sexta-feira, 17 de abril de 2009

CVM suspende oferta de fundos e clubes irregulares

Valor Econômico / Angelo Pavini
17/04/2009
A oferta de investimentos irregulares continua florescendo no mercado, apesar das denúncias contra casas que quebraram. Depois do caso dos clubes de ações da corretora de câmbio Agente BR, que foi liquidada pelo Banco Central em janeiro deste ano, deixando milhares de investidores no prejuízo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) identificou dois sites que faziam ofertas irregulares, um de clubes e outro de fundos. Em deliberações divulgadas ontem, a CVM determinou a retirada do ar dos sites e o encerramento das carteiras, uma vez que elas não tinham registro e as empresas também não tinham autorização para fazer gestão de investimentos.
O primeiro caso é o da Thylon Consultoria Financeira, com sede em São Paulo, que oferecia quatro fundos de investimento, um deles com aplicação no exterior. A empresa e seus sócios, Cristian Carvalho Silva e Julio Reginato, foram procurados pelo Valor, mas não foram localizados. Em seu site, www.thyfundos.com.br, que ontem à tarde já estava fora do ar, a Thylon oferecia uma família de fundos. Havia um fundo de ações (Thy Profac), um de commodities (Thy Profcomm), um multimercado (Thy Profmult) e um que se propunha a investir no exterior (Thy Profglobafunds). Nem a gestora nem os fundos tinham registro na CVM, o que é exigido por lei.
Outro caso é do Clube Axt, um site que oferecia dois clubes de investimento sem registro em corretora e nem na Bovespa. Os responsáveis pelos clubes - Wagner de Aguiar Moraes, Alexandre de Aguiar Moraes, Marcelo Costa Rocha e Wanderley Dias Bertolucci - não tinham autorização da CVM para fazer a gestão das carteiras. No site, o Clube Axt se definia como uma associação de amigos "com o objetivo de investir no mercado financeiro".
O Clube Axt BV se destinava a aplicar em ações e o Axt MF na Bolsa de Mercadorias & Futuros. No total, as aplicações chegavam a R$ 6 milhões, sendo R$ 4,4 milhões no Axt BV e R$ 1,6 milhão no Axt MF. "Deve ter ocorrido algum engano", afirmou ao Valor, por telefone, Wagner de Aguiar Moraes. "Nós não oferecemos cotas ao mercado, apenas aos amigos", disse ele. "O problema é que o site estava sem senha, estava aberto, e alguém achou que qualquer um poderia investir". Segundo ele, a aplicação, que de acordo com o site teria sido criada em 2007, também "não era um clube, tinha o nome de clube, mas não estava ainda constituído, era apenas um grupo de amigos que se reunia para aplicar."
No site, porém, a informação é que o Clube Axt foi criado "em benefício de nossos amigos mais próximos", mas "como deu muito certo, os integrantes foram indicando outros investidores". "Assim, o clube está aberto para pessoas indicadas por investidores que já fazem parte do clube". E completa: "não há restrição de quantidade de indicações, isso é apenas para facilitar o controle e garantir uma segurança para todos".
Confrontado com essas informações, Moraes disse que a aplicação "era apenas para uns 20 amigos", de São Paulo e do Rio. "Alguém trazia a mãe ou um amigo para investir, mas era coisa restrita", disse. O clube teria sido criado por ele e um grupo de amigos, que gostavam do mercado financeiro. "No início, pensamos em criar um clube de investimento, mas como não tínhamos orientação, fomos aplicando, a carteira foi crescendo, um indicando outro e deixamos de registrar o clube." Agora, Moraes diz que vai fechar as carteiras. "Já tirei o site do ar e vamos encerrá-las, como a CVM mandou."
Os sites irregulares foram identificados dentro do trabalho de acompanhamento do mercado, que inclui denúncias e parcerias com outras instituições, disse Roberto Mendonça, gerente de irregularidades da Superintendência de Relações com Investidores Institucionais da CVM. Segundo ele, a ordem de suspender os clubes e fundos é preventiva. "Ainda vamos fazer uma investigação para ver se é o caso de abrir um processo administrativo contra as empresas e seus sócios". Mas, mesmo assim, o investidor já é alertado, para não aplicar. Neste ano, até março, já foram feitas 3 reclamações contra clubes na CVM, para 13 em todo o ano de 2008 e 8 em 2007.
Se não tirarem os sites do ar, os responsáveis serão multados, em até R$ 5 mil por dia. "E veja que não é só a oferta irregular, nenhum deles tinha autorização para fazer gestão, o que justifica o encerramento das carteiras". O investidor que quiser fazer denúncias ou consultas sobre fundos ou clubes pode acessar o site www.cvm.gov.br ou entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Investidor (SAI) no telefone 0800-7225354.

Regras limitam atuação de bancos em ofertas de ações

Valor Econômico / Silvia Fregoni
17/04/2009
Começaram a vigorar ontem as regras da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) para as ofertas públicas iniciais de ações. As normas colocam limites à atuação das instituições financeiras na coordenação das operações, com o objetivo de evitar conflitos de interesse.
O debate sobre a necessidade dessas regras surgiu durante a febre de aberturas de capital, que alcançou o pico em 2007. Muitas companhias só se tornavam atrativas aos investidores com o dinheiro dos empréstimos concedidos pelos bancos coordenadores antes das ofertas. A própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM) cobrou medidas da Anbid para coibir abusos.
Conforme adiantou o Valor, as ofertas terão de contar com um banco coordenador adicional quando a instituição principal tiver participação de mais de 10% no capital da empresa. O banco adicional terá de ser independente, para referendar a avaliação e o intervalo de preço sugerido para a colocação dos papéis.
Também deverá ser contratado um banco adicional se o coordenador principal firmar contrato com a empresa para receber comissões equivalentes a mais de 20% do valor total da oferta de ações.
Além disso, se o banco coordenador tiver participação acionária na empresa que fará a oferta, esse não poderá se desfazer de todos os papéis na operação. Terá de manter pelo menos 25% dessa fatia por um período mínimo de um ano.
Caso a remuneração do banco seja atrelada ao preço das ações na oferta, esse só receberá na ocasião 75% do pagamento. Os demais 25% só serão pagos depois de um ano.
"Queremos que o banco continue como acionista ou credor da empresa, para que permaneça atrelado ao risco da companhia. Isso fará com que a instituição tenha uma visão de mais longo prazo sobre a corporação", disse Alberto Kiraly, vice-presidente da Anbid.
As regras serão incorporadas pelo código de autorregulação da associação para ofertas públicas de distribuição e aquisição de valores mobiliários. Assim, o não cumprimento das mesmas levará a punições previstas no código, que vão de multa e advertência até o desligamento da Anbid.

Brasil é "potência" e "grande jogador mundial", diz Obama

Reuters
17/04/2009
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o Brasil "é uma potência econômica e grande jogador no cenário internacional" e que ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem ser "parceiros". As declarações foram feitas em entrevista à CNN, transmitida nesta quinta-feira.
Perguntado sobre o sentimento antiamericano em alguns países da América Latina, Obama respondeu que "os tempos mudaram" e destacou o papel exercido pelo Brasil no cenário internacional.
"Estamos no século 21 agora. Os tempos mudaram. Um país como o Brasil é uma potência econômica e grande jogador no cenário internacional", disse Obama.
O presidente americano afirmou ainda que ele e Lula deveriam ser parceiros. "Minha relação com o presidente Lula é a de dois líderes que têm grandes países, que estão tentando resolver os problemas e criar oportunidades para nossos povos, e devemos ser parceiros."
Obama concedeu a entrevista antes de sua primeira visita oficial à América Latina. O presidente americano desembarcou no México nesta quinta-feira e participa da Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, que começa na sexta-feira.

Obama to extend hand to Latin America at summit

Fri Apr 17, 2009 5:47am EDT
By Pascal Fletcher
PORT OF SPAIN (Reuters) - U.S. President Barack Obama meets his counterparts in Latin America and the Caribbean on Friday, offering practical cooperation over the ideological differences that have strained U.S. ties with the region.
But the Summit of the Americas he will attend with 33 other leaders in Trinidad and Tobago looks set to be dominated by debate over Washington's enduring ideological conflict with Cuba, the only one-party communist state in the hemisphere.
Cuba, excluded from these hemispheric summits that started in 1994, is not part of the agenda, which talks of confronting the global downturn and energy and security challenges.
But with one voice, the region's governments are calling on the U.S. president to honor his pledge for change by dropping the 47-year-old U.S. trade embargo against Cuba which has ended up isolating Washington more than its original target.
This seems further than Obama is willing to go at the moment after he relaxed some specific aspects of the embargo on Monday, opening a crack in a U.S. policy dating back to the Cold War, when Cuba was a player in the U.S.-Soviet standoff.
Obama and Secretary of State Hillary Clinton made clear on Thursday that while his administration is ready to talk to Havana about a rapprochement, it expects the Cuban side to reciprocate by freeing political prisoners and improving human rights for its citizens.
"I don't expect things to change overnight ... We are not trying to be heavy handed, we want to be open to engagement, but we're going to do so in a systematic way that keeps focus on the hardships and struggles that many Cubans are suffering," Obama told reporters during a visit to Mexico.
But he hinted earlier he was willing to leave behind entrenched ideological positions of the past to seek practical solutions to the serious problems facing the Americas, in particular the global economic downturn that has hit the United States as hard as it is squeezing the rest of the region.
"Years of progress in combating poverty and inequality hangs in the balance. The United States is working to advance prosperity in the hemisphere by jump-starting our own recovery," Obama wrote in an op-ed article.

GLOBAL MARKETS-Corporate results support stocks, outlook foggy

Fri Apr 17, 2009 2:42am EDT
By Kevin Plumberg
HONG KONG, April 17 (Reuters) - Asian stocks rose on Friday after results from JPMorgan and Google kept shares on track for a sixth week of gains, while the euro fell to a one-month low on uncertainty over what non-standard policy action the European Central Bank will enact.
A jump in Chinese industrial output in March has added to a sense previously instilled by U.S. indicators that the pace of deterioration has slowed from the alarming rate of just a few months ago, supporting a month-long rally in global stocks.
Still, comments from policy makers about the economic outlook were cautious and hardly embraced the potential for a speedy recovery. Federal Reserve official Janet Yellen said in a speech there are tentative signs of stability but it was still impossible to know how deep the U.S. recession will ultimately be. [ID:nN16292104]
Higher-yielding currencies, like the Australian dollar and New Zealand dollar, have been rallying alongside global equity markets, but not to same extent, with currency dealers still concerned about the mixed bag of economic data around the world.
"Corporate reports allowed negative developments to be overlooked," said Dariusz Kowalczyk, chief investment strategist with SJS Markets in Hong Kong, in a note to clients.
"As a result, risk appetite continued to improve, depressing prices of sovereign developed debt and lifting prices of equities, corporate credit and most commodities."
The MSCI index of Asia Pacific stocks outside Japan .MIAPJ0000PUS edged up 0.3 percent on the day, set to close higher for a sixth consecutive week. That would be the longest weekly string of gains since the second half of 2007, when the bull market reached its apex.
Japan's Nikkei share average .N225 climbed 1.7 percent, with investors selling defensive industries like pharmaceuticals and buying industries sensitive to business cycles like automakers.
Shares of Mitsubishi UFJ Financial Group (8306.T), the country's largest bank, rose 1.6 percent, supported after first quarter profits at JPMorgan (JPM.N) topped estimates though they were still down some 40 percent from a year ago. [ID:nN16542451]
Citigroup (C.N) is expected to report its first quarter results before Wall Street opens for trading.
Taiwan's tech-filled TAIEX index tumbled 4 percent, the biggest single-day decline in three months, after dealers closed out positions after the index failed to stay above 6,000. Taiwan, a weather vane for U.S. and Chinese demand, has been a regional leader in the equity rally.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Vendas mundiais de PCs caem 7,1% no 1º trimestre

Petrobras fora do superávit está em linha com 'práticas internacionais', diz Fazenda

Consumo de energia no Brasil cresceu 5,6% em 2008, diz EPE

Arrecadação de março cai 5% sobre 2008

Anbid define as regras para financiamento pré-IPO

Petrobras fora do superávit está em linha com 'práticas internacionais', diz Fazenda

Medida é mais um passo para avançar em padrões contábeis, diz.
Petrobras poderá captar menos recursos, informa governo.
G1 / Alexando Martello
16/04/2009
A retirada da Petrobras do cálculo do superávit primário do setor público, que é a economia feita para pagar juros da dívida pública e manter sua trajetória de queda, está em linha com "a metodologia e as práticas internacionais" da maioria dos países que contam com situação semelhante de "empresas não totalmente públicas", informou nesta quarta-feira (15) o Ministério da Fazenda. O governo lembra que, no caso da Petrobras, o Tesouro detém apenas um terço da empresa.
Segundo a assessoria do ministro Guido Mantega, a ação já se encontrava em estudo pelo governo federal, pois atende às novas novas regras de contabilidade privada. "Estamos, com o tratamento conferido à Petrobras, dando mais um passo para avançarmos aos padrões contábeis internacionais", informou o Ministério da Fazenda.
O efeito imediato da retirada da empresa do cálculo do superávit primário é uma folga de cerca de R$ 15 bilhões para investimentos neste ano e de mais R$ 16,8 bilhões em 2010. Também haverá uma redução da meta de economia para pagar juros da dívida pública por conta desta medida, tornando mais lenta a queda da relação dívida/PIB com o decorrer dos anos.
Segundo a equipe econômica, a medida também influenciará as necessidades de captações de recursos para fazer os investimentos previstos. "[A Petrobras] poderá, inclusive, se considerar adequado, captar menos recursos nos mercados financeiros, seja interno ou e externo", informou o Ministério da Fazenda.

Consumo de energia no Brasil cresceu 5,6% em 2008, diz EPE

Redação Terra
16/04/2009
O consumo de energia no Brasil cresceu 5,6% em 2008, se comparado a 2007, de acordo com levantamento divulgado nesta quarta-feira pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Considerando todas as formas de energia utilizadas, foram consumidos, no ano passado, 252 milhões de t equivalentes de petróleo (tep).
Com exceção da energia hidráulica, que teve queda de 1,7%, houve expansão do consumo de todas as principais formas de energia primária.
Com relação aos combustíveis, o grande destaque foi a expansão 17,7% do consumo de etanol. De acordo com a EPE, o aumento do consumo de álcool hidratado, de 28,2%, foi ainda mais significativo, tendo sido consumidos mais de 17,5 bilhões de l no País.

Autoridades americanas vão ampliar transparência dos bancos

AFP
16/04/2009
As autoridades dos Estados Unidos publicarão informações sobre a saúde dos 19 principais bancos do país, comunicou nesta quarta-feira a Casa Banca.
"O secretário (Timothy Geithner) e o departamento do Tesouro estimam que a transparência é importante para os contribuintes, os bancos e a estabilidade do sistema financeiro no geral", declarou o porta-voz da presidência Robert Gibbs. "Acredito que é isto que vamos ver (...) entre o final de abril e o início de maio", disse Gibbs.
O porta-voz se referia ao "teste de resistência" que as autoridades aplicam aos 19 principais bancos do país (que controlam cerca de US$ 100 bilhões em ativos) para avaliar sua saúde e as eventuais necessidades de capital para resistir à crise.

Arrecadação de março cai 5% sobre 2008

Valor Econômico / Arnaldo Galvão
16/04/2009
A arrecadação de tributos administrada pela Receita Federal em março, sem contar com as contribuições previdenciárias, teve queda real de 5% em relação ao mesmo mês do ano passado, o que representa redução sensivelmente menor que os 11,13% re recuo verificados em fevereiro na comparação com fevereiro de 2008. Em março de 2008, em valores correntes, o governo federal recolheu R$ 51 bilhões.
Apesar das aparências, porém, os técnicos do governo avaliam que esse movimento não significa uma recuperação da atividade econômica porque o desempenho das contribuições PIS e Cofins e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) continua muito abaixo dos níveis apresentados em março de 2008. A Receita identificou que os números da arrecadação, em março, foram influenciados de maneira positiva pela concentração do ajuste do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) referente ao ano passado.
As empresas que recolheram o IRPJ por estimativa dos ganhos, em 2008, tiveram de fazer a declaração de ajuste nos três primeiros meses deste ano. As normas tributárias permitem que esses pagamentos sejam divididos em três vezes, mas as empresas acabam concentrando esses recolhimentos de acordo com as condições mais vantajosas da economia. Em 2008, com juros altos e vendas aquecidas, a maioria preferiu pagar em janeiro. Neste ano, com o cenário de crise econômica, a opção que prevaleceu foi a do ajuste em março.
Como esse ajuste do IRPJ ainda reflete o desempenho da economia em 2008, a Receita não pode traçar uma tendência para a arrecadação neste ano. A queda real de 5% em março (já descontada a variação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA) não autoriza os técnicos a afirmar que o pior já passou. Eles preferem aguardar os números de abril para apontar com mais segurança uma perspectiva para 2009. Apenas quando tiverem os detalhes da arrecadação dos primeiros quatro meses do ano nas mãos, os auditores terão uma perspectiva mais claro dos impactos na tributação da atividade econômica de todo o primeiro trimestre deste ano.

Anbid define as regras para financiamento pré-IPO

Gazeta Mercantil
16/04/2009
Para tentar evitar ou minimizar efeitos de um conflito de interesse do banco coordenador de uma oferta pública na formação de preços dos papéis da emissora, a Associação Nacional de Bancos de Investimentos (Anbid) definiu, na última reunião de diretoria, no dia 17 de março, regra de autorregulação do mercado de capitais que vale a partir de hoje mas só serão testadas nos próximos IPOs.
"A Anbid busca estimular o aperfeiçoamento do mercado e começamos no ano passado a examinar regras para proteger o investidor e dar mais transparência ao relacionamento do coordenador com a emissora", diz Alberto Kiraly, vice-presidente e coordenador da Comissão de Finanças Corporativas da associação.
O coordenador líder é responsável pelo processo de formação de preço da ação junto a investidores (bookbuilding) para realizar a oferta pública, mas essa instituição pode também ser financiadora desse processo ou de projetos que ajudam a empresa a se tornar mais atraente aos olhos do mercado, processo chamado de "equity kicker". Consequentemente, ajuda a valorizar as ações, e sua receita comissionada aumenta conforme aumenta a captação.
Mas muitas ofertas públicas entre 2005 e 2007 tiveram esse recursos - mas o preço inicial das ações não se mostrou sustentável no decorrer dos pregões. Por isso, com base na experiência internacional, a entidade definiu que toda operação em que o banco atuante como um dos líderes da oferta tiver participação acionária superior a 10% na empresa emissora ou estiver recebendo em decorrência do IPO um volume de recursos superior a 20% do montante captado, terá que ser dividida com uma outra instituição financeira independente.
"Apenas com uma participação acima 10% do capital é que o banco passa a ter condição de ter assento no conselho e influir na gestão da companhia. Já no volume de receita com o IPO, consideramos que abaixo de 20% não é material suficiente para uma situação de conflito", explica Kiraly.
Ele lembra que são poucos os bancos que têm participação acionária nas empresas, mas quando estão presentes principalmente via fundo de private equity, são fatias relevantes, entre 30% e 80%. Já no caso das participação nas receitas de IPOs, a Anbid identificou três casos em que o volume destinado ao coordenador da oferta ficou acima de 50% da captação. O executivo prefere não citar as companhias, mas entre os casos mais citados no mercado brasileiro com "ágio" nas ações estão Agrenco e Inpar.

Deals Help China Expand Its Sway in Latin America

The New York Times
By SIMON ROMERO and ALEXEI BARRIONUEVO
Published: April 15, 2009
CARACAS, Venezuela — As Washington tries to rebuild its strained relationships in Latin America, China is stepping in vigorously, offering countries across the region large amounts of money while they struggle with sharply slowing economies, a plunge in commodity prices and restricted access to credit.
In recent weeks, China has been negotiating deals to double a development fund in Venezuela to $12 billion, lend Ecuador at least $1 billion to build a hydroelectric plant, provide Argentina with access to more than $10 billion in Chinese currency and lend Brazil’s national oil company $10 billion. The deals largely focus on China locking in natural resources like oil for years to come.
China’s trade with Latin America has grown quickly this decade, making it the region’s second largest trading partner after the United States. But the size and scope of these loans point to a deeper engagement with Latin America at a time when the Obama administration is starting to address the erosion of Washington’s influence in the hemisphere.
“This is how the balance of power shifts quietly during times of crisis,” said David Rothkopf, a former Commerce Department official in the Clinton administration. “The loans are an example of the checkbook power in the world moving to new places, with the Chinese becoming more active.”
Mr. Obama will meet with leaders from the region this weekend. They will discuss the economic crisis, including a plan to replenish the Inter-American Development Bank, a Washington-based pillar of clout that has suffered losses from the financial crisis. Leaders at the summit meeting are also expected to push Mr. Obama to further loosen the United States policy toward Cuba.
Meanwhile, China is rapidly increasing its lending in Latin America as it pursues not only long-term access to commodities like soybeans and iron ore, but also an alternative to investing in United States Treasury notes.
One of China’s new deals in Latin America, the $10 billion arrangement with Argentina, would allow Argentina reliable access to Chinese currency to help pay for imports from China. It may also help lead the way to China’s currency to eventually be used as an alternate reserve currency. The deal follows similar ones China has struck with countries like South Korea, Indonesia and Belarus.
As the financial crisis began to whipsaw international markets last year, the Federal Reserve made its own currency arrangements with central banks around the world, allocating $30 billion each to Brazil and Mexico. (Brazil has opted not to tap it for now.) But smaller economies in the region, including Argentina, which has been trying to dispel doubts about its ability to meet its international debt payments, were left out of those agreements.
Details of the Chinese deal with Argentina are still being ironed out, but an official at Argentina’s central bank said it would allow Argentina to avoid using scarce dollars for all its international transactions. The takeover of billions of dollars in private pension funds, among other moves, led Argentines to pull the equivalent of nearly $23 billion, much of it in dollars, out of the country last year.
Dante Sica, the lead economist at Abeceb, a consulting firm in Buenos Aires, said the Chinese overtures in the region were made possible by the “lack of attention that the United States showed to Latin America during the entire Bush administration.”
China is also seizing opportunities in Latin America when traditional lenders over which the United States holds some sway, like the Inter-American Development Bank, are pushing up against their limits.
Just one of China’s planned loans, the $10 billion for Brazil’s national oil company, is almost as much as the $11.2 billion in all approved financing by the Inter-American Bank in 2008. Brazil is expected to use the loan for offshore exploration, while agreeing to export as much as 100,000 barrels of oil a day to China, according to the oil company.
The Inter-American bank, in which the United States has de facto veto power in some matters, is trying to triple its capital and increase lending to $18 billion this year. But the replenishment involves delicate negotiations among member nations, made all the more difficult after the bank lost almost $1 billion last year.
China will also have a role in these talks, having become a member of the bank this year.
China has also pushed into Latin American countries where the United States has negligible influence, like Venezuela.
In February, China’s vice president, Xi Jinping, traveled to Caracas to meet with President Hugo Chávez. The two men announced that a Chinese-backed development fund based here would grow to $12 billion from $6 billion, giving Venezuela access to hard currency while agreeing to increase oil shipments to China to one million barrels a day from a level of about 380,000 barrels.
Mr. Chávez’s government contends the Chinese aid differs from other multilateral loans because it comes without strings attached, like scrutiny of internal finances. But the Chinese fund has generated criticism among his opponents, who view it as an affront to Venezuela’s sovereignty.
“The fund is a swindle to the nation,” said Luis Díaz, a lawmaker who claims that China locked in low prices for the oil Venezuela is using as repayment.
Despite forging ties to Venezuela and extending loans to other nations that have chafed at Washington’s clout, Beijing has bolstered its presence without bombast, perhaps out of an awareness that its relationship with the United States is still of paramount importance. But this deference may not last.
“This is China playing the long game,” said Gregory Chin, a political scientist at York University in Toronto. “If this ultimately translates into political influence, then that is how the game is played.”

Brazil's auto industry markets ethanol as green

Wed Apr 15, 2009 11:27pm EDT
SAO PAULO (Reuters) - The big four auto makers in Brazil joined forces with the Sugar Cane Industry Association (Unica) on Wednesday in a campaign aimed at expanding the use of cane-based ethanol in flex-fuel vehicles.
Local subsidiaries of U.S.-based General Motors Corp and Ford Motor Co, Italy's Fiat SpA and Germany's Volkswagen AG will together distribute 2 million free booklets explaining the benefits of ethanol for consumers who buy their flex-fuel cars in Brazil.
"Brazil's interest in ethanol is in accordance with GM's interest," said General Motors' CEO in Brazil, Jaime Ardila, in a news conference to launch the partnership.
The initiative is part of Unica's efforts to change consumers' view on the fuel.
Most flex-fuel car owners decide whether to use ethanol or gasoline based solely on which is selling at the cheapest price in the filling station. Unica believes that a bigger awareness of ethanol's environmental benefits would give demand a boost.
"This could help to improve ethanol consumption," said Unica's President Marcos Jank.
The material shows that ethanol has 90 percent less greenhouse gas emissions than gasoline -- partly because cane absorbs the carbon dioxide while it grows in the fields.
It also explains to consumers that they do not have to alternate the use of gasoline and ethanol in their cars for performance reasons, as some may think.
Together, General Motors, Ford, Fiat and Volkswagen account for 80 percent of the Brazilian auto market.
The auto industry's ties with Brazil's sugar cane industry are not new. The launch of the 100-percent-ethanol-powered engines in the 1970s was crucial for the development of the domestic ethanol market, the world's largest for decades.
The most recent boost to ethanol sales came in 2003, with the launch of flex-fuel cars that run on any mixture of ethanol and gasoline. These cars today account for nearly 100 percent of the four main auto makers' national output.
Considering the 25-percent blend of ethanol in all gasoline sold in Brazil, the cane-based fuel accounts for more than half of the automobile fuel market in the country.
According to Unica, since 2003, ethanol used by flex-fuel cars has sequestered 45 million tonnes of greenhouse gases - the equivalent of planting 144 million trees in 20 years.
(Reporting by Inae Riveras; Editing by Reese Ewing and Christian Wiessner)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Parcela de endividados chega a 55% em São Paulo, aponta Fecomercio

Produção de aço cresce 4,7% em março

PIB chinês cresceu cerca de 6% no 1º tri, diz pesquisador

Montadoras pedem aos governos isenção de ICMS para exportação

FGV prevê alta de 6,2% na produção industrial de SP em março

FGV prevê alta de 6,2% na produção industrial de SP em março

Reuters
15/04/2009
A produção industrial de São Paulo cresceu 6,2% em março, na comparação com janeiro, segundo previsão do Sinalizador da Produção Industrial (SPI), elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a AES Eletropaulo, divulgada nesta terça-feira. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a queda é de 5,4%, uma melhora em relação ao dado de fevereiro, que era de redução de 17,5% na mesma base de comparação.
Na relação com o mês anterior, esta foi a terceira alta seguida do SPI. Em fevereiro, o avanço havia sido de 5% e em janeiro, de 5,7%. Nesta base, as comparações são ajustadas sazonalmente, informou a FGV.
Apesar da melhora na comparação anual (mesmo mês do ano anterior), o resultado de março manteria a tendência de desaceleração na comparação do acumulado dos últimos 12 meses. No período encerrado em fevereiro, esta taxa era de crescimento de 0,8% e, no dado de março, passaria para queda de 0,1%.

Montadoras pedem aos governos isenção de ICMS para exportação

Valor Econômico
15/04/2009
Os dirigentes da indústria automobilística querem que o governo federal ajude o setor a negociar com os Estados a isenção do ICMS nas peças de veículos exportados. A reivindicação foi encaminhada ontem pelo vice-presidente da General Motors, José Carlos Pinheiro Neto, ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.
O pedido chega em um momento em que as vendas de veículos ao exterior registram queda de 52,3% no acumulado do ano. Os dirigentes do setor pretendem que, da mesma forma como a redução do IPI estancou a queda de vendas domésticas, provocada pela falta de crédito, o governo socorra agora o setor no mercado externo.
Segundo Pinheiro Neto, só a GM acumulou nos dois últimos anos R$ 700 milhões em créditos de ICMS. O valor refere-se ao tributo que chega ao fim da cadeia de produção e que não pode ser repassado quando o carro é exportado. Como não é possível diferenciar no instante da compra das peças o componente que vai no veículo vendido no mercado interno ou no exportado, a proposta da indústria é fixar médias.
Teoricamente, o crédito de ICMS com exportação seria devolvido à indústria. O governo de São Paulo já ofereceu esses créditos para investimentos desde que feitos em fábricas no Estado. Ford, Volkswagen e GM já utilizaram essa modalidade. Mas o excedente continua se acumulando. Existe uma expectativa no setor de que o tema seja tratado pelo Conselho de Política Fazendária (Confaz).
Durante o encontro com Miguel Jorge, dirigentes da GM, Ford e Volks não esconderam a satisfação com o benefício proporcionado pela redução do IPI . O ministro mostrou estar mais otimista do que a própria indústria em relação ao resultado de vendas em 2009. Ele prevê volume igual ao de 2008 (2,8 milhões de unidades) enquanto que a Anfavea, a associação das montadoras, espera retração de 3,9%. "Já ganhei duas apostas de previsões com o Jackson Schneider (presidente da Anfavea) e vou ganhar mais esta", disse o ministro.
Para ele, não só o incentivo do IPI como também "a melhora na distribuição de renda e a oportunidade de comprar a crédito" se refletem no aumento de vendas. "Recebemos críticas pela escolha do setor, mas os governos de outros países também têm ajudado a indústria automobilística sem tanto êxito como o Brasil", destacou.
Os executivos responderam com promessas de investimentos. Pinheiro Neto disse que a filial brasileira da GM não enviará dividendos à matriz este ano para poder utilizar os recursos em investimentos. Marcos de Oliveira, presidente da Ford, que elevou vendas em 28% no primeiro trimestre, elogiou a queda nos juros e disse que a empresa manterá projetos como a duplicação da capacidade da fábrica de motores de Taubaté (SP).

PIB chinês cresceu cerca de 6% no 1º tri, diz pesquisador

Reuters
15/04/2009
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China no primeiro trimestre de 2009 sobre o mesmo período do ano passado foi de cerca de 6%, abaixo da taxa de 6,8% dos três meses anteriores, informou um pesquisador do governo nesta quarta-feira.
Uma expansão em torno de 6% seria a menor da série histórica iniciada em 1992 e ficaria abaixo da previsão de economistas consultados pela Reuters de 6,3%.
Questionado sobre o PIB do primeiro trimestre, Fan Jianping, diretor do departamento de previsão econômica do Centro de Informação Estatal, disse "em torno de 6%".
A agência nacional de estatísticas da China anunciará o dado do PIB na quinta-feira.

Produção de aço cresce 4,7% em março

Gazeta Mercantil
15/04/2009
O setor siderúrgico segue em lenta retomada, mas o nível de atividade nas usinas ainda está aquém do apresentado no primeiro trimestre de 2008. Segundo dados preliminares do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), a produção brasileira de aço bruto em março foi de 1,7 milhão de toneladas, o que representa um aumento de 4,7% na comparação com os dados de fevereiro, quando a produção foi de 1,65 milhão de toneladas, 2,3% acima do volume produzido em janeiro. A produção de laminados também cresceu no mês passado ante fevereiro, de 1,13 milhão de toneladas para 1,31 milhão de toneladas, alta de 16,2%
Da mesma forma, as vendas internas de aço têm mostrado crescimento, ressaltou o IBS, ao informar que foram comercializadas no País 1,2 milhão de toneladas de produtos siderúrgicos, alta de 24,5% sobre o mês anterior, "refletindo um início de recuperação no mercado interno". Em fevereiro, as vendas nacionais apresentaram aumento de 0,8% ante janeiro.
Apesar da relativa recuperação, os números ainda estão bastante inferiores aos registrados no ano passado. A produção de aço bruto do mês passado foi 41,5% menor quando comparada com março de 2008, enquanto a produção de laminados caiu 40,5%, na mesma comparação. Já as vendas caíram 37,9%. No acumulado do ano, a produção do 1 trimestre soma 5 milhões de toneladas de aço bruto e 3,5 milhões de toneladas de laminados, queda de 42,1% e 46,6%, respectivamente, ante igual período de 2008. As vendas do trimestre, de 3,1 milhões de toneladas, indicam decréscimo de 44,4% ante os três primeiros meses do ano passado.

Embraer, Brazil Air Force to develop cargo plane

Tue Apr 14, 2009 8:23am EDT
SAO PAULO, April 14 (Reuters) - Brazilian aircraft maker Embraer (EMBR3.SA)(ERJ.N) will sign a deal on Tuesday with the Brazilian Air Force (FAB) to develop a military cargo plane, FAB said late on Monday.
The deal is expected to be signed during the Latin America Aero and Defense exhibition that starts on Tuesday in Rio de Janeiro.
The KC-390 aircraft project is part of FAB's program to develop an airplane for cargo transport and in air refueling. (Reporting by Eduardo Simoes, Translated by Inae Riveras; Editing by Lisa Von Ahn)

Brazil to Reduce Diesel Price to Stimulate Economy, Estado Says

By Laura Price
April 15 (Bloomberg) -- Brazil’s government will reduce the price of diesel to help boost the country’s economy, O Estado de S. Paulo reported, without saying where it got the information.
Brazilian Cabinet Chief Dilma Rousseff confirmed the decision to lower diesel costs at a meeting with truck drivers yesterday, the newspaper said. Prices may be cut next month, Rousseff said, adding that a 30 percent reduction demanded by the drivers wouldn’t be possible, according to Estado.
Diesel costs about 2.20 reais ($1) a liter at the pump in Brazil, the newspaper reported. Prices were raised by 15 percent last May, it said.
Brazil’s chief of staff’s office refused to confirm the price cuts when contacted by Bloomberg News by telephone today.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Setor privado deve investir US$ 34 bi em petróleo até 2013

Reuters News
14/04/2009
Empresas privadas que atuam na área de petróleo e gás no Brasil deverão investir aproximadamente US$ 34 bilhões no País deste ano até 2013, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), que representa companhias do setor.
O número foi divulgado pelo presidente do IBP, João Carlos de Luca, nesta segunda-feira, e soma-se ao volume de investimentos previstos pela estatal Petrobras, de US$ 174 bilhões para igual período, sendo cerca de US$ 161 bilhões apenas no Brasil.
O dirigente não divulgou dados para comparação com outros períodos, mas afirmou que o número representa aumento nos investimentos.
"...só por causa do pré-sal já tem um crescimento bastante significativo", declarou após seminário promovido pela Fundação Getúlio Vargas sobre a crise econômica e seus efeitos no Brasil e no mundo.
Ele afirmou que o setor privado defende os atuais sistemas de licitações de novas áreas de exploração de áreas de petróleo e gás para garantir investimentos futuros, e disse estar preocupado com a demora na definição de um novo marco regulatório para o setor.
Segundo de Luca, não há motivo para mudanças radicais que dependam de autorizações que podem demorar a ser aprovadas pelo Congresso.
"Entendemos que o pré-sal é uma grande riqueza, mas não existe risco zero no pré-sal. Serão necessários investimentos, tecnologia...vai ser necessário o esforço de todos os agentes liderados pela Petrobras", disse o executivo.
O governo defende que por conter grandes volumes de petróleo e gás natural, as áreas do pré-sal devem ter uma arrecadação financeira maior para o governo do que as áreas normalmente licitadas nos leilões da Agência Nacional do Petróleo, que possuem risco maior.
Até que se tenha um novo marco regulatório para o setor - em fase de elaboração por uma comissão interministerial - o governo suspendeu as licitações em áreas no pré-sal, uma faixa que se estende por 800 quilômetros do Espírito Santo a Santa Catarina, e vem realizando a venda apenas de blocos em terra, menos atraentes para os investidores de grande porte.
Para este ano a ANP já confirmou que a 11ª rodada de licitações de áreas petrolíferas repetirá a 10ª rodada, em 2008, e não incluirá blocos marítimos.

Faturamento da indústria alemã tem maior queda em 18 anos

EFE
14/04/2009
O faturamento da indústria alemã sofreu em fevereiro uma queda de 23,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior, o que representa o maior recuo desde que se começou a fazer este cálculo, em 1991.
O número reflete o impacto da crise econômica sobre o volume de negócios industriais, que em janeiro já havia registrado uma baixa de 19,9% frente ao mesmo mês de 2008.
Em comparação com janeiro, o faturamento caiu 4,3%.

Emergentes voltam a captar, diz IIF

Agência Estado
14/04/2009
O mercado internacional de capitais está se abrindo para os países emergentes, disse ontem o Instituto de Finanças Internacionais (IIF na sigla em inglês, espécie de Febraban mundial). No primeiro trimestre deste ano, os países emergentes captaram US$ 22,14 bilhões com emissão externa de títulos soberanos e de empresas.
O número representa aumento de 41% em relação ao último trimestre do ano passado, quando os emergentes só conseguiram captar US$ 4,32 bilhões com títulos externos.
"Entre novembro (do ano passado) e fevereiro (deste ano), empresas de países emergentes foram totalmente excluídas dos mercados de capitais, e isso agora está começando a melhorar", disse Charles Dallara, diretor-gerente do IIF. Ele disse que uma das vulnerabilidades que o mundo deve enfrentar daqui para a frente é a necessidade de refinanciamento de dívidas de emergentes, mas que a atuação do Fundo Monetário Internacional (FMI) em prover linhas de crédito facilitadas e o começo da abertura do mercado o deixavam "esperançoso".
Segundo Hung Tran, diretor de mercado de capitais e política para mercados emergentes do IIF, caiu muito a probabilidade de ocorrer uma implosão financeira ou um evento inesperado como a quebra do banco de investimento Lehman Brothers, em meados de setembro do ano passado. Com isso, voltou parte do apetite a risco dos investidores. "As coisas estão começando a melhorar", disse Tran. De acordo com ele, os investidores já estão abertos para títulos soberanos de boa qualidade e títulos de empresas com o maior rating possível. "O mercado continua fechado para títulos mais arriscados de emergentes e países ricos."

Crise muda perfil da balança comercial

Gazeta Mercantil
14/04/2009
Na última reunião do G-20, realizada mês passado em Londres, o presidente norte-americano Barack Obama deixou claro que os Estados Unidos não mais seriam a máquina de absorver os excedentes produzidos em quase todos os demais países do mundo. Reflexos desta nova situação já foram sentidos no Brasil, quando o superávit de US$ 448 milhões que o País obteve com os EUA no primeiro trimestre de 2008 se transformou em um déficit de US$ 1,8 bilhão em igual intervalo deste ano. No mesmo período, o Brasil reduziu de US$ 2 bilhões para US$ 220 milhões seu déficit com a China.
Com a crise atingindo em cheio sua economia, os EUA estão importando menos têm mais excedente de produção com menos consumo interno, e isso faz com que eles sejam mais agressivos em suas exportações, avalia Roberto Gianetti da Fonseca, diretor do departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "É um ajuste da balança comercial dos EUA, não só com o Brasil, mas com o resto mundo. A economia norte-americana precisa deste ajuste para reduzir seu déficits fiscal e comercial, que eram insustentáveis", afirma.
Para André Sacconato, da Tendências Consultoria Integrada, esse movimento de redução do déficit comercial já está claro. Antes da crise, argumenta, o Estados Unidos financiavam o seu rombo em contas externas por meio da venda de títulos públicos. "Isso deve mudar, diminuir a magnitude. E eles serão obrigados a fazer o ajuste na balança comercial, pois já não tem como financiar o déficit com lado de capitais", diz.
A origem do primeiro superávit dos EUA com o Brasil em quase uma década está no fato de que as exportações norte-americanas caem em um ritmo menos acelerado do que as importações, lembra Gianetti. O economista destaca que essa mudança é normal dentro das condições atuais, e que o saldo a favor dos Estados Unidos é uma "tendência, e talvez permaneça nos próximos dois ou três anos".
Sacconato afirma que é possível que o Brasil encerre o ano com déficit com os Estados Unidos, dado que o PIB brasileiro deve crescer 0,3% em 2009 em um cenário de retração. Para ele, no entanto, o País voltará a registrar superávits passada a crise mundial. "É só uma conjuntura da crise", avalia.
"Não acredito que seja definitivo [o superávit dos EUA com o Brasil]", afirmou o secretário executivo do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), Ivan Ramalho. A queda principal das exportações brasileiras foi de produtos industriais, "e é por isso que em março a China foi o primeiro destino comercial das exportações brasileiras, porque eles compram mais produtos agrícolas, e estes não registraram quedas expressivas", salientou.

UPDATE 1-Brazil may adopt measures to combat crisis-c.bank

Mon Apr 13, 2009 10:09am EDT
(Adds GDP growth, Meirelles comments)
SAO PAULO, April 13 (Reuters) - Brazil's government may adopt additional measures to counteract the impact of the global financial crisis on the country's economy, Central Bank President Henrique Meirelles said on Monday.
The bank is implementing policies to support the economy and will focus on measures that will allow for lending rates to decline in the future, he said without providing details.
"It's important to guarantee the economy has lower interest interest rates in the future, so that it will allow for sustainable growth without the imbalances of the past," Meirelles told business executives in Sao Paulo.
Brazil, Latin America's largest economy, should recover from the global crisis faster than other countries, Meirelles said, reiterating comments he has made in recent weeks.
The country was one of last to be dragged into the crisis, with the economy surging at an annual rate of 9.3 percent up until the third quarter of 2008, which was one of the reasons the central bank was late in cutting borrowing costs, Meirelles said. Policy makers started cutting rates in January but have been criticized for not being aggressive enough.
"We may aspire to have lower rates in the future ... but an economy that has this type of demand growth isn't an economy with an excessively conservative central bank," Meirelles said, flanked by the head of the Sao Paulo industry federation that has been one of the biggest critics of Brazil's interest rate.
The bank has slashed its benchmark Selic lending rate by 250 basis points to 11.25 percent and analysts expect borrowing costs to drop to single digits by in the coming months. (Reporting by Daniela Machado; Writing by Elzio Barreto)

Emerging Markets, Setting a New Pace

The New York Times
By CONRAD DE AENLLE
Published: April 11, 2009
THERE is a natural order to stock market chaos. When investors panic, they often sprint away from emerging markets first and return only at a dawdling pace, after a global rebound is well under way.
Everything went according to plan last year. Many markets in the developing world lost far more than half of their value, compared with a 38.5 percent decline in the Standard & Poor’s 500-stock index.
In the first quarter this year, however, emerging markets lost less as the decline continued and gained more in the recovery that began early last month.
Stock indexes in markets like China, Brazil and Russia ended the first quarter with double-digit percentage gains, although the weakness of some emerging-market currencies limited returns for American investors. The S.& P. 500, by contrast, fell 11.7 percent.
The average emerging-market equity fund in Morningstar’s database fell 1.7 percent in the period, compared with an 8.3 percent loss for the average United States general stock fund.
Investment advisers caution against reading too much into the discrepancy. Stocks everywhere may be experiencing a dead-cat bounce, with ones in the developing world merely gaining a bit more altitude after their initial drubbing.
“Emerging markets really took it on the chin last year, so it isn’t that much of a shock that they have been more resilient this year,” said Ben Inker, head of asset allocation at GMO, a global investment management firm.
But he and others contend that there is more to the rally. They take it as a sign of fundamental strength in emerging economies.
Severe periods of underperformance in the past have been deserved, they say, and were not just a matter of risk aversion. This time around, emerging markets seem to be the strong link in an otherwise flimsy chain.
“Fundamentals are much better in parts of the emerging world than in the developed world,” said Thomas Melendez, manager of the MFS International Diversification fund.
“Some would argue that some developed markets are bankrupt,” he said. “Emerging markets have very little debt at the government, company or individual level.”
In other words, many emerging markets got stronger by getting smarter.
“Companies, for the most part, are pretty solid with strong balance sheets and lots of cash because they were being cautious in view of what happened in the past,” said Mark Mobius, executive chairman of Templeton Asset Management. The same goes for governments, many of which have built up huge foreign-exchange reserves.
The lower debt and abundant cash mean that some of the larger developing countries are burdened with fewer financial and economic problems than more mature ones. That allows them to tackle their problems more aggressively. China is an oft-cited example.
“I still think there is a strong case for China doing better” than other markets, emerging or mature, said Edmund Harris, manager of the Guinness Atkinson Asia Focus fund. By preventing banks from engaging in some practices that proved so disastrous elsewhere, the country “has protected itself to some degree,” he said.
“That provides a stable base through which China can stimulate its domestic economy,” he added.
JUST how much stimulation China needs is debatable. Josephine Jiménez, chief investment officer of Victoria 1522 Investments, notes that some economists predict 6 percent growth in Chinese economic output this year and that the government expects its efforts to support the economy to result in 8 percent growth.
Other developing countries will be hard pressed to match either number, but Ms. Jiménez expects growth in many of them to come in well ahead of what mature economies will attain. That growth comes cheap, in her view.
“I’m finding a lot of companies trading below their breakup value,” she said, meaning that their market values are lower than what the companies’ net assets likely would fetch in acquisitions.
She prefers sectors like gold mining, telecommunications and food production. Her portfolio includes such holdings as Zhaojin Mining in China; Shoprite Holdings, a fast-growing retailer in such countries as Botswana and Madagascar; and Rainbow Chicken, which supplies four million broiler chickens a week in South Africa for a 30 percent share of the market.
Mr. Mobius, at Templeton, also finds emerging markets extremely cheap. “We’re like kids in a candy shop,” he said. “Everywhere we turn, we’re finding bargains.”
He favors energy companies, including Petrobras of Brazil and PetroChina, and banks like the Industrial and Commercial Bank of China, China Construction and Banco Itau in Brazil.
Mr. Melendez, the MFS fund manager, says he thinks that buying technology stocks is a way to capture a recovery in the global economy.
“If we do come out of this malaise, we’ll probably see a replacement cycle, which would be good for parts makers,” he said.
South Korea is an especially good play on global growth, said Mr. Inker of GMO. But he reminds investors that most emerging markets, with their emphasis on commodities and manufacturing, amount to a bet on a stronger economy.
He does not know whether such a bet will pay off, but he likes the odds that the markets are offering.
“It helps to be priced for destruction,” he said. “It’s never too much of a surprise when cheap stocks go up.”

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Primeiro-ministro chinês diz que economia mostra sinais de recuperação

Período de silêncio passará por revisão

Indústria dá sinais de recuperação

Governo anuncia investimentos em infraestrutura para equilibrar a matriz de transportes

Depois do bônus, o ônus

Primeiro-ministro chinês diz que economia mostra sinais de recuperação

EFE
13/04/2009
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, assinalou que a economia chinesa mostrou sinais positivos antes que o esperado, no primeiro trimestre do ano, como consequência do plano de estímulo econômico adotado em novembro do ano passado.
No entanto, em entrevista divulgada hoje pelo jornal oficial "China Daily", Wen se mostrou prudente.
"A China não pode salvar o mundo e também não pode sobreviver sem o mundo. O que temos que fazer é todo o possível para minimizar o impacto desta crise", disse o primeiro-ministro chinês.
O premiê considera sinais positivos que a demanda doméstica tenha aumentado de forma sustentável e o investimento em ativos fixos tenha crescido a bom ritmo no primeiro trimestre.Ao mesmo tempo, as importações e exportações registraram um certo aumento mensal nesse período, apesar de ter-se reduzido em uma taxa anualizada.

Período de silêncio passará por revisão

Gazeta Mercantil / Luciano Feltrin
13/04/2009
A forma como é praticado o período de silêncio no Brasil ganhará novas discussões neste ano. A intenção da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e de entidades ligadas ao mercado de capitais doméstico é esclarecer como as companhias devem se comportar antes e durante ofertas de ações. A autarquia também quer esclarecer como as empresas devem proceder em períodos que antecedem a divulgação de seus resultados. Embora não haja legislação que impeça empresas de capital aberto de dialogar com analistas e com a imprensa antes da divulgação de balanços, a prática é frequentemente adotada. Muitas companhias mantêm o silêncio completo. "É complicado. Vamos ter de lembrar às companhias algo que elas já sabem", afirma a presidente da CVM, Maria Helena Santana, admitindo que o órgão prepara um documento sobre o assunto.
O tema também será tratado pelo Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado (Codim). "O pronunciamento sobre ‘quiet period’ foi um dos motivadores da criação do Codim", lembra o coordenador do órgão, Haroldo Levy. "Na época (2005), já prevíamos um forte movimento de ofertas. Por isso, o tema predominante era o do comportamento durante as operações. Agora, em outro cenário, vamos colocar em audiência um documento que também trate das melhores práticas antes da divulgação de balanços", explica.
Regulação na medida
O assunto traz algumas outras discussões à tona. Parte do mercado teme, por exemplo, que o silêncio excessivo em períodos anteriores à divulgação de balanços possa significar o uso de informação seletiva. "A impressão é que, nesse período, grupos pequenos podem ter acesso privilegiado a informações que o mercado de uma forma geral desconhece", adverte a presidente nacional da A Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais Apimec), Lucy Sousa.
A preocupação ganhou corpo com o caso recentemente acontecido com a Petrobras, cujo balanço do último trimestre de 2008 teria sido disponibilizado de forma restrita antes da divulgação ao mercado. "É necessário agregar ao código de conduta da administração pública responsabilidades claras pela divulgação e guarda da informação dos executivos em empresas que tenham o Estado como acionista", defende o superintendente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), Edison Garcia.
Para o especialista, porém, a adoção das melhores práticas durante o período de silêncio pode ser estimulada pela autorregulação. "Acho um assunto tipicamente mais operacional do que propriamente jurídico. Depende muito da capacidade de gerenciamento da informação", afirma.
Opinião parecida tem o professor do laboratório de finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA), Ricardo Rocha. "O regulador enxerga a questão sob o ponto de vista das leis e acredita em seu cumprimento. Já um autorregulador tem a cabeça do mercado. Sabe tanto como operar da forma ideal ou pensando em infringir os limites", compara.
A avaliação de que a autorregulação é a forma mais adequada para melhorar a prática do período de silêncio, entretanto, não é consensual. "Não acredito que, no momento, o mercado tenha as condições adequadas para fazer isso. Não é uma prática de governança adequada para uma companhia aberta adotar o silêncio completo", diz a professora da Fundação Dom Cabral Virgínia Izabel. "Porém, entre não falar com ninguém e falar com um grupo seleto, a primeira opção é mais recomendável", pondera.
Segundo Virgínia, enquanto o mercado não está preparado para regular-se adequadamente, caberá à CVM advertir deslizes.
No Brasil, tem prevalecido um acordo tácito sobre o período de silêncio que antecede balanços. Em média, as companhias ficam 15 dias sem falar. "Mas não se deve passar esse tempo sem gerar um fluxo contínuo de informações básicas e cotidianas", recomenda o vice-presidente do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores, Ricardo Florence.

Indústria dá sinais de recuperação

O Estado de São Paulo
13/04/2009
A indústria brasileira começa a dar sinais de recuperação no primeiro trimestre deste ano, após queda generalizada nos pedidos recebidos em dezembro. Um mapeamento feito com base na Sondagem da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que a retomada da demanda está concentrada na produção de bens cujo consumo depende da renda do trabalhador, como alimentos, e da indústria automobilística, que teve o corte de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) renovado.
Em dezembro, no ápice da crise, todos os 14 setores pesquisados pelo estudo feito a pedido do Grupo Estado registraram queda na demanda global em relação a setembro. A demanda global inclui os pedidos para mercado interno e externo. Já em março, sete setores saíram do terreno negativo na demanda global na comparação com dezembro, observa o responsável pela área técnica da sondagem, Jorge Ferreira Braga.
A indústria automobilística, de móveis, de alimentos, têxtil, de vestuário e calçados, de celulose, papel e papelão e de produtos de matérias plásticas, as duas últimas fornecedoras de embalagens para o setor de alimentos, reagiram no primeiro trimestre, aponta a sondagem. A pesquisa consultou 1.066 empresas que, juntas, faturaram no ano passado R$ 540 bilhões. Em março foram vendidos 271,4 mil veículos no País, 16,9% a mais que em igual mês de 2008. “O mercado interno está segurando a queda”, afirma Sérgio Amoroso, presidente do Grupo Orsa, uma das grandes companhias do setor de celulose, papel e papelão para embalagens. Ele conta que, entre dezembro e fevereiro, sua empresa registrou quedas superiores a 10% na demanda doméstica na comparação com os mesmos meses do ano anterior. Em março, a queda na demanda doméstica de embalagens produzida pela empresa ficou em 7,5% em relação a março de 2008.

Depois do bônus, o ônus

Valor Econômico
13/04/2009
Durante o período de ebulição das ofertas públicas de ações, até o começo do ano passado, os executivos de relações com investidores eram disputados e viram seus salários e prestígio naturalmente subirem.
Mas, como se sabe, com o bônus geralmente vem associado um ônus. Isso vem ficando claro pela quantidade de processos administrativos e acordos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) envolvendo os diretores de relações com investidores, mais conhecidos no mercado pelas siglas DRI ou RI.
Uma espécie de símbolo da companhia aberta, ele é o responsável aos olhos da CVM e dos investidores pela circulação eficiente das informações entre a empresa e seus vários "clientes" no mercado de capitais. Naturalmente, é o alvo constante dos questionamentos.
Um levantamento feito pelo Valor no site da CVM verificou que em 2008 foram firmados 15 "termos de compromisso" envolvendo DRIs, ou seja, acordos propostos pelos executivos para encerrar processos administrativos abertos pela autarquia. Outras nove propostas de acordos com esses diretores foram rejeitadas. Em 2007, tinham sido dez os termos de compromisso com RIs. Uma pesquisa pelos processos julgados mostra ainda que, no ano passado, foram pelo menos 15 condenações envolvendo esses executivos, entre ritos sumários e ordinários.
Além do aquecimento do mercado de capitais entre 2004 e 2008, contribuíram para aumentar o peso sobre a área de relações com investidores o fato de a CVM estar buscando cada vez mais enfocar a responsabilização individual do administrador e a política recente da autarquia de optar mais vezes pelos acordos, por meio dos termo de compromisso.
O diretor da autarquia Marcos Pinto diz que a CVM tem feito esforços para aumentar o número de filtros e mecanismos que permitam detectar possíveis irregularidades com mais rapidez.
A tendência de aumentar a responsabilização individual também do executivo, como o presidente ou o DRI, e não apenas dos controladores ou da própria companhia, vem se intensificando desde a gestão anterior da CVM, que coincide com a retomada das atividades do mercado de capitais. Com isso, espera-se contribuir para reforçar os controles da companhia, pois o executivo ficaria em tese mais atento ao cumprimento das regras para evitar a própria punição.
A CVM também tem firmado mais termos de compromisso, algo que há cerca de quatro ou cinco anos era menos frequente. Esse mecanismo, inspirado em atuações de outros reguladores internacionais como a americana Securities and Exchange Commission (SEC), ofereceria algumas vantagens por encurtar o tempo decorrido entre o momento em que foi verificada a eventual infração e a divulgação da solução do caso ao mercado. Além disso, os pagamentos dos valores propostos para encerrar os processos também são mais rapidamente efetuados.
Antes, era mais comum se observar o trâmite completo dos processos administrativos, que são julgados pelo colegiado depois das apurações feitas pela área técnica. O problema é que esses processos costumavam ser muito morosos. O caso envolvendo os administradores do Banco Nacional, por exemplo, relativo a fatos ocorridos em 1995, foi aberto em 1997 e só foi julgado em 2004 pelo colegiado. Vale lembrar que essas decisões do colegiado da CVM ainda podem ser contestadas no conselho de recursos, com suspensão da pena até julgamento do recurso.
Sem respostas rápidas, perde-se a eficácia para moralização do mercado. Com um esforço de intensificar julgamentos e limpar a pauta feito nos últimos anos, a CVM tem conseguido julgar mais rapidamente os casos, mas ainda assim os acordos são mais ágeis em processos menos complexos e permitem também concentrar os esforços em outros considerados prioritários.
Para o advogado Maurício Santos, sócio do escritório Souza, Cescon Avedissian, Barrieu e Flesh, o acordo tem sido cada vez mais utilizado. "Mesmo em casos que acreditamos que há chances reais de uma absolvição em julgamento, muitos clientes preferem propor um bom termo de compromisso para encerrar logo a pendência", diz ele. Para Santos, porém, há questões que a CVM de fato prefere levar a julgamento para dar uma resposta mais forte ao mercado.
Um caso julgado em 2008 e que resultou em inabilitação por cinco anos foi o do ex-diretor de relações com investidores da Sadia, Luiz Murat. Ele foi punido por ter negociado com ações da companhia antes da divulgação da intenção de compra da rival, Perdigão, que acabou não se concretizando. Nesse caso, o executivo não foi indiciado na condição de DRI, mas isso foi considerado um agravante na decisão final.
Muitos dos acordos envolvem profissionais de empresas grandes do mercado, como o diretor da Petrobras, Almir Barbassa, e o então diretor da Unipar Vitor Malmann, em função de declarações que tinham sido feitas pelo presidente desta última sobre a companhia petroquímica do Sudeste, dias antes do chamado "fato relevante", o comunicado que foi divulgado por ambas as companhias.
Por esse exemplo, pode-se notar que os executivos da área de RI não precisam apenas cumprir pessoalmente as regras, mas cuidar para que essas regras sejam seguidas por todos os responsáveis na companhia ou que estejam envolvidos em negociações e estruturações de negócios sigilosos. A Petrobras, por exemplo, explica que tem formalizado códigos de conduta e normas de segurança de informações.
Há também processos em que o DRI não é o único punido, mas não é poupado de suas responsabilidades. Esse foi o caso do julgamento que analisou a operação de incorporação da Oi pela Telemar, em que foram aplicadas advertências a vários diretores, inclusive o de relações com investidores, por não terem analisado com diligência o laudo que embasou a operação e que continha falhas.
Mas não são apenas as grandes companhias que têm estado na mira do regulador, são inúmeros os casos de diretores de empresas de menor porte e liquidez na bolsa que precisam se explicar à CVM. Recentemente, por exemplo, o executivo de RI da Recrusul foi punido por não ter divulgado o comunicado sobre negociações que estavam ocorrendo para a venda do controle da empresa, sendo que isso vinha provocando oscilação atípicas das ações. Não divulgar oportunamente informações de interesse de todos os investidores é uma outra causa comum de punições aos DRIs. Uma das atribuições desse executivo é zelar para que todos estejam informados de maneira uniforme.

5 steps for managing your company during turbulent economic times

The effects of the current turmoil in the global financial system will be felt for years to come.
RSM McGladrey
2009/04/13
Initially the fallout affected primarily companies in the mortgage and financial services industries, but it is now touching the lives of virtually every tax-paying American citizen.
While the current credit crunch has its roots in the subprime mortgage crisis, it has extended far beyond traditional lending institutions, spreading its tentacles to financial firms like Lehman Brothers and Bear Stearns as well as insurance companies such as American International Group. Whether and to what extent the various government interventions attempted will ameliorate the crisis remains to be seen.
These tough economic times require that you have a solid understanding of your company’s positing within the bigger economic picture. Not all industries are affected equally by a recession. The cyclical volatility of differing sectors varies widely. In general, durable goods industries are affected more greatly than nondurable goods. But even within those sectors, results vary. Understanding your industry’s position within this picture is vital.
Understanding your industry’s volatility is only the beginning. You also have to determine how best to manage your business. The following are some key strategies to consider:
Step 1. Analyze your entire operation. Take a serious look weekly, even daily, at the demand and the costs. This more detailed look at your cash flow, income statement and balance sheet will enable to stay one step ahead of your operations and will prepare you for what issues need your immediate attention.
Some company owners have a tendency to think they can grow their way out of debt. Management will forecast an increase in sales or new product launches as a turnaround strategy. It is, however, almost unheard of for a company to grow its way out of problems. Product launches or other growth strategies generally require significant upfront investment, with projected revenue increases lagging behind. For a company already experiencing liquidity issues, such strategies will exacerbate, not help, their problems.
Step 2. Determine if there are sufficient resources to achieve forecasts, taking into account unexpected surprises. If there is an inability to fund operations or if there are projected deficits, look at making changes to stabilize the company. Look for the core business and jettison non-core assets or lines of business.
The restructuring specialist may also have to break through a logjam of denial. The company may have never had liquidity issues, and management may not understand how serious a liquidity crisis can be to the company’s operations. Management may also be blinded by a feeling that it can resolve the situation by itself without seeking outside assistance. In either case, whether management is driven by arrogance or by denial, a company will need operational restructuring to get back on its feet.
Step 3. Look at credit terms. Which creditors have been overextended? Figure out a process to deal with them. Rank payments to determine the necessary cash outflow. Stick to reasonable credit terms and monitor them properly.
Step 4. Develop a plan to deal with customers and suppliers. Assure your customers, if you’re able to, of your ability to continue to supply them with goods. Look at contracts with your suppliers. Which are sole-source suppliers? If they fail, they can disrupt the balance of your supply chain. Develop a plan to procure the goods necessary to meet
your needs and continue the flow of liquidity.
Step 5. Communicate with your stakeholders--your lenders, customers, vendors, suppliers, employees and board of directors. This may involve meetings and phone calls, as well as written communications regarding the company’s status. Inform your stakeholders that you’re embarking on a restructuring process and share the timetable. Allow them to understand the situation, your needs, and your course of action.
Clearly your employees are among your key stakeholders. You need to develop a process that not only informs them of the status of the company but also empowers them to help implement a restructuring plan. Although it is not always feasible to communicate all the details of the restructuring to your employees, it is important to keep your key people informed and communicate to them what their new roles will be.
No matter which strategies are appropriate, it is vital to plan and act aggressively to anticipate and address issues before they get out of hand. As you look at your budgets and projections, stress test them severely. What happens if sales that you anticipate to be flat are actually off by 10 percent? By 20 percent? Having a plan in place in advance to deal with each eventuality will enable you to react in real time to your circumstances in an environment where the ability to move quickly is vital.

Significant changes created by Statement 141R

As a result of a recently issued standard by the Financial Accounting Standards Board (FASB)—FASB Statement No. 141 (revised 2007), Business Combinations—a number of changes may give acquiring businesses more than they bargained for, if they close the deal in 2009 or later.

RSM McGladrey

2009/04/13

While the modifications to business combination accounting are signs of the industry’s move toward increasing the usage of a fair value model, as well as further alignment with International Financial Reporting Standards, some of the revisions are significant and are considered by some to be controversial.

These are a few of the most significant changes created by Statement 141R, but the standard’s many revisions will affect business combinations in different ways.

All assets and liabilities of the target are required to be recognized and measured—even those in a partial acquisition.

The use of a “fair value” model, rather than a “cost allocation” model will be used to measure assets acquired and liabilities assumed. Further, Statement 141R uses the fair value model rather than a “carryover basis” or “book value” model to determine the non-acquired (or non-controlling) interest in the target.

Deal costs incurred by the buyer are no longer included in the purchase price of the target when accounting for a business combination.

The new guidance now distinguishes between contingencies of the target that are contractual and non-contractual.

The recognition of the fair value of earn-outs (i.e., contingent consideration) in the initial accounting for the acquisition.

The elimination of the recognition of liabilities for restructuring costs expected to be incurred since they do not represent a liability as defined in Concepts Statement 6.

The reduction of the valuation allowance in income tax expense, if a buyer determines some or all of its previously recognized valuation allowance is no longer needed as a result of the business combination.

The recognition of a gain from a bargain purchase — if applying Statement 141R results in negative goodwill, the buyer is required to perform a review of the factors; if negative goodwill still exists, the buyer recognizes a gain from a bargain purchase.

The new standard is effective for business combinations with acquisition dates that occur on or after the beginning of the first annual reporting period of the fiscal year beginning on or after December 15, 2008. For calendar year companies, the standard is applicable to business combinations with acquisition dates of January 1, 2009, or later.

Bill Spizman is managing director with RSM McGladrey. For more information, contact him at william.spizman@rsmi.com.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Setor de telecomunicações tem receita recorde em 2008

Resolução estabelece novas regras para investidores estrangeiros

Linha de trem-bala entre Rio de SP será privatizada

Governos europeus desembolsarão US$ 4 tri para salvar bancos

Contabilidade do Terceiro Setor: um mercado amplo e diversificado

Linha de trem-bala entre Rio de SP será privatizada

Terra
09/04/2009
A concorrência para a construção da infra-estrutura do trem-bala que vai ligar São Paulo ao Rio de Janeiro deve ser realizada apenas no segundo semestre deste ano, mas o governo já decidiu pela privatização da linha.
De acordo com decreto publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, o trem de alta velocidade (TAV) foi incluso no Programa Nacional de Desestatização (PND).
O governo federal trabalha com a possibilidade de construção de no mínimo oito estações no trajeto do futuro trem-bala que ligará as cidades de Campinas, Rio de Janeiro e São Paulo. O esboço do empreendimento foi entregue pela consultoria inglesa Halcrow Group à equipe técnica do Ministério dos Transportes no início do mês, e a perspectiva é que consultas públicas a serem realizadas a partir de abril possam aperfeiçoar o projeto.
Incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o TAV prevê investimento de US$ 11 bilhões ao longo de um trajeto de 518 km. O cronograma, considerado adequado em fevereiro, encontra problemas, uma vez que a definição do traçado final e a abertura das consultas públicas já deveriam ter sido feitas segundo o Comitê Gestor do PAC.
Na versão preliminar apresentada pela Halcrow Group, deverá haver estações de passageiros na Estação da Luz, em São Paulo, e no aeroporto internacional de Guarulhos. Outros dois terminais devem ser construídos em Campinas, sendo que um deles provavelmente no aeroporto de Viracopos, e ainda uma estação em São José dos Campos, interior paulista.
A proposta de traçado do TAV no Rio de Janeiro inclui estações no aeroporto internacional do Galeão, no centro da capital fluminense e em uma cidade no sul do Estado.
A expectativa do governo é realizar o leilão do empreendimento já no segundo semestre para poder seguir um cronograma até 2014, às vésperas da Copa do Mundo de Futebol, a data de conclusão da obra. De acordo com auxiliares da Casa Civil, existe ainda a possibilidade de viabilização de estações "sazonais", que seriam ativadas para o transporte da população apenas em épocas de festividades ou feriados específicos.

Resolução estabelece novas regras para investidores estrangeiros

Gazeta Mercantil
09/04/2009
Novas regras para a concessão de visto permanente no País devem estimular os investidores estrangeiros - pessoa física - a entrarem no Brasil. Isso porque a Resolução Normativa 84, publicada em 13 de fevereiro e expedida pelo Conselho Nacional de Imigração, alterou o prazo e valor do investimento mínimo exigido.
A Resolução Normativa 60, de 2004, estabelecia que o montante do investimento deveria ser de US$ 50 mil, com a mudança, este valor mínimo passou a ser cobrado em reais (R$ 150 mil), o que, segundo a sócia-responsável pela unidade de Brasília do TozziniFreire Advogados, Marta Mitico Valente, deve ser observado como uma alteração positiva e que abre ainda mais possibilidades para aquele investidor que for da América Latina. "Será dada atenção especial aos investimentos de empreendedores vindos de países vizinhos e dependendo do tipo de investimento, o valor mínimo pode ser ainda menor. Isso vai estar sujeito a requisitos, como, por exemplo, se o projeto chega a regiões carentes", explica.
De acordo com a advogada, para o investidor estrangeiro pessoa física para ter o visto aceito é preciso que atenda a algumas regras. Entre elas, o nteresse social do investimento, o que é caracterizado pela geração de emprego e renda no Brasil, pelo aumento da produtividade bem como a captação de recursos para segmentos específicos. "O empreendedor tem de ter um plano de investimento. O Conselho Nacional de Imigração leva em conta, também, o local que será realizado o negócio e o setor econômico", afirma.
Além disso, a nova resolução altera o prazo de validade do visto permanente de cinco anos para três anos. "Passado este período, o investidor estrangeiro pode requerer uma renovação, desde que comprove que está realizando uma atividade produtiva no País, com a geração de renda e empregos, por meio de documentos com os rendimentos e número de empregados", explica Marta Valente.
Outra determinação, é que a cada ano o investidor estrangeiro pessoa física deve renovar a sua carteira de identidade na Polícia Federal, anexada junto a cópia da última guia de recolhimento do Fundo de garantia do Tempo de Serviço (FGTS) com a relação de empregados.
Pessoa Jurídica
No que se refere aos investidores estrangeiros pessoa jurídica quepretendem abrir negócios no País, as regras permanecem as mesmas. O valor mínimo investido é de US$ 200 mil e, "além de atender os requisitos já cobrados por uma pessoa física, deve ter um projeto no Brasil que justifique tal grandeza de investimento e a necessidade de manter uma pessoa no País que represente aquele negócio", afirma.

Governos europeus desembolsarão US$ 4 tri para salvar bancos

AFP
09/04/2009
Os governos europeus se comprometeram a gastar três trilhões de euros (cerca de US$ 4 trilhões) para resgatar seus bancos, uma soma que supera com folga o montante destinado a tirar suas economias da recessão, informou nesta quarta-feira a Comissão Européia.
A cifra astronômica, que corresponde às ajudas para o setor financeiro aprovadas pela Comissão desde o início da crise econômica, representa em torno de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) da União Européia (UE).
Além disso, contrasta com o valor conjunto dos planos de reativação econômica anunciados pelos países membros para frear a recessão, de 400 bilhões de euros para 2009 e 2010, o que corresponde a apenas 3,3% do PIB do bloco.
Dos três trilhões de euros em ajuda aos bancos, uma boa parte é, no entanto, apenas potencial: 2,3 trilhões de euros consistem em garantias estatais, empregadas apenas caso a instituição deixe de pagar.
Do restante, 300 bilhões de euros irão para recapitalizações, e 400 bilhões, para resgates e reestruturações.
A comissária de Competição, Neelie Kroes, defendeu nesta quarta-feira que "cabe agora às entidades financeiras sanear suas contas e se reestruturar para garantir um futuro viável", deixando entrever que Bruxelas endurecerá o tom com os bancos que não aplicarem os ajustes exigidos em contrapartida às ajudas estatais.

Contabilidade do Terceiro Setor: um mercado amplo e diversificado

CRC
09/04/2009
São diversas as possibilidades de especialização para quem investe na carreira contábil. Atualmente, uma das áreas que merece destaque é a Contabilidade voltada para o Terceiro Setor.
Em primeiro lugar, é necessário entender o que caracteriza uma entidade desse segmento. No Brasil, o Primeiro Setor é o governo, que detém a primazia de serviços públicos, mantendo a harmonia e a equidade da sociedade. O Segundo Setor é formado pelas empresas privadas, caracterizadas pelo desenvolvimento econômico-financeiro e pela remuneração do capital. O Terceiro Setor reúne organizações sem fins lucrativos, denominadas não-governamentais, que, de forma privada, desempenham serviços públicos e complementam as ações do governo, gerando benefícios sociais e ambientais.
Justamente por se tratar de entidades sem fins lucrativos, o Contabilista tem papel fundamental nessas instituições. Muitas organizações do Terceiro Setor encontram dificuldade em conseguir recursos por não demonstrarem transparência em suas atividades. Para preencher esta lacuna, o profissional de Contabilidade deve atuar com competência técnica e propor soluções.
Segundo o conselheiro do CRC SP, Marcelo Roberto Monello, as regras do Terceiro Setor são muito complexas. "Nesse setor, temos de encarar todas as empresas com alto grau de profissionalização já que as normas são idênticas para pequenas, médias e grandes. Outro aspecto a ser observado como essência do Terceiro Setor é a questão ética. A falta de ética nos negócios e na vida profissional propicia a exclusão social. Não se pode admitir, nesse ambiente de sustentabilidade social, situação oposta à inclusão".
Para essas entidades, ser idônea não basta. Elas têm de deixar clara essa idoneidade, sendo transparentes e prestando contas ao público interno e externo. "O ideal é espelhar, nas demonstrações contábeis da empresa, todas as informações detalhadas, formas de gestão, relação público/privada, desde a apresentação das origens até a aplicação efetiva dos recursos arrecadados", diz Monello. "O profissional contábil precisa estar bem inteirado sobre a organização, pois a divergência de informações conduz à má interpretação e pode causar prejuízos como perda de isenções, parcerias, confiabilidade e credibilidade", ressalta.
Monello destaca que, no Terceiro Setor, trabalha-se com o dinheiro público, privado e com o investimento do trabalho voluntário. São situações que envolvem a confiança das pessoas e a credibilidade e ética das empresas sociais. "Dessa forma os cidadãos se sentirão seguros em contribuir", avalia.
Mercado de trabalho - O profissional que deseja atuar no Terceiro Setor deve ter muito conhecimento sobre a área. "Ele precisa entender e se aprofundar nos objetivos e projetos da entidade. É indispensável também conhecer todos os relacionamentos da instituição, além da Legislação Contábil, da Constituição Federal, das Instruções Normativas e das regulamentações menores", afirma Monello.
Na opinião do conselheiro do CRC SP, esta é uma área que necessita de profissionais capacitados. "A Contabilidade é uma Ciência Social. NoTerceiro Setor predomina muito esse aspecto e sua influência na sociedade.
Faltam Contabilistas especializados em Terceiro Setor no mercado. O município de São Paulo reúne grande número de entidades mantenedoras, por isso, existe mercado de trabalho para várias áreas: Contabilidade Interna, Auditoria, Controladoria, Assessoria a Conselhos de Fiscalização, Assessoria em Assembleias Gerais, Auditoria Independente, entre outras".
O Contabilista que presta serviços ao Terceiro Setor, além de controlar e registrar as atividades da administração e da economia da entidade, deve prestar contas:- ao próprio órgão deliberativo; - ao Ministério Público (fundações de direito privado e associações); - aos órgãos governamentais (que as declararam de utilidade pública) - ao INSS (se beneficiadas com a isenção da contribuição Patronal); - ao CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social - (para concessão ou renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social); aos parceiros, convenentes e doadores; à sociedade em geral.
Monello aproveita para dar algumas dicas aos profissionais que pretendem seguir esse caminho. "Temos muito o que avançar neste mercado. A Contabilidade é uma ferramenta de sustentabilidade das empresas. É um campo de boa remuneração, mas também de grande fiscalização. Digo ainda que é muito salutar trabalhar em prol do desenvolvimento social", conclui.

'Botox' no lucro líquido tira credibilidade dos balanços

Valor Econômico / Jonathan Weil
09/04/2009
Não se pode ter um índice preço/lucro (P/L) sem lucros. E por um importante referencial financeiro, o índice de ações Standard & Poor's 500 não tem nenhum.
A medida de lucros à qual estou me referindo é chamada de lucro abrangente. Embora exista uma boa chance de você nunca ter ouvido falar disso, trata-se de uma medida de lucratividade bem mais completa que o seu primo mais conhecido, o lucro líquido.
O lucro abrangente é a mudança no patrimônio dos acionistas de uma companhia em um determinado período, excluindo os efeitos de novas injeções de capital e pagamentos de dividendos. Por essa medida, as companhias do índice S&P 500 tiveram perdas combinadas nos últimos quatro trimestres de cerca de US$ 200 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg e minha própria análise dos relatórios das empresas. Em outras palavras, não há um P/L porque não há L.
Por outro lado, as empresas do S&P 500 tiveram lucro líquido de US$ 295 bilhões no período, o que revela um P/L de 25 vezes os lucros para o índice. Isso não é barato pelo padrão histórico . E é muito o que se pagar por lucros "botox", que são artificialmente firmes e cosmeticamente melhorados.
Os investidores podem não prestar muita atenção ao lucro abrangente. Mas deveriam. O lucro líquido, independentemente de sua reputação de última linha do balanço, tornou-se tão poluído que não é mais uma medida confiável. Nome mais apropriado seria lucro abrangente excluindo coisas que a administração não quer que você perceba.
A partir do primeiro trimestre, após as pressões do setor bancário e seus lobistas no Congresso Americano, o Financial Accounting Standard Board (Fasb) propôs permitir às empresas reportarem os números de lucro líquido que ignoram quedas graves e de longo prazo nas ações e títulos de dívida que possuem. Do jeito que as regras estão, as empresas precisam registrar despesas no lucro líquido sempre que decidirem que essas perdas não são temporárias.
Na maioria dos casos, as companhias poderão manter as perdas não temporárias fora do lucro líquido. Isso está ligado a várias outras coisas que o lucro líquido já exclui, como os ganhos e perdas com planos de benefícios a aposentados, certos contratos de derivativos e flutuações cambiais. Tudo isso continuará sendo levado em conta no lucro abrangente.
O abismo entre o lucro líquido e o lucro abrangente normalmente não é tão grande. Segundo a Bloomberg, os resultados de 2007 das companhias que fazem parte do S&P 500 mostram um lucro abrangente combinado de US$ 784 bilhões, comparado a um lucro líquido de US$ 660 bilhões. Isso foi quando os planos de pensão eram comparativamente mais ricos, por causa das baixas taxas de juros e da alta dos mercados, e as companhias tinham uma probabilidade maior de mostrar ganhos do que perdas com as posições em títulos.

BG, Petrobras to Dig Deeper in Brazilian Well After Finding Oil

By Eduard Gismatullin and Heloiza Canassa
April 9 (Bloomberg) -- Petroleo Brasileiro SA, Brazil’s state-controlled oil company, and Britain’s BG Group Plc will dig deeper into a well off the South American coast after finding oil.
The partners discovered oil in the Corcovado-1 field in the Santos Basin, located off the coast of the southeastern state of Sao Paulo, BG said in a statement posted today on its Web site. BG, the U.K.’s third-largest natural-gas producer, operates the exploration project and holds 40 percent of the BM-S-52 block where the oil was found.
The companies “intend to continue drilling to deepen Corcovado-1, and further evaluation of the well will be undertaken once this is complete,” BG said. “A second exploration well on the block is also planned in 2009 to comply with the National Petroleum Agency commitments.”
BG rose 3.5 percent to 1,067 pence at 10:30 a.m. in London, valuing the company at almost 36 billion pounds ($52.7 billion). While the shares are up 11 percent this year, they fell almost 7 percent in the last four days, underperforming the 40-member Dow Jones Stoxx Oil & Gas Index in Europe.
“With BG shares having underperformed the European integrated oils by 5 percent over recent days, this news event, although hardly definitive on resources potential, should be taken positively by the market,” wrote David Thomas, a London- based analyst at Citigroup Global Markets Inc., today in an e-mailed report.
Pilot Projects
Reading, England-based BG will invest between $4 billion and $5 billion through 2012 to develop pilot projects in the Tupi, Iara and Guara fields in Brazil’s so called pre-salt basin, which has reservoirs beneath as much as 3,000 meters of water and 7,000 meters of seabed.
BG’s net share of output from the fields will reach 400,000 barrels of oil equivalent a day by 2020, the company said in its annual report.
The U.K. company plans to drill five exploration wells in Brazil this year. Two wells will be at the BM-S-9 on the Iguacu complex, “which is a multi-billion barrel prospect,” Chief Executive Office Frank Chapman said Feb. 5. Two wells also are planned in Corcovado, including Corcovado-1, in the BM-S-52 area, “another multi-billion barrel prospect,” and a well on Sagittario in BM-S-50, he said.