segunda-feira, 7 de julho de 2008

Visão e missão - Criando o seu futuro

Ivan Postigo


Foco

O sucesso extraordinário de muitas empresas e o brutal insucesso de outras se deve à falta de foco.
Empresas não são resultados do caos, mas de ação dirigida.
Quanto maior domínio os gestores tiverem da visão que as criou , da missão que foi estabelecida , das crenças e valores que determinam sua cultura , melhores projetos poderão criar para atender o compromisso com o futuro e maiores lucros serão obtidos.

Visão

Toda criação é fruto da visão de uma pessoa com caráter empreendedor.
A visão estará sempre relacionada com o bem estar, conforto, soluções que facilitem o cotidiano, realização de sonhos e construção de um futuro melhor.
A visão cria enfoque, identifica a direção a ser seguida, dá poder as pessoas e as obriga a seguir em frente. A visão deve ser a mola propulsora das esperanças e sonhos das pessoas que com ela estejam envolvidas.
Podemos definir a palavra visão, observando o conceito de futuro, como :
Compreensão
Concepção
Entendimento
Ponto de vista
Intuição
Opinião
Sonhos
Utopia

Proporcionar lazer e encantamento a adultos e crianças, num mundo de sonhos, em um parque construído num pântano como a Disneylândia, a ocupação do deserto com uma cidade como Las Vegas, o oferecimento de soluções e conforto, com um computador em cada residência, como Microsoft , melhor distribuição e ocupação do território Brasileiro, com uma cidade como Brasília, a chegada a lua, a conquista do espaço, são exemplos de visões.
As melhorias neste mundo não são resultados do acaso, mas sim das atitudes de pessoas com capacidade revolucionária ou transformadora.
Visão determina por que um empreendimento existe.
Para que se possa manter viva a visão dentro da sua empresa crie um slogan. Este fará com que seja : “Um por todos, todos por um”.
A sua aceitação e seu entendimento estão diretamente relacionados ao modo como é criada, a forma como é comunicada a todos e como é vivida.
Essa sensação de que tudo pode ser realizado é que conduz as pessoas na busca de um caminho, criando uma missão.

Missão

A missão se fundamenta para desenvolvimento da visão. Necessariamente precisa ser uma declaração sobre o que a organização é ou será. A sua razão de existir é determinada pela visão.
A missão não deve ser estabelecida como um caminho para a venda de produtos e sim para criação do futuro.
Algumas perguntas ajudam a estabelecer a missão :
Qual a visão a ser atendida?
Poderia ser a prevenção de doenças tropicais.
Qual o negócio a atenderá?
Instituto de pesquisa.
Que atividades serão realizadas?
Estudos sobre transmissão de doenças e desenvolvimento de vacinas e medicamentos
Para quem serão realizadas?
Para as pessoas de todas as idades ou sujeitas ao contágio
Como serão realizadas?
Em laboratórios com a mais moderna tecnologia, com especialistas selecionados e intensivamente treinados
Essa definição deve ser clara, de fácil entendimento, sintetizando a essência da organização, servindo como norteador para definição dos projetos, estabelecimento de decisões estratégicas e orientação na tomada de decisões.
É impossível delegar a criação de uma visão e também da missão que uma visão idealiza.
Lembre-se, sempre, que toda missão é resultado de uma visão e isso é único.
Na sua empresa, se alguns querem ir para o norte, outros para o sul, leste ou oeste, você pode convencer todos a irem para o norte, desde que exista lá algo que valha a pena.
A missão e os planos que a sustentam precisam refletir um caráter de urgência. Um projeto não pode ser gerenciado como se tivéssemos mil vidas. A falta de realização provoca a perda de interesse e comprometimento.
Muitas empresas reconhecem que não ter uma missão claramente definida tem seu lado negativo, o problema é que não sabem criá-la.
Ter uma definição, afixada na parede, que nada tem a ver com o que está acontecendo, conduzindo a lugar nenhum, só desestimula as pessoas.
A declaração de missão deve ser inspiradora e explicar o que as companhias se propõem a fazer e que necessidades servem do ponto de vista do cliente. Lembrando que a razão de sua existência está declarada na visão.
Uma projeção de futuro é um elemento chave da missão, uma vez que ela está fundamentada na visão.
Uma missão deve ser criada, comunicada incansavelmente e vivida com determinação
O verdadeiro papel do líder é servir sua missão e não ser servido por ela.
Você será bem sucedido se souber o que está fazendo e porque está fazendo. Isto o conduzirá ao desenvolvimento de projetos coerentes com a visão e missão estabelecidas.

Crenças

Todos nós temos crenças e ao sermos de alguma forma atingidos por estas estaremos permitindo que ajam sobre a nossa visão e missão .
Crenças são estados mentais, generalizações que fazemos de nós, das pessoas e também de situações no mundo. As crenças podem ser verdadeiras ou não.
São princípios que tem forte influência sobre nossos comportamentos e orientam nossas ações.
As crenças mudam com o tempo e com as experiências vividas. Com o passar dos anos deixamos de acreditar em papai noel, contudo algumas, adquiridas na infância, podem nos acompanham a vida toda, como passar embaixo de escada dá azar, ou ver um fusca azul pela manhã dá sorte, entre muitas outras.
Algumas pessoas têm forte crença que na vida não há fracassos, apenas resultados, com isso seguem em frente em busca do sucesso, não importando quantas vezes não sejam bem sucedidas.
Thomas Edison cada vez que falhava na construção da lâmpada dizia que tinha aprendido mais um jeito de não faze-la.
As crenças podem agir como fatores motivadores ou inibidores de comportamento.
As pessoas criam seus modelos de realidade e vivem dentro dele, suas ações são reflexos das melhores escolhas que façam de acordo com essa percepção.
Ao entender suas crenças as pessoas podem melhorar suas formas de comunicação e condução de seus projetos.
É importante parar e refletir sobre quais são as suas crenças a respeito do futuro, sobre as pessoas, sobre si mesmo como profissional, como sócio num empreendimento, como líder, nas mudanças, em adaptação, em equipes de trabalho, quais gostaria de ter, quais o impulsionam e as que o impedem de agir.
São Jerônimo já dizia : “ Comece a ser agora o que você será daqui em diante”.
Na maioria das vezes o que separa o homem do que ele almeja é a fé em acreditar que é possível e com isso agir.
Duas coisas movem o homem que realiza: Imaginação e entusiasmo.
Anote o que diz sobre isso James Allen, um escritor inglês : “ Tudo o que você realiza ou deixa de realizar na vida é o resultado direto de seus pensamentos”.
Nós somos mais impulsionados pelas nossas percepções do que por nossas realidades.
Os únicos limites para a sua vida são imaginação e empenho.

Valores

Valorizar alguma coisa é investi-la de importância. Nas nossas vidas há uma série de aspectos que consideramos importantes e levamos em conta na hora de agirmos.
Em conjunto com as crenças os valores caracterizam nossas ações. Valores são aspectos particulares, pessoas diferentes terão valores diferentes.
Há valores fundamentais como satisfação, realização, independência, amor, alegria, paz, que determinam o que fazemos e por que fazemos.
Podemos compreender nossas ações e das outras pessoas se entendermos quais são seus valores e a hierarquia destes.
Ao divulgar isso aos seus colaboradores alguns podem não concordar com você, mas poderão compreendê-lo e auxiliá-lo no seu projeto.
Uma lista de valores, além dos já mencionados, para um exercício de gestão seria :
Satisfação, ousadia, criatividade, ética, comprometimento, integridade, respeito, conhecimento, habilidade, diversidade, inclusão, e muitos outros.
Valorize boas qualidades e aprenda com os vitoriosos. Dizia Thomas Edison: Na verdade, sou uma boa esponja. Eu absorvo idéias e as faço funcionar .
Em muitas circunstâncias, a imagem que você projeta é muito mais valiosa do que as suas habilidades ou o seu registro de realizações passadas.
Todo sucesso é resultado de muito trabalho, mas é preciso valorizar isso para poder seguir em frente tentando nos momentos difíceis.
Seja perseverante, o que separa ganhadores e perdedores é simplesmente a realização.
Estimule o trabalho em equipe, antes de pedir a alguém que faça alguma coisa, você deve ajuda-lo a ser alguma coisa.
Uma vez perguntaram a um empreendedor como ele era capaz de gerenciar tantos e variados negócios, gerando resultados extraordinários. A resposta foi contundente: Com pessoas não menos extraordinárias. Elas sabem que acredito no que pensam e valorizo o que fazem, então simplesmente saio da frente e as deixo trabalhar.

Projetos

As crenças colaboram na formação da visão, que conduzem ao estabelecimento da missão, e esta por sua vez apoiada pelos valores geram os projetos.
A crença de que a vida não se limita a terra e o homem tem direito, disposição de desvendar esse mistério e pode um dia vir a morar fora de nosso planeta, leva à visão de conquista e estudo do espaço.
Essa visão conduz à missão de criação de uma agencia espacial que desenvolva tecnologia e técnicas de pesquisa que permitam tornar a visão uma realidade.
Ao valorizar a capacidade do homem de estudo e pesquisa cientifica surgem os projetos como chegar a lua no ano X, em Marte no anoY, pesquisar Saturno no ano Z.
Assim devem proceder os gestores no entendimento e desenvolvimento de suas visões e missões.
Na sua empresa, a sua visão e missão, estabelecerão as linhas de produtos a serem desenvolvidas e fabricadas, a qualidade a ser obtida e o público a ser atingido.
Os projetos podem ser delegados, mas não sua visão e missão .

Créditos

Nossos agradecimentos à Lilian Chaparim, bacharel em administração e especialista em gestão industrial , por sua competência e contribuição nesta reflexão

Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br

A força interior

Silenciosamente, Brasil ofusca a Venezuela, diz ‘NYT’

BBC Brasil
07/07/2008
Um artigo publicado pelo jornal americano The New York Times afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem aos poucos "se distanciando do líder da Venezuela (Hugo Chávez) e suplantando-o discretamente enquanto vai transformando o Brasil numa potência regional".
Segundo o artigo intitulado "Silenciosamente, o Brasil ofusca um aliado", Lula "diversificou a já forte base industrial brasileira e criou uma ampla coalizão política com quase uma dúzia de vizinhos".
Já a influência de Chávez, diz o jornal, "permanece limitada a um punhado das nações mais pobres da região - Bolívia, Cuba, Dominica e Nicarágua - membros da Alba" (Alternativa Bolivariana para as Américas).
Além disso, as "credenciais regionais" do presidente venezuelano teriam sofrido na semana passada quando "seu rival ideológico, o presidente Álvaro Uribe, da Colômbia, organizou um resgate dramático de 15 reféns mantidos na mata por rebeldes colombianos".
"A chave para o sucesso do Brasil tem sido a bem afortunada confluência de tendências econômicas globais, como o aumento da demanda por commodities como soja e etanol da cana-de-açúcar, mas também a discreta gestão de Silva, um ex-operário de uma montadora de automóveis", disse o jornal.
"Ele elevou o perfil do Brasil em toda a região, em parte, ao adotar uma abordagem de menos confronto em relação a Chávez do que os Estados Unidos."

Brazil Fuel Demand Threatens Oil Self-Sufficiency, Estado Says

By Laura Price
July 6 (Bloomberg) -- Brazil's growing demand for fuel may threaten the country's ability to be self-sufficient in meeting its oil needs, O Estado de S. Paulo reported.
In the first four months of the year, the South American country bought 22.5 million more barrels of oil than it sold, leading to an average deficit of 185,000 barrels a day, compared to a surplus of 13,000 barrels a day in 2007 and 57,000 barrels a day in 2006, Estado said. While Brazil has never stopped buying light oil, the current pace of imports may lead it to end the year with a deficit, the newspaper said.
Fuel demand has grown 5.8 percent in the past year, more than double the 2.4 percent estimated by Petroleo Brasileiro SA, Brazil's state-controlled oil company, Estado said, citing President Luiz Inacio Lula da Silva.
Mauricio Tolmasquim, head of the state energy-research agency, blamed the below-target production figures on a delay in construction of some of Petrobras's new oil platforms, Estado said. Brazil is at a threshold between supply and demand and may end the year with a small deficit or a small surplus, Tolmasquim told the newspaper.

Brazil's Inflation May Hit 2 1/2-Year High in June: Week Ahead

By Joshua Goodman
2008/07/07
July 7 (Bloomberg) -- Brazil's inflation rate probably rose to the highest in 2 1/2 years in June, adding pressure on the central bank to increase interest rates further.
The government's benchmark IPCA index, scheduled for release July 11, jumped to 6.1 percent in the 12 months to June from 5.58 percent in May, according to the median estimate of 15 economists surveyed by Bloomberg. Consumer prices rose 0.81 percent in June, the survey shows.
The central bank raised interest rates twice since April, to 12.25 percent from a record-low 11.25 percent, in a bid to cool inflation running above the 4.5 percent midpoint of the government's target range since January. Policy makers will lift rates by half a percentage point again this month, according to a central bank survey of about 100 economists released a week ago.
``Right now the market is focused entirely on inflation,'' said Roberto Padovani, senior strategist for Banco WestLB AG in Sao Paulo, who estimates the June monthly jump in prices at 0.84 percent.
Inflation is being stoked by food costs, which are rising globally because of demand from Asian economies.
In Brazil, the problem is being exacerbated by an expanding economy. Domestic spending on home appliances, cars and electronics offset declining exports and powered economic growth of 5.8 percent in the first quarter, its fastest January-March expansion since 1995.
``More than the headline numbers, investors will be dissecting the IPCA's individual components,'' said Pedro Tuesta, senior Latin America economist at 4Cast Inc. ``There's a feeling inflation is spreading beyond food prices and that's what's guiding the central bank's action right now.''
Signs of Slowdown
There are signs the economy may be cooling. Industrial production in May slowed to 4.2 percent compared with a 10.1 percent annual jump the previous month, the national statistics agency announced last week.
Still, most economists think Brazil's battle with inflation isn't over. The IGP-M price index, the broadest measure of consumer, construction and wholesale prices, rose 1.98 percent in June, the fastest in more than five years, a June 27 report showed.
``So long as incomes and credit continue to rise, inflation fears will remain,'' says Tuesta, who expects June inflation of 0.74 percent.
Last week, Raymond James Latin America cut its 2009 growth forecast for Brazil to 3.3 percent from 4.3 percent on expectations that the central bank will lift interest rates more than previously forecast to 14.50 percent by year's end.
Other economists will weigh in today when the central bank releases its weekly survey of indicators with estimates from about 100 banks and brokerages. In the last survey, economists predicted a year-end rate of 14.25 percent while raising for the 14th straight week their year-end inflation forecast to 6.3 percent.
Finance Minister Guido Mantega, speaking to congress last week, warned that ``sounding alarms about inflation can turn contagious.''
Markets
Last week, the real fell 0.8 percent to 1.6070 per dollar, from 1.594 the previous week, the biggest decline in six weeks. The yield on the government's zero-coupon bond due January 2010 rose almost 0.4 percentage point to 15.49 percent, according to Banco Bradesco SA.
The benchmark Bovespa index fell 7.7 percent to 59365.35 points along the week. Cosan SA Industria & Comercio, the world's biggest sugar-cane processor, 7 percent, while Gol Linhas Aereas Inteligentes SA lost 24 percent.
Aracruz Celulose SA, the world's biggest eucalyptus-pulp maker, will report today second-quarter profit fell to 244.7 million reais ($152 million) from 321.5 million reais a year ago, according to the average estimate of three analysts compiled by Bloomberg News.
The following is list of events in Brazil this week:

Event Date
Aracruz earnings 7/7
IBGE Inflation IPCA 7/11
FGV Preview Inflation IGP-M 7/11

Comissão Européia quer fundo de 1 bilhão de euros para emergentes

Recursos seriam para fundo de auxílio à produção agrícola. Proposta deve ser apresentada na cúpula do G8 no Japão.
France Presse
07/07/2008
O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, anunciou nesta segunda-feira (7) que o órgão comunitário anunciará no G8 que vai propor aos países da UE a criação de um fundo de um bilhão de euros para ajudar o setor agrícola dos países em desenvolvimento.
"O fundo será consagrado a medidas para melhorar o acesso à produção agrícola, incluindo adubo e sementes, por meio de créditos", afirmou Barroso em coletiva de imprensa antes do início da cúpula do G8 no Japão.
"Também visará a melhorar a ajuda alimentar e nutrição e compreenderá medidas de assistência para melhorar as capacidades de produção agrícola utilizando instrumentos baseados no funcionamento dos mercados", acrescentou.

Mercado vê IPCA cada vez mais próximo do teto da meta

Reuters / Renato Andrade
07/07/2008
O mercado financeiro brasileiro elevou mais uma vez a projeção de inflação para 2008, deixando a estimativa ainda mais próxima ao teto da meta definida pelo governo, mostrou pesquisa divulgada nesta segunda-feira. No levantamento semanal feito pelo Banco Central, os analistas consultados elevaram para 6,40%, ante 6,30%, a estimativa para a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2008.
A meta definida pelo governo é de 4,5%, com margem de variação de 2 pontos percentuais, o que deixa o teto da meta em 6,5%.O próprio Banco Central estima em 25% as chances da inflação superar o teto da meta este ano.Para o próximo ano, a estimativa dos analistas consultados pelo BC para o IPCA também foi elevada, passando de 4,80% para 4,91%. A meta de 2009 é a mesma de 2008.A estimativa para o patamar da taxa de juro ao final do ano foi mantida em 14,25%, bem como a previsão para dezembro de 2009, que ficou em 13,50%.A taxa básica de juro da economia brasileira, a Selic, está atualmente em 12,25%, depois de dois aumentos seguidos de 0,50 ponto percentual estabelecidos pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC para tentar trazer a inflação de volta à trajetória das metas.As projeções para a taxa de expansão da economia do país também não sofreram alterações. Para 2008, os analistas acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 4,80%. Para 2009, a estimativa é de uma expansão de 4%.

Petróleo vai continuar subindo, afirma presidente da Opep

Rodrigo Postigo
07/07/2008
Os preços do petróleo vão continuar subindo em razão da queda do dólar, afirmou o presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Chakib Khelil, neste domingo, em entrevista ao jornal independente Argélia News.
"Os preços do petróleo vão subir mais nas próximas semanas. Temos que seguir a evolução do dólar, porque uma baixa de 1% do dólar significa US$ 4 a mais nos preços do petróleo", disse Khelil, ministro argelino de Minas e Energia.
"Como países produtores acreditamos que a oferta do petróleo é suficiente atualmente, que este equilíbrio da oferta é do interesse de todos e que não podemos contrariá-lo, porque a alta dos preços do petróleo não é do interesse de ninguém", destacou.
Khelil falou também dos efeitos geopolíticos sobre os preços do petróleo, através principalmente da crise entre o Irã e os ocidentais sobre o programa nuclear iraniano, e rechaçou a tese segundo a qual os países do cartel não incentivam a pesquisa para aumentar sua produção e assim fazer os preços caírem.
"Acho que 60% da alta dos preços do petróleo se devem à queda do dólar e aos problemas geopolíticos e que 40% se devem à introdução do bioetanol no mercado", considerou.
"Afirmo que todos os países da Opep são favoráveis às novas descobertas, mas o fato é que o embargo que havia sido imposto à Líbia inviabilizou o aumento dos investimentos nesse país, como o embargo imposto atualmente ao Irã mina os investimentos lá", continuou.
"Os EUA ameaçam com sanções econômicas severas todos os que se atreverem a investir no Irã. Além disso, a guerra no Iraque faz com que o investimento seja fraco. Nenhum país da Opep pode investir nesses países interditados", disse.

Quietly, Brazil Eclipses an Ally

The New York Times
By SIMON ROMERO and ALEXEI BARRIONUEVO
Published: July 7, 2008
CARACAS, Venezuela — President Hugo Chávez of Venezuela and President Luiz Inácio Lula da Silva of Brazil clasped hands here at a summit meeting late last month, as employees of Venezuela’s state oil company raised their fists and shouted Cuban-inspired socialist slogans before the cameras.
It was an image of solidarity that might once have alarmed Washington, which has seen the United States’ standing steadily eroded by a shift toward left-leaning, populist leaders across the region in the last decade.
But the carefully orchestrated event disguised a more recent turn in Latin America that presents new opportunities for the United States: Mr. da Silva has steadily peeled himself away from Venezuela’s leader and quietly supplanted him as he nurtures Brazil into a regional powerhouse.
Today the two leaders, often partners but sometimes rivals, offer starkly different paths toward development, and it is Brazil’s milder and more pragmatic approach that appears ascendant. Amid the decline of American influence in the region, the Brazilian president is discreetly outflanking Mr. Chávez at almost every turn in the struggle for leadership in South America.
Mr. Chávez has been nationalizing foreign companies and trying to assemble an anti-American bloc of nations. His regional credentials suffered last week, though, when his ideological rival, President Álvaro Uribe of Colombia, organized a dramatic rescue of 15 hostages held in the jungle by Colombian rebels.
Mr. da Silva has diversified Brazil’s already strong industrial base and created an ample political coalition with almost a dozen neighbors. Huge recent oil discoveries in Brazilian waters have allowed him to blunt Venezuela’s efforts to use its oil largess to win influence. Venezuela’s economy has shown signs of stumbling, while its dependence on trade with Brazil has intensified.
The key to Brazil’s success has been a lucky confluence of global economic trends, like rising demand for commodities like soybeans and sugar-based ethanol, but also the quiet stewardship of Mr. da Silva, a former auto plant worker. He has raised Brazil’s profile across the region in part by adopting a less confrontational approach to Mr. Chávez than that of the United States.
Instead of publicly squaring off with Mr. Chávez, even when he has threatened Brazilian interests, Mr. da Silva taps into the kinship of the left and lavishes praise on him. Mr. da Silva went so far as to describe Mr. Chávez recently in the German magazine Der Spiegel as Venezuela’s “best president in a century.”
“The pragmatic side of Lula, the union leader who was always a negotiator, has paid off,” said Kenneth Maxwell, a historian at Harvard University and a columnist for the Brazilian newspaper Folha de São Paulo.
“While Chávez grabs the headlines, the debate over whether Brazil is becoming a regional power is moot,” he said. “Brazil has actually made it to that level, but in a very nonbombastic way.”
While high oil prices have bolstered the theatricality of Mr. Chávez’s maverick policies, Venezuela’s most pervasive influence remains limited to a handful of the region’s poorest nations — Bolivia, Cuba, Dominica and Nicaragua — members of ALBA, a trade alliance championed by Mr. Chávez. Another Chávez ally, Ecuador, is not a member. Meanwhile, Mr. da Silva’s unexpected embrace of the market-friendly ideas begun by his predecessor, Fernando Henrique Cardoso, has emphasized how heterogeneous political thinking has become in Latin America, even on the left.
Publicly, the Brazilian president has been quick to defend Mr. Chávez, even as privately he has sought to temper the Venezuelan president’s sometimes inflammatory remarks.
In an interview in September, Mr. da Silva said that the rhetoric “worked with the reality of Venezuelan politics” and that Mr. Chávez’s anti-Americanism was rooted in the Venezuelan leader’s unshakable belief that the Bush administration was behind a 2002 coup attempt. “He has his reasons,” Mr. da Silva said.
But while Mr. Chávez turned harder to the left after his brief ouster in 2002, Mr. da Silva shifted to the center once in power, surprising many skeptics. His lighter touch has greased the way for Brazil in countries as varied as Cuba, the Socialist bastion to which Venezuela provides a lifeline of subsidized oil, and Colombia, a top United States military ally whose relations with Venezuela have been frosty in recent months.
In June, Brazil’s foreign minister, Celso Amorim, declared during a visit to Havana that Brazil wanted to extend credits for Cuba to import Brazilian agricultural products in hope of surpassing Venezuela as Cuba’s top partner.
In Colombia, Brazilian investors recently took control of Avianca, Colombia’s largest airline. And Colombian authorities drew inspiration from Petrobras, the state-controlled Brazilian energy giant, in retooling their own state oil company to expose it more to market forces.
Venezuela itself has grown more economically dependent on Brazil. Last month Brazilian agribusiness concerns forged deals to export more food to Venezuela, exploiting the persistent shortages in Venezuela’s economy caused by mismanagement and price controls.
Brazilian companies have won contracts for projects in Venezuela like expanding the Caracas metro system and building a bridge over the Orinoco River. Recently Brazil surpassed Colombia to become Venezuela’s largest trading partner after the United States.
In some countries where Venezuela and Brazil have emerged as rivals, like Bolivia, Mr. Chávez still has the upper hand. Bolivia, Brazil’s chief natural gas supplier, shocked Brazil in 2006 by nationalizing the energy industry, with Venezuela’s help. Last December, Mr. da Silva tried to enhance Brazil’s stature in Bolivia, South America’s poorest country, by extending a $600 million credit line for infrastructure projects there.
Meanwhile, Brazil’s trade surplus with the 11 other countries forming the Latin American Integration Association climbed to $16 billion in 2007 from $1.7 billion in 2002, with these nations buying about a quarter of everything Brazil sold abroad.
Venezuela’s attempts to assemble an alliance of countries remains limited to its ALBA trade bloc. But Brazil hosted leaders of 12 South American nations in May to create Unasur, a continental bloc modeled on the European Union that unites the region’s two main trading groups, Mercosur and the Andean Community.
Brazil has often publicly lauded Mr. Chávez’s efforts to unify South America, while subtly strengthening institutions that serve as a check on ambitious Venezuelan-backed ventures, like a gas pipeline across the continent or the Bank of the South, a development bank conceived to compete with the World Bank.
The Bank of the South remains little more than a grandiose idea. Last December, just nine days after Mr. Chávez announced the formation of the bank, which Brazil is expected to join, Mr. da Silva attended a low-key event in Uruguay to inaugurate a new branch of Brazil’s development bank, B.N.D.E.S.
The Bank of the South would be hard-pressed to catch up to B.N.D.E.S., which financed $4.2 billion worth of investments worldwide last year, including loans for the expansion of the Caracas metro.
Brazil’s energy discoveries have also challenged Venezuela’s power. Mr. Chávez seemed particularly shaken last November by new estimates of the magnitude of an oil field off Brazil’s southeastern coast, known as the Tupi field, gently chiding Mr. da Silva for becoming an “oil baron.”
Today Brazil sits on the threshold of joining the global oil powers, and the Tupi find led Mr. da Silva to announce plans to join the Organization of the Petroleum Exporting Countries in a few years. Venezuela has long been Latin America’s main representative there.
Petrobras is setting production records, drilling for oil in Africa and the United States, as well as Brazil. Venezuela’s national oil company, on the other hand, has been stymied by stagnant production since Mr. Chávez gutted the company of executives he considered to be disloyal several years ago.
While some announcements point to greater cooperation between the two countries, like an agreement last month to consider shipping liquid natural gas from Venezuela to Brazil, they also underscore Brazil’s ability to thwart politicized projects, like Mr. Chávez’s plan for a 5,000-mile pipeline.
“Nobody knows if gas cargoes from Venezuela will ever reach Brazil when the Brazilians can get gas from more reliable sources like Trinidad,” said Pietro Pitts, an oil analyst here who publishes the magazine LatinPetroleum. “Brazil tactfully put another nail into the coffin of Chávez’s pipeline plan.”
In the security realm, Mr. Chávez was upstaged on Wednesday when the Colombian military executed an elaborate rescue of 15 hostages, among them three American military contractors and Ingrid Betancourt, a former Colombian presidential candidate who was considered a key bargaining chip for the rebel group known as FARC.
The Venezuelan leader has successfully negotiated with the FARC for the release of six hostages since January. But his own ties with the group have come under such scrutiny that he has found himself calling for the FARC to give up its armed struggle.
Mr. da Silva seemed to steal the spotlight from Mr. Chávez in March when Brazil proposed a South American defense council that would serve as a southern version of NATO. Mr. Chávez hailed the effort, though his own efforts in 1999 to create such an alliance fell on deaf ears.
Secretary of State Condoleezza Rice expressed support for the idea during a recent swing through Brazil, saying she trusted the Brazilian leadership to carry out the project. Brazil also leads the main United Nations peacekeeping mission in the region, in Haiti, where it has 1,200 soldiers.
Despite all of Brazil’s accomplishments in surging ahead of Venezuela in Latin America, Mr. da Silva has eschewed being labeled a leader in the region. “We are not trying to find a leader in Latin America,” he said in the September interview. “We don’t need a leader. I am not worried about being the leader of anything. What I want is to govern my country well.”

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Brasil inicia ofensiva para aumentar exportações à China
Agência Brasil / Daniel Lima
04/07/2008
O Brasil começa uma nova ofensiva para aumentar a participação de seus produtos no mercado chinês. A afirmação foi feita nesta quinta-feira pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, na cerimônia em que foi divulgada a Agenda China - Ações Positivas para as Relações Econômicas e Comerciais Sino-Brasileiras.
Entre as metas estabelecidas no documento, divulgado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, estão a triplicação das exportações brasileiras para a China, com produtos de maior valor agregado, e a atração de mais investimentos chineses para o Brasil até 2010.
"Começamos hoje uma nova etapa. O fluxo de comércio e de investimentos entre os dois países, economicamente tão importantes, exigem uma estratégia coordenada e cada vez mais atenta aos assuntos de interesse mútuo", disse o ministro.
Segundo ele, o lançamento da Agenda China atitude pró-ativa dos empresários e do governo para estabelecer uma readequação do perfil das transações econômicas e comerciais entre o Brasil e o país asiático.
Miguel Jorge reafirmou que um das metas do Brasil é elevar as vendas externas para a 1,25% das exportações mundiais até 2010. "Certamente, o aumento do comércio com a China vai ajudar nessa meta, se elevarmos o conteúdo tecnológico de nossas exportações com produtos de maior valor agregado com relação ao que exportamos hoje."
Dados de 2007 mostram que o Brasil importa 95,1% em produtos industrializados, que são mais caros, e vende aos chineses apenas 26,8% desse tipo de produto. Por outro lado, a composição das exportações brasileiras para o mercado chinês é de 74% de produtos básicos, contra 18% de semimanufaturados e 8% de manufaturados. Entre os principais produtos, segundo MDIC, estão o minério de ferro (34,5%) e a soja em bruto (26,3%).
Entre os principais produtos china comprados pelo Brasil estão aparelhos e componentes eletrônicos (34,2%) e máquinas e instrumentos mecânicos 18,6%.
Segundo o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, o governo brasileiro estabeleceu 619 produtos prioritários de 48 setores, que representam US$ 637 bilhões (67%) da pauta de importação da China Desse total, 147 produtos de 28 setores concentrarão maior esforço até 2010, como petróleo e derivados, metais não-ferrosos, papel e celulose, produtos minerais, químico, carne de aves e suna, peles e couro, além de instrumentos de precisão, metalúrgicos, ferramentas, tintas e farmacêuticos.
Entre as ações estratégicas para aumentar o comércio com a China estão a disseminação da imagem do Brasil no mercado chinês, diversificação dos produtos exportados, o aumento das parcerias entre as empresas dos dois países e entre o governo e o setor privado.

Camex desonera a importação de produtos europeus

Agência Brasil
04/07/2008
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta quinta-feira mecanismo de redução de custo na aquisição de bens de capital e produtos de informática e de telecomunicações, comprados de países da União Européia.
Segundo a secretária-executiva da Camex, Lytha Spíndola, trata-se do regime ex-tarifário, que consiste na redução ou isenção temporária do Imposto de Importação, quando não houver produção nacional.
A isenção foi aprovada até o limite de US$ 1,676 bilhão "desde que sejam utilizados em investimentos produtivos no País", capazes de gerar empreendimentos vinculados no valor de US$ 4,120 bilhões. A isenção, de acordo com Lytha Spíndola, deve valer por dois anos.
A Camex efetivou acordo, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em que o Brasil ganhou contencioso contra a União Européia, que consiste no direito à exportação, sem impostos, de uma cota de carnes de frango e de peru para aquele continente.
Em negociação da qual participou também o setor produtivo nacional, 90% das cotas serão destinadas a exportadores tradicionais do produto e os 10% restantes a novos produtores que queiram participar desse mercado, segundo a secretária-executiva da Camex.
Ela disse que o mecanismo corrige distorção anterior, segundo a qual a UE dividia em pequenas cotas que eram compradas por intermediários e estes as revendiam a grandes exportadores, fazendo com que parte da receita ficasse na própria Europa.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Walber Barral, acrescentou que a Camex aplicou, ainda, dois direitos antidumping e uma medida compensatória sobre importações de filmes para embalagens e aplicações industriais, originários da Índia e da Tailândia. As medidas serão válidas pelo prazo de cinco anos.
Foram aplicados direitos antidumping provisórios sobre importações brasileiras de acrilato de butila, originárias dos Estados Unidos, pelos próximos seis meses. O produto é usado na fabricação de resinas, tintas, vernizes e adesivos, dentre outros, e é produzido principalmente pelas empresas Arkema Inc, Dow Chemical e Union Carbide.
A Camex alterou, ainda, o direito antidumping aplicado às importações de glifosato proveniente da China. Também foi reduzida a taxa atual de 11,7% sobre as compras para 2,9%, enquanto durar a investigação de retomada da prática de dumping e do dano dela decorrente. O prazo para encerrar a investigação é 12 de fevereiro do ano que vem.
Segundo Barral, foi aprovada a ampliação das cotas de importação de pneus remoldados originários e estabelecidos para o Paraguai e Uruguai. As cotas anteriores, fixadas em 120 mil e 130 mil, respectivamente, aumentaram para 168 mil e 164 mil.
Esta última decisão ainda é passível de avaliação pelo Mercosul e pela Organização Mundial do Comércio (OMC), em razão de controvérsia movida pela UE contra o Brasil a respeito da proibição da importação de pneus reformados.

Empresas dos EUA pedem fim de tarifa sobre o álcool combustível

Carta enviada a Bush foi assinada por empresas como PepsiCo e Coca-Cola.
Pedido afirma que etanol de milho aumenta pressão sobre preço dos alimentos.
Agência Estado
04/07/2008
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, recebeu na quarta-feira (2) carta de 35 entidades representativas da indústria de alimentos norte-americana pedindo o fim da tarifa cobrada pelo país na importação de álcool combustível. Além das entidades, assinam a carta empresas como PepsiCo, Coca-Cola, Tyson Foods, Pilgrims Pride, entre outras.
Na carta, o grupo pediu que o presidente americano exerça suas prerrogativas constitucionais para derrubar a tarifa sobre a importação de etanol sem a aprovação do Congresso, devido à "severa" e "inesperada" inflação dos alimentos, seu potencial impacto sobre a economia americana e o mandato federal que determina a mistura de álcool na gasolina.

G - 8 leaders face ominous economic woes this year

By THE ASSOCIATED PRESS
Published: July 4, 2008
Filed at 7:25 a.m. ET
SAPPORO, Japan (AP) -- Between surging oil prices, food inflation and a credit crunch that's depressed global growth, leaders from the Group of Eight economic powers face the gravest combination of economic woes in at least a decade when they gather next week.
The outlook has darkened dramatically since last year's summit in Germany, when the leaders declared the global economy was in ''good condition'' and oil cost $70 a barrel -- which seemed high at the time.
Since then, the U.S. subprime mortgage crisis has erupted, roiling markets and battering financial firms. Oil has doubled to above $140 and food prices have jumped, hurting the poor in particular and raising the threat of political instability.
''Things have changed for the worse across the board,'' said Robert Hormats, vice chairman at Goldman Sachs (International) Corp. in New York.
Hormats argues that the economic problems now are more serious and widespread than during the Asian financial crisis of 1997-98, where the pain was largely limited to emerging markets.
''Now you have a financial disorder where the epicenter is the U.S.,'' he said. And fuel and food inflation ''are serious matters that affect large numbers of people.''
Host Japan put global warming at the top of the summit's agenda, but the dilemma of how to respond to accelerating inflation and slowing global economic growth could grab the spotlight.
Prime Minister Yasuo Fukuda has said he hopes the July 7-9 meeting at a hot springs resort in Hokkaido, Japan's northern island, will ''show some direction'' in tackling oil and food prices but stressed it was only ''one step'' in a longer process.
On oil, analysts are skeptical that the G-8 leaders -- representing the U.S., Japan, Britain, France, Germany, Russia, Italy and Canada -- will come up with much beyond urging major petroleum producers to boost output, reiterating the message of their finance ministers, who met last month in Osaka.
Foreshadowing possible disagreement among the leaders, the finance ministers were divided on where to assign blame for the run-up in oil prices. Germany, France and Italy held speculators largely accountable, while the U.S. and Britain said the focus needed to be on boosting production capacity that has barely kept up with growing global demand.
Soaring crude prices have already forced India, Malaysia, and Indonesia to cut subsidies and raise state-set prices on gasoline and other fuels. Last month, China hiked fuel prices as much as 18 percent.
At the same time, prices of corn, wheat, rice, soybeans and other farm goods have surged due to changing diets, urbanization, expanding populations, extreme weather, growth in biofuel production and speculation.
Spiraling fuel and food costs could drive millions into poverty, the Asian Development Bank has warned. In India, inflation has jumped to a 13-year high of 11.4 percent.
On the food front, the G-8 leaders may announce an aid package or pledging agricultural investment in poorer countries, experts say.
The credit crisis and global market turmoil are sure to be discussed, but with central bankers absent the leaders will most likely avoid saying anything specific about interest rates and currencies. The European Central Bank raised its benchmark interest rate a quarter point Thursday, suggesting it saw inflation as a greater threat than slower growth.
Overall, the summit's main goal will be demonstrating confidence that they can ''work through the oil crisis without causing the global economy to melt down,'' said Tom Cooley, dean of New York University's Stern School of Business.
Given the meeting's emphasis on climate change, the leaders could highlight the links between energy issues and global warming by stressing the importance of energy efficiency and alternative forms of energy, said Hormats of Goldman Sachs.
''The key thing is not what they do at these meetings but what they do at home,'' he said.
Oil and energy have remained recurring themes at the annual summits, said Hormats, who participated in several of the first meetings, which started in 1975. The initial gathering came after the 1973-74 oil embargo, when fuel prices surged after Middle East oil producers cut off the U.S. and other countries supporting Israel.
''We now have another oil crisis,'' Hormats said.
The summits were originally meant to focus on economic issues, but the agenda has expanded to include terrorism, Africa's development and the environment.
The group's membership also has grown from six to eight, adding Canada in 1976 and more recently Russia in 1997.
But many argue that it should be expanded to include China, the world's fourth-largest economy, and other emerging powerhouses like India and Brazil -- especially to tackle global issues like energy and climate change.
''At what point will the G-8 realize we're no longer the steering committee for the world economy?'' said Lael Brainard, a former deputy national economic adviser in the Clinton administration who attended several summits in the 1990s and now is a director at the Brookings Institution, a Washington think tank.
Already, the G-8 has been reaching out. It plans meetings with African leaders on the summit's first day, and later with leaders from China, India, Mexico, Brazil and South Africa -- countries that someday might be a part of the Group of 13.
''These countries are critical to the solution of any of these problems,'' said Brainard. ''I believe it's only a matter of time'' until the club expands.

Governo deve reduzir previsão de crescimento, relata Folha

Rodrigo Postigo
04/07/2008
A proposta do Orçamento 2009, que será enviado ao Congresso, deve mostrar uma previsão de queda no ritmo de crescimento da economia brasileira, de acordo com a Folha de S.Paulo.
Pela nova proposta, a projeção de crescimento será de 4,5%, 0,5 ponto percentual abaixo dos 5% previstos no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Ainda segundo o jornal, a redução reflete a opção do governo de sacrificar o ritmo de expansão da economia para conter a escalada da inflação.

Lula defenderá bicombustíveis na reunião do G8

Agência Safras
04/07/2008
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltará a defender, na reunião do G8, os biocombustíveis, afirmando que eles não são responsáveis pela alta do preço dos alimentos no mundo. A reunião do G8, grupo dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia, será na próxima semana no Japão.
"Existem vários fatores que estão causando essa inflação no preço dos alimentos, que vão desde a especulação no mercado de alimentos até o aumento do consumo, passando pelo aumento do preço do petróleo. O presidente pretende levar a mensagem de que essa crise tem que ser resolvida, não pode afetar as parcelas mais desfavorecidas da população, mas tem que ser resolvida de forma serena, buscando atacar as verdadeiras causas", disse nesta quinta-feira (03) o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, ao conceder entrevista sobre a viagem do presidente Lula, que participará na reunião como convidado.
Segundo Baumbach, Lula voltará a defender que o etanol e biodiesel são combustíveis alternativos à emissão dos gases causadores do efeito estufa, além de cobrar dos mais ricos que assumam parcela de culpa pelas mudanças climáticas.
No Japão, Lula participará ainda de encontros com os presidentes do Brics (Brasil, Rússia, India, China e África do Sul) e do G5 (Brasil, India, China, África do Sul e México).
A viagem prevê passagens pelo Vietnã, Timor Leste e Indonésia, onde Lula terá encontros com chefes de governo e discutirá sobre energia, comércio, esporte, políticas de inclusão social e tecnologia. No Timor, único país da Ásia e Oceania que tem o português como língua oficial, Lula se encontrará com o presidente José Ramos-Horta, que ferido em fevereiro deste ano em um atentado e ficou hospitalizado mais de um mês na Austrália.

Relator sinaliza que não aceitará ICMS para software na reforma tributária

Convergência Digital
Luiz Henrique Ferreira
02/07/2008
O relator da Reforma Tributária, deputado Sandro Mabel (PR-GO) só vai anunciar o seu parecer final sobre o texto após o recesso parlamentar. Essa decisão permite à Frente Parlamentar de Informática, um fôlego maior para trabalhar uma defesa para que o setor de software não venha a recolher o Imposto Sobre Circulaçao de Mercadorias e Serviços (ICMS) ao invés do ISS (Imposto sobre Serviços).
A informação foi divulgada pelo deputado Júlio Semeghini (PSDB-SP), presidente da Frente nesta quarta-feira, 02/07, ao Convergência Digital. De acordo com o parlamentar, o relator da Reforma Tributária disse a ele que não iria mudar produtos enquadrados em lei como ISS para a forma de ICMS.
Posição, aliás, defendida pelo próprio deputado Sandro Mabel, que participou nesta quarta-feira, 02/07, de um "chat" sobre Reforma Tributária. Ao ser questionado pelo jornalista Luiz Queiroz, do Convergência Digital, o deputado deixou claro que não planejava mexer com os produtos enquadrados no ISS (Acesse o blog Capital Digital)
Na opinião de Semeghini, se essa decisão de Mabel prevalecer, o setor de software estaria salvo, uma vez que a Lei Complementar (116/2003) tributa o software como ISS. Porém, nem tudo são flores, já que o presidente da Frente Parlamentar precisa articular politicamente com os dois deputados do PSDB de Minas Gerais e de São Paulo, respectivamente Nárcio Rodrigues e Paulo Renato de Souza, que apresentaram emendas ao texto da Reforma, onde ambos propõem a cobrança do ICMS ou do IVA (Imposto Sobre Valor Agregado), caso este venha a substituir o antigo tributo.
Semeghini ressaltou que já conversou com Rodrigues. Nessa conversa com o parlamentar mineiro, Semeghini ressaltou que Rodrigues não mostrou interesse em taxar o software, mas revelou forte preocupação com um pacote que agrega outros serviços, como a parte de compra de produtos pela rede.
"Pra mim isso não tem nada a ver com software. Acho que é confusão das pessoas com relação a alguns produtos que eles gostariam que fosse cobrado o ICMS e que não são", avaliou o presidente da Frente Parlamentar de Informática.
Quanto a Souza, do PSDB/SP, Semeghini disse que ainda não conversou com ele, mas que tentará um diálogo para tentar entender as razões para a apresentação da emenda. O deputado ainda adiantou que em agosto, a Frente Parlamentar, o setor de software e o relator Sandro Mabel se encontrarão para mais uma rodada de negociação.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Novos desafios da política monetária

Gazeta Mercantil/Caderno A / Rogério Mori
02/07/2008
O desenho estratégico da condução da política monetária brasileira encontra-se em uma encruzilhada de solução não trivial neste momento. Sem sombra de dúvida, o aperto monetário iniciado neste ano está longe de terminar ante o cenário econômico desenhado, mas vários desafios se impõem em face dos dilemas apresentados.
Sob essa perspectiva, está mais do que evidente que o cenário de inflação enseja uma continuidade do processo de elevação da meta da taxa básica de juros (Selic) por parte do Banco Central (BC). A alta de preços, que inicialmente parecia estar mais restrita aos preços de alimentos e de algumas commodities, começa a se difundir para outros segmentos da economia brasileira e não será surpresa para muitos se a inflação de 2008 medida pelo IPCA superar o limite superior da meta estabelecida para o ano. Adicionalmente, a mediana das projeções de inflação das instituições financeiras, que alimentam o sistema de informações do BC, começou a exibir um processo de elevação sistemática não apenas para este ano, mas também para 2009, sinalizando um potencial efeito negativo da inflação corrente sobre as expectativas dos agentes. Nesse contexto, o processo de aperto da política monetária, sob a lógica do regime de metas para inflação, parece, em princípio, mais do que adequado (e não se deve descartar inteiramente uma aceleração no ritmo das altas nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Por outro lado, existem sinais que indicam uma desaceleração em curso da atividade econômica brasileira. Contrariamente ao que poderia indicar uma análise superficial dos dados, a aceleração da inflação recente ocorre em um ambiente em que o ritmo da economia começa a exibir sinais de arrefecimento. De fato, as informações relativas ao Produto Interno Bruto (PIB) do começo do ano e da produção industrial brasileira sugerem uma acomodação no ritmo da atividade econômica. Esses (e outros indicadores) eliminam os temores de sobreaquecimento da economia brasileira, ainda que alguns setores isoladamente possam estar exibindo um ritmo de crescimento superior à média dos demais segmentos da economia. Na verdade, uma vez que o principal vetor da expansão recente foi dado pelo crédito, é natural que esse processo tenda a exibir sinais de desaceleração tendo em vista o fato de que o crescimento do crédito foi muito superior à expansão da renda das famílias.
Em outras palavras, é possível que o ciclo de endividamento das famílias esteja dando sinais de esgotamento, o que começa a se refletir sobre o conjunto da economia brasileira. Sob essa perspectiva, a indicação para a política monetária seria de alguma moderação, em face do quadro da atividade econômica em curso.
Outro aspecto relevante diz respeito aos efeitos sobre a taxa de câmbio. O aumento do diferencial entre juros domésticos e os praticados no exterior tende a ampliar a atratividade brasileira de recursos externos, o que estimula a apreciação da moeda brasileira e amplia as dificuldades de vários setores no que tange à competitividade.
O conjunto desses elementos impõe um quadro de difícil solução para o BC, que, a exemplo de outros bancos centrais ao redor do mundo, enfrenta dificuldades relativas ao quadro de inflação. A maior diferença no caso brasileiro reside no fato de que, diferentemente do caso dos EUA, por exemplo, a economia brasileira, apesar de registrar alguma desaceleração, apresenta sinais de robustez.
Dentro desse contexto, é claro que a política monetária brasileira opera no sentido de tentar coibir uma deterioração do quadro inflacionário, mas poderia ter contribuições adicionais de forma a evitar um peso excessivo dos juros sobre a economia brasileira. Sob essa perspectiva, sem dúvida, a política fiscal poderia desempenhar um papel mais favorável em uma lógica em que a contenção dos gastos do governo abriria espaço em termos de demanda agregada no sentido de evitar uma pressão excessiva da política monetária. Infelizmente, os sinais da política fiscal têm sido na direção contrária dessa tônica.
kicker: O endividamento das famílias pode estar dando sinais de esgotamento

Saldo da balança comercial cai 33% em junho

Rodrigo Postigo
02/07/2008
A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 2,719 bilhões em junho, elevando para US$ 11,370 bilhões o resultado acumulado no ano, informou nesta terça-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O resultado, no entanto, é 33% menor que o verificado em maio deste ano.
Em maio, a balança comercial havia registrado um superávit de US$ 4,075 bilhões, número recorde para o período, inflado por exportações feitas no mês anterior, mas registradas com atraso por conta da greve dos auditores fiscais da Receita Federal.
Em junho do ano passado, o saldo foi positivo em US$ 3,821 bilhões.
Apesar da retração, que reflete a aceleração das importações em ritmo mais acelerado do que o das exportações, o resultado do mês passado ficou acima do esperado por analistas consultados pela Reuters, que apostavam num superávit de US$ 2,25 bilhões.
As exportações somaram US$ 18,594 bilhões em junho, o correspondente a US$ 885,4 milhões de média por dia útil. O crescimento foi de 35% na comparação com junho de 2007.
As importações, por sua vez, totalizaram US$ 15,875 bilhões, o equivalente a uma média por dia útil de US$ 756 milhões - alta de 62,6% ante o mesmo mês do ano passado.
Analistas consultados pelo Banco Central estimam um superávit de US$ 23 bilhões para a balança comercial em 2008.

Senador dos EUA pede fim da tarifa sobre etanol do Brasil

Reuters
02/07/2008
Um influente senador republicano pediu na terça-feira ao presidente americano, George W. Bush, a eliminação da tarifa imposta ao álcool brasileiro nos Estados Unidos.
O senador Richard Lugar, o republicano de mais alto nível na Comissão de Relações Internacionais da Casa, mandou uma carta a Bush em meio as reunioes do G-8, o grupo de países mais industrializados do mundo mais a Rússia, sugerindo medidas para lidar com os altos preços de petróleo e energia --incluindo uma revisão sobre a tarifa imposta aos produtores brasileiros.
Isso incluiría suspender ou reduzir a tarifa de US$ 0,54 por galão de álcool exportado do Brasil para os Estados Unidos.
"Para demonstrar liderança, os Estados Unidos deveriam remover a tarifa para o etanol brasileiro que existe hoje na indústria norte-americana", disse Lugar no documento.
Ele acrescentou que os países do G-8 deveriam também incentivar a pesquisa e a adoção comercial em grande escala de uma nova geração de biocombustíveis feita sem o uso de alimentos.
Os EUA fabricam etanol a partir do milho com custo mais alto que no Brasil, mas o lobby ruralista norte-americano tem sido bem sucedido no Congresso na manutenção de subsídios para esse tipo de biocombustível.
A discussão sobre a eliminação da tarifa para o álcool brasileiro, assim como outras medidas para lidar com os altos preços do petróleo, vem ganhando mais apoio no Congresso, disse um assessor legislativo republicano.
"Os norte-americanos querem um alívio para encher o tanque", disse o assessor, que pediu para não ser identificado.
"Quanto mais alto o preço da gasolina, maiores as chances de que a opinião pública norte-americana apóie a redução na tarifa para o etanol brasileiro, para que seja ajustada ou eliminada", acrescentou.
Um projeto de lei promovido por dois senadores prevê ajustes na tarifa e tramita atualmente no Senado norte-americano, embora seu futuro no Congresso, controlado pela oposição democrata, ainda seja incerto.

Nova lei européia pode abrir espaço para biocombustível brasileiro

JB Online
02/07/2008
Na próxima segunda-feira, a União Europeia dará mais um passo para ter uma nova legislação sobre biocombustíveis que, conforme o que for aprovado, possibilitará maior espaço para o etanol brasileiro no bloco. Um dos dois comitês do parlamento europeu que analisam o assunto, o de sustentabilidade, votará a proposta da Comissão Européia para a lei e 304 emendas propostas pelos parlamentares - no outro comitê há 1,4 mil emendas. A indústria sucroalcooleira e os diplomatas brasileiros acompanham de perto o assunto, para evitar que pontos que prejudiquem o Brasil sejam colocados em prática e façam com que o país perca mercado.
A diretriz da Comissão Européia propõe que até 2020, 10% do combustível usado no transporte seja de biocombustível. A decisão precisará ser aprovada pelo parlamento e pelo Conselho da UE.
"Esse percentual cria mercado para o Brasil", diz Emmanuel Desplechin, representante da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) para a UE.
Estima-se que hoje o percentual da mistura seja de 3% a 4%, com variação entre os países. O uso de biocombustível no bloco não é mandatório, há apenas uma indicação aos países de que o ideal seria um percentual de 5,75%.
Um os pontos da proposta de lei refere-se ao local de produção do biocombustível. Pode ficar definido, por exemplo, em que tipo de áreas a matéria prima do etanol deve ser plantada para o combustível não ser barrado na UE.
A cláusula social do projeto de lei estabelece que o etanol tem de ser produzido num país que ratificou 10 resoluções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O Brasil não ratificou uma delas, sobre representação sindical, porque a Constituição não permite - os Estados Unidos, por exemplo, maiores produtores de biocombustível do mundo, não ratificaram nenhuma.
O conteúdo desta cláusula é um ponto que está em discussão entre representantes da UE, diz a embaixadora Maria Celina de Azevedo Rodrigues, chefe da missão brasileira para as Comunidades Européias, em Bruxelas.
Há pelo menos um ponto da proposta em que o Brasil pede mais rigor: no que define o percentual de emissão de gases de efeito estufa que o biocombustível deverá gerar. A UE fixa a meta em 35%, o País quer que ela seja elevada.
"Estamos dizendo que esse percentual é muito baixo. Nesse teto, qualquer produto hoje feito no mundo poderia entrar na UE. Há propostas de emenda para percentuais maiores, de até 60% de uma só vez, ou gradual, começando em 35% e subindo para 50% em 2015. O etanol brasileiro economiza 90%, mas o Brasil não defende esse patamar, porque deixaria o produto brasileiro praticamente sozinho no mercado europeu e essa situação coloca riscos ao país", diz Desplechin.

Falta de mão-de-obra ameaça crescimento do Brasil, relata ‘NYT’

BBC Brasil
02/07/2008

Uma reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal americano The New York Times afirma que a falta de mão-de-obra qualificada "ameaça" as metas de crescimento econômico do Brasil.
Sob o título "Procuram-se trabalhadores qualificados para uma economia em crescimento no Brasil", o texto diz ainda que isto poderia afetar "a ascensão política e econômica" do País no cenário internacional.
"Após anos de expansão e contração, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está projetando um período de crescimento sustentado, com o PIB (Produto Interno Bruto) crescendo 5% ao ano de agora até 2010, e cerca de 3% a 4% ao ano na década seguinte", lembra o jornal.
"Mas muitas empresas e economistas, incluindo alguns do governo, dizem que a escassez de mão-de-obra altamente qualificada, particularmente engenheiros e técnicos profissionais, ameaçará estas metas, assim como a ascensão política e econômica do Brasil". A reportagem afirma que a falta de mão-de-obra se espalha "por diversos setores da indústria".
"A falta de engenheiros civis e de construção ameaça projetos de infra-estrutura; áreas como bancos, fabricação de aviões, petroquímica e metalurgia estão todas competindo pelos melhores graduados; na indústria de petróleo e gás, que experimenta um boom, as empresas estão recorrendo a mão-de-obra estrangeira porque não há brasileiros qualificados suficientes para o trabalho."
O artigo cita um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), segundo o qual mais da metade de 1.715 empresas pesquisadas em setembro não conseguia contratar os trabalhadores qualificados de que necessitava.
As soluções de curto prazo têm sido dadas pelas próprias empresas - gigantes como Vale, Petrobras, Ultrapar e Embraer mantêm programas internos de treinamento, diz o NYT. Mas no longo prazo "o prognóstico é mais problemático".
"O sistema educacional do Brasil está em desarranjo. Nos testes de desempenho acadêmico realizados a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com jovens de 15 anos de 57 países, os estudantes brasileiros ficaram na quarta pior colocação em ciências e na terceira pior em matemática", afirma a reportagem.
Enquanto as grandes corporações têm recursos para contratar ou treinar os melhores profissionais, empresas médias "não têm a mesma sorte".

Cartões de crédito movimentam R$ 102,2 bi até junho

Agência Estado
02/07/2008
As movimentações feitas com cartão de crédito, no primeiro semestre deste ano, somaram R$ 102,2 bilhões, o que representa um crescimento de 23% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados hoje pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Já o número de plásticos desta modalidade em circulação no País chegou a 100 milhões de unidades em 2008 até junho.
As movimentações de toda a base de meios de pagamento eletrônicos - crédito, débito e cartões de lojas e redes - alcançaram R$ 176,2 bilhões, equivalente a uma expansão de 24% em relação aos seis primeiros meses de 2007. Ao todo, o País contava com 466 milhões de plásticos ao final de junho.
Desse resultado, o maior crescimento proporcional foi registrado nas compras feitas com cartão de débito, que somaram R$ 50,2 bilhões no primeiro semestre deste ano, representando um incremento de 30%. O presidente da Abecs, Félix Cardamone, considera esse crescimento "surpreendente", resultante da maior utilização dos cartões em detrimento dos cheques, destacou em nota.
Até o fim de 2008, a associação prevê que os cartões movimentem R$ 387,5 bilhões e que o número de unidades chegue a 498 milhões. Se esse desempenho for alcançado, as altas serão de 24% e 14%, respectivamente.

Brazil: May Industrial Output Declined

By REUTERS
Published: July 2, 2008
Industrial production in Brazil fell unexpectedly in May from April, a sign that expansion in output may be slowing after months of robust growth, government data showed. Output fell 0.5 percent, the first month-on-month drop since February, the country’s statistics agency, I.B.G.E., said.

Wanted: Skilled Workers for a Growing Economy in Brazil

Lalo de Almeida for The New York Times
A worker on a plane production line for Embraer in Brazil. The company has doubled in size since the start of the decade.
By ANDREW DOWNIE
Published: July 2, 2008
SÃO PAULO, Brazil — For almost any nation other than China or India, achieving more than 5 percent growth a year is hard. Doing it without skilled labor is even harder.
The aircraft manufacturer Embraer created a program that puts engineering graduates through a specialization course.
But that is the challenge facing Brazil, the B in the BRIC economies — Brazil, Russia, India and China — today’s version of economic tigers.
After years of boom and bust, the administration of President Luiz Inácio Lula da Silva is projecting a period of sustained growth, with the gross domestic product increasing 5 percent a year, from now to 2010, and about 3 and 4 percent annually for the decade after.
But many companies and economists, including some inside the government, say the dearth of highly skilled labor, particularly engineers and tradesmen, will jeopardize those goals, and Brazil’s economic and political rise.
“The lack of availability of technical ability may be a constraint on growth, no doubt about it,” José Sergio Gabrielli, president of Petrobras, the state-run oil company, said in an interview. “It is a big challenge for the country.”
The engineering shortage here is spreading across industries. The lack of civil and construction engineers threatens infrastructure projects; areas like banking, aircraft manufacture, petrochemicals and metals are all competing for the same top graduates. In the booming oil and gas industries, companies are turning to foreign labor because there are not enough qualified Brazilians to go around.
“Some of our big clients in the oil and gas sector have 40 to 50 job openings and they can’t fill them,” said Paulo Pontes, managing director of Michael Page International, a leading headhunting firm.
“When we asked companies what the careers of the future were, seven out of 10 of them were in engineering. That shows the reality of what is happening today.”
A study by the National Confederation of Industry last September found that more than half the 1,715 industrial firms polled could not find the skilled workers they needed. Of those, 69 percent said the lack of a qualified work force resulted in inefficiency; 36 percent said it led to lower quality goods; and 25 percent said it made acquiring or assimilating new technologies more difficult.
That reality is leading thousands of Brazilian companies into the education business. Some teach basic literacy and arithmetic to janitors and manual workers. Other more advanced courses help factory and production line workers better understand math, science and composition. And major companies are increasing the amount of on-the-job training they give to engineers and professionals.
“We are planning to invest $11 billion this year and $60 billion over the next five years just in organic growth projects,” said Maria Gurgel, director of human resources planning and compensation at Vale, one of the world’s largest mining companies. “The people behind these projects are geologists and engineers whose specialties are in ports, railways and mines. Those are the areas where we have shortages. We need to give them specialized training. It would be difficult to grow” without them, she said.
Today, companies like Vale, Petrobras, and the petrochemical firm Ultrapar spend millions of dollars on their own training programs.
A typical program is like the one at Embraer, one of the largest manufacturers of aircraft. Embraer builds private and commercial jets that seat from six to 122 people. The company has doubled in size since the start of the decade and currently has orders in excess of $20 billion. It expects to deliver nearly 200 aircraft to clients this year.
That is because in part, of the creation of its specialization in engineering program. In 2001, company directors realized that with only three Brazilian universities offering courses in aeronautical engineering there would not be enough graduates available to help them design, build and sell planes in a rapidly growing market.
So the company created a program that selects the country’s best engineering graduates and puts them through an 18-month specialization course. They already have a base in disciplines like electronics, mechanics or design. In Embraer’s classrooms, overlooking a shop floor scattered with fuselages, they learn the skills that will help them become aeronautical engineers.
Júlio Franco, executive vice president for organizational development and personnel, said the company spends $45,000 training each student.
“I have no doubt it pays off,” he said. “It gives us enormous peace of mind.”
The Brazilian government is less serene.
One official said he believed that shortages were limited to certain sectors and could be overcome in the short term by hiring retirees and foreign workers. But the medium- and long-term prognosis is more problematic, said Nelson Barbosa, the secretary of economic monitoring at the finance ministry.
“The measures to resolve the problem in the short term won’t work in the medium term,” Mr. Barbosa said. “As growth increases, those solutions will run out and it will be crucial to increase and invest in education. The challenge is to increase the number of graduates, which means opening up more vacancies, and raising the percentage of people that finish their courses.”
The problem is that Brazil’s educational system is in disarray. In the Organization of Economic Cooperation and Development’s tests of academic performance given every three years to 15-year-olds in 57 nations, Brazilian students finished fourth from the bottom in science and third from the bottom in math.
The average Brazilian worker has six years of schooling, compared with 10 years in South Korea, 11 in Japan and 12 in the United States and Europe, according to the National Confederation of Industry study.
Of the few Brazilians who go to a university, fewer than one in five take engineering, science, mathematic or computing, according to a recent World Bank study on the links between education and economic growth.
“In Brazil, most people that go to university do social science programs and this happens not because people desire to study philosophy, anthropology, geography, history,” said the study’s author Alberto Rodriguez, “but because private universities, where the growth has taken place, offer these courses because they are cheaper than offering engineering.”
The graduates who succeed are in demand. Big companies have the money to hire or train them. Midlevel firms are not as lucky.
“We had to reduce the size of our company,” said Marcos Coelho, president of the administrative council at Esteio, an engineering firm that conducts topographic studies. “If we had more people we’d be growing much quicker.”

segunda-feira, 30 de junho de 2008

A força interior



Brazil's Industrial Slowdown May Help Central Bank: Week Ahead

By Katia Cortes
June 30 (Bloomberg) -- Brazil's industrial production probably slowed in May, reducing pressure on the central bank to quicken the pace of interest rate increases.
Industrial output data, scheduled for release tomorrow, may show rising inflation is slowing consumer demand by eroding wages. Production growth probably eased in May to 4 percent after a 10.1 percent jump in April, according to the median estimate of 11 economists surveyed by Bloomberg.
``Rising inflation led to a drop in consumer income, so sales and production are slowing,'' Juan Jensen, an economist with Sao Paulo-based Tendencias Consultoria Integrada said in a telephone interview from Sao Paulo. ``Slower output gives a positive sign to policy makers.''
The central bank will raise the benchmark interest rate by half a percentage point in July to 12.75 percent to stem quickening inflation, according to a bank survey of about 100 economists published June 23. Consumer prices jumped 5.58 percent in the 12 months to May, the most since January 2006 and more than the 4.5 percent target for the fifth straight month.
Barclays Capital analysts said earlier this month the central bank may raise rates by three-quarters of a percentage point in July and in September. Policy makers raised rates in April and in June by half a point each time.
President Luiz Inacio Lula da Silva said in a Bloomberg Television interview June 26 in Brasilia his government ``won't allow inflation to come back in Brazil'' and the government would take additional measures to help the central bank rein in inflation if necessary.
Surplus Increase
Lula last month ordered an increase in the budget surplus before interest payments to 4.3 percent of gross domestic product from 3.8 percent to prevent public spending from fueling demand and prices.
Today, Brazil's central bank will release its weekly survey of indicators with estimates of about 100 economists. The National Monetary Council is scheduled to announce the country's inflation target for 2010 and the state development bank's long- term interest rate.
Inflation forecasts by analysts may worsen after consumer prices posted the biggest jump in four years in the first half of June and the central bank forecast the fastest year-end inflation since 2004, Jensen said.
Inflation as measured by the IPCA-15 index rose 0.9 percent through mid-June, up from 0.56 percent a month earlier, the government said June 25. The IGP-M price index, the broadest measure of consumer, construction and wholesale prices, rose 1.98 percent in June, the fastest in more than five years, because of wholesale prices for manufacturers, a June 27 report showed.
Brazilian policy makers said in their quarterly report released June 25 they expect rising food prices and domestic demand to push up the annual inflation rate to 6 percent by year- end. The central bank targets inflation of 4.5 percent, plus or minus two percentage points.
Markets
Last week, the real gained 0.7 percent to 1.594 per dollar, from 1.6057 the previous week. The yield on the government's zero-coupon bond due January 2010 rose 0.2 percentage point to 15.09 percent, according to Banco Bradesco SA.
The benchmark Bovespa index fell 0.5 percent to 64,321.11 points along the week. CPFL Energia, the third biggest Brazilian electricity company, gained 11 percent, while Empresa Brasileira de Aeronautica SA fell 13 percent.
The following is list of events in Brazil this week:

Event Date
Central bank survey 30
Nominal Budget Balance 30
Monetary Council Meeting 30
Industrial Production 01
Monthly Trade Balance 01

Brasil e Argentina prontos para desdolarizar intercâmbio comercial

AFP
30/06/2008
A Argentina e o Brasil chegam à Cúpula do Mercosul de San Miguel de Tucumán (Argentina) prontos para eliminar o dólar de suas transações comerciais e poder realizá-las na sua própria moeda. O movimento é considerado um marco para a moeda única, uma meta - até agora utópica - que tem sido mencionada no Mercosul (fundado em 1991) por mais de 10 anos.
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner (Argentina) já receberam os mecanismos propostos para que o fluxo comercial bilateral possa ser feito em pesos argentinos ou reais brasileiros, disseram fontes de ambos os governos.
A iniciativa foi lançada em julho de 2005 e demorou quase três anos para que se projetassem os sistemas de compensação monetária que serão aplicados pelos bancos centrais dos dois países.
"A arquitetura técnica está concluída. Só falta a aprovação política dos presidentes. Talvez por ocasião da Cúpula de Tucumán seja feito algum anúncio", disse uma fonte do ministério brasileiro da Fazenda à AFP, que pediu para não ser identificada.
O governo brasileiro implementou na sexta-feira um sistema de pagamentos em moedas locais do Mercosul, e a Argentina disse ter tudo pronto para colocar em prática este instrumento.
O Brasil acredita que os novos procedimentos comerciais com a Argentina poderão ser aplicadas em agosto ou setembro.
A utilização da moeda nacional não será obrigatória, mas facultativa, de modo que as transações em dólares também serão mantidas, segundo a fonte brasileira. Em princípio, o sistema seria aplicável unicamente para comércios de bens.
Argentina e o Brasil acreditam que será um "projeto-piloto" que pode ser utilizado por outros membros da do Mercosul, que reúne ainda o Uruguai, Paraguai e a Venezuela, que está em processo de incorporação.
"Tirando as diferenças, poderia ser um pequeno movimento rumo a uma unidade monetária, como a construída pela União Européia", acrescentou a fonte.
A Argentina e o Brasil concentram 80% do comércio do Mercosul. Em 2007, esse intercâmbio foi de cerca de 25 bilhões de dólares e se espera que cresça para 30 bilhões esse ano, segundo estimativas de ambos os governos.
"A Argentina completou a adequação normativa para começar a transações comerciais entre Argentina e Brasil usando moeda local, ou seja, pesos e reais, sem ter de converter ao dólar", disse Eduardo Sigal, secretário para a integração latino-americana da Chancelaria argentina, em Buenos Aires.
"Se o Brasil avançou nessa questão, é provável que os presidentes Lula e Cristina Fernández anunciem isso em Tucumán", acrescentou.
Brasília e Buenos Aires concordam que as exportações podem ser feitas com maior simplicidade e se eliminarão custos financeiros que envolvem a conversão de dólares para pesos ou reais.
Os ministérios da Fazenda dos dois países disseram ter levado em conta que os empregadores, especialmente pequenas e médias empresas, pagarão muito menos em corretagem de câmbio.
O mecanismo adotado elimina a conversão da moeda local para o dólar, pelo importador, e do dólar para a moeda do país de exportação. Os economistas calculam que em ambos os países os custos das operações bancárias e financeiras serão reduzidos até em 2,5%.

Em crise, Argentina se isola e retoma protecionismo

Guinada protecionista pode afetar fluxo comercial anual de mais de US$ 25 bilhões com Brasil
O Estado de Sâo Paulo / Denise Chrispim Marin / ARIEL PALACIOS
30/06/2008
Nos sete meses de governo Cristina Kirchner, a Argentina ameaça recair em um imbróglio tão sério como o que levou Fernando de la Rúa, em dezembro de 2001, a renunciar à presidência e escapar da Casa Rosada num helicóptero. A presidente rejeitou as saídas ortodoxas para o controle da inflação, alimentou a insegurança no setor privado e nos contribuintes e optou pelo protecionismo.Embora o Brasil faça de tudo para não trombar com seu sócio estratégico, um embate já começou na mesa de negociação da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio. Na semana passada, os negociadores argentinos refutaram a posição defendida pelo Brasil sobre a abertura do mercado industrial do Mercosul. Analistas argentinos e brasileiros acreditam que essa guinada protecionista possa, novamente, afetar o fluxo de mais de US$ 25 bilhões ao ano do comércio bilateral.Os mais de cem dias de conflito entre o governo e os produtores agropecuários, por conta do imposto sobre as exportações do setor, reduziram o ritmo de crescimento do país. O consumo despencou, os investimentos entraram em compasso de espera, uma nova crise energética despontou no cenário de curto prazo e o governo começou a perder aliados políticos.“A crise argentina é política, não econômica. A causa é um governo que não negocia com ninguém e trombrou com um setor que não se submeteu a suas decisões e se aliou à descontente classe média”, afirmou o consultor Pedro da Motta Veiga. “O governo politizou todas as soluções de política econômica e está amarrado ao mastro de um barco que afunda.”Para Motta Veiga, o bom senso seria suficiente para aplacar a crise, que tanto desorganiza a economia do país como unifica e dá personalidade política ao setor rural. “Bastaria chamar dois ou três economistas de linha ortodoxa”, resumiu. Mas Cristina não parece disposta a aceitar essa receita e, ao contrário do que aconteceu no passado, alimenta uma crise que não teve causas externas. “A Argentina parece ter uma vocação para se deixar envolver em crises. Mas, desta vez, a crise é ‘home made’”, avaliou José Botafogo Gonçalves, presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais e ex-embaixador em Buenos Aires.Por enquanto, Botafogo não aposta em “hostilidades” da Argentina contra os produtos brasileiros. Se surgirem, explica, serão imediatamente abafadas pela Comissão de Monitoramento do Comércio Bilateral, criada para diluir problemas entre os dois países. Mas analistas argentinos ouvidos pelo Estado são menos otimistas. “Não é nada assegurado, mas esse risco existe”, afirmou o ex-secretário de Comércio Exterior Raúl Ochoa.Conforme explicou, a perda de competitividade (por causa do aumento da inflação) e de rentabilidade das empresas tende a motivar a procura de bodes expiatórios. Esse panorama deve se complicar no ambiente de eleições parlamentares do ano que vem. Em 2004, quando a Argentina tentava se recuperar da crise de 2001-2002, o então presidente Néstor Kirchner anunciou medidas protecionistas contra produtos brasileiros. Seu governo apostava na recuperação da indústria - que, além de sucateada, enfrentava a concorrência dos setores brasileiros de calçados e eletrodomésticos. Essa “invasão” foi usada como bode expiatório dos problemas internos argentinos.Para o ex-secretário de Indústria Dante Sica, a Argentina se isola cada vez mais. A paralisação das exportações agropecuárias por mais de três meses provocou vantagens para o Brasil, que é “um fornecedor muito mais confiável para o resto do mundo e pode conquistar os mercados que a Argentina está perdendo”. Sica assinala ainda que, assim como os grandes investidores preferem o Brasil à Argentina, só o Brasil se candidatou a investir na Argentina nos últimos anos.Desde 2002, as empresas brasileiras instaladas na Argentina investiram mais de US$ 10 bilhões. Hoje, o capital brasileiro no país equivale a 25% dos investimentos estrangeiros. Além dessa relativa dependência, a Argentina se tornou refém do Brasil na questão energética. O País se comprometeu a exportar eletricidade para a Argentina neste inverno, como forma de cobrir a incapacidade de a Bolívia fornecer gás natural para suas termoelétricas. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou a aceleração do cronograma para o início das obras da hidrelétrica binacional de Garabi, no Rio Uruguai. A expectativa do Itamaraty é que essas iniciativas pelo menos contenham o impulso protecionista da Argentina contra o Brasil.

FRC publishes limited liability guidance

The guidance does not attempt to to determine whether particular arrangements will be considered “fair and reasonable” as stipulated by the Companies Act
Written by Penny Sukhraj
Accountancy Age, 30 Jun 2008
The long-awaited guidance to limited liability contracts has been released today by the Financial Reporting Council.
The guidance, which was produced by former Commercial Court Judge Sir Anthony Colman, as well as company and accountancy representatives.
Introducing the guidance, Sir Anthony Colman said: 'The guidance is addressed to company directors, to help them assess whether to enter into an agreement with their auditor, and to help them implement the agreement if they decide to do so. One of the key considerations when making that assessment will be the likely views of the shareholders, as they must approve any agreement.'
The guidance does
• explain what is and is not allowed under the 2006 Act;
• set out some of the factors that will be relevant when assessing the case for an agreement;
• explain what matters should be covered in an agreement, and provides specimen clauses for inclusion in agreements; and
• explain the process to be followed for obtaining shareholder approval, and provides specimen wording for inclusion in resolutions and the notice of the general meeting.
The guidance does not attempt to to determine whether particular arrangements will be considered “fair and reasonable” as stipulated by the Companies Act, since each arrangement will need to be assessed in the context of the particular circumstances. That would ultimately be for the Courts to decide in the event of a dispute.
FRC chairman Sir Christopher Hogg said that each company must make its own decision as to whether to enter into such an agreement with its auditors.
'However, the FRC believes that it would be desirable for companies to discuss with their leading shareholders and with their advisers the merits of entering into an agreement in their particular circumstances,' said Sir Christopher.
The FRC will review the impact and content of the guidance in the second half of 2010 to ensure that it incorporates developments in generally accepted practice andany other new developments.

Incerteza legal é "risco" para petroleiras no Brasil, diz 'FT'

BBC Brasil
30/06/2008
A indefinição sobre as regras de exploração de petróleo na camada pré-sal representa um "risco" para a atuação de empresas petroleiras no Brasil, afirma nesta segunda-feira uma reportagem do diário financeiro britânico Financial Times.
O artigo, parte de um caderno especial do jornal sobre o setor de energia em diversos países do mundo, aborda a atual discussão sobre o modelo que o Brasil adotará para explorar reservas recém-descobertas em campos como Tupi e Carioca.
Por causa do seu enorme potencial, o governo estuda como manter as novas descobertas sob controle do Estado.
Sob o atual modelo, as petroleiras, muitas vezes em parceria com a Petrobras, são responsáveis por procurar petróleo em blocos geográficos arrebatados em leilões de concessão da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Especialistas em favor de uma mudança na legislação argumentam, entretanto, que incluir as reservas pré-sal nesse tipo de modelo seria como permitir às companhias "comprar um bilhete de loteria premiado", como definiu o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli.
Para o jornal britânico, a indefinição sobre as regras de exploração representa um risco maior para a atuação das empresas no Brasil que as dificuldades naturais de explorar óleo e gás natural em campos tão profundos e submetidos a condições adversas de pressão e temperatura.
"Apesar de essas condições apresentarem obstáculos consideráveis, podem certamente ser superadas, especialmente com os preços mundiais do petróleo nos atuais níveis", analisa o FT.
"Um risco maior para as empresas petroleiras com planos de trabalhar nos campos pré-sal é a incerteza em relação à regulamentação da indústria."
O jornal lança dúvidas sobre a adoção de esquemas de "produção compartilhada" de petróleo, nos quais as reservas se mantêm como propriedade do Estado e as companhias recebem permissão para manter parte do óleo que trazem à superfície.
"O que preocupa muitos analistas sobre esse modelo é que o governo deve basear suas decisões de produção em considerações não-comerciais, como o efeito da produção na inflação, a taxa de câmbio e o preço do petróleo em si". Para o FT, "nenhuma decisão sobre um novo regime (de exploração) até pelo menos o fim deste ano".

Lula diz que mundo ainda irá se curvar aos combustíveis renováveis

Agência Safras
30/06/2008
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ontem à noite a defender a política brasileira em relação aos biocombustíveis e disse que a indústria automobilística soube confiar no governo em um momento de crise, no início de seu primeiro mandato. As afirmações foram feitas durante o lançamento do novo Gol pela Volkwagen, em evento na fábrica de São Bernardo do Campo, na região do ABC.
"Em 2003, eu vim aqui lançar o flex fuel, e pouca gente acreditava que a gente pudesse lançar aquele carro. Hoje, temos praticamente 100% da frota produzida neste país sendo flex fuel, e haverá um momento em que o mundo irá se curvar aos combustíveis renováveis, e aí o Brasil poderá vender muito mais carros." Ainda em 2003, Lula disse ter recebido a diretoria da Anfavea, a associação nacional das montadoras, e dirigentes de várias empresas do setor, com notícias de queda na produção e ameaça de demissões - "era uma choradeira", definiu o presidente. "Eu disse a eles: vocês têm de ter paciência, porque as coisas vão acontecer neste país. E hoje eu volto aqui para dizer que a indústria automobilística está batendo recorde todo mês. O povo brasileiro agradece a confiança que as indústrias tiveram no Brasil, na consciência de que o governo iria estabilizar a economia. Fizeram investimentos, e hoje estamos colhendo aquilo que nós plantamos", afirmou, diante de dez mil pessoas, na arena montada pela Volks para o evento, que terminaria com um show da cantora Ivete Sangalo.
Segundo Lula, o novo veículo será motivo de inveja no exterior. "Outra coisa que me deixou feliz foi saber que foi da cabeça da engenharia brasileira e dos trabalhadores brasileiros que a gente está produzindo o design desse novo Gol, que será motivo de inveja para muitos países que pensam que são mais desenvolvidos do que o Brasil", disse o presidente. "Eles vão perceber, e a Volkswagen graças a Deus percebeu, que a criatividade do povo brasileiro não é apenas no futebol ou no samba"

Mudam expectativas para Selic

InvestNews / Maria de Lourdes Chagas
30/06/2008
O mercado começa a desenhar uma nova estimativa para a Selic nos próximos meses. O comportamento dos índices de inflação está fazendo com que os investidores revejam as estimativas para o rumo da taxa Selic, fixada em 12,25% ao ano. Analistas já temem elevação maior nos juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) agendada para 22 e 23 de julho.
Os contratos de Depósitos Interfinanceiros (DI) negociado na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) projetam aumento de 0,75 ponto percentual da Selic no mês que vem. O DI de janeiro de 2010, o mais líquido, apontou taxa anual de 15,06%, ante 14,96% do ajuste anterior. Os negócios mostraram que as apostas no aumento de 0,75 ponto da taxa básica ganharam forças hoje decorrente do resultado do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) que acelerou para 1,98% em junho, dentro do intervalo das expectativas de mercado (1,75% a 2,10%), porém acima da mediana das previsões (1,89%).
Outro fator que preocupa os investidores é a alta no preço do petróleo que alimenta o medo da inflação global. O barril de petróleo do tipo WTI, com vencimento em agosto, atingiu hoje os US$ 142,93 nas operações eletrônicas da Bolsa de Mercadorias de Nova York (NYMEX, sigla em inglês), registrando um novo recorde histórico.
O gerente de renda fixa do Banco Prosper, Carlos Cintra, disse que a possibilidade de um aumento de 0,75 ponto nos juros é hoje de 75% de chances e a percepção é de que ciclo de alta nos juros não tem mais prazo para acabar.
O executivo ressalta que a preocupação maior é com os preços dos alimentos e da matéria-prima que continuam aumentando. "E a solução para combater a inflação não depende somente do Banco Central brasileiro e sim de uma ação em conjunto com os bancos centrais de outros países, e se nada for feito a inflação irá atingir o mundo rapidamente", frisa Cintra.
Ele observa que na composição do IGP-M o destaque foi para o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que subiu 2,67% contra 1,10% de maio, puxado pelo custo de mão-de-obra (de 0,96% para 3,75%).

Projeto cria regras para sócios responderem por débitos

DCI
30/06/2008
O mercado de capitais elaborou uma proposta de projeto de lei que estabelece regras para a Justiça determinar em quais condições os integrantes de sociedades respondem por obrigações da empresa. Em julho, o projeto de lei 4.301/2008, que trata do assunto, de iniciativa do deputado federal Bruno Araújo (PSDB-CE), será apreciado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados.
O texto disciplina o procedimento de desconsideração da personalidade jurídica, que significa "levantar o véu" da empresa e responsabilizar pessoalmente integrantes, sócios, instituidores e administradores para o pagamento de débito da empresa. Isto é bastante utilizado, por exemplo, em ações de execução fiscal. Mas, conforme a proposta, "os efeitos da decretação de desconsideração da personalidade jurídica não atingirão os bens particulares de membro, instituidor, sócio ou administrador que não tenha praticado ato abusivo da personalidade em detrimento dos credores da pessoa jurídica e em proveito próprio."
Segundo o autor, "o projeto de lei pretende estabelecer regras processuais claras para a aplicação do instituto de desconsideração da personalidade jurídica, além de assegurar além de assegurar o prévio exercício do contraditório em hipóteses de responsabilidade pessoal de sócio por débito da pessoa jurídica".
Na justificativa do projeto, o parlamentar destaca que não pretende estabelecer pressupostos materiais ou mesmo limitar as hipóteses em que a desconsideração da personalidade jurídica pode ocorrer. Afirma que quer tão somente instituir um rito procedimental, aplicável a toda e qualquer situação onde seja necessário chamar os integrantes da sociedade para responder pelo débito "de modo a trazer segurança e estabilidade às relações jurídicas empresariais".
O deputado se baseou em um anteprojeto elaborado por entidades integrantes do Plano Diretor do Mercado de Capitais. O parlamentar cita ter usado, também, como referência projeto de lei do falecido deputado Ricardo Fiúza, que, em 2003, defendeu um procedimento judicial específico sobre o tema personalidade jurídica, na Câmara Federal.
Segundo a justificativa do projeto, é necessário estabelecer regras para a decretação judicial de desconsideração jurídica porque tem havido excesso por parte do Judiciário nas primeiras instâncias. "Entretanto, a falta de um rito procedimental que assegure o exercício do contraditório, tem ocasionado uma aplicação desmesurada e apropriada da "Disregard Doctrine" (desconsideração da personalidade jurídica), sendo freqüente a sua utilização em hipóteses outras, como nos casos de mera responsabilidade subsidiária e de solidariedade, decisões muitas vezes reformadas pelos Tribunais Superiores, em prejuízo do próprio instituto", argumenta o autor.
A proposição também determina ao magistrado ouvir o Ministério Público antes da aplicação desse procedimento. Além disso, faculta a oportunidade de "satisfazer a obrigação, em dinheiro, ou indicar os meios pelos quais a execução possa ser assegurada", conforme o artigo 5º.
O conceito de desconsideração da personalidade jurídica pode ser traduzido como um procedimento que elimina a separação entre a empresa e seus sócios, no que se refere à responsabilidade pessoal de seus integrantes, permitindo que a eles sejam responsabilizados judicialmente pela recuperação patrimonial de desvios de pagamentos, ou outras irregularidades.
De acordo com o economista Renan Sebastião, especialista no mercado de capitais, esse projeto é muito bem vindo para o segmento em razão do momento que o Brasil está vivendo, com a expansão do mercado de capitais, que requer regras transparentes e igualitárias. "Sobretudo, mais recentemente, como recebemos investment grade, o Brasil precisa dar sinais claros para o mercado internacional a respeito de sua auto-regulamentação."
O projeto de lei está sob análise da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC), da Câmara dos Deputados, que abriu prazo para apresentação de emendas aos demais parlamentares. O relator da matéria, José Nobre Guimarães (PT-CE), tem o prazo de 5 sessões ordinárias para apresentar o seu parecer, tempo que deve expirar em 7 de julho.
Procurado pelo DCI, ele declarou que ainda está estudando o teor do projeto.
A taxa de desemprego caiu para 7,9% em maio nas seis principais regiões metropolitanas do País. O resultado foi o menor já registrado para o mês desde 2002. Em abril, ficou em 8,5%.

Tentativa de criar CSS impede diálogo no Congresso Nacional

t / Fernando Exman
30/06/2008
Cientes de que poderão fracassar na tentativa de aprovar a reforma tributária ainda neste ano, deputados e senadores tentam estabelecer um calendário que garanta a votação do projeto em 2008 e a sua implementação em 2009 - ano considerado "neutro" por não ser atrapalhado por eleições. A tarefa, porém, será de árdua execução.
Além de dificuldades na obtenção de quórum, a tentativa da ala governista de criar a Contribuição Social para a Saúde (CSS) embaraça o debate. Os aliados do governo no Congresso pretendem instituir o tributo depois das eleições. "A aprovação da reforma tributária é uma prioridade do governo e da Câmara", diz o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS). "Temos a obrigação de cumprir isso em 2008. Há espaço, vontade e necessidade", lembra o vice-líder do governo na Casa.
"A CSS é um tema que cria certa perturbação, mas isso só está em pauta porque a oposição antecipou a aprovação da emenda constitucional 29, que aumenta os investimentos na saúde". As sessões do Congresso durante o fim do mês serão prejudicadas pelas festas de São João. Cerca de 30% dos parlamentares são do Nordeste, região onde essas celebrações têm grande apelo popular. Além disso, as convenções partidárias referentes às eleições municipais serão realizadas no período. Em seguida, o Parlamento entrará em recesso. Por fim, e as disputas pelas prefeituras serão realizadas em todo o País em outubro. Alguns congressistas serão candidatos. Outros fazem questão de apoiar seus aliados durante a campanha.
Por isso, deputados estabeleceram a meta de aprovar o relatório do deputado Sandro Mabel (PR-GO) na comissão especial criada para analisar o projeto até o próximo dia 17, véspera do recesso. Se sair como o planejado pelos líderes governistas, a votação em plenário ocorreria no máximo depois das eleições.
A oposição, no entanto, diz que lutará contra qualquer proposta de reforma que aumente os impostos do País e não simplifique o atual sistema tributário. "Todos os gestos do governo são na mão inversa à reforma", criticou o líder da minoria na Casa, deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA). "A carga tributária aumentou, a arrecadação é recorde e eles querem criar a CSS."
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), faz coro. "A tentativa de criar a Contribuição Social para a Saúde (CSS) é um sinal invertido. A reforma era para extinguir impostos. É um péssimo sinal", diz. No Senado, a reforma tributária terá de ultrapassar mais obstáculos. Para o presidente da Casa, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), a proposta só terá chances de ser aprovada se chegar até o dia 15 de outubro.
Além disso, deve ser apensada ao projeto dos senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Francisco Dornelles (PP-RJ) sobre o mesmo tema. Como será alterado, o projeto de reforma tributária terá de voltar à Câmara antes de ir à sanção presidencial. "Há possibilidades de ser aprovada neste ano, mas vai depender da Câmara", ponderou Garibaldi. Iniciado em abril, o debate na comissão especial da Câmara continua acirrado.
Os secretários estaduais da Fazenda querem garantias de que os benefícios fiscais já concedidos serão mantidos durante o período de transição de implementação da reforma. Temem que os Estados sejam acusados pelas empresas de quebra de contrato. Outros pontos de conflito são a perda de arrecadação e distribuição dos recursos do fundo compensatório e a extinção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo que incide sobre os combustíveis e foi criado para financiar obras de infra-estrutura. Já a indústria quer garantias de desonerações dos investimentos e das exportações.