Fri Feb 29, 2008 4:28pm EST
By Elzio Barreto
SAO PAULO (Reuters) - Brazil's real will remain "well anchored" in 2008 as high domestic interest rates lure overseas funds, offsetting an expected current account deficit this year, Merrill Lynch & Co's head of global currency strategy said in an interviewed.
The real BRBYmay strengthen to 1.6 per dollar in March before weakening toward 1.8 per dollar by the end of 2008, said Daniel Tenengauzer, head of global currency strategy at Merrill Lynch. The currency, which gained 20 percent in 2007 and is up 5.5 percent so far this year, traded at 1.686 on Friday.
Brazil's real interest rate, or the rate discounted for inflation, is among the highest in the world at 6.5 percent, luring fixed income investments.
Dollar inflows into local bonds and derivatives should help support the real even as the country posts its first current account deficit in six years in 2008, Tenengauzer said in an interview.
"Given where the current account is, given how high real interest rates are, the combination of these two make the currency still quite exciting," he said.
"Unless the current account really deteriorates a lot between now and the end of the year, the currency should remain very well anchored," he said.
The central bank forecast Brazil will post a $3.5 billion current account deficit in 2008, compared with a surplus of $3.35 billion last year and a surplus of nearly $14 billion in 2005. The expected deficit this year is not a concern because Brazil is growing at a robust pace and needs imports of machinery and consumer goods, Tenengauzer said.
INTEREST RATES
Brazil's central bank is expected to keep the Selic overnight lending rate at 11.25 percent next week for a fourth straight monetary policy meeting in order to keep inflation at bay, according to a Reuters survey of 29 economists.
Brazil's stable interest rate contrasts with a decline in borrowing costs in the United States and expectations of rate cuts in Europe. That raises the appeal of the real to carry-trade investors who borrow in currencies with low funding costs such as the Japanese yen to buy high-yield assets.
"It's not about the carry trade, it's about how much you get remunerated for the risks that you're taking," Tenengauzer said. "In Brazil I'm getting remunerated with the second highest real interest rate in the world for a country that is effectively in balance."
Still, Merrill Lynch expects the real to lose some steam by the end of 2008 as Brazil's trade surplus slips and the central bank cuts borrowing costs.
"We do believe that the real will weaken toward the end of the year but we don't see that as the end of the world," Tenengauzer said. "We still see this as a good environment for the Brazilian real, at least for the next few months."
(Editing by Jonathan Oatis)
segunda-feira, 3 de março de 2008
Merrill sees Brazil interest rate supporting real
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3.3.08
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Argentina defende integração regional energética
Rodrigo Postigo
03/03/2008
O governo argentino ratificou, hoje, a necessidade de uma integração sul-americana para unir esforços e evitar problemas no abastecimento de energia, frente ao crescimento da economia da região e à chegada de um forte inverno.
Na abertura das sessões ordinárias do congresso, a presidente Cristina Kirchner exortou o trabalho em conjunto dos governos de Brasil, Bolívia, Chile, Venezuela, Uruguai e Paraguai para evitar maiores dificuldades.
"Por ser um problema mundial de escassez de energia devemos abordar a questão com muita seriedade. Temos clara ciência de que a integração regional é o único caminho possível", afirmou a presidente.
Em meio a dúvidas de empresários argentinos, Kirchner reiterou que não haverá problemas de abastecimento de energia no próximo inverno, ao contrário do que ocorreu em anos anteriores, quando diversas indústrias sofreram cortes no fornecimento de gás para evitar maiores problemas aos domicílios.
"Teremos mais energia para enfrentar o próximo inverno, sem riscos para nossa produção e para nossos investidores", enfatizou a presidente
Arrecadação do ISS aumenta e tributo passa a ser alvo de disputas fiscais
Valor Econômico
03/03/2008
Como reflexo da ampliação da lista de serviços tributáveis e da maior eficiência na fiscalização do Imposto Sobre Serviços (ISS), a discussão do tributo municipal, que mal aparecia nas contingências fiscais das empresas, generalizou-se em balanços de alguns segmentos. Nos bancos, o imposto é o alvo de contingências de valores cada vez mais representativos. Instituições como Bradesco, Santander, Itaú, Unibanco e Banco do Brasil destacam as discussões com o ISS.
No grupo Bradesco, por exemplo, os processos judiciais e administrativos sobre o ISS somam o que é considerado pelo banco a principal discussão envolvendo risco de perda. No balanço de 2007, é a única contingência mencionada expressamente, com valor de R$ 161,27 milhões.
No Banco Santander, a discussão do ISS no consolidado equivale a R$ 69,52 milhões, valor que ultrapassa o de outras discussões tributárias importantes, como a cobrança do adicional de 10% do FGTS, que vale R$ 55,43 milhões. O valor do litígio de ISS já chega muito perto da ação judicial relacionada aos reflexos do expurgo inflacionário do Plano Verão, que envolve R$ 81,65 milhões.
Na holding financeira do Itaú, o assunto também é relevante. Os autos de infração emitidos por vários municípios somam R$ 129,6 milhões em ISS e estão entre as seis discussões tributárias mais importantes entre as consideradas de perda possível. Esse tipo de litígio não requer provisão, mas obriga as companhias abertas à divulgação em balanço.
Os destaques nos balanços dos bancos não são por acaso. O avanço do ISS, cuja arrecadação consolidada cresceu acima do ICMS recolhido pelos Estados nos últimos anos, concentrou-se em alguns segmentos, entre eles o bancário.
No município de São Paulo, o recolhimento de ISS dos bancos é classificado em dois segmentos. Um deles é o bancário, financeiro e securitário, que representa hoje 12,8% da arrecadação total do tributo. A outra parte, explica Ronilson Bezerra Rodrigues, diretor do departamento de arrecadação e cobrança da Secretaria de Finanças de São Paulo, fica classificada no ISS pago sobre agência, corretagem e intermediação financeira.
“Essa classificação reúne várias atividades, mas a arrecadação predominante é da intermediação financeira, como operações de câmbio dos bancos, por exemplo”, diz Rodrigues. Esse setor respondeu, no ano passado, por 13,9% da arrecadação total do ISS paulistano. Em 2006, esses serviços recolheram 11,1%, o que aponta um aumento de 2,8 pontos percentuais em uma arrecadação com alta nominal de 18% no período.
Para os tributaristas, contribuiu para o quadro a ampliação da legislação do ISS, que passou a permitir expressamente a cobrança do imposto sobre novos serviços a partir de 2004. Entre eles, vários serviços bancários que não estavam expressamente listados como tributáveis, como compensação de cheques e abertura de contas, explica a advogada Fernanda Possebon Barbosa, do Braga & Marafon.
Paralelamente, explica o advogado Júlio de Oliveira, as prefeituras seguiram o exemplo da União e dos Estados e tornaram suas máquinas de arrecadação e fiscalização mais eficientes. “Esse movimento aconteceu não somente nas capitais, mas também em municípios menores. O ISS, que praticamente não existia, passou a ser importante para as prefeituras e também para os prestadores de serviços”, conta.
A cobrança mais eficiente dos municípios suscitou um aumento de discussões administrativas e judiciais relacionadas ao ISS em vários segmentos de prestação de serviços. No setor bancário, considerado combativo pelo fisco em geral, isso se destacou.
Fernanda aponta a discussão sobre o local de prestação de serviço, muito propícia ao setor bancário, cujo atendimento se faz por uma rede pulverizada de agências. “A discussão sobre o ISS devido no município de atendimento bancário ou no local onde está localizado o setor de compensação é um exemplo.” Esse é exatamente o caso do grupo Bradesco, que questiona o ISS cobrado sobre leasing por municípios diversos daqueles nos quais a empresa se considera efetivamente instalada e para os quais o imposto é recolhido.
Outra discussão comum é em relação ao que pode ou não ser considerado como prestação de serviços, caso de autuações ou processos com cobranças de vários municípios contra o Itaú e o Santander. Essa discussão acontece não só porque o serviço não está expressamente previsto na atual lista de ISS, mas também porque, mesmo estando no rol, não pode ser classificado como serviço no entendimento dos prestadores.
“A abertura de contas é considerada prestação de serviços tributável, mas isso é questionável porque essa é uma operação inerente à atividade do banco, mas não é uma prestação de serviços. O banco não abre contas para outras instituições financeiras e não há prestação de serviços para si mesmo”, argumenta Fernanda.
Muitas vezes os prestadores conseguem ganhar a discussão, diz Oliveira, mas os municípios, a exemplo da União e dos Estados, têm preferido autuar e garantir a possibilidade de transformar o litígio numa arrecadação futura.
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3.3.08
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Bovespa Beats Biggest Stock Markets on Brazil Consumers, Steel
By Michael Patterson and Alexander Ragir
March 3 (Bloomberg) -- Brazil's Bovespa Index is beating the biggest stock markets this year on the fastest retail sales growth since at least 2001 and rising global demand for the country's metals, oil and sugar.
The Dow Jones Industrial Average, Japan's Nikkei 225 Stock Average, the U.K.'s FTSE 100 Index and benchmarks from the six other largest equity markets fell more than the Bovespa, which lost 0.6 percent so far this year, according to data compiled by Bloomberg. The Bovespa gained 6.7 percent in February, the best among the biggest markets' indexes, and Brazil's market value rose above $500 billion, surpassing China as the largest emerging market, MSCI Inc. data compiled by Citigroup Inc. show.
The 64-member index overtook the Dow average, the best performer in January, led by gains in Gerdau SA, Brazil's biggest steelmaker, and Cia. de Bebidas das Americas, the country's largest brewer. The Bovespa trades at 14.8 times its members' reported profit, compared with 15.9 for the MSCI Emerging Markets Index, data compiled by Bloomberg show.
``We still see plenty of upside for these stocks,'' said William Landers, a fund manager at BlackRock Inc. in Plainsboro, New Jersey, who invests about 70 percent of the $7.8 billion in Latin American assets he manages in Brazil. ``Brazil still looks very attractive from a valuations perspective.''
Net Creditor
Brazil became a net foreign creditor for the first time this year, inflation dropped to a seven-month low in February and the nation's benchmark interest rate is at a record low 11.25 percent following two years of cuts. Bank lending grew 27 percent in December from a year before, the fastest pace in 12 years, helping spur demand for cars, homes and furniture, according to Brazil's central bank.
The nation's currency, the real, strengthened to the highest in nine years against the dollar last week. The real rose about 4 percent against the U.S. currency this year, boosting dollar-based returns on the Bovespa to 4.5 percent, also the best among the world's 10 biggest equity markets.
Investors may be underestimating the possibility of higher interest rates in Brazil and a slowdown in earnings growth should the U.S. slip into a recession, according to Geoffrey Dennis, a New York-based Latin America equity strategist at Citigroup. Brazilian shares are expensive, Dennis wrote in a Feb. 25 research note.
The Bovespa's price-to-earnings ratio increased 7 percent last month and is up 27 percent since the end of 2005.
`Priced In'
``There's still a lot of positive things going on, but it is much more priced in than it had been historically,'' said David Lazenby, who oversees $6 billion in emerging-market equities and manages the Legg Mason Emerging Markets Trust from Boston. Lazenby reduced his holdings in Brazil at the beginning of the year.
Growth in Brazil will weaken and the economy is expanding at about half the rate of larger markets including China, according to economists in a Bloomberg survey conducted Nov. 21 to Dec. 5. Brazil's gross domestic product may expand 4.4 percent in 2008, down from 4.9 percent last year, the survey said.
Morgan Stanley, the third-biggest U.S. securities firm by market value, estimates Brazilian companies will report 21 percent earnings growth this year, compared with 16 percent growth in emerging markets as a whole.
Porto Alegre-based Gerdau climbed 6.4 percent this year on expectations earnings will rise as the company secures supplies of iron ore. Morgan Stanley estimates global steel prices will rise 19 percent in 2008.
Petrobras Rallies
Petroleo Brasileiro SA rebounded 23 percent from a three- month low on Jan. 21 as crude futures climbed to a record $103.05 a barrel in New York last week and the company discovered a natural-gas field that may be large enough to meet domestic demand. Preferred shares of the Rio de Janeiro-based state-controlled oil company account for about 13 percent of the Bovespa's value and helped the index rally from a 2008 decline of as much as 16 percent.
Cosan SA Industria e Comercio, the world's biggest sugar- cane processor, advanced 39 percent this year on rising demand for sugar-based ethanol as a substitute for gasoline. Sugar prices rose 32 percent in 2008. Cosan is based in Piracicaba.
Companies catering to the domestic market also are gaining. Ambev, the Sao Paulo-based unit of Belgium's InBev NV, said last week that fourth-quarter profit excluding some expenses climbed 20 percent as Latin American customers bought more beer and soft drinks. The company's shares climbed 8.5 percent this year.
Cyrela Brazil Realty SA Empreendimentos e Participacoes, Brazil's largest real estate company, rose 12 percent in 2008 after the company raised a revenue forecast and Goldman Sachs Group Inc. advised clients to buy the stock because of ``pent-up demand for homes'' in Brazil. Cia. Brasileira de Distribuicao Grupo Pao de Acucar, the biggest Brazilian food retailer, has gained 7 percent.
``Domestic demand is taking off,'' said Geoffrey Pazzanese, who helps manage $44 billion at Federated Investors Inc. in New York and is ``overweight'' Brazil.
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3.3.08
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Brazil, Colombia, Mexico: Latin American Currencies Preview
By Alex Lange
March 3 (Bloomberg) -- The following events and economic reports may influence trading in Latin American local bonds and currencies today. Bond yields and exchange rates are from the previous session.
Brazil: The national surplus probably swelled to $1.4 billion in February, up from the $944 surplus reported in the previous month, according to the median forecast of 16 economists surveyed by Bloomberg.
The Trade Ministry will release the data today at 9:00 a.m. New York time.
The real fell 1.3 percent to 1.6905 per dollar.
The yield on the zero-coupon, real-denominated bond due in January 2009 fell 1 basis points or 0.01 percentage point, to 11.83 percent, according to Banco Votorantim SA.
Colombia: President George W. Bush signed a measure on Feb. 29 to extend trade benefits allowing Colombia, Peru, Ecuador and Bolivia to send most exports to the U.S. duty-free.
The extension, through the end of 2008, was approved last week by both houses of Congress without objection. The trade preferences, which have been in place since the early 1990s, are meant to encourage poor farmers in those nations to switch from coca production to flowers, asparagus or other legal crops.
The peso was little changed at 1839.1 per dollar.
The yield on Colombia's benchmark 11 percent bond due July 2020 rose 18 basis points, to 11.56 percent according to Colombia's stock exchange.
Mexico: Futures traders increased their bets that the Mexican peso will gain against the U.S. dollar, figures from the Washington-based Commodity Futures Trading Commission showed on Feb. 29.
The difference in the number of wagers by hedge funds and other large speculators on an advance in the peso compared with those on a drop, known as net longs, rose to 125,334 on Feb. 26, from 116,507 a week earlier.
The peso fell 0.37 percent to 10.7136 per dollar.
The yield on Mexico's 10 percent bonds due in December 2024 fell 4 basis points, to 7.588 percent according to Banco Santander SA.
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3.3.08
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Fazenda prevê renúncia fiscal de R$ 42 bilhões com reforma tributária
Agência Brasil / Paulo Montoia
03/03/2008
O Ministério da Fazenda prevê que a União vai deixar de arrecadar R$ 42 bilhões em contribuições e impostos se for aprovada a proposta de reforma tributária enviada ao Congresso na semana passada. O objetivo dessa renúncia fiscal é estimular o aumento das contratações de trabalhadores, da produção e das exportações. O governo espera compensar essa perda com a arrecadação proporcionada pelo crescimento econômico e o combate à sonegação de impostos.
A estimativa e a expectativa foram expostas pelo secretário de Política Econômica, Bernard Appy, ao apresentar a proposta aos empresários da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e à imprensa. A arrecadação em 2007 foi de R$ 615,043 bilhões.
A proposta enviada ao Congresso unifica impostos e propõe a redução ou eliminação de tributos. De acordo com Appy, o governo estima que deixará de arrecadar R$ 24 bilhões com a desoneração, para as empresas, das folhas de pagamentos de trabalhadores registrados; outros R$ 13 bilhões com a desoneração dos investimentos; e R$ 5 bilhões com a desoneração dos investimentos empresariais em produção. O decréscimo da arrecadação, definido como o custo da transição, se dará em etapas ao longo do período de 2010 a 2016.
Segundo a cartilha da reforma, a tributação às empresas sobre a folha de pagamento dos empregados varia de 42,3% a 50,8%. O governo pretende desvincular da folha salarial as contribuições que não têm ligação direta com o trabalho, como uma taxa de 0,2% para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a contribuição de salário-educação, de 2,5%.“Nós estamos propondo uma redução de 6 pontos percentuais da contribuição patronal sobre a folha, que passaria de 20% para 14%, começando no segundo ano após a aprovação da reforma e indo até o sétimo ano, ou seja, em princípio, de 2010 a 2015. E o que tem no texto da reforma é que é obrigação do governo federal enviar um projeto de lei estabelecendo a desoneração da folha salarial 90 dias após a aprovação da reforma. Com a extinção da contribuição de salário-educação, neste caso substituída por um aumento no IVA Federal [Imposto Sobre o Valor Adicionado], estamos aumentando para 8,5% a desoneração da folha salarial”, afirmou Appy.
O secretário explicou como se daria a desoneração das exportações. "Primeiro, com a transição para o destino, nós eliminamos a resistência dos Estados a ressarcir créditos de ICMS que foram pagos em outros estados. Segundo, estamos propondo o sistema de compensação de débitos e créditos que vai ser factível a partir do funcionamento da nota fiscal eletrônica e da escrituração fiscal digital. Os dois estão juntos".
A idéia, explica Appy, é que empresas que têm créditos acumulados possam, nesse sistema, trocá-los com empresas que têm débitos, seja de IVA Federal, seja de ICMS. "No final desse processo, nós vamos ter a desoneração completa das exportações e, no que diz respeito aos tributos federais, daqui a uns três anos já teremos condições de implantar esse sistema”.
Para desonerar os investimentos, o governo oferece reduzir para zero o prazo que as empresas têm de esperar atualmente "para apropriação dos créditos de ICMS para a compra de máquinas e equipamentos, ao longo do período de transição, de 2010 a 2016, e também a redução de 24 meses para zero do prazo de PIS-Cofins”, explica o secretário de Política Econômica.
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3.3.08
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Kirchner pede igualdade com Brasil em balança comercial
Rodrigo Postigo
03/03/2008
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pediu "eqüidade" na balança comercial com o Brasil, num momento em que seu país acumula déficit histórico com o mercado brasileiro.
"Temos que entender, nós e nosso principal sócio, o Brasil, com quem temos um déficit de US$ 4,3 bilhões, que (esta dívida) aumentou 17% frente ao ano passado", disse. "Qual é a solução? Conversei sobre isso com o presidente Lula e a saída é conseguir um equilíbrio razoável na balança através de maior integração e maior grau de complementaridade entre todas as indústrias, principalmente a indústria automotiva. Esse setor explica até 50% do déficit da balança comercial".
Segundo ela, a integração tem que ser vivida "por todos os setores" que a conformam, "de uma maneira igual para que possa trazer benefícios para todos os setores e não só para uns", afirmou. Cristina defendeu a entrada da Venezuela no Mercosul, destacando que o país presidido por Hugo Cháves é "decisivo" para a equação energética da região.
"Não é questão de simpatia pessoal ou de amiguismo político. É simplesmente um exercício de racionalidade para integrar e fechar, definitivamente, a equação energética na América Latina", disse.
É a primeira vez que a presidente argentina critica o déficit comercial de seu país com o Brasil - fato que vem ocorrendo a quatro anos consecutivos, segundo dados oficiais.
Após a reunião, há uma semana, em Buenos Aires, com os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Evo Morales, da Bolívia, Cristina Kirchner se referiu ao encontro realizado para discutir a escassez de gás boliviano para atender a demanda dos três países.
"(Essa discussão) não se refere só à administração e o uso racional (de energia) porque estamos absolutamente interconectados. Do mesmo modo que Bolívia vende gás para a Argentina para o Brasil, nós devolvemos em botijões ao Paraguai e a Bolívia."
"E do mesmo modo que o Brasil nos vende energia elétrica, nós lhe devolvemos gás através de Uruguaiana que eles convertem em energia elétrica. Da mesma maneira que mandamos energia elétrica ao Uruguai, ele também nos devolve energia e nós mandamos gás ao Chile", afirmou.
Para Cristina, tentou-se mostrar que a escassez energética é um problema só da Argentina. Mas para ela esse é um problema da região e do mundo em geral.
"E nós estamos no mundo e na região. Portanto, devemos abordar a questão com seriedade e tranqüilidade", declarou. Cristina Kirchner disse ainda que, apesar do interesse de cada país, ela espera "responsabilidade" de cada um dos presidentes da região.
"Mas o certo é que a racionalidade e o acordo terão prioridade entre todos que têm responsabilidade na direção dos Estados que compõem a América do Sul", disse.
"Confio, plenamente, na responsabilidade do presidente do Brasil, da Bolívia, de nós mesmos, do Chile e do Uruguai", afirmou.
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Brazil real, stocks firm after Bernanke testimony
Thu Feb 28, 2008 4:28pm EST
(Updates to close)
SAO PAULO, Feb 28 (Reuters) - Brazil's currency and stocks closed marginally firmer on Thursday in volatile trading after U.S. Federal Reserve Chairman Ben Bernanke raised concern over the health of some banks because of the housing sector woes.
The Bovespa index .BVSP of the Sao Paulo Stock Exchange gained 0.09 percent to 65,555.08 points, helped by a rise in stocks of mining giant Vale, while Wall Street shares fell after Bernanke told a Senate committee there probably will be bank failures as the housing slump takes its toll.
Brazil's real BRBY
"The trend (for the exchange rate) is to strengthen more," said Marcos Forgione, a analyst at the Hencorp Commcor brokerage.
Interest-rate futures <0#dij:> on the BM&F commodities and futures exchange in Sao Paulo edged higher.
On the stock market, Vale (VALE5.SA: Quote, Profile, Research), the second most heavily-weighted stock in the index, rose 2.24 percent to 52.5 reais. Talks between Vale to take over rival Xstrata hit an impasse, a source close to the situation said. For details see [ID:nL28684659].
The takeover of Xstrata would increase Vale's debt.
Vale reports fourth-quarter results after the close of markets on Thursday and analysts surveyed by Reuters expect a 44 percent jump in US GAAP net income from a year earlier.
State oil company Petrobras (PETR4.SA: Quote, Profile, Research) -- the Bovespa's main heavyweight -- rose 0.53 percent to 86.15 reais as crude prices surged nearly 3 percent to an all time high above $102 a barrel in New York.
Brewer AmBev (AMBV4.SA: Quote, Profile, Research) rose 2.66 percent to 146.8 reais. The company, part of the world's biggest brewer InBev, said on Thursday its fourth-quarter net income edged 4.1 percent lower to 1.13 billion reais because of foreign exchange losses on investments in units outside of Brazil.
Telecoms group Oi Participacoes (TNLP4.SA: Quote, Profile, Research) edged up 0.11 percent to 44 reais. The company said on Thursday its fourth-quarter profit jumped 48.6 percent and grew by 80 percent for the year of 2007, buoyed by strong growth in its mobile and broadband Internet business.
Vivo (VIVO4.SA: Quote, Profile, Research), Brazil's biggest wireless phone company, tumbled 5.02 percent to 10.6 reais. Portugal Telecom's Chief Executive Henrique Granadeiro said the company has no plans to sell its stake in Vivo, which it co-owns with Spain's Telefonica. (Reporting by Elzio Barreto and Silvio Cascione; Editing by Diane Craft)
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29.2.08
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Brazil February Inflation Slows, Allays Rate Concern (Update2)
By Andre Soliani and Telma Marotto
Feb. 28 (Bloomberg) -- Brazil's broadest inflation index fell to a seven-month low in February, allaying concern that the central bank will need to increase interest rates to keep prices under control.
Consumer, construction and wholesale prices, as measured by the IGP-M, rose 0.53 percent in February compared with a 1.09 percent rise in January, the Rio de Janeiro-based Getulio Vargas Foundation said today in a report on its Web Site. The February rate was the lowest since a 0.28 percent climb in July.
``Recent benign inflation figures postpone expectations that the central bank could raise rates,'' said Marcelo Carvalho, senior economist for Morgan Stanley in Sao Paulo. ``Inflation has clearly decelerated, and the price hike at the turn of the year didn't sustain itself.''
The central bank halted its longest cycle of monetary easing in October as policy makers sought to better gauge whether an inflation pickup was temporary. Annual inflation as measured by the benchmark IPCA index surged from an eight-year low of 2.96 percent in March to 4.56 percent in January.
Carvalho said he thought that it would be premature for the central bank to resume rate reductions. He expects room for further monetary policy easing in the fourth quarter.
Wholesale
Rising wholesale and consumer food prices, which fueled inflation in previous months, decelerated in February, according to Getulio Vargas Foundation.
Wholesale agricultural prices rose 0.23 percent in February, down from 2.31 percent in January. Consumer food prices rose 0.21 percent in February compared with a 2.25 percent jump a month-earlier.
Consumer price inflation in the month through mid-February, as measured by the government's benchmark IPCA-15 index, decelerated to 0.64 percent from 0.74 percent in mid-January, the national statistic agency said in a Feb. 26 report.
In a separate report by the national statistic agency, unemployment rose to 8 percent in January from a six-year low of 7.4 percent in December. The increase was expected as companies shed temporary Christmas staffing.
Still, unemployment in January was lower than the 9.3 percent rate a year-earlier.
The real weakened to 1.6762 per dollar at 11:18 a.m. New York time. Brazil's currency yesterday touched 1.6630 per dollar, the strongest since May 1999. The currency has gained 26 percent in the past 12 months, the biggest increase among the 16 major currencies against the dollar.
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29.2.08
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UPDATE 1-Bernanke backs lower tariff on Brazil ethanol
Thu Feb 28, 2008 12:03pm EST
(Adds Bernanke's comments)
WASHINGTON, Feb 28 (Reuters) - Federal Reserve Chairman Ben Bernanke said on Thursday he favored cutting high tariffs on Brazilian ethanol to help take pressure off food prices.
"As you know, I favor open trade and I think allowing Brazilian ethanol, for example, would reduce costs in the United States," Bernanke told the Senate Banking Committee.
Most of the ethanol made in the United States comes from corn, and domestic production is protected from sugar-based Brazilian ethanol by a steep tariff.
Bernanke said it was hard to say how much current strong demand for ethanol was boosting food prices.
"But it is the case that a significant portion of the corn crop is being diverted to ethanol, which raises corn prices," Bernanke told the panel.
"And there's some knock-on effects. For example, some soybean acreage has been moved to corn production, which probably has some effect on soybean prices. So there is some price effect on foodstuffs coming through the conversion to energy use," Bernanke said. (Editing by Jan Paschal)
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29.2.08
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Reservas internacionais sobem para US$ 190,490 bilhões
Rodrigo Postigo
29/02/2008
As reservas brasileiras internacionais avançaram em US$ 1,058 bilhão ontem, no conceito de liquidez internacional, segundo o Banco Central (BC). Com isso, o total das reservas brutas passou de US$ 189,432 bilhões para US$ 190,490 bilhões.
Aperto fiscal do governo é o maior da história
29/02/2008
A arrecadação recorde registrada em janeiro turbinou o superávit primário do governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central), que somou R$ 15,4 bilhões no mês passado. O valor ficou 33% acima do resultado fiscal de janeiro de 2007 e é o melhor número mensal da série disponível no Tesouro, iniciada em 1995.Em proporção do PIB, a economia produzida pelo governo central em janeiro foi de 6,89%. Na avaliação do Ministério da Fazenda, o resultado de janeiro usualmente é o maior do ano e, no mês passado, dois fatores considerados atípicos potencializaram mais o resultado.“Houve duas atipicidades importantes: ainda não há Orçamento e a receita de janeiro foi expressiva, decorrente do momento extraordinário da economia brasileira, influenciada pelo último trimestre de 2007″, disse o secretário do Tesouro, Arno Augustin.
Segundo ele, isso reforça a “confiança” na economia do país.Em janeiro, as receitas subiram 12% acima da expansão do PIB na comparação com janeiro de 2007. Um dos motivos foi a arrecadação de R$ 6 bilhões sobre os lucros obtidos pelas empresas em 2007 -receita de Imposto de Renda e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Além disso, o crescimento do emprego formal proporcionou um adicional de R$ 1,7 bilhão em receitas previdenciárias.
Para o Tesouro, esse aumento de receitas não se sustentará nos próximos meses. Augustin não deixou claro, no entanto, como a ausência de Orçamento -que ainda está em fase de votação no Congresso- interferiu no superávit do mês passado. “A falta de Orçamento represa um conjunto de gastos.”Tradicionalmente, janeiro é um mês de baixa execução orçamentária, mesmo com o Orçamento em vigor. Uma prova disso é que, somente em fevereiro, o governo edita o decreto de execução financeira, que autoriza os limites de gastos para os órgãos.
Além disso, em janeiro do ano passado, o governo também não contava com Orçamento aprovado.Em relação a janeiro de 2007, as despesas cresceram 8,8% acima da expansão da economia. Pressionou os gastos principalmente o pagamento de decisões judiciais favoráveis a aposentados da Previdência e a funcionários públicos. As condenações também ocorreram na área de custeio da máquina pública. Essas sentenças consumiram mais de R$ 5 bilhões.Com investimentos, o governo gastou em janeiro R$ 1,262 bilhão -17% a mais que em janeiro de 2007.
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29.2.08
Marcadores: Tributária
Bovespa e BM&F querem se unir para não serem engolidas
Juntas, serão uma empresa de US$ 20 bi, maior que a Bolsa de Nova York
Isto É / Milton Gamez
29/02/2008
Agora é oficial. A Bovespa e a BM&F assumiram publicamente o namoro. Na terça-feira 19, as duas bolsas divulgaram fato relevante ao mercado, confirmando os boatos de que estudam uma fusão. Nos próximos 60 dias, as duas entidades irão definir os termos do acordo que poderá criar uma das maiores bolsas de valores e futuros do mundo, com valor de mercado de US$ 20 bilhões - à frente, por incrível que pareça, da mítica Bolsa de Nova York, do Grupo Nyse Euronext. O boato já circulava no mercado havia algumas semanas e o próprio diretor-geral da Bovespa Holdings, Gilberto Mifano, declarou em meados de janeiro que a união "faz sentido". Diante do fato, as ações dispararam: a cotação da Bovespa Holdings subiu 10,2%, na quarta-feira e a da BM&F, 15,4%. Sinal de que os investidores gostaram da notícia. Mas será que sai casamento? Provavelmente, sim. Mas tudo vai depender de grandes acomodações de interesses e ambições dos acionistas e dos dirigentes de ambas as bolsas. Se for adiante, a união será um marco importante no mercado de capitais. A fundação da Bovespa remonta a 1890. Dela nasceu, 90 anos depois, a BM&F. Juntas, elas seriam a 10ª maior empresa do País em valor de mercado. Estaria à frente de gigantes como Gerdau, CPFL Energia, Vivo e Embraer. Mas, para que isso aconteça, os acionistas das duas casas precisam agir rapidamente. A Bovespa está sendo assessorada pelo Credit Suisse e a BM&F, pelo Grupo Rothschild. Ambas têm interesse em fechar negócio antes que algum aventureiro o faça.
Quando decidiram passar de entidades sem fins lucrativos a companhias abertas, os acionistas da Bovespa e da BM&F se comprometeram a manter suas ações por um mínimo de seis meses após a estréia dos papéis no pregão eletrônico da Bovespa. No caso desta, o prazo de "lock up" vence em abril. No da BM&F, em maio. Depois disso, os sócios poderão se desfazer de suas ações, o que abrirá espaço para ofertas hostis de bolsas concorrentes, como a americana Chicago Mercantile Exchange. Esta já é sócia minoritária da BM&F, com 10%. A Bolsa de Nova York, por sua vez, tem 1% da Bovespa. As duas atuam em mercados maduros e gigantescos e teriam interesse em reforçar a presença em países emergentes como o Brasil. Apesar do valor de mercado alto de suas controladoras, as bolsas brasileiras são muito pequenas diante das americanas em termos de volumes negociados. Segundo a Economática, negociam-se na Bovespa, em média, US$ 3 bilhões por dia, quase 80% de todas as transações com ações na América Latina. Em Nova York, somente as ações da Apple Computer giram US$ 7,6 bilhões por pregão.
No Brasil, a idéia das bolsas é crescer para reinar. Como em toda fusão, há dois grandes interesses em jogo: o econômico e o político. Do lado econômico, que geralmente fala mais alto, a união da Bovespa e da BM&F traria enormes ganhos de escala e economias de custos, aumentando os lucros dos acionistas e dos investidores que operam nas bolsas. "Todo mundo sairá ganhando. Pouca gente vai perder", diz o corretor Eduardo da Rocha Azevedo, ex-presidente da Bovespa e fundador da BM&F. Segundo um estudo de um banco americano que circulou no mercado na semana passada, uma fusão traria ganhos de R$ 100 milhões para os clientes das duas bolsas somente no primeiro ano. Isso viria da economia de custos operacionais, como a liquidação e a custódia de títulos, por exemplo. Se puderem negociar nos mercados a vista e derivativos na mesma casa, os investidores terão economia com relação aos depósitos de garantias, poderão fazer operações cruzadas entre os mercados com mais facilidade e poderão realizar negócios de maior volume. E as reduções de despesas tornariam as bolsas mais lucrativas. Como os maiores acionistas da Bovespa e da BM&F são praticamente os mesmos - corretores, bancos e investidores estrangeiros - e todos ambicionam mais e melhores lucros, uma união criaria valor e evitaria a eventual competição entre as bolsas. Hoje, elas são monopolistas: a Bovespa atua em ações e renda fixa e a BM&F, em derivativos (futuros e opções de DI, dólar, Ibovespa, cupom cambial, boi gordo, ouro, café e etanol, entre outros ativos). Como dominam mercados em franco crescimento, ainda não precisam invadir a seara uma da outra.
A questão mais delicada, portanto, é a política. Depois da troca das alianças, quem vai mandar na superbolsa? Quem vê de fora imagina que a guerra de egos será sangrenta. Tanto a Bovespa quanto a BM&F possuem lideranças muito fortes e executivos influentes e respeitados no mercado e junto às entidades reguladoras. Raymundo Magliano Filho, 65 anos, comanda a Bovespa há sete anos consecutivos e Manoel Félix Cintra Neto, 59 anos, do pelo habilidoso titular. "O Magliano ficou mordido e matou a disputa antes de ela começar", afirma um aliado.
Tanto Magliano como Cintra Neto são verdadeiros animais políticos. Não foi sem muita habilidade que a Bovespa conseguiu, ao longo dos últimos anos, atrair os corretores de outras praças e tornar-se a única bolsa de valores do País. Estudante de filosofia, o carismático presidente da Bovespa deixou sua marca pessoal nas principais conquistas e transformações do mercado. Uniu-se a sindicatos de trabalhadores para derrubar a cobrança da CPMF nos negócios com ações e amanheceu em portas de fábrica para popularizar o mercado acionário. Foi à praia de bermudas catequizar investidores. Cintra Neto, da BM&F, é mais discreto e atua mais nos bastidores. Dirige uma bolsa que reina sozinha num mercado altamente competitivo e reúne, a cada dois anos, a nata da economia mundial no Congresso de Derivativos de Campos do Jordão. Ambos estão unidos na luta contra a cobrança de Contribuição Social sobre o Lucro (CSSL) imposta às bolsas pelo governo para cobrir a extinção da CPMF. Será que estão de acordo sobre o futuro da superbolsa?
O veterano Homero Amaral Júnior, presidente da Associação Nacional das Corretoras (Ancor), não acredita em disputa de poder entre Magliano e Cintra Neto. "Se houvesse disputa, não haveria conversa sobre a fusão", diz ele. Mas qual dos dois irá se aposentar após a união? "Não tenho a menor idéia. Pode até ser um terceiro nome. Torço pelos dois grupos, que já provaram ser muito competentes", afirma. Não menos importante, para as bolsas, será a decisão dos acionistas sobre quem será o principal executivo da nova superbolsa.
Na prática, são os diretores-gerais que mandam no dia-a-dia das organizações e fazem as engrenagens funcionar. Gilberto Mifano, da Bovespa, e Edemir Pinto, da BM&F, são muito competentes e lideram equipes vencedoras. Mifano criou o Novo Mercado, que revitalizou a Bovespa. Mas um dos dois terá de abrir mão do cargo nas negociações. "Não há espaço para dois CEOs. Quem vai escolher são os acionistas", diz Rocha Azevedo. Obviamente, o mesmo irá acontecer em todas as áreas das duas empresas onde houver superposição de funções. A Bovespa tem 821 funcionários e a BM&F, 559. Antes de abrir capital, em 2007, as duas bolsas chegaram a conversar sobre a união, mas não houve acordo. Quando as ações foram a mercado, o valor de cada uma ficou mais claro para todas as partes, o que deve ajudar as conversações atuais. A compra de uma pela outra ou a criação de uma holding que absorveria as duas estão em estudo e trariam economias tributárias significativas.
Por essas e outras, a fusão é estratégica e deve se resolver nos próximos 60 dias. "Se a Bovespa e a BM&F se fortalecerem, poderão comprar outras bolsas na América Latina em vez de serem compradas", diz Rocha Azevedo. Para ele, no futuro sobrarão entre seis e oito bolsas no mundo. "Com a grande concorrência internacional, manter a Bovespa e a BM&F separadas estava ficando insustentável", avalia o corretor Marcos Souza Barros. "A fusão é hoje uma obrigação", diz. Casamentos desse tipo já ocorreram em mercados como Hong Kong, Austrália, Cingapura, Espanha, Alemanha e Canadá. Chegou a vez do Brasil.
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29.2.08
Marcadores: Governança
Brasil e Vietnã poderão firmar parceria em etanol
29/02/2008
O Brasil pretende atuar em parceria com o Vietnã na produção de etanol. O protocolo de intenções foi firmado na última quarta-feira, durante visita do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ao Vietnã. O documento conjunto prevê a cooperação em técnicas de produção e uso de etanol combustível. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve visitar o Vietnã em meados deste ano.
Os dois países fixaram uma meta ambiciosa para as trocas comerciais: pretendem triplicar o comércio bilateral até 2010, passando de US$ 323 milhões anuais para US$ 1 bilhão. O Brasil está de olho nas oportunidades de uma economia que cresce a taxas de 8% ao ano e que ainda tenta se reerguer dos prejuízos da guerra com os Estados Unidos (de 1972 a 1986). Para o Brasil, o Vietnã pode ser também a porta de entrada para o gigantesco mercado asiático, de 2 bilhões de pessoas.
Infra-estrutura, aviação civil, produção de etanol, automação bancária e software estão no foco brasileiro, de acordo com o Itamaraty. Outros setores que interessam aos exportadores brasileiros são agronegócio e petroquímica. Ontem, os empresários que acompanham o chanceler Celso Amorim na viagem participaram de seminário sobre oportunidades de negócios no Vietnã entre os presentes estavam exportadores de café e representantes das empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht. As possibilidades de parceria vêm sendo discutidas desde 2003 pelos dois países.
Brasil e Vietnã mantém relações diplomáticas desde 1989. Naquele ano, o intercâmbio comercial foi de US$ 16 milhões. Após anos de declínio, as trocas bilaterais se intensificaram a partir de 2002. Nos últimos cinco anos, o comércio bilateral cresceu sete vezes. As exportações brasileiras para o país asiático aumentaram em proporções ainda maiores: nove vezes, saltando de US$ 25 milhões para US$ 200 milhões em 2007.
Ainda assim, o Vietnã está longe de integrar a lista dos dez principais parceiros comerciais brasileiros, liderada pelos Estados Unidos, Argentina e China. Para dar maior impulso às relações comerciais bilaterais, em 2006, foi aberto escritório comercial do Vietnã em São Paulo e, em 2007, instalada a Câmara de Comércio Brasil-Vietnã, no Rio de Janeiro.
Para impulsionar as relações em nível governamental, também ficou acertada durante a visita de Amorim a criação de uma comissão bilateral, que tratará de temas de interesse dos dois países. Segundo o Itamaraty, estão em negociação acordos nos campos de ciência e tecnologia, agricultura e esportes e há potencial de cooperação na construção de hidrelétricas, em siderurgia, na indústria alimentícia, no processamento de madeira e na aquicultura.
Amorim aproveitou a visita para convidar o Vietnã a integrar o G20, grupo de países em desenvolvimento, liderado por Brasil e Índia, que luta pela abertura dos mercados agrícolas e pela redução do apoio financeiro concedido pelas nações ricas a seus agricultores.
Juntos, os países do G20 concentram 70% da população agrícola mundial, respondem por 21% do PIB (Produto Interno Bruto) agrícola global e 26% das exportações agrícolas mundiais.
Proposta de reforma simplifica, mas não reduz carga tributária, avalia Fecomercio
Rodrigo Postigo
29/02/2008
Embora o governo federal tenha dado o primeiro passo para concretizar a reforma tributária, a proposta atual apenas irá simplificar a forma de arrecadação, mas não diminuirá a atual carga de impostos de modo efetivo, avalia a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio).
A entidade justifica que não haverá redução da carga tributária, pois o governo irá fixar a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA-F) com base na arrecadação de tributos já existentes. Além disso, explica a Fecomercio, a proposta autoriza que na criação do IVA o imposto venha a integrar sua própria base de cálculo, o que resultaria em uma alíquota final maior do que a aprovada.
O fato de o governo ter escolhido um único mecanismo para implantar a reforma - o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) - não agradou a entidade, que diz acreditar que uma lei complementar ou ordinária seria o mais ideal, pois possibilitaria eventuais correções no texto aprovado pelo congresso e também evitaria a necessidade de um esforço político extra para que todos os Estados da União se sentissem contemplados pelo novo formato do ICMS. Ou seja, o processo se tornaria mais ágil.
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29.2.08
Marcadores: Tributária
Proposta de reforma tributária pretende estimular investimentos
Folha Online / Ana Paula Ribeiro
29/02/2008
A proposta de reforma tributária que começará a tramitar no Congresso Nacional prevê a completa desoneração dos investimentos. Para isso, serão reduzidos gradualmente os prazos que as empresas têm para fazer a utilização dos créditos referentes a impostos pagos na aquisição de máquinas e equipamentos, ou seja, no momento do investimento.
"Um dos objetivos da reforma tributária é a desoneração completa dos investimentos, principalmente pela redução gradual do prazo requerido para a apropriação dos créditos de impostos", explica o texto da cartilha que o Ministério da Fazenda produziu para justificar a necessidade de uma reforma --a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) foi entregue hoje aos parlamentares.
No entanto, essa desoneração será lenta, sendo que sua completa implementação se dará em 2016.
Hoje, as empresas precisam esperar 48 meses para utilizar os créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) --principal tributo dos Estados-- que incide na aquisição de máquinas e equipamentos. Na reforma, a expectativa é que esse prazo caia para 44 meses em 2010 e, gradualmente, chegue a zero em 2016.
No caso dos impostos federais, a desoneração será feita após a criação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que irá unificar o PIS/Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e a Cide (Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico).
O prazo em vigor para aproveitamento dos créditos tributários referentes ao PIS/Cofins é de 24 meses.
Também está prevista a desoneração completa das exportações. Hoje, as empresas exportam e ficam com os créditos referentes ao ICMS. No entanto, nem sempre conseguem ser ressarcidas pelos Estados. Com a mudança da cobrança desse imposto da origem para o destino, o governo prevê que esse ressarcimento ficará mais fácil.
Além disso, será implementado um sistema de compensação de débitos e créditos tributários entre as empresas, o que facilitará o aproveitamento desses créditos.
Outras desonerações
A reforma tributária prevê ainda a redução de impostos para produtos da cesta básica que ainda não passaram por desoneração, como pão, açúcar e óleo de soja. Para as empresas, está prevista ainda a desoneração da folha de pagamentos, reivindicação antiga dos empresários.
A proposta prevê que as empresas deixarão de recolher os recursos referentes ao salário-educação, que é destinado ao Ministério da Educação e é formado por 2,5% da folha de pagamentos. Para que a área da educação não sofra perda de recursos, ficará estabelecido que uma parcela do IVA-F terá essa destinação.
Além disso, o governo pretende, 90 dias após aprovada a PEC da reforma tributária, encaminhar um projeto de lei para desonerar a folha de pagamento. A contribuição patronal à Previdência Social cairia de 20% para 14% em seis anos, sendo reduzido um ponto percentual por ano.
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29.2.08
Marcadores: Tributária
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Riscos que não corremos, resultados que não atingimos
Ivan Postigo
Nossa mente é impressionante, uma palavra, uma imagem, nos remete a análise de situações que sequer estamos levando em consideração em determinados momentos. Por essa razão a melhor forma de “turbinarmos” nossa criatividade e melhoramos nossos resultados é nos colocarmos em movimento.
Há momentos em que mesmo nos dedicando a encontrar a solução para um problema nos sentimos presos num labirinto. Pare! É hora se sair, conversar, olhar a questão sob um novo ângulo.
Dia desses convidei meu filho para acamparmos, enquanto ele ria e me dizia que achava que estava numa nova fase, do conforto, frigobar e dos lençóis limpos, um filme passava pela minha cabeça.
“Via e ouvia”, nitidamente, seus amigos chegando a nossa casa dizendo que haviam passado nos vestibulares, em locais que não imaginavam um dia conseguir aprovação.
A frase era sempre a mesma: “Nossa, nunca imaginei conseguir! “.
Uma verdade para o lado consciente, uma inverdade para o inconsciente.
A voz interior, aquela que muitos de nós cada vez mais deixamos de ouvir, dizia a eles para estudarem, fazerem as inscrições para os vestibulares, realizarem as provas e irem ver os resultados, enquanto a outra voz dizia, tudo bem, mas não vai dar certo!
Quando eu lhes perguntava: “Você nunca acreditou nisso, então porque fez a inscrição e as provas? “.
Acredite, a resposta sempre era: “Ah, lá no fundo eu tinha uma pequena esperança!”.
Na vida tudo é assim, temos que nos preparar, mas principalmente dar ouvidos à voz interior e uma chance àquela pequena esperança.
O tempo passa, nos formamos, nos tornamos profissionais e cada vez ouvimos menos a voz interior.
Isso me remeteu a uma outra questão, a dos resultados de muitas empresas e como são administrados.
O mês de janeiro não lhes trouxe uma contribuição satisfatória, fevereiro praticamente se encerra sem nenhuma mudança no panorama, e pior, não conseguem prever o que vai acontecer daqui para frente.
Uma correção! Conseguem sim prever, não se arriscam a colocar no papel e enfrentar a questão.
Empresas com essa configuração são dependentes de uma melhoria substancial no mercado, a voz interior já está lhes dizendo que nesse ritmo os resultados serão os mesmos, há necessidade de ação.
O planejamento de muitas dessas empresas são cópias fiéis do cenário desenhado no ano que se encerrou, apesar de não tê-los atingido.
Um plano partindo da base zero, estabelecendo novas metas e compromissos, traz um enorme risco.
No mundo dos negócios duas coisas são constantes: Mudanças e riscos. Resultados diferentes jamais serão conseguidos com as mesmas atitudes.
Imagine o atleta que treina para uma olimpíada. Ele terá aquele chance , só aquela.
Alguns esportes são coletivos, mas o que dizer dos individuais?
Nos negócios, como no esporte, as regra são: Aprenda, treine com os melhores, estabeleça suas metas, se comprometa , vá lá e traga o resultado.
Considere que você como gestor é um atleta olímpico e terá pela frente seus concorrentes como competidores, que medalha acredita que conseguirá este ano?
Você já conhece as regras, está procurando aprender, tem estudado as questões que dificultam sua empresa de obter melhores resultados, tem procurado os melhores colaboradores, já estabeleceu suas metas, está comprometido?
Ótimo, agora ação, sem correr os riscos não obterá os resultados, corra, salte, nade, faça o que o seu esporte determina, mas se arrisque a conseguir uma medalha!
Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br
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27.2.08
Marcadores: Colunista - Ivan Postigo
Mesmo sem CPMF, arrecadação bate novo recorde em janeiro
Rodrigo Postigo
27/02/2008
O governo federal arrecadou R$ 62,596 bilhões em impostos e contribuições em janeiro, primeiro mês após a derrubada da CPMF pelo Congresso. A cifra é recorde para meses de janeiro.
O crescimento foi de 20% em termos reais frente a igual período de 2007. Frente a dezembro, no entanto, houve queda de 5,14%.
Os dados, divulgados pela Receita Federal do Brasil, hoje, são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
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27.2.08
Marcadores: Tributária
Créditos estão mais caros devido a IOF, consignado e crise
Rodrigo Postigo
27/02/2008
Em nota, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) atribuiu o aumento nas taxas de juros para empréstimos, ocorrida em janeiro, ao aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), à suspensão da concessão de crédito consignado durante alguns dias no início do mês e à volatilidade dos mercados externos durante a crise americana.
Segundo a nota, assinada por três economistas da entidade, apesar de aumentar em janeiro, o custo dos empréstimos ainda tem redução de 2,6 pontos percentuais nos últimos doze meses.
A Febraban atribui o aumento de janeiro ao reajuste de 100% na alíquota do IOF, que passou de 0,0041% para 0,0082% ao dia e ainda sofreu acréscimo de 0,38 ponto percentual ao mês, para compensar a perda de arrecadação com a CPMF.
No caso do crédito consignado, a suspensão entre 2 e 7 de janeiro fez com que esse tipo de empréstimo, que tem taxas de juros menores, fosse suspenso, o que elevou a taxa média para a pessoa física, informou a entidade.
Já o acirramento da crise nos Estados Unidos "trouxe mais volatilidade aos mercados financeiros" e contribuiu, segundo a Febraban, para encarecer a captação de recursos por parte dos bancos.
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27.2.08
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Ajuste fácil ao fim da CPMF viabiliza corte de impostos
27/02/2008
O ajuste fiscal feito em nome do fim da CPMF foi praticamente indolor. Não houve cortes nas emendas dos parlamentares ao Orçamento Geral da União, que somam R$ 15,3 bilhões. Praticamente todos os reajustes salariais do funcionalismo, objetos de acordo no ano passado, foram respeitados e serão implementados (só não serão retroativos a 2007).
As despesas de custeio, que aparentemente foram reduzidas em R$ 6,8 bilhões, na realidade, comparadas ao projeto de lei orçamentário enviado pelo governo, em agosto de 2007, ao Congresso, cresceram de R$ 465,7 bilhões para R$ 468,93 bilhões.
Dos três grupos de despesa atingidos pelo “corte” de R$ 12,22 bilhões, só o feito com pessoal é que resulta em redução, ainda que temporária do gasto. Os reajustes salariais embutidos no relatório final vão representar um aumento de R$ 7,59 bilhões na folha de pessoal de 2009 em diante, valor igual ao da proposta original, que era de R$ 7,73 bilhões. A retroatividade dos reajustes salariais a 2007 é que foi cancelada. Os investimentos tiveram corte de R$ 1,97 bilhão, mas esse também foi em relação ao valor que já inclui as emendas parlamentares. Comparados ao projeto de lei original, os investimentos aumentaram de R$ 28,79 bilhões para R$ 37,31 bilhões.
Quando o governo perdeu quase R$ 40 bilhões de receita da CPMF, no final do ano passado, os ministros da área econômica anunciaram como inexorável um ajuste fiscal desse mesmo valor, sendo R$ 20 bilhões de aumento das receitas e R$ 20 bilhões de corte nas despesas. De imediato, decidiram por uma elevação das alíquotas do IOF e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para 2008, para gerar R$ 10 bilhões a mais de arrecadação.
O Congresso, porém, foi mais otimista do que o governo no cálculo das receitas. Considerando a perda da CPMF e o aumento de tributos, a receita primária bruta do orçamento será R$ 4,1 bilhões superior à prevista no projeto original do Executivo, chegando a R$ 686,82 bilhões. Ainda assim, o governo encontra espaço para desonerar a folha de salários das empresas e reduzir a tributação do Imposto de Renda sobre a classe média.
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27.2.08
Marcadores: Tributária