovada o mais rápido possível na Câmara dos Deputados. Em debate no 3º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), o senador tucano disse que faltou vontade política do governo para colocar a reforma tributária em votação.
Segundo Tasso Jereissati, quando o governo quer, consegue colocar a matéria em votação. O senador ainda disse que, até agora, não houve qualquer movimento do governo para colocar a reforma tributária na pauta. Mantega justificou dizendo que 2008 é um ano eleitoral, o que dificultou a tramitação da proposta.

Congresso mexicano aprova polêmica reforma energética

Reuters / Miguel Angel Gutiérrez
29/10/2008
O Congresso mexicano aprovou nesta terça-feira uma polêmica reforma energética que permite uma maior participação do setor privado na exploração e extração de petróleo para conter a constante queda na produção.
A reforma de sete decretos foi aprovada na Câmara dos Deputados com votos dos deputados do partido da situação Partido Acción Nacional (PAN) e parte do esquerdista Partido Revolucionario Institucional (PRI) na maioria dos decretos.
O último parecer, que continha o áspero tema dos contratos com incentivos aos privados que participem da exploração e extração de petróleo, foi aprovado por 395 votos a favor e 82 contra.
Um grupo de deputados opositores esquerdistas chegou a tomar a tribuna em protesto contra a reforma.
O primeiro dos sete decretos concede ao regulador de energia mais poderes para vigiar e supervisionar a estatal petroleira Pemex como o transporte de hidrocarbonetos e armazenamento.
No segundo, cria-se um organismo para assegurar o uso eficiente de energia e o terceiro cria um outro que será o encarregado de autorizar projetos de exploração e extração de hidrocarbonetos. Já o quarto sanciona a lei de energias renováveis.
"A Pemex poderá enfrentar seus desafios atuais e futuros com maior eficácia e contar agora com mais recursos financeiros e maior flexibilidade de operação", disse o deputado do PAN Jorge Nordhausen, durante o debate.
A reforma foi aprovada na semana passada pelo Senado.

Carteiras argentinas irão repatriar seus recursos

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados / Ansa
29/10/2008
Os Fundos de Aposentadorias e Pensão (AFJP, na sigla em espanhol) irão repatriar, possivelmente até o final desta semana, 1,8 bilhão de pesos (cerca de US$ 567 milhões) investidos no Brasil, informou o jornal argentino La Nación.
Na noite de segunda-feira, o superintendente da AFJP, Amado Boudou, que também é diretor-executivo da Administração Nacional de Segurança Social (Anses), assinou um documento com essa resolução.
A medida, que deve ser referendada pela Comissão Nacional de Valores, a Comissão de Valores Mobiliários argentina, e pelo Banco Central, estipula um prazo de três dias para que as administradoras tragam os fundos de volta para o país, explicou a publicação argentina, que informou que a operação deve ser iniciada hoje e terminar nesta sexta-feira.
A transferência dos fundos do exterior para a Argentina por parte das administradoras de fundos de pensão privados visa garantir uma maior oferta de divisas, como uma maneira de evitar a alta do dólar.
Assa decisão foi informada às entidades em uma reunião ocorrida na manhã de segunda-feira, em que Boudou e o gerente-geral da superintendência, Sergio Chodos, também pediram que a AFJP não comprasse dólares e não vendesse títulos da dívida pública para não afetar os mercados.
Ainda segundo o La Nación, não se descarta a aplicação de uma medida para obrigar as entidades a desfazer investimentos nos Estados Unidos.
Na semana passada, o governo de Cristina Kirchner anunciou que irá estatizar o sistema de previdência privada, o que assustou os mercados e provocou grave queda na Bolsa de Buenos Aires.
Ontem, o índice Merval da Bolsa de Buenos Aires avançou 6,58%, a 895,06 pontos, em sintonia com os principais mercados mundiais.

Câmara aprova MP de ajuda aos bancos

Ultimo Segundo/Santafé Idéias / Carol Pires
29/10/2008
A Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória 442, que permite o Banco Central a aceitar carteiras de bancos pequenos afetados pela crise como garantia de empréstimos em operações chamadas de redesconto. A proposta visa dar mais liquidez ao sistema bancário como forma de combater as turbulências da economia internacional.
Por recomendação do relator da MP, deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), o Banco Central deverá detalhar mensalmente todas as operações de empréstimo para socorrer bancos em dificuldades em um relatório a ser fiscalizado pelo Congresso Nacional.
Para dar mais transparência às operações, os deputados aprovaram uma emenda que obriga o presidente do BC a realizar audiências públicas com os parlamentares, enquanto existir a possibilidade de insolvência e crise de liquidez no mercado. Além disso, o Conselho Nacional terá de criar regras claras e não discriminatórias para as instituições que buscam empréstimos.
O plenário da Câmara também aprovou uma emenda do deputado Paulo Renato (PSDB-SP) que responsabiliza os diretores de instituições financeiras que utilizarem títulos inadimplentes nas operações de redesconto.

Brazil to set rules in November for exploiting oil

Tue Oct 28, 2008 3:51pm EDT
SAO PAULO, Oct 28 (Reuters) - Brazil's government should define rules by the end of November for exploiting the country's recently discovered subsalt oil reserves, President Luiz Inacio Lula da Silva's chief of staff said on Tuesday.
"Today it's a case of working out what will be for companies and what will be for the government," said Dilma Rousseff at an industrial event in the capital city Brasilia.
The subsalt oil was discovered by national energy giant Petrobras (PETR4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz)(PBR.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) in 2007 and could turn the Latin American country into a major global oil producer if reserves, below ultra-deep coastal waters, are as large as hoped.
Rousseff said the subsalt reserves carried a low risk for exploration, which would imply a larger "participation of the (state) in the oil."
In two wells alone, Petrobras discovered between 8 billion and 12 billion barrels of oil equivalent (oil and natural gas), which would already double national reserves.
Analysts say subsalt oil could total as much as 80 billion barrels, which could catapult Brazil into the ranks of the top 10 oil producers.
The government has mulled the idea of creating a second state oil company to manage the new subsalt fields but has not yet announced a decision on this.
(Reporting by Isabel Versiani; Translated by Peter Murphy; Editing by David Gregorio)

Argentine Pension Fund Seizure May Cause Brazil Stock Fire Sale

By James Attwood and Fabio Alves
Oct. 29 (Bloomberg) -- Argentina's planned nationalization of its retirement system may trigger a fire sale of Brazilian stocks as private pension funds are forced to shed foreign holdings.
The funds shouldn't own assets abroad, Amado Boudou, the head of the country's social security agency, told lawmakers yesterday. The agency wants AFJPs, as the pensions are known, to unload all Brazilian assets as soon as this week, La Nacion reported, citing Boudou.
``That's not news we like, but I don't think it will cause problems,'' Carlos Kawall, chief financial officer of Brazil's securities exchange BM&FBovespa SA, said in an interview in New York yesterday.
Pension funds in Argentina owned 1.8 billion pesos ($541 million) of Brazilian stocks including Cia. Vale do Rio Doce, Petroleo Brasileiro SA and Banco Bradesco SA as of Oct. 15, according to the regulator's Web site. Although that's only 0.1 percent of Brazil's total market value, it represents 21 percent of average daily trading in the past week.
Argentina's social security agency is seeking a resolution that would require AFJPs to sell 25 percent of the Brazilian assets as soon as today, 35 percent a day later and the rest the following day, La Nacion reported, citing Boudou. The proceeds would be used to calm local markets, according to the newspaper report.
Boudou wasn't available to comment, assistants said yesterday, and he didn't return phone messages.
`Shouldn't Be Invested Abroad'
Besides the Brazilian investments, the AFJPs owned 4.92 billion pesos of other foreign assets as of Oct. 15, according to the regulator's Web site.
``The funds shouldn't be invested abroad,'' Boudou said yesterday in a speech to lawmakers, who started debating President Cristina Fernandez de Kirchner's planned pension nationalization announced last week.
The government, grappling with a financial crisis that has frozen access to credit, is seeking control of about $26 billion in privately run retirement accounts. Nestor Kirchner, Fernandez's husband and predecessor as president, began tightening restrictions on private pension funds last year, requiring them to keep more investments in the country to sustain economic growth.
The country's main stock index tumbled 27 percent last week and the yield on Argentina's 8.28 percent dollar bonds due in 2033 soared above 27 percent as the nationalization plan spooked investors already shaken by slumping commodity prices and slower growth.
Argentina Ownership
The retirement system, set up in 1994 to help bolster capital markets, owns about 5 percent of companies listed on the Buenos Aires stock exchange and 27 percent of shares available for public trading, data compiled by pension funds show.
Boudou said in yesterday's speech that authorities will ``protect the value'' of the AFJPs' local equity holdings since Argentina ``doesn't need cash or funds,'' and will avoid any steps to exercise control over companies.
``Don't think we are going to rush out and sell at any price,'' he said.
Argentina's Merval index rose 6.6 percent yesterday as Brazil's Bovespa rallied 13 percent, joining an advance in equities around the world after commodity prices rose.

UPDATE 1-Brazil government to offer cheap construction credit

Tue Oct 28, 2008 11:40am EDT
(Recasts, adds finance minister comments and context)
BRASILIA, Oct 28 (Reuters) - Brazil's Finance Minister Guido Mantega said on Tuesday the government may ease tax requirements for companies battered by the global financial crisis and will unveil cheap financing for the construction industry.
The government loans, to be announced on Wednesday, will help construction companies with working capital, Mantega said.
"It will be a credit line at a much lower cost," Mantega said at an event sponsored by the National Industry Confederation in Brasilia.
Brazil's government has adopted a slew of measures in recent weeks aimed at alleviating the impact of the global credit crunch in Latin America's largest economy.
These have included foreign exchange swap auctions, selling of dollars in the spot market and increasing credit lines to farm and construction industries.
Mantega also said the government was studying the possibility of temporarily extending the time Brazilian companies have to pay their taxes.
He said the government has concerns about the fiscal balance and is already vigilant of a possible reduction in government revenues, due to the economic slowdown.
(Reporting by Isabel Versiani, Writing by Ana Nicolaci da Costa, Editing by Walker Simon)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Brasil investiu 1,02% em pesquisa e desenvolvimento em 2006

Consumo de energia cresce e atinge recorde em setembro

Crise levou 50% do valor de mercado das empresas, calcula Economatica

Fundos de pensão totalizam 17,2% do PIB brasileiro

Mercosul propõe maior integração comercial e financeira para combater crise

Mercosul propõe maior integração comercial e financeira para combater crise

EFE
28/10/2008
Os países do Mercosul concluíram hoje que o bloco precisa aumentar o comércio inter-regional e fortalecer a integração financeira para fazer frente à atual crise internacional.
Os ministros das Relações Exteriores e de Economia dos dez países do chamado Mercosul ampliado, que se reuniram hoje em Brasília com os presidentes de seus bancos centrais para analisar a conjuntura mundial, destacaram que a integração funcionaria como uma espécie de escudo contra a crise.
Nesse sentido, alegaram que um aumento da integração, especialmente do comércio entre os países da região, pode ajudar a minimizar as perdas decorrentes da falta de liquidez no mercado e de eventuais quedas nas exportações para os países ricos.
Da reunião, em que foram discutidas propostas, mas não foram adotadas medidas concretas, participaram representantes dos membros plenos do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, cujo processo de adesão está sendo concluído) e dos países associados (Bolívia, Colômbia, Chile, Equador e Peru).
Em comunicado, os ministros reafirmaram sua "convicção de que o aprofundamento da integração regional e o fortalecimento dos laços comerciais e de cooperação financeira podem contribuir (...) para o aumento do crescimento" e ajudar a "preservar e ampliar as conquistas econômicas e sociais dos últimos anos".
"Coincidimos em que é preciso valorizar o patrimônio de integração que construímos e reforçar nosso comércio", disse o chanceler brasileiro, Celso Amorim, em entrevista coletiva.
Por sua vez, o chanceler argentino, Jorge Taiana, destacou a importância de se reconhecer "o processo de integração e de comércio" para "fazer frente à crise".
"A resposta que podemos dar à crise é o aumento do comércio inter-regional. Quanto maior a crise, maior deve ser a integração", disse o vice-ministro de Relações Econômicas e Integração do Paraguai, Óscar Rodríguez Campuzano.
No comunicado, os ministros também manifestaram a necessidade de serem adotados mecanismos que permitam à região ter uma integração financeira para para enfrentar a falta de liquidez internacional com recursos próprios.
Dentre esses mecanismos, foram citados especificamente o Banco do Sul, cuja ata constitutiva foi assinada em dezembro passado, em Buenos Aires, e que, segundo o comunicado, está orientado "ao desenvolvimento mais harmônico, equitativo e integral da América do Sul".
O chefe da diplomacia venezuelana, Nicolás Maduro, disse a jornalistas que uma das propostas discutidas foi a coordenação e a aceleração da estratégia regional para a construção de um "sistema financeiro do Sul".
"Temos que construir um sistema que permita dar uma resposta à crise de hegemonia que vive o dólar como moeda dominante nos últimos 60 anos e avançar em direção à criação de mecanismos de câmbio que construam bases para uma moeda comum na América do Sul", afirmou.
Maduro disse que outras ferramentas desse sistema são a implementação imediata do Banco do Sul e a criação de um fundo de reservas que sirva para financiar o desenvolvimento regional.
O comunicado também menciona mecanismos existentes no Mercosul, como o uso de moedas locais para o comércio entre os países da região, já implantado entre Brasil e Argentina.

Fundos de pensão totalizam 17,2% do PIB brasileiro

Investnews
28/10/2008
Os ativos totais dos fundos de pensão atingiram R$ 465,5 bilhões em julho de 2008, valor equivalente a 17,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. As informações são da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).
A carteira consolidada do conjunto dos fundos de pensão alcançou R$ 444,2 bilhões também em julho.
Segundo a Abrapp, a rentabilidade estimada da carteira consolidada dos fundos de pensão nos últimos 12 meses, incluindo julho deste ano, foi de 15,63%.
No sétimo mês, a carteira variou negativamente 1,52%, tendo a renda fixa proporcionado um resultado positivo de 1,29%, e a variável sofrido uma oscilação negativa de 6,79%.
No ano, a rentabilidade estimada de 3,12% encontrava-se abaixo da meta atuarial de 8,49%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 6%.

Crise levou 50% do valor de mercado das empresas, calcula Economatica

Valor Online
28/10/2008
A crise financeira internacional já derrubou pela metade o valor de mercado das empresas brasileiras com capital aberto em 2008. Segundo levantamento da Economatica, com 330 empresas de capital aberto, as perdas acumuladas em 2008 já ultrapassam R$ 1 trilhão, o que corresponde a desvalorização de 49,7%.
Segundo a consultoria, o valor de mercado dessas empresas passou de 2,099 trilhões, no final de 2007, para R$ 1,055 trilhão, em 24 de outubro deste ano.
As 30 empresas do setor de construção analisadas pela Economatica foram as mais afetadas pela queda, com recuo de 72,3% em seu preço do mercado, ou R$ 38,4 bilhões em valores nominais. O setor de papel e celulose é o segundo maior perdedor, com desvalorização de 67,7% (R$ 30,7 bilhões). A lista segue com eletroeletrônicos (-61,8%) e máquinas industriais (-59,5%). Telecomunicações foi o setor que sofreu menos com a crise, perdendo 23,5% do seu valor de mercado.
Em termos nominais, o líder em perdas é o setor de petróleo e gás, que se desvalorizou R$ 232 bilhões (53,3%) nesse período. O setor de finanças e seguros perdeu R$ 223,1 bilhões e o de mineração, R$ 160 bilhões.

Consumo de energia cresce e atinge recorde em setembro

Reuters
28/10/2008
O consumo de energia do Brasil ainda não refletiu a crise financeira que está abalando a economia de todo o mundo e subiu 4,8% em setembro (ante setembro de 2007), atingindo volume recorde no ano de 33.362 gigawatts, segundo informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta segunda-feira.
O segmento industrial, no entanto, mostrou em setembro sinais de recuo, com a queda de consumo em relação ao mês anterior pela primeira vez este ano. A redução em setembro foi de 168 GWh contra agosto.
O setor comercial teve consumo de energia 6,8% maior em setembro contra um ano atrás e o residencial subiu 4,9%.
"O consumo mostra que os reflexos da crise financeira mundial ainda não se fizeram sentir no mercado brasileiro de energia elétrica, embora já possam ser percebidos alguns sinais no setor industrial", afirmou a EPE em um comunicado.
A EPE reviu a estimativa para o ano, de crescimento de 4,8% em relação a 2007 previsto no início do ano para 3,8%.
Na comparação com setembro do ano passado o consumo industrial ainda subiu 4,6%, mas o número de crescimento foi o menor para o ano.

Brasil investiu 1,02% em pesquisa e desenvolvimento em 2006

EFE
28/10/2008
O Brasil destinou 1,02% de seu Produto Interno Bruto (PIB) a pesquisa e desenvolvimento (P&D) em 2006, mais do que México e Chile, mas longe dos 2,26% em média, investidos no conjunto da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE), segundo um estudo publicado nesta segunda-feira pela organização.
O resultado coloca o Brasil acima de outras economias emergentes, como Rússia e China, porém atrás da Argentina, indica a OCDE no estudo "Dinamismo Global em Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento", elaborado a cada dois anos.
O relatório diz que a participação pública e privada nesse tipo de investimentos é semelhante, com 51% para o Estado e 49% para as empresas, e indica que o Brasil, entre os países que não são membros da OCDE, é um dos que mais recebem investimento estrangeiro direto.
A instituição afirma que 60% da participação registrada no Brasil provêm de entidades de fora do país.
O relatório diz que "apenas 10,7% dos graduados universitários têm titulações em ciência e engenharia", de acordo com dados de 2006.
Entre a população de 25 a 64 anos, 7,8% chegam ao ensino superior, acrescenta a OCDE.
A tendência das patentes acadêmicas brasileiras aumentou em um terço entre 2004 e 2005 e as receitas de aluguel de patentes cresceram 60%, segundo dados da Agência de Inovação da Universidade de Campinas (Unicamp).
A porção de publicações científicas brasileiras foi de 1,4% do total mundial, uma taxa "tão alta como a da Suécia" após dobrar entre 1995 e 2005 e ficar em níveis similares aos de Portugal e Cingapura, embora abaixo de China e Coréia do Sul.
A OCDE reiterou que impulsionar a contribuição da inovação ao crescimento da produtividade e competitividade é um dos principais desafios estruturais do Brasil.

Brazil stocks fall despite new liquidity measures

Mon Oct 27, 2008 11:46am EDT
SAO PAULO, Oct 27 (Reuters) - Brazil's central bank took new steps to help the country's liquidity-starved financial system on Monday, boosting the currency against the dollar as global recession fears sent stocks lower for a fifth straight session.
The central bank said it had further eased reserve requirements on demand deposits, a step it said would add up to 6 billion reais ($2.6 billion) to the financial system.
It has already pumped about $30 billion into the foreign exchange market this month to ease the impact of the global financial crisis, in the form of dollar swaps, dollar repurchase agreements and selling some of its dollar reserves.
Brazil's real BRBY, which has lost about a third of its value against the strengthening dollar since early August, gained about 3.5 percent to 2.245 per dollar as the central bank sold another $1.25 billion in dollar repurchase agreements.
It will also offer $1.5 billion in a currency swap auction on Monday.
The stock market's Bovespa .BVSP index slid 3.48 percent to 30,384.64, after earlier touching a three-year low, following sharp slides in Asian and European markets and a weaker open on Wall Street.
The index has lost more than half its value so far this year, with losses accelerating sharply in the past month as foreign investors flee emerging markets and seek shelter from the financial crisis in dollars.
Market heavyweight Petrobras (PETR4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) sank 5.9 percent to 19.20 reais as oil prices sank to a new 17-month low below $62 a barrel. For full story, see [ID:nSYD351781]
Vale (VALE5.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), one of the world's top three miners, fell 5.31 percent to 20.88 reais as concerns about the impact of tumbling commodity prices continued to weigh on its shares.
The country's battered banks were one of the few market sectors to avoid sharp losses on Monday.
Banco Itau (ITAU4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) (ITU.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), Brazil's second-largest private-sector bank, announced its third-quarter earnings results early in a bid to reassure investors.
It said its net profit jumped 14.6 percent in the third quarter thanks to strong growth in its credit portfolio, but saw loan growth in the country slowing sharply next year as the economy cools.
The country's largest private-sector bank group Banco Bradesco (BBDC4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) (BBD.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) reported a 3 percent increase in third-quarter net profit and said it is not exposed to risky foreign currency derivatives that have hit several firms.
Itau shares rose on the strong earnings report, climbing more than 3 percent in early afternoon trading, and last changed hands up 0.69 percent at 17.62 reais. Bradesco gave up early gains to trade down 1.05 percent at 19.80 reais.
Major lender Unibanco (UBBR11.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) (UBB.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) also released its results earlier than scheduled last Friday to reassure investors as its shares plunged more than 22 percent at one point. It was trading at 10.4 reais on Monday, down 0.95 percent. (Reporting by Aluisio Alves and Jenifer Correa; Writing by Stuart Grudgings; editing by Gary Crosse)

Brazil hosts meeting to discuss financial crisis

Mon Oct 27, 2008 10:56am EDT
BRASILIA, Oct 27 (Reuters) - Finance ministers and central bank chiefs from Latin America gathered in Brazil's capital on Monday to discuss the financial crisis, which is threatening to severely slow growth in the region's economies.
Brazil confirmed the presence of Foreign Minister Celso Amorim, Finance Minister Guido Mantega and Central Bank President Henrique Meirelles at the extraordinary meeting of top officials from members of the Mercosur trade bloc and associated countries.
Foreign and finance ministers from Argentina, Chile and Venezuela are also due to attend, as well as Uruguay's finance minister. Central bank presidents from Argentina, Chile, Ecuador and Venezuela will also be present.
A news conference was scheduled for 5:30 p.m. (1930 GMT)
Emerging markets have suffered in recent weeks as fears of a global recession drove investors out of riskier emerging market assets.
The International Monetary Fund is hurrying to approve by early November a package that would let certain emerging market economies exchange local currencies for U.S. dollars to ease short-term credit strains, officials familiar with the plans said last week.
The plan was being driven by Latin American directors on the IMF board, who have long pressed for new lending programs designed specifically for the needs of emerging economies. (Reporting by Ana Nicolaci da Costa; editing by Mohammad Zargham)

UPDATE 1-Brazil finance minister plans no derivatives rescue

Mon Oct 27, 2008 12:10pm EDT
(Adds finance minister comments, background)
SAO PAULO, Oct 27 (Reuters) - Brazil's government has no plans to rescue firms in distress because of bad currency bets with foreign exchange derivatives, Finance Minister Guido Mantega said on Monday.
Large Brazilian conglomerates such as the Votorantim Group, food processor Sadia (SDIA4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) and pulp producer Aracruz (ARCZ6.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) have announced massive trading losses on derivatives contracts in recent weeks as the country's currency plunged against the dollar.
Mantega said the government will not absorb the companies' losses with the contracts.
Still, it will seek to increase lending for investments in plant expansions and infrastructure so that companies can better cope with a global liquidity crunch.
"Companies that ventured in the futures market will have to pay the price of their daring move and it won't be the government that will cover that," Mantega told journalists. "Still, the government has an obligation to offer credit and liquidity at market prices."
Brazil's currency, the real BRBY, surged 20 percent against the dollar in 2007 and it had strengthened another 14 percent in 2008 through early August, prompting many companies to bet the Brazilian currency would stay on a strong path.
Those bets turned sour as the turmoil in global markets deepened and concerns over a worldwide recession led to sharp capital outflows from emerging markets. The real has weakened 30 percent since reaching a nine-year high in early August, causing currency losses for a slew of companies. (Reporting by Carmen Munari; Writing by Elzio Barreto, Editing by Walker Simon)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Governo já estuda validar benefí­cios fiscais

Ministros do Mercosul se reunirão para discutir crise

Japão anuncia novas medidas para combater a crise

Indústria pede fundo de R$ 10 bi para Lula

Brasil pode ganhar poder com "nova ordem mundial"

Paraguai quer aumentar exportações ao Brasil em 178%

Agência Brasil
27/10/2008
O Paraguai pretende exportar US$ 1,2 bilhão para o Brasil em 2009, valor 178% maior do que o desempenho de 2007, que chegou a US$ 434 milhões. A informação foi dada nesta sexta-feira por representantes do governo paraguaio durante a 13ª Reunião da Comissão de Monitoramento de Comércio Bilateral, em Assunção, capital do Paraguai, segundo informou a assessoria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Este ano, as exportações paraguaias para o Brasil somaram, até setembro, US$ 489,9 milhões.
Com o valor pretendido para as vendas no ano que vem, o Paraguai conseguiria aumentar a sua participação no mercado brasileiro, que em 2007 foi de 0,4%, segundo destacou o ministro da Indústria e Comércio do Paraguai, Martin Heisecke.
De acordo com Heisecke, o Paraguai quer diminuir o déficit que tem no comércio com o Brasil oferecendo oportunidades para que empresas estrangeiras invistam no país. Até setembro deste ano, esse déficit ficou em US$ 1,413 bilhão.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse que a cooperação com os países vizinhos, principalmente membros do Mercosul, é prioritária e que o incremento do intercâmbio comercial entre os dois países pode ser conseguido à medida que os entraves ao comércio bilateral sejam solucionados.
Ele informou que este ano o comércio entre Brasil e Paraguai já cresceu 69% em comparação com o mesmo período do ano passado, indo de US$ 1,4 bilhão para quase US$ 2,4 bilhões. A importação brasileira de produtos paraguaios cresceu, nesse período, 87% - de US$ 261 milhões para US$ 488 milhões.
Durante a reunião, o secretário-executivo do MDIC, Ivan Ramalho, propôs a criação de um acordo automotivo entre os dois países, já que o Paraguai é o único país do Mercosul com o qual o Brasil não tem um acordo nesse setor.

Ministros do Mercosul se reunirão para discutir crise

EFE
27/10/2008
Os ministros das Relações Exteriores e de Economia e os presidentes dos Bancos Centrais dos países do Mercosul ampliado se reunirão amanhã em Brasília para tentar acordar medidas coordenadas que permitam à região enfrentar a crise financeira internacional.
Da 7ª Reunião Extraordinária do Conselho do Mercado Comum (CMC) participarão tanto representantes dos países-membros do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, em processo de adesão) quanto dos países associados (Bolívia, Colômbia, Chile, Equador e Peru).
Na reunião "será debatida a conjuntura econômica mundial e possíveis ações que permitam prevenir e minimizar impactos da crise financeira na região", segundo um comunicado do Itamaraty.
"Também serão examinadas alternativas para o acompanhamento da situação e a troca de informações sobre iniciativas tomadas em resposta à crise", acrescentou a nota.
Antes da reunião extraordinária, prevista para as 15h (em Brasília) e da qual participarão os representantes das dez nações, haverá um diálogo informal apenas entre os representantes dos quatro países-membros do Mercosul.
Segundo a agenda divulgada pelo Itamaraty, após os encontros, que serão realizados na sede da Chancelaria, os ministros concederão uma entrevista coletiva conjunta.
Em declarações à imprensa na quarta-feira passada, o ministro Celso Amorim disse confiar em que a reunião permita "concordar mecanismos de resposta coordenada" perante a crise financeira.
O chanceler esclareceu que, embora não seja possível uma resposta conjunta de todo o Mercosul, pelo menos o bloco tentará fazer com que as medidas adotadas por cada país sejam conhecidas pelos outros para que "não haja surpresas".
Amorim disse que a região está em condições de dar uma resposta coordenada à crise, pelo menos em alguns terrenos, e citou como exemplo o acordo alcançado entre Argentina e Brasil para substituir o dólar por suas próprias moedas nas operações comerciais bilaterais.
A reunião extraordinária do CMC, a segunda instância executiva de importância do Mercosul depois da cúpula presidencial, foi convocada pelo Brasil em sua qualidade de presidente temporário do bloco.
O encontro tinha sido solicitado previamente pelo chanceler argentino, Jorge Taiana, para quem a região pode enfrentar melhor a crise com medidas coordenadas, do que cada país de forma isolada.
Por sua parte, o ministro da Economia uruguaio, Álvaro García, disse que o encontro será útil para estudar as posições adotadas pelos outros países da região.

Japão anuncia novas medidas para combater a crise

Uma das medidas é o aumento de um fundo para injetar capital nos bancos.
Anúncio não foi suficiente para ajudar Bolsa de Tóquio, que caiu 6,36%
France Presse
27/10/2008
O primeiro-ministro japonês, Taro Aso, anunciou nesta segunda-feira (27) uma série de novas medidas para apoiar os mercados financeiros, entre elas o aumento de um fundo governamental destinado a injetar capital nos bancos em caso de necessidade.
Aso declarou ainda que o Japão vai reforçar a regulamentação das vendas a curto prazo (a venda especulativa de ações, destinada a gerar lucro antecipando sobre a queda dos títulos).
O premier não revelou o novo valor destinado ao fundo governamental de apoio aos bancos.
O ministro delegado para Política Econômica e Orçamentária, Kaoru Yosano, declarou no domingo que o Japão elevaria de dois a 10 bilhões de ienes (84 bilhões de euros, 117 bilhões de dólares) o teto de intervenção do governo para sustentar eventualmente os bancos com dificuldades.

Indústria pede fundo de R$ 10 bi para Lula

Reuters
27/10/2008
Preocupados com os efeitos da crise financeira global, integrantes do comitê gestor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social sugeriram na sexta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a criação de um fundo de R$ 10 bilhões para financiar projetos de infra-estrutura.
A idéia é que o fundo receba aportes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Caixa Econômica Federal (CEF), de fundos de pensão de empresas estatais e de bancos privados. O presidente Lula teria dito que conversará com os ministros da área econômica do governo sobre o tema.
"Sugerimos ao presidente um fundo que pudesse comprar títulos de dívidas dos projetos e, eventualmente, até participação acionária preferencialista", explicou a jornalistas o presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, depois da audiência com Lula.
"Nós acreditamos que os bancos também terão interesse em aportar recursos nesse fundo por que será uma forma dos bancos também desovarem recursos", complementou.
O presidente da Abdib argumentou que o mecanismo complementaria a oferta de crédito para o setor. Segundo o executivo, os investidores enfrentam dificuldades para obter crédito para o curto prazo, pois as linhas de financiamento do BNDES são para o longo prazo.
Os integrantes do conselho pediram ainda ao presidente para que a trajetória de elevação da taxa básica de juros fosse interrompida. Atualmente, a Selic é de 13,75% ao ano. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) está marcada para os dias 28 e 29 deste mês.

Governo já estuda validar benefícios fiscais

Valor Econômico
27/10/2008
O governo federal já não descarta a possibilidade de apoiar a convalidação, pela reforma tributária, de pelo menos parte dos incentivos e benefícios fiscais concedidos pelos Estados e pelo Distrito Federal sem a aprovação - hoje constitucionalmente exigida nesses casos - do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A convalidação é defendida pelo atual relator da reforma na Câmara, deputado Sandro Mabel (PR-GO), que promete apresentar seu relatório na próxima semana.
Mabel propõe o reconhecimento de incentivos concedidos até 5 de julho de 2008. O apoio do governo ao substitutivo dele vai depender da aceitação, pelo deputado, de ajustes a serem propostos hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Para tanto, os dois se reúnem hoje, em São Paulo. A Fazenda já admite que o texto constitucional reconheça aqueles estímulos fiscais que efetivamente foram usados pelas empresas, sem desvirtuamento, gerando investimentos, emprego e renda nos Estados que os concederam. Igualmente preocupado em não legitimar uso desvirtuado, o relator já tinha incluído no seu substitutivo um dispositivo que condiciona o reconhecimento de incentivos à comprovação de investimentos e empregos em volume "compatível" com o empreendimento. Os critérios do que seja compatível serão definidos pelo Confaz.
Mabel entende que, assim, a reforma deixará de fora da convalidação incentivos usados só para "passeio de nota fiscal". O "passeio" ocorre quando as empresas declaram como sendo interestadual compras de mercadorias que fisicamente nem chegam a sair do Estado, só para aproveitar benefícios fiscais concedidos por outro fisco estadual ao comércio atacadista. Esse tipo de benefício é considerado ilegítimo porque gera créditos tributários e, portanto, redução de imposto sem a contrapartida do investimento, pelo menos não, em volume relevante.
A Fazenda entende que o condicionamento exigido pelo relator não basta para evitar desvirtuamento. O problema, segundo auxiliares do ministro Mantega, está no prazo previsto para extinção dos benefícios e incentivos que não se enquadrarem nos critérios de compatibilidade a serem definidos pelo Confaz. O texto de Mabel determina extinção ao final de dois anos após promulgação da reforma. O governo não quer por isso, por entender que esta é uma convalidação implícita, por dois anos, inclusive de "passeios de nota fiscal". Para o governo, se o texto de Mabel não for ajustado, nem os créditos tributários decorrentes de passeio de nota fiscal poderão ser glosados, ou seja, recusados pelos Estados que usam a glosa como mecanismo de neutralizar incentivos de outros fiscos. São Paulo é que mais glosa esses créditos.
Caso saia acordo sobre a convalidação, a data de corte (5 de julho de 2008) poderá ser alterada, de modo a estender o período compreendido, admite o relator. Mas certamente não ficará em aberto e necessariamente será anterior à data de promulgação da Emenda. O objetivo é evitar uma corrida de última hora pela criação de novos incentivos fiscais estaduais, depois que os termos da reforma estiverem definidos sob o ponto de vista da negociação política.

Brasil pode ganhar poder com "nova ordem mundial"

BBC Brasil
27/10/2008
A crise econômica mundial está provocando mudanças profundas na geopolítica e, nesse novo cenário, o Brasil pode assumir um papel de maior destaque, afirmaram especialistas reunidos nesta sexta-feira em São Paulo.
Segundo o historiador Paul Kennedy, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, o "momento unipolar" (expressão cunhada pelo analista Charles Krauthammer) surgido após a Guerra Fria, em que os Estados Unidos assumiram uma posição de grande poder, dá mostras de estar chegando ao fim.
Diretor de Estudos de Segurança Internacional de Yale, Kennedy atraiu atenção mundial no final da década de 80, ao lançar o livro Ascensão e Queda das Grandes Potências, em que discutia o declínio dos Estados Unidos.
De acordo com o professor, se no aspecto militar os Estados Unidos continuam sendo uma grande potência, na área econômica e de finanças o cenário é diferente.
"Mesmo antes da crise dos mercados de subprime já era possível perceber uma mudança de poder, com a crescente influência de outras partes do mundo, como a Ásia", disse Kennedy, um dos palestrantes da conferência "Mudanças na balança de poder global: perspectivas econômicas e geopolíticas", promovida pelo Centro de Estudos Americanos da FAAP e pelo Instituto Fernando Henrique Cardoso.
Segundo Kennedy, a atual crise deve marcar o início de um mundo multipolar, no qual os países são interdependentes e estão interconectados. "A crise mostrou que o Fed já não pode agir sozinho", disse. "Os países devem trabalhar juntos".
Com essa nova realidade, disse Kennedy, ganha cada vez mais importância o chamado "soft power" - termo criado pelo professor de Harvard Joseph Nye para definir o poder de uma nação de influenciar e persuadir, sem uso de força militar, mas pela diplomacia.
Entre os países que poderiam exercer esse tipo de influência, os especialistas citam o Brasil. De acordo com o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, que também participou da conferência, apesar de o Brasil não ter poder militar, tem relevância na área de cooperação econômica e pode exercer o "soft power".

Drills Heighten Brazil-Paraguay Tensions

The New York Times
By ALEXEI BARRIONUEVO
Published: October 23, 2008
RIO DE JANEIRO — Tensions between Brazil and Paraguay, already high because of land invasions of Brazilian-controlled farms inside Paraguay, intensified this week after Brazil’s army began exercises in the border region.
Paraguay’s president, Fernando Lugo, responded sternly, warning Brazil in a news conference in Asunción, Paraguay’s capital, that “not even one millimeter of the territorial sovereignty of the country can be bothered.” If that happens, he added, “the Paraguayan reaction will be swift.”
Paraguayan television this week showed armed Brazilian troops occupying the “Friendship Bridge” separating the countries at Ciudad del Este. It was a chilling scene for Paraguayans, who are bitterly aware of how their country was torn apart by Brazilian invaders in a war 140 years ago.
Brazil’s maneuvers come as the Paraguayan countryside has become increasingly violent. Newspapers have been filled with accounts of deadly conflicts between the police and peasants and between peasants and armed militias controlled by Brazilian farmers. The issue is complicating the countries’ relationship and the nascent presidency of Mr. Lugo, a former Roman Catholic bishop and a champion of the poor.
A senior Brazilian diplomat in Brasília denied Thursday in an interview that the military operations, being carried out in the state of Alto Paraná, were related to the land confrontations involving peasants. The diplomat said periodic exercises took place in the border area, which is known for illicit commerce.
“The last thing the Brazilian government is going to do is use its troops to intervene in an internal Paraguayan issue,” the diplomat said. Still, Brazilian officials expressed concern. A statement by the Brazilian Foreign Ministry on Wednesday said the landless peasants’ movement “threatened to unleash violent actions against communities of Brazilians living in Paraguay.” The statement added that the “threats” by the peasants had been the subject of “apprehension on the part of Brazilian authorities,” and that Luiz Inácio Lula da Silva, Brazil’s president, had mentioned the concern last month in a meeting with Mr. Lugo.
The Paraguayan peasants say that land is being occupied illegally by Brazilian farmers and that corrupt officials have allowed the outsiders to acquire it for decades. The election in April of Mr. Lugo, who spent 11 years working with landless peasants in the countryside, has emboldened them to invade farms controlled by Brazilian soybean producers.
Mr. Lugo acknowledged this week that Paraguay’s sovereignty had not been violated. But he underscored that the military operations had touched a nerve in Paraguay, which was devastated in the 1865-1870 War of the Triple Alliance, which led to years of Brazilian military occupation.
While Mr. Lugo is seemingly beholden to the peasants who believe in him, he also must show he can enforce the rule of law. And a key part of his platform involved efforts to renegotiate contracts with Brazil for the Itaipú hydroelectric plant, along the two countries’ border. Paraguay wants more money for power that is produced at the jointly owned plant.
Fears were heightened last weekend when Paraguayan news outlets replayed an interview from July with the commander of Brazilian border forces, Gen. José Carvalho Siqueira.
Referring to a hypothetical occupation of hydroelectric plants by a foreign social movement, the general was quoted as saying that the Brazilian Army existed to “carry out whatever mission in whatever part of the national territory; if the president determines that an action should be undertaken, then it should be carried out.”

Brazil nerves focus on bank; stocks plunge again

Fri Oct 24, 2008 5:04pm EDT
By Stuart Grudgings
SAO PAULO, Oct 24 (Reuters) - Brazilian stocks slumped for a fourth day on Friday as a major bank became the latest focus of fears of financial instability caused by a liquidity crunch and the currency's dive against the dollar.
The central bank propped up the currency by pumping another $2.5 billion into the market as intense global worries over recession continued to drive investors out of emerging markets.
Brazil's real BRBY fell 1 percent to 2.308 per dollar after earlier slumping about 4 percent.
The Bovespa .BVSP, slid 6.91 percent to 31,481.55, following another sharp fall in U.S. stocks and shares globally. It is down 13.5 percent for the week.
Shares of Unibanco (UBBR11.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) (UBB.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) plunged more than 22 percent at one point, despite releasing earnings that were in line with expectations and reassuring investors it had no exposure to foreign currency risk.
Unibanco shares closed at 10.5 reais, down 8.7 percent, after bank executives said the bank was on solid financial ground, with deposits rising and 33 client companies with what it said were only small currency derivative exposures.
The bank later said it had made an offer to purchase American International Group Inc's (AIG.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) Brazil operations.
The bank had rushed out its third-quarter earnings two weeks early as its shares dived in early trade.
The results were in line with expectations, but what is driving things at the moment is investors' loss of confidence," said Joao Augusto Frota, senior analyst at the RiskBank consultancy.
A handful of leading Brazilian companies have announced billions of reais in currency losses over the past two weeks, including food processor Sadia (SDIA4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz), pulp and paper maker Aracruz (ARCZ6.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) and industrial conglomerate Votorantim.
Aracruz sank 13.7 percent to 2.2 on Friday.
Brazil's national development bank BNDES will help export companies that have losses from foreign currency derivatives, its president Luciano Coutinho said on Friday.
He said talks were taking place between the bank and some companies that had been hurt by the sharp strengthening of the dollar against Brazil's currency but gave no details.
Brazilian policy makers are trying to alleviate a liquidity drought which is pushing up interbank rates, dragging down the currency and may be threatening some businesses and banks, especially small to medium-sized institutions and exporters.
The currency reversed its early losses after the central bank intervened to boost liquidity through an auction of $1.7 billion in dollar swap agreements and also offered dollars in the spot market. It also offered dollars directly in two auctions amd later sold another $752 million in swaps.
The central bank has pumped more than $28 billion into the foreign exchange market this month in the form of dollar swaps, dollar repurchase agreements and outright intervention to add liquidity and support the currency.
On Thursday, it said it stood ready to offer $50 billion worth of swaps, equivalent to a quarter of Brazil's foreign reserves, helping the real briefly soar against the dollar.
The real has been one of the world's worst-performing currencies this year, losing a third of its value since its peak near 1.55 in late July and about 20 percent this month.
Other financial firms also suffered another grim day. Banco do Brasil fell 2.6 percent to 12.75 reais; Bradesco (BBDC4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) dived 7.36 percent to 20.01 reais and Itau (ITAU4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) lost 10.6 percent to 17.5 reais.
Market heavyweight Petrobras (PETR4.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) dived 10.1 percent to 20.4 reais as oil prices continued their slide.
Vale (VALE5.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) , one of the world's top three miners,ended 5.36 percent lower at 22.05 reais.
The company said on Friday that Chinese demand for metals was down sharply but that it would not ship iron ore without a 12 percent price increase that Chinese mills have so far refused to accept.
Vale reported late on Thursday a 64 percent rise in net profit in the third quarter from a year earlier.
(Reporting by Aluisio Alves and Jenifer Correa; Writing by Stuart Grudgings; Editing by Diane Craft)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Falta de liquidez já atinge expectativa da indústria, diz CNI

Mercado fica mais tranquilo com MP 443, diz Acrefi

Opep decide reduzir sua produção em 1,5 milhão de barris diários

Tributação imposta por nova lei contábil provoca dúvidas

Tráfego aéreo registra primeiro retrocesso desde 2003

Opep decide reduzir sua produção em 1,5 milhão de barris diários

EFE
24/10/2008
A Opep decidiu hoje em Viena reduzir sua produção de petróleo em 1,5 milhão de barris diários a partir do dia primeiro de novembro, para 27,3 milhões de barris diários (mbd).
Esta informação foi confirmada por um porta-voz no final da 150ª conferência ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), uma reunião extraordinária convocada de forma urgente ante a forte queda dos preços do petróleo.

Mercado fica mais tranqüilo com MP 443, diz Acrefi

InvestNews
24/10/2008
Em resposta à medida do governo em autorizar bancos oficiais a adquirir participação acionária em instituições financeiras - de uma forma geral - e seguradoras, sem passar por processo de licitação, o presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Adalberto Savioli, diz que ´esta medida está em consonância com o que vem sendo aplicado globalmente para dar mais tranqüilidade ao sistema e, com isso, também injetar mais recursos no mercado financeiro´.
Savioli não acredita que esta é uma maneira de estatizar bancos privados e enfatiza, ainda, que é mais uma mostra do grau de desenvolvimento da economia brasileira, com a garantia de segurança para todo o mercado financeiro e o amadurecimento dos bancos brasileiros, sejam eles de qualquer porte.
Na opinião da entidade, o sistema financeiro brasileiro tem muitas válvulas de escape para contorno da crise, algumas inclusive já ajustadas, como o uso das reservas cambiais e a liberação dos depósitos compulsórios, o que ocorre é que tais medidas não fluíram como o BC imaginava.

Lula e Cristina unificam discurso por solução para crise

Invertia / Laryssa Borges
24/10/2008
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, discutiram nesta quinta-feira, durante telefonema, a unificação do discurso que o Mercosul irá apresentar nas reuniões sobre a crise financeira mundial, convocadas pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, para o próximo dia 15 de novembro, em Washington.
No final da manhã desta quinta-feira, Lula telefonou à governante argentina e, ao comentar os impactos da crise econômica para o bloco de países sul-americanos, defendeu que já nesta segunda-feira, durante a VII Reunião Extraordinária do Conselho do Mercado Comum (CMC), em Brasília, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, de Relações Exteriores, Celso Amorim, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, definam com os argentinos estratégias para que as nações emergentes tenham voz nos debates do G-20 nos Estados Unidos.
Por convocação do presidente Lula, a reunião do CMC reunirá ministros da Economia, chanceleres e presidentes dos bancos centrais da Argentina, Uruguai e Paraguai e dos representantes da equipe econômica dos países associados do Mercosul.
Ao todo, dez países deverão participar dos debates, e chanceleres do Suriname e Guiana também devem apresentar sugestões para minimizar os impactos da crise.
A intenção de convocar a reunião extraordinária do Mercosul havia sido anunciada pelo presidente Lula em entrevista ao Terra e aos demais portais de Internet brasileiros há cerca de dez dias.

Falta de liqüidez já atinge expectativa da indústria, diz CNI

Invertia / Marina Mello
24/10/2008
O agravamento da crise financeira internacional provocou o aumento da incerteza entre os empresários brasileiros por causa da falta de liqüidez, principalmente nas grande empresas, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O índice utilizado pela entidade para medir a expectativa de demanda no setor caiu de 61,2 pontos em julho para 53,5 pontos em outubro. Com maior acesso às linhas externas de crédito, as grandes companhias são as mais afetadas.
Segundo a sondagem industrial feita pela CNI, o percentual de respostas relacionadas à falta de capital de giro como o principal problema enfrentado passou de 8%, no segundo trimestre, para 14,6%, no terceiro trimestre.
Na visão do economista da entidade Renato da Fonseca, a expectativa para os próximos meses é de que o clima de pessimismo seja mantido entre os empresários, por causa da incerteza diante dos efeitos que a crise internacional ainda pode ter na economia brasileira.
"Provavelmente, (o pessimismo) vai se estender porque enfrentamos uma crise de confiança. Se não revertermos isso, a tendência é de aprofundamento", afirmou.
Para Fonseca, ainda é preciso avaliar se as novas medidas anunciadas pelo governo poderão minimizar o clima de incerteza entre os empresários. "Se o governo conseguir amenizar essa crise de confiança, a coisa pode mudar. Por enquanto a incerteza é grande", completou.

Tributação imposta pela nova lei contábil provoca dúvida

Gazeta Mercantil / Andrezza Queiroga
24/10/2008
As mudanças impostas pela Lei 11.638/07, que impõe alterações no balanço contábil para que as empresas se adaptem às normas internacionais de contabilidade, têm provocado dúvidas em empresários e deixado os escritórios de advocacia de mãos atadas no que se refere ao impacto tributário. Apesar de estar previsto na própria lei que as alterações introduzidas por ela não terão efeitos para fins tributários, "na prática não é o que acontece", afirma o advogado Gabriel Marinelli, do Queiroz e Lautenschläger Advogados. "Incentivos fiscais, doações e subvenções de investimentos ficavam fora do resultado, mas com a nova legislação, essas operações deverão ser incorporadas ao resultado da empresa, o que traz um impacto no lucro e, consequëntemente, tornam essas transações passíveis de tributação", avalia o advogado.
Para diminuir este efeito, pelo menos até 2010, foi elaborada uma proposta de medida provisória que cria o Regime Tributário de Transição (RTT). "Que nada mais é do que um efetivo período de transição para que as empresas se adeguem às modificações , estabelecendo procedimentos de transição e prazos, bem como evitar a majoração dos tributos durante este período", explica Felipe Renault, do Caregnato Advogados. Segundo ele, a grande preocupação das empresas é com uma possível revogação de artigos da lei que prevêem que as adaptações contábeis não terão incidência de impostos e contribuições, nem ter quaisquer outros efeitos tributários. "O temor é de que a transparência do balanço conferida pela nova lei faça com que a Receita Federal interprete determinadas informações como prova de aquisição patrimonial ou faturamento, de forma a incidir IRPJ, CSLL, PIS e Cofins, como ocorre com os depósitos bancários, por exemplo", afirma Felipe Renault.
A proposta de medida provisória está parada na Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda e, se aprovada conforme está o texto, fica regulamentado que, pelo menos até 2010, não haverá impactos tributários. "Entretanto, nada garante que ela seja aprovada como está", alerta o advogado Marcelo Escobar, do Toledo e Escobar Advogados. "Sua aprovação permitirá que o empresariado ganhe tempo para se adaptar, mas nem assim sabemos se o problema da carga tributária será sanado", diz. "Essa medida serve para que os empresários tomem fôlego até que em 2010 a legislação ganhe regulamentação e uma forma definitiva, mas acredito que até lá existam artigos que aliviem a preocupação dos empresários e desate o nó que surgiu nos escritórios, que não sabem como agir", assevera o advogado Luiz Felipe Ferraz, sócio do Demarest e Almeida Advogados.
Investimento externo
Apesar de o objetivo da nova lei ser o de incentivar os investimentos externos no mercado nacional e, por conseqüência, o aquecimento da economia nacional, "esse eventual impacto tributário pode causar um desconforto do investidor", avalia Gabriel Marinelli. "A ânsia do Fisco em aumentar a arrecadação pode fazer com que o País arque com o prejuízo, pois se reduz as possibilidades de investimentos estrangeiros", afirma Felipe Renault.
Para Marcelo Escobar, já há temor em se investir em empresas brasileiras por conta da crise global e este impasse "de não se saber que tributações serão devidas, causam insegurança jurídica". Para Luiz Felipe Ferraz, a curiosidade, agora, é saber qual a forma definitiva que a Lei 11.638/07 irá adotar. "Só espero que se estabeleçam regulamentações para que os clientes e os advogados saibam que tom deverão adotar a partir de 2009."