InvestNews / Silvia Regina Rosa
16/01/2008
A Comissão de Valores Mobiliários colocou em audiência pública, a partir de hoje, a minuta de Instrução que dispõe sobre os Fundos de Investimento Imobiliário (FII), visando à substituição da Instrução nº 205/94, de 14 de janeiro de 1994.
A minuta tem por objuetivo atualizar e flexibilizar as regras que regem sua constituição e o funcionamento dos FIIs. Entre as mudanças previstas na minuta estão a permissão para que o FIIs possam investir, não apenas em imóveis como já ocorre atualmente, mas também em valores imobiliários, recebíveis e ativos ligados ao setor imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), cotas de Fundos de Investimento em Participação (FIPs) e de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), além de ações ou debêntures emitidas por companhias abertas do setor.
Além disso, a CVM pretende estender as mesmas regras impostas para os CRIs e FIDCs, em relação aos limites de concentração por devedor dos créditos imobiliários em carteira, para os FIIs. O limite de concentração passa a ser de 20% do patrimônio líquido do fundo em créditos imobiliários de um único devedor ou coobrigado, limite este que só pode ser excedido no caso de investimentos em créditos de companhias abertas e de instituições financeiras, ou, quando as cotas do FII forem vendidas a um grupo restrito de investidores (menor do que 20), com investimento mínimo previsto de R$ 1 milhão.
Os fundos também poderão ser divididos em classes, agrupados de acordo com diferentes perfis de risco, em razão do estágio de maturação do investimento e do tipo de ativo que compõe sua carteira. Os investimentos poderão ser dividos em três categorias: Fundos de Propriedade Imobiliária, que investiriam preponderantemente em todos os ativos imobiliários exceto CRI, cotas de FIDC e créditos imobiliários; Fundos de Recebíveis Imobiliários, que, ao inverso, investiriam preponderantemente em CRI, cotas de FIDC e créditos imobiliários; e Fundos Híbridos, que seriam uma mistura entre ambos. Os fundos também poderiam ser classificados por maturação de investimentos. Desta forma, os fundos que apliquem uma fatia maior do patrimônio em empreendimentos em estágio inicial de maturação deveriam ser intulados de "Novos Empreendimentos", que apresentariam, na avaliação da CVM, risco maior do que os fundos em investem em empreendimentos já consolidados, normalmente visando a receber aluguéis, e possuem um perfil de investimento de renda fixa.
Para os FIIs destinados a investidores qualificados seriam prerrogativas especiais, que compreendem a dispensa da elaboração de prospecto e dos anúncios de início e encerramento de distribuição; cobrança de taxa de administração e performance com base em outros critérios que não os previstos na minuta; e admissão de títulos e valores mobiliários na integralização de cotas.
Os FIIs também terão que incluir nos prospectos de ofertas públicas informações específicas sobre a política de investimento dos fundos, descrição dos imóveis adquiridos ou cuja aquisição esteja planejada e informações sobre dados operacionais.
A nova norma pretende equiparar os FIIs aos demais fundos de investimento em termos de política de divulgação de informações, deixando de ser obrigatória a publicação de avisos na imprensa, passando a permitir a divulgação por correio eletrônico com os cotistas.
A minuta também prevê a possibilidade de colocação parcial das cotas do FII, sendo cancelado o saldo eventualmente não-colocado, a fim de facilitar a distribuição de suas cotas. Outras mudanças também visam impor novos requisitos para emissões de cotas e a para avaliação dos bens utilizados na integralização de cotas.
O prazo para envio de sugestões e comentários com relação à minuta posta em audiência pública vai até o dia 15 de fevereiro de 2008.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
CVM coloca em audiência regra de fundos imobiliários
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Agência de Notícias
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16.1.08
Marcadores: Governança
Liberdade econômica: corrupção deixa País em 101º lugar
16/01/2008
O Brasil é 101º país no ranking entre as economias mais livres do mundo, segundo estudo divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Heritage e pelo Wall Street Journal. O ranking levou em conta 163 nações, julgadas também pelo nível de corrupção, e elegeu Hong Kong em primeiro lugar.
Hong Kong foi considerada pelo ranking a economia mais adaptada à condição de livre mercado - que oferece liberdade às exportações, à entrada de capitais e à entrada de investidores estrangeiros.
Em termos de corrupção, o Brasil recebeu sua pior nota, com 33 pontos. Outros problemas em relação ao País são as regras para investimentos diretos, a falta de respeito à propriedade intelectual e o setor bancário.
"Um sistema de impostos confuso, estrutura de transporte inadequada e barreiras para o investimento estrangeiros são impedimentos ao crescimento", ressalta a pesquisa.
Em relação aos 29 países do continente americano, o Brasil aparece na 21º colocado em liberdade econômica, bem atrás de nações como o México (44º lugar), Peru (55º) e Paraguai (77º).
Vendas da indústria crescem pelo 5º mês consecutivo, diz CNI
Rodrigo Postigo
16/01/2008
As vendas da indústria brasileira cresceram 6,8% em novembro em relação ao igual período de 2006, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Já a comercialização entre outubro e novembro cresceu 0,7%, quinta alta consecutiva que o setor registra.
Segundo o levantamento, houve também um aumento de 5,1% nas vendas no acumulado dos primeiros 11 meses de 2007 em relação ao mesmo intervalo do ano retrasado. De acordo com a confederação, esse aumento foi devido, principalmente, a produção dos setores de máquinas e equipamentos, alimentos e bebidas e veículos automotores.
Visita de Lula frustra expectativa de investimentos em Cuba
Pactos anunciados limitaram-se a acordos de cooperação técnica. Petrobras manifestou interesse em voltar a explorar petróleo na ilha.
G1 / Tiago Pariz
16/01/2008
A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Cuba foi carregada de expectativas do anúncio de grandes somas de investimento. Classificada como uma iniciativa para fortalecer a parceria entre os dois países, a viagem ficou restrita a acordos tímidos e à manifestação da Petrobras de voltar a explorar petróleo no país.
Os pactos limitaram-se a cooperações técnicas para análise da rede subterrânea de águas, vigilância sanitária na área de medicamento e reforço das assessorias internacionais dos ministérios da Saúde de ambos os países.
Além disso, o Brasil comprometeu-se a aumentar a linha de financiamento para a compra de alimentos, que chega a até US$ 200 milhões, de acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. "Parte desse financiamento já existia e aumentou, chegando a US$ 100 milhões. O restante vai ser usado quando os primeiros US$ 100 milhões forem utilizados", explicou o ministro. A frustração deu-se porque dois acordos que somavam quase US$ 700 milhões não foram firmados: o de investimento da malha viária cubana, no valor de até US$ 600 milhões, e o de recuperação da rede hoteleira, estimado em US$ 47 milhões. Ambos continuam em negociação entre as duas partes, segundo fontes diplomáticas.
Venezuela quer aliança com Brasil e México para exploração e reservas
Rodrigo Postigo
16/01/2008
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, alertou que os principais consumidores mundiais de petróleo enfrentam queda no fornecimento da commodity e afirmou que o país espera trabalhar em conjunto com o Brasil e o México para elevar as reservas da região.
Chávez disse ainda que os países desenvolvidos precisam encontrar formas de reduzir seu consumo de combustíveis não-renováveis e aproveitou para criticar o alto consumo norte-americano, que representa 25% do total mundial. A Venezuela está entre os cinco principais fornecedores de petróleo para os Estados Unidos.
O venezuelano afirmou ter discutido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o presidente do México, Felipe Calderón, formas de unir forças no setor de exploração de petróleo, durante a posse do novo presidente da Guatemala, Álvaro Colom.
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
América Latina será afetada por desaceleração da economia dos EUA, diz "Economist"
Rodrigo Postigo
15/01/2008
A América Latina será, dentre todas as regiões em desenvolvimento do mundo, a mais afetada pelo desaquecimento econômico dos Estados Unidos, segundo as últimas previsões de crescimento econômico feitas pela revista britânica "The Economist".
A situação dos EUA, as fracas condições financeiras em nível mundial e as taxas de juros "relativamente baixas" terão um impacto sobre as economias dos países desta região nos próximos anos.
Estima-se que o crescimento de 2007 (em taxas de troca de mercado) será de 4,9% (contra os 5,3% de 2006), enquanto em 2008 espera-se que a expansão seja de 4,3%, e em 2009, de 4,2%.
Para o período compreendido entre 2010 e 2012, a revista calcula uma taxa de crescimento anual de 3,9%.
Caso sejam considerados apenas os quatro países-membros do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a Venezuela, em vias de adesão ao bloco, o crescimento, de 5,2% em 2006, deve ser de 5,7% em 2007, cairá para 4,8% em 2008 e recuará para 4,2% em 2009.
O impacto da desaceleração econômica nos EUA (que cresceu 2,9% em 2006, 2,1% em 2007 e tem previsão de 1,5% em 2008) será maior nos países com laços comerciais mais estreitos com aquele país, como o México.
No entanto, apesar de a crise hipotecária ter abalado a economia internacional, a "Economist" afirma que é "provável" que haja impacto creditício na maioria dos países da América Latina, mas que ele deve permanecer "moderado".
Além disso, considera que muitos países da região desenvolveram melhores políticas
econômicas.
Deste modo, a maioria dos países latino-americanos opera com taxas de câmbio flutuantes e se protegeu com reservas de moeda estrangeira.
A "Economist" destaca ainda que essas economias reduziram seu déficit fiscal e sua dívida externa.
Por tudo isso, a revista britânica não prevê que nenhuma das grandes economias da região encontre dificuldades de financiamento, apesar de afirmar que o risco de uma crise financeira ainda é real, principalmente se as condições mundiais de financiamento se deteriorarem no futuro.
A região continua dependendo de um alto grau de demanda externa e "sofreria" com uma queda anunciada dos Estados Unidos ou da China.
A média de crescimento anual do Brasil até 2012 está acima de 4%, maior que a média de 3% do período entre 2003 e 2007, mas abaixo das taxas de crescimento de outras economias emergentes, especialmente as da Ásia, como a Índia, que crescerá mais de 5% ao ano.
A previsão para o México é de 3% em 2007 (crescimento de 4,8% em 2006), de 2,8 % em 2008 e de 3,5% em 2009, como resultado da normalização do consumo privado.
O crescimento do México será afetado pela situação econômica nos EUA, destino de 84% de suas exportações.
Para a Argentina, a "Economist" prevê um período de "boa expansão econômica", estimulado por um "generoso" gasto público.
O crescimento deste país, onde o intervencionismo econômico estatal continuará presente, especialmente na infra-estrutura e na energia, será reduzido pelos "gargalos" (sobretudo no setor energético), pela escassez de financiamento e pelas políticas de contenção da inflação.
O alto preço do petróleo e as previsões de que o valor do barril do petróleo continue nas alturas por um bom tempo fizeram a revista prever que o círculo econômico de alta da Venezuela será mais prolongado do que em outras ocasiões.
No entanto, o fim dos estímulos fiscais para o investimento estrangeiro e os movimentos pró-nacionalização de setores estratégicos começarão a dificultar o crescimento do país.
Brasil no G3 da economia virtual
Carlos Pitchu
15/01/2008
Outro dia, um amigo, CEO de um laboratório multinacional, participou de um encontro exclusivo para presidentes de grandes empresas em Chicago, nos Estados Unidos. Estavam lá representantes dos quatro cantos do mundo. O tema central era o tal do BRIC. Acrônimo de Brasil, Rússia, Índia e China. As ditas economias emergentes que merecem atenção especial dos países ricos do mundo. Mas o interessante foi mesmo a conclusão do seleto grupo. Concordaram que dentro do BRIC o único país com "soul" é o Brasil.
Aqui temos música "hors concours" mundo afora. Aqui temos o gingado nos campos de futebol, o swing do samba, os sabores tropicais, temos o carnaval, as praias repletas de gente criativa, temos atletas carismáticos, temos a Amazônia, o Rio e São Paulo. Ingredientes estes que não são vistos na gélida Rússia nem nos resquícios do regime chinês e tampouco na problemática Índia.A minha leitura desta análise é que o B do BRIC é o emergente com maior potencial para entreter e encantar as pessoas. Ou seja, o Brasil tem nas mãos os melhores atributos entre os quatro países para gerar conteúdo e lucrar com isso em escala global.Daí questiono nosso envolvimento com a internet. Será que gostamos da coisa?
Respondendo a esta questão, um estudo da ONU de 2006 mostra o Brasil em 10º lugar no ranking de utilização da web. Parece até razoável, mas, analisando com cuidado, podemos observar que em termos de potencial de crescimento somos o melhor candidato. De cara, mesmo com um tímido percentual de inclusão digital, temos um volume de usuários equivalente ao da população da Espanha. E, a cada ano, o nosso volume de internautas vem crescendo em ritmo acelerado. A inclusão em mobile também é surpreendente, denotando a predisposição dos brasileiros para as novidades da comunicação digital.
Já nas empresas temos índices de digitalização equivalentes aos dos países mais desenvolvidos. Enfim, devemos encarar este 10º lugar como sendo apenas o começo. Se a curva do nosso gráfico seguir na mesma tendência, em breve seremos, com o poderio norte-americano e com a populosa China, a terceira potência em consumo de informação digital.Outro fenômeno recente que me faz crer que, além de potencial, temos talento para ser uma potência da economia virtual é a exportação de profissionais de propaganda digital para os Estados Unidos e Europa. Nunca vi tantos diretores de arte online, redatores, programadores Flash e arquitetos de informação arrumando as malas para trabalhar em Nova York, Londres e no Canadá.
Acredito que essa corrente se deve à combinação de dois fatores preponderantes. A reconhecida escola brasileira de propaganda, uma das mais aclamadas do mundo, aliada à versatilidade do criativo brasileiro. Esta combinação é requisito obrigatório no meio online, em que o artista tem de prever códigos de programação e o programador tem de ter senso estético. Além disso, criar e desenvolver para internet significa fazer sempre algo novo, que ninguém fez, e que, portanto, não conta com metodologia pronta para ser aplicada. E fazer as coisas sem metodologia, na correria, sabemos muito bem.Espero assim, como membro "soul" do BRIC, promessa da pesquisa da ONU e profissional de criação e desenvolvimento on-line, que possamos consolidar a posição do Brasil como um dos membros do G3 da economia virtual. Espero que essa oportunidade não escorra por entre nossos dedos como ocorreu com a economia tradicional e seu G8 nos anos 80 e 90, quando o país se preocupou apenas em vender juros em detrimento de estimular a produção de bens.
Afinal, o iTunes precisa de música de qualidade. O Joost precisa de programas seriados que conquistem o mundo. As campanhas online precisam ser orientadas quanto ao conteúdo. O jornalismo precisa de novas soluções interativas. Os anunciantes precisam mais do que auto-afirmação online, precisa de contexto e protagonistas carismáticos que criem espaço na atenção dos espectadores.Assim sendo, conclamo investidores, políticos, emissoras de TV, músicos, produtoras, atletas, escritores, artistas, jornalistas, publicitários e webdesigners para que possamos preencher a web mundial com nosso conteúdo. Não vamos perder essa oportunidade única. Nós podemos encantar mais que os outros. Nós somos interessantes.
Brasil tem superávit de US$ 325 mi na 2ª semana de janeiro
Rodrigo Postigo
15/01/2008
A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 325 milhões na segunda semana de janeiro, segundo novos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta segunda-feira.
O saldo resultou de exportações de US$ 3,237 bilhões e de importações de US$ 2,912 bilhões.
A média por dia útil das vendas externas foi de US$ 647,4 milhões e a das importações foi de US$ 582,4 milhões.
No mês, a balança acumula um saldo positivo de US$ 395 milhões.
Indústrias já planejam instalações com equipamentos bicombustíveis
Rodrigo Postigo
15/01/2008
Indústrias do Rio de Janeiro que foram prejudicadas pela crise de abastecimento de gás em outubro do ano passado já planejam a instalação de equipamentos bicombustíveis, com o objetivo de diversificar suas fontes de suprimento. Segundo informações do governo do Estado, as secretarias de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente negociam a concessão de licenças ambientais para que as fábricas utilizem combustíveis alternativos ao gás, geralmente mais poluentes.
Em 30 de outubro de 2007, unidades da Bayer e da Prosint ficaram sem gás por causa da redução nas entregas do combustível às distribuidoras estaduais de gás canalizado. A Petrobras alegou que entregava mais gás do que o contratado às distribuidoras. A situação foi normalizada na noite do mesmo dia, após concessão de liminar favorável ao governo estadual. A estatal reduziu o fornecimento também em São Paulo, mas não houve grandes danos à indústria local, que já tem equipamentos e licenças ambientais para operar com outros combustíveis.
A busca por flexibilidade na escolha de combustíveis agora é uma das prioridades da indústria fluminense e da área energética do governo estadual. Segundo a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o prejuízo com a falta de gás no dia 30 de outubro chegou perto dos R$ 20 milhões.
Lula vai oferecer crédito de US$ 1 bi para financiamento de projetos em Cuba
Rodrigo Postigo
15/01/2008
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai oferecer a Cuba US$ 1 bilhão em créditos para financiar a alimentação, construir estradas, explorar o níquel e para outros projetos, durante a visita desta segunda-feira, afirmaram diplomatas brasileiros.
O governo brasileiro também vai se oferecer para cooperar na exploração de petróleo no Golfo do México e na construção de uma fábrica de lubrificantes, embora questões como o risco e os contratos ainda estejam sendo negociados pela Petrobras.
"O Brasil quer se envolver com Cuba e possui recursos econômicos, comerciais e tecnológicos para oferecer no momento em que Cuba busca se modernizar", disse um representante do Itamaraty. "Eles precisam de novos amigos e nos querem aqui."
Continua incerto o encontro de Lula com o líder Fidel Castro ao longo da estada de 24 horas, que começa após a cerimônia presidencial de posse na Guatemala.
"Não será confirmado até que aconteça", disse um diplomata brasileiro sobre o eventual encontro. "Vai acontecer se Fidel estiver disposto."
Fidel não aparece em público desde que foi submetido a uma operação no sistema digestivo em julho de 2006, que o forçou a transferir o poder para seu irmão Raúl.
O jornal do Partido Comunista, o Granma, disse que Lula vai se encontrar com Raúl Castro. O presidente estará acompanhado de quatro ministros e do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
O Brasil vai dobrar as linhas de crédito para compras de alimentos para US$ 200 milhões, e vai oferecer linhas de crédito no valor de US$ 600 milhões para a construção de estradas na ilha, além de US$ 70 milhões para uma usina de níquel.
Também serão oferecidos financiamentos para projetos mais específicos na área de biotecnologia e outros setores, disse a fonte do Itamaraty em Havana.
Crédito para a exportação de bens e serviços através de empresas brasileiras também está disponível, desde que Cuba dê garantias, disse ele. "Esperamos ver o compromisso de um investimento privado e estatal significativo em Cuba", disse ele.
Os dois países assinarão um acordo que vai incluir o compromisso brasileiro de analisar a exploração nas águas profundas do Golfo do México, onde seis empresas estrangeiras procuram reservas de petróleo, disse a fonte. Segundo o acordo, a Petrobras vai treinar funcionários cubanos e oferecer ajuda no refino e nas pesquisas.
Há anos o Brasil tenta vender a tecnologia do etanol para Cuba, mas o assunto não faz parte da agenda de Lula na visita.
No ano passado, Fidel criticou o uso de terras destinadas ao cultivo de alimentos para produzir biocombustíveis, dizendo que isso aumentaria a fome no mundo.
Desde que adoeceu, Fidel só é visto em vídeos e fotos. Mas ele já recebeu líderes estrangeiros, como o aliado venezuelano Hugo Chávez, que o visitou em meados de dezembro.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
40 municípios brasileiros exportaram mais de US$ 1 bilhão em 2007
Juntos, foram responsáveis por mais de 53% das exportações brasileiras. Ranking é liderado por São Paulo, que exportou US$ 7,228 bilhões.
G1 / André Luís Nery
14/01/2008
Quarenta municípios brasileiros exportaram mais de US$ 1 bilhão em 2007, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento. Juntos, eles foram responsáveis por mais de 53% das exportações brasileiras no ano passado.
Na soma, os 40 municípios foram responsáveis por US$ 85,373 bilhões dos US$ 160,649 bilhões que o Brasil exportou no ano passado. Já as importações destes mesmos municípios totalizaram US$ 67,534 bilhões dos US$ 120,620 bilhões importados pelo país.
Segundo a assessoria do Ministério do Desenvolvimento, o ranking, que é feito levando-se em conta o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa exportadora, é liderado pela cidade de São Paulo, que exportou US$ 7,228 bilhões em 2007.
A capital paulista, no entanto, teve saldo negativo na balança comercial, já que importou US$ 8,395 bilhões. São José dos Campos (SP), que subiu uma posição no ranking de exportações, encerrou 2007 com US$ 6,163 bilhões, contra US$ 3,829 bilhões importados.
Angra dos Reis (RJ) foi o terceiro maior exportador, com US$ 5,953 bilhões. Depois, aparecem São Bernardo do Campo (SP), com US$ 4,290 bilhões; Santos (SP), com US$ 3,175 bilhões; Paranaguá (PR), com US$ 2,971 bilhões; e Rio de Janeiro, com US$ 2,558 bilhões.
Carga tributária deve cair em 2008, diz IBPT
Gazeta Mercantil / Laura Ignacio
14/01/2008
A carga tributária que as empresas deverão suportar este ano deverá cair de 36,02%, em 2007, para 35,52% do Produto Interno Bruto (PIB). O motivo é o fim da cobrança da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), ainda que considerando os aumentos das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para as instituições financeiras implementados pelo governo do último dia 3 de janeiro. A informação é do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), mas ainda assim, a carga continua pesada, segundo especialistas.
Segundo Amaral, a carga em 2007 foi estimada com base na arrecadação até novembro e o PIB até setembro. Já a projeção para 2008 foi fundamentada na média de crescimento das arrecadações nos últimos dois anos, considerando as alterações no IOF e CSLL.
De acordo com o IBPT, a arrecadação do IOF vai mais que dobrar, em comparação com 2007: subirá de R$ 7,76 bilhões para R$ 16,92 bilhões. Já a CSLL deve render aos cofres públicos federais R$ 41,61 bilhões, R$ 8,04 bilhões a mais do que no ano passado.
Para o tributarista, o que pode fazer com que os tributos pesem menos em 2008 é a economia do País continuar crescendo e, ao mesmo tempo, a inadimplência permanecer em queda. O segundo fator tem relação direta com a reação dos bancos quanto às elevações das alíquotas do IOF e CSLL pelo governo. Amaral afirma que o maior avanço em 2007 diz respeito à conscientização da população a respeito da carga tributária embutida nos preços dos produtos e serviços. Essa discussão foi impulsionada pelo debate sobre o fim do imposto do cheque.
"E com a opinião pública envolvida, será possível realizar uma reforma tributária mais consistente", afirma.
Como este ano o governo terá que fazer cortes nos gastos públicos para compensar a perda arrecadatória com a CPMF, sem ter que aumentar mais impostos, o IBPT vai lançar o "Gastômetro". A ferramenta, segundo Amaral, deverá mostrar à sociedade por meio de site da internet para onde vai o dinheiro público.
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Agência de Notícias
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14.1.08
Marcadores: Tributária
Lula descarta risco de apagão e diz que setor "vive de boatos"
Rodrigo Postigo
14/01/2008
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, em seu programa de rádio Café com o Presidente , que as indústrias termelétricas devem ter prioridade sobre o uso de gás em relação ao abastecimento de veículos. Lula garantiu, porém, que não há risco de apagão elétrico no País.
Para ele, o setor energético "vive de boatos".
"A questão energética vive de boatos", disse. "Todo dia tem boatos de que vai acontecer isso, vai acontecer aquilo. O dado concreto é que o Brasil está seguro de que não haverá apagão e de que não faltará energia para dar sustentabilidade ao crescimento que nós queremos ter."
"Eu lembro que quando aconteceu o problema do gás no Rio de Janeiro (corte na distribuição de gás por parte da Petrobras) se criou uma celeuma, tinha até uma reportagem que mostrava um cidadão empurrando o carro, (...) na verdade ele deveria ter ido no posto, ter colocado gasolina, ter colocado álcool", lembrou Lula. E continuou: "o gás, a preferência dele, é para gerar energia elétrica. Se tiver sobrando gás, nós poderemos atender os carros, poderemos atender as empresas, mas é importante definir que a prioridade é servir, é produzir energia para atender aos interesses da sociedade brasileira".
O presidente destacou que, para garantir a normalidade do abastecimento em 2008 e em 2009 e evitar um possível apagão energético, o Ministério das Minas e Energia anunciou na semana passada uma série de medidas. Entre elas, está o imediato funcionamento de seis usinas térmicas a óleo no Sudeste para não comprometer os reservatórios da região em virtude das transferências de energia que estão sendo feitas para o Nordeste e o funcionamento, na segunda semana de fevereiro, de um gasoduto no Espírito Santo que permitirá o fornecimento de 5 milhões de metros cúbicos diários de gás para o Rio de Janeiro.
Países reduzem diferenças agrícolas e buscam acordo na OMC
Rodrigo Postigo
14/01/2008
Membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) estão reduzindo suas diferenças a respeito de questões agrícolas em busca de um novo acordo comercial global, mas ainda querem conversar mais, disse na sexta-feira o coordenador das negociações agrícolas da chamada Rodada Doha, lançada há seis anos.
Embora a agricultura tenha representado apenas 8% das exportações mundiais em 2006, trata-se de uma atividade essencial para os países em desenvolvimento, justamente os que deveriam ser os mais beneficiados pelo novo tratado.
Crawford Falconer disse a jornalistas após uma reunião dos 151 membros da OMC que já há material suficiente, após apenas quatro meses de discussões, para produzir o esperado texto-base para o acordo.
Mas Falconer alertou que a maioria dos países quer mais discussões quando esse texto-base estiver pronto, antes de passar ao próximo estágio da Rodada Doha - as ditas "negociações horizontais", em que os governos vão buscar barganhas envolvendo agricultura, indústria e serviços.
"Sou capaz de fazer um esboço revisto. Fizemos muitos progressos", disse Falconer a jornalistas, admitindo que restam muitas questões complexas por resolver.
Falconer, embaixador neozelandês na OMC, pretende apresentar o texto-base até o final do mês.
Reedição da CPMF faria brasileiros pagarem R$ 50 bilhões por perda de tributo
Yahoo Finance
14/01/2008
Uma possível reedição da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) seria repudiada pela sociedade brasileira e aumentaria a arrecadação do governo, segundo disse a Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) nesta sexta-feira (11). Dez dias após o fim da contribuição, parlamentares e ministros da situação cogitaram em recriar um tributo nos mesmo moldes.
Para a entidade, junto com o pacote de medidas anunciado pelo governo para repôr as perdas da CPMF, um outro tributo levaria a arrecadação a R$ 50 bilhões, ante R$ 40 bilhões somente com a contribuição provisória. A idéia é que a alíquota, antes de 0,38%, seja reduzida a praticamente à metade, ou 0,20%."A entidade analisa que, com o aumento do IOF e da CSLL, já haverá acréscimo de arrecadação de R$ 10 bilhões. O corte de gastos públicos deve resultar em uma economia de cerca de R$ 20 bilhões. Tais montantes somados à provável nova CPMF de 0,20%, que deve gerar aproximadamente R$ 20 bilhões, resultariam em uma arrecadação total de R$ 50 bilhões", disse a entidade em comunicado.
Desenvolvimento econômicoA Fecomercio-SP disse que, somente com o crescimento da economia brasileira, é possível esperar uma arrecadação de R$ 40 bilhões, considerando apenas o atual percentual da carga tributária. As mesmas críticas feitas à CPMF, com relação ao caráter cumulativo e regressivo - quanto menor a renda, maior o impacto relativo - serão consideradas, se adotado tributo com as mesmas características.A CPMF, para a federação, representava dupla tributação, já que era cobrada no recolhimento de qualquer outro tributo, na movimentação de recursos. "Outro ponto importante é que esse tributo acabou fixando, a rigor, um piso para a taxa de juros".
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Agência de Notícias
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14.1.08
Marcadores: Tributária
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
A mudança do incômodo ou o incômodo da mudança
Ivan Postigo
Como diz o velho ditado, em gestão nada é tão constante quanto às mudanças.
Estas podem acontecer pelas mais diversas razões, desde a cultura de aperfeiçoamento tecnológico e ou administrativo da empresa até a tentativa de copiar um modelo vencedor.
Quando vemos uma organização inovadora e bem sucedida temos a impressão de que foram os novos produtos e as novas tecnologias que a levaram às mudanças, na verdade foram as mudanças que a levaram a esse desenvolvimento.
Foram à resistência à acomodação e o movimento constante, gerando uma cultura favorável às mudanças, que provocaram as mentes criativas e projetaram essa luz produzindo inovações.
Há uma tendência nessas organizações dos processos precederem o produto. Desenvolve-se uma técnica ou tecnologia e como resultado surgem os produtos.
O domínio de uma matéria, nesse caso, cria um incômodo pela necessidade de aplicação, visto que o equilíbrio encontra-se com o seu uso.
A mente ou organização incansável busca entender e desenvolver o estudo sobre uma questão, quando bem sucedida agita-se para ver o resultado da aplicação. Ajustes de procedimentos e processos fazem-se no caminho, uma vez que a base está firmada.
O esforço é para mudar o incômodo, da descoberta à aplicação final e ter a satisfação do trabalho concluído. Lógico, até a próxima descoberta.
Na outra ponta temos as empresas que procuram acompanhar as inovações para poderem concorrer no mercado em pé de igualdade, mas não tem a mesma cultura criativa. O fato de mudanças serem necessárias cria uma situação incômoda.
Nesse caso a empresa parte do produto a copiar para as mudanças de processo e finalmente de procedimentos e comportamentos. Em muitos casos o impacto é considerável e o incômodo gerado é de difícil assimilação , levando a empresa a fracassar no projeto.
Agindo na contramão a mudança provoca incômoda e como a tendência é de buscar acomodação muitas tarefas acabam sendo executadas de forma inadequada.
Isso me faz lembrar o projeto de crescimento de uma organização, com constante atualização tecnológica, onde um dos empresários sempre nos perguntava: “Quando vou ter um pouco de sossego, parar de investir, comprar máquinas e puder desfrutar mais da vida?”
O segmento em constante mudança gerava um tremendo incômodo para esse empreendedor, ao passo que para outros era uma necessidade básica e tinha efeito motivacional.
Um Chef de cozinha poderia fazer cada dia melhor seu arroz com feijão, bife e batatas, apenas melhorando o processo, contudo à medida que testa novos temperos, sabores, cria novos pratos. Assim é em qualquer segmento de negócios.
Alguns com impactos não tão contundentes, outros com brutais transformações.
Os fabricantes de mídia para gravação de dados na área de computação se deparam com novidades a cada dia, o fabricante de pregos vai encontrar algumas novidades em processo e material e o fabricante de galochas praticamente nenhuma.
O título deste texto não é apenas um jogo de palavras, pois o entendimento do que provoca a maior insatisfação e não satisfação é que determina o sucesso ou fracasso de um projeto. Lembrem-se , de modo geral as pessoas não desistem dos projetos depois de tê-lo concluído, por não gostarem . Eles desistem no caminho.
Por essa razão um volume significativo de empresas não consegue levar em frente um projeto de organização ou reorganização. Muitas iniciam , mas dado os incômodos gerados desistem .
Outras avançam no processo, mas assim que o mentor, o incentivador ou a consultoria deixa a empresa tentam voltar a se acomodar na situação em que viviam.
Mesmo a água que gosta de calmaria e procura se acomodar no ponto mais baixo da montanha, onde não assola o vento, acaba nas turbulências dos oceanos.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
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11.1.08
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Agência prevê complicação do cenário energético no Brasil em 2008
BBC Brasil / Carolina Glycerio
11/01/2008
O Brasil terá de administrar um cenário energético complicado em 2008 e pode ter problemas de suprimento no médio prazo caso cresça mais de 5% ao ano, alerta a agência de avaliação de risco Fitch Ratings no seu relatório sobre as perspectivas de energia para a América Latina neste ano.
"O robusto crescimento da demanda de energia gera preocupações sobre o suprimento se esse crescimento passar de 5% ao ano", diz o relatório da Fitch, na parte dedicada ao Brasil.
"O principal desafio do governo para os próximos cinco anos é tornar viável a expansão da matriz energética", acrescenta.
A agência prevê um ano difícil para toda a região, por causa da conjunção de três fatores: crescimento da demanda, escassez de gás e aumento dos preços dos hidrocarbonetos.
"Este ano pode ser mais um desafio para as companhias de geração de energia que lutam para manter o suprimento diante do aumento da demanda na região", afirma a agência. "Em particular, o ano será desafiador no Cone Sul, em meio à crise do gás natural."
Empresas têm mais um ano para se adaptarem ao Sped
Rodrigo Postigo
11/01/2008
O Governo adiou o prazo para as empresas se adaptar ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). O prazo vencia no dia 3 de janeiro, mas foi adiado para janeiro de 2009.
Iniciado em 2006, o Sped facilitará a empresa na apresentação das informações requeridas no DIJP e outras obrigações acessórias relativas a outros tributos (Imposto sobre Produtos Industrializados, Programa de Integração Social e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, entre outros) no âmbito federal.
"Apesar de ser um programa nacional, estados e municípios têm a sua própria estrutura de tecnologia e muitos deles estão fazendo alguma coisa para esse ano mesmo", afirma o diretor da Lumen IT, Werner Dietschi. "Ainda faltam instruções detalhadas, o que dificulta a implantação", comenta. De acordo com ele, falta um manual de instruções detalhado e os programas precisam ser validados. O objetivo do sistema é uniformizar as informações contábeis e fiscais das administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios.
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11.1.08
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Entidades lançam movimento por reforma tributária e defendem pacote do governo
11/01/2008
Várias entidades de representação da sociedade civil, da igreja e movimentos sociais lançaram hoje uma campanha em defesa do que chamam de uma "reforma tributária justa". O documento do movimento foi enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento), e para deputados e senadores.
No documento, essas entidades defendem as medidas anunciadas pelo governo para compensar o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), como a elevação das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e da CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido) das instituições financeiras. "Foi uma medida acertada e justa, pois atinge os mais ricos e sobretudo os bancos, o sistema financeiro e empresas estrangeiras."
O documento diz que "as classes ricas do Brasil se articularam com seus políticos no Senado Federal e conseguiram derrubar a CPMF". "A CPMF era um imposto que penalizava os mais ricos e 70% dele provinha de grandes empresas e bancos. Os seus mecanismos de arrecadação impediam a sonegação e permitiam que a Receita Federal checasse as movimentações financeiras com o imposto de renda, evitando fraudes e desvios."
As entidades criticam o PSDB, DEM e outras entidades que criticaram a elevação das alíquotas do IOF e da CSLL. "As forças conservadoras voltaram a se articular para condenar essas medidas, tendo à frente Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e Febraban (Federação Brasileira de Bancos]."
Entre os signatários do movimento estão João Pedro Stedile (Via Campesina), Fernando Morais (jornalista e escritor), d. Tomás Balduíno (Comissão Pastoral da Terra), o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), Plinio de Arruda Sampaio (presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária), Lúcia Stumpf (presidente da União Nacional dos Estudantes), entre outros.
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11.1.08
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Governo não adotará tarifas específicas para importados
Rodrigo Postigo
11/01/2008
O governo decidiu não adotar tarifas específicas sobre a quantidade importada, para 11 tipos de produtos da pauta de comércio exterior. O Ministério da Fazenda havia aproveitado o pacote de medidas para compensar o fim da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) para mudar a forma de aplicar o Imposto de Importação.
Reações contrárias vindas de setores empresariais, do Itamaraty e do Ministério do Desenvolvimento, alertaram para o fato da medida desrespeitar compromissos internacionais assumidos pelo governo brasileiro na área de comércio. Nos próximos dias, a Casa Civil deverá apresentar a solução para anular a iniciativa, que ainda não entrou em vigor porque depende de regulamentação.
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11.1.08
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Investimento estrangeiro na América Latina cairá 10%, dizem bancos
Efe
11/01/2008
O investimento privado estrangeiro na América Latina cairá 9,9% neste ano, para US$ 105,4 bilhões, segundo o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), a maior associação de bancos do mundo.
Esta queda representa uma "ligeira moderação a partir de números muito altos no passado", explicou hoje o subdiretor-gerente do IIF, economista Yusuke Horiguchi, na apresentação do relatório "Economia Global e Mercados de Capitais para 2008".
De acordo com o cálculo realizado pelo IIF, a região obteve no ano passado US$ 117 bilhões em investimento estrangeiro, o que supõe um grande aumento frente aos US$ 46,3 bilhões de 2006 e aos US$ 70,4 bilhões de 2005.
Mas em 2008 a América Latina receberá US$ 11,6 bilhões menos que em 2007, o que supõe "uma redução pouco expressiva", disse Horiguchi, que acrescentou que o investimento estrangeiro "se mantém ainda muito alto" na região.
Por trás desta queda reside o fato de que os países da América Latina fizeram "boas mudanças em suas políticas fiscais" ao longo dos últimos anos.
"Quando esta tendência se mantém durante um tempo, os resultados são vistos", comentou Horiguchi, que indicou ainda que, devido às reformas tributárias realizadas nos últimos anos, os governos da região já não necessitam "pegar tanto dinheiro emprestado".
Apesar dessas reformas, a América Latina "tem ainda um longo caminho a percorrer", disse o economista.
Com relação ao conjunto dos países emergentes, o IFF revisou para cima suas previsões sobre o fluxo de capital privado em 2008, ao elevar seus cálculos em US$ 77 bilhões.
Assim, estes mercados obterão um investimento estrangeiro de US$ 670 bilhões este ano, frente aos US$ 681 bilhões que o IFF calcula que teriam recebido em 2007.
Esta revisão indicou que os países emergentes "estão em boa posição para suportar as turbulências em mercados considerados mais maduros", completou o relatório.
Quanto às previsões de crescimento econômico para a América Latina, o IFF avaliou que a região terá um avanço menor que em 2007, quando o PIB (Produto Interno Bruto) aumentou em média 5,2%, de acordo com estimativas preliminares.
Neste sentido, a instituição prevê que o PIB da região crescerá 4,6% em 2008, em linha com a tendência de baixa da economia global.
O IFF também indicou que a economia latino-americana sofrerá desaceleração devido às políticas macroeconômicas mais restritas que estão sendo aplicadas por países para resistir à alta de preços.
A demanda doméstica continuará sendo o principal catalisador do crescimento regional.
Entre os países mais afetados pela desaceleração destacam-se Venezuela e Argentina, que registrarão quedas "mais fortes".
Os altos preços das matérias-primas, um menor crescimento das exportações e o rápido aumento das importações, a valorização da moeda local e a tendência de baixa em toda a economia global continuarão freando o superávit da balança comercial da América Latina, que será reduzido a US$ 82 bilhões em 2008.
O IFF não vê ainda, por enquanto, um cenário de recessão para os Estados Unidos, mas reconhece que a maior economia mundial se encontra em um "ponto de inflexão".
Recriação da CPMF poderá ser proposta na reforma tributária
Rodrigo Postigo
11/01/2008
Base aliada do Governo poderá propor a recriação da CPMF, que seria usada exclusivamente para financiar a saúde pública, segundo informou o deputado, Luciano Castro, em entrevista coletiva no Ministério do Planejamento A recriação seria proposta no bojo da reforma tributária, que será enviada pelo governo ao Congresso em fevereiro.
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11.1.08
Marcadores: Tributária
Errata: Regime de incentivo para portos é prorrogado até 2010
No dia 02/01/2008 publicamos erroneamente os créditos da matéria. A publicação é de autoria da repórter Yara Aquino da Agência Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou hoje uma medida provisória que prorroga até dezembro de 2010 o Regime Tributário para Incentivo à Modernização e Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto). O Reporto foi instituído por medida provisória em 2004 e perderia a validade neste 31 de dezembro.
Em linhas gerais, trata-se de um sistema que tem como foco a desoneração tributária para incentivar investimentos na recuperação, modernização e ampliação dos portos brasileiros. A desoneração abrange impostos como a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Confins), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS) e Imposto de Importação incidentes sobre bens como máquinas e equipamentos para utilização exclusiva em portos.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Brasil e Bolívia discutirão fornecimento de gás
Rodrigo Postigo
10/01/2008
Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Bolívia, Evo Morales e da Argentina, Cristina Fernández, se reunirão para acertar uma fórmula conjunta para o fornecimento do gás boliviano, cuja produção é insuficiente para atender a demanda de ambos os países.
O ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, irá na semana que vem à Argentina, e no início de fevereiro chegará ao Brasil para conversar sobre o fornecimento de energia e organizar o encontro dos governantes, indicou hoje à Efe uma fonte de seu Ministério.
Villegas antecipou que os líderes conversarão sobre a fórmula de repartição do gás boliviano dentro de uma cúpula do Mercosul ou da União de Nações Sul-americanas (Unasul), cuja data, no entanto, ainda não foi confirmada.
Villegas viajará para Buenos Aires no dia 17 de janeiro, e um dia depois se reunirá com o ministro do Planejamento argentino, Julio de Vido.
Em 1º de fevereiro, Villegas virá ao Brasil para participar de um encontro com o ministro de Minas e Energia brasileiro Nelson Hubner.
A exportação de gás boliviano para esses países enfrentou nos últimos meses vários problemas, uma vez que sua produção se encontra no limite devido à baixa nos investimentos do setor.
A Bolívia considera necessário um acordo entre os três países para a distribuição do gás nos mercados externos, de modo a evitar restrições durante o inverno.
O ministro Villegas admitiu recentemente que a Bolívia não terá gás suficiente para cumprir os volumes estipulados em seu contrato com a Argentina, mas que ainda assim pretende garantir um envio regular para este ano.
Também disse que serão descumpridos os contratos de pequenos volumes para a entrega de gás para Cuiabá (para onde ainda estão sendo enviados 1,2 milhão de metros cúbicos) e para a empresa Comgás, de São Paulo.
O contrato assinado pela Petrobras prevê duras sanções à Bolívia caso o país não cumpra o volume de envio estipulado, de entre 28 e 31 milhões de metros cúbicos diários.
A produção boliviana atual ronda os 40 milhões de metros cúbicos, que subirão este ano para 42 milhões, frente a uma demanda do mercado externo e interno que ronda os 46 milhões de metros cúbicos.
Na semana passada, o Governo Morales anunciou um investimento para este ano de pelo menos US$ 1,266 bilhão da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e de doze transnacionais com o objetivo de aumentar a produção.
A paralisia dos investimentos no setor foi atribuída pelas petrolíferas à mudança nas regras decorrente da nacionalização decretada em maio de 2006, que as obrigou a assinar novos contratos que entraram em vigor no ano passado.
Brasil se tornou reino do etanol, diz colunista do NY Times
Rodrigo Postigo
10/01/2008
O jornal americano The New York Times publica nesta quinta-feira um artigo assinado pelo colunista Roger Cohen que aponta o Brasil como um país que, nos últimos anos, mudou sua imagem radicalmente, como poucos já fizeram, graças ao etanol.
"Da terra pouco séria de samba, favelas, futebol e florestas tropicais incendiadas, (o Brasil) se tornou o reino da produção de etanol a frente de seu tempo, carros flexíveis rodando com qualquer combinação de etanol e gasolina, e uma revolução do biocombustível que poderia distribuir ao mundo, onde o barril de petróleo custa US$ 100", escreve o colunista.
Apesar dos elogios, o artigo de Cohen, que tem como título a pergunta "O etanol é para todos?", lembra que os problemas sociais causados pela produção do etanol persistem, inclusive para cortadores de cana e trabalhadores de usinas.
"O etanol, renovável e relativamente limpo, é adorável", diz o texto. "A vida do trabalhador rural migrante no Brasil, finita e quente, não é."
Metas O artigo no New York Times também cita metas já alcançadas no Brasil: 80% dos novos carros produzidos são flexíveis, toda a gasolina contém quase 25% de etanol e o etanol responde por mais de 40% do consumo de combustíveis.
Roger Cohen afirma que os números revelam que as metas americanas de substituir um sexto do consumo de gasolina por etanol até 2020 são atrasadas e pequenas.
"Em outras palavras, o Brasil estava ocupado vendo o amanhã enquanto os Estados Unidos miravam o passado, um lugar muito frívolo para ser futurístico", acrescenta o artigo. "De fato, as duas imagens trazem um pouco de verdade."
"O Brasil liderou o caminho ao demonstrar o potencial do etanol, tem terra para expandir a indústria, usa o etanol a base de cana-de-açúcar cujo rendimento por hectare é oito vezes maior do que o etanol de milho americano, que está sendo produzido a um custo mais alto do que alimentos, e demonstrou a viabilidade de uma frota flexível."
"Mas um dia visitando plantações de cana da CBAA, uma usina de açúcar e etanol, mostrou a dureza com que esses resultados são arrancados", ressalva o colunista do jornal americano.
O artigo defende que a produção de etanol no Brasil e nos países africanos venha acompanhada de desenvolvimento, especialmente para os trabalhadores rurais e suas famílias.
Para isso, Cohen sugere que os investidores internacionais com interesse em etanol exijam condições mínimas para os trabalhadores da indústria, a abertura do comércio global ao etanol e o desenvolvimento de um mercado global de commodities de etanol, com normas estabelecidas.
"Um novo combustível não deve trazer a maldição frequente do petróleo: o enriquecimento de uma pequena elite."
Mercado global de outsourcing deve crescer 8,1% em 2008, afirma consultoria Gartner
Valor Online / José Sergio Osse
10/01/2008
O mercado mundial de outsourcing deverá crescer 8,1% neste ano. As empresas desse segmento, porém, devem enfrentar alguns desafios de peso neste ano, segundo a consultoria Gartner.
As companhias de outsourcing são especializadas em retirar das empresas clientes operações que não são diretamente relacionadas com sua atividade de negócios. Nisso se inclui o gerenciamento, operação e manutenção de equipamentos, serviços e pessoal da área de tecnologia, principalmente.Apesar de algumas companhias terem áreas que podem negociar contratos de outsourcing, para muitas, suas estratégias de tecnologia e sua estrutura de governança ainda são imaturas, inexistentes ou desalinhadas em relação aos objetivos da empresa, disse o diretor de pesquisa do Gartner, Kurt Potter.
Segundo ele, a falta desses fundamentos básicos impedem que o cliente se beneficie efetivamente do serviço de outsourcing e consiga realizar a economia de custos almejada. Em casos extremos, a falta de confiança necessária e do controle para otimizar o relacionamento no sistema de outsourcing resulta no fim de um acordo, afirma. O Gartner também identifica que, embora o mercado tenha crescido, no ano passado o valor total dos acordos de outsourcing divulgados publicamente caiu pela metade em relação a 2006. Segundo a consultoria, um fator que pode ter contribuído para isso é a maturidade do mercado, onde contratos desse tipo são mais comuns. Assim, mais acostumadas com esse tipo de acordo, as empresas assinam contratos de valor menor e com vários fornecedores, o que não justificaria a divulgação da operação.
Outorga para trecho oeste do rodoanel é fixada em R$ 2 bi
Gazeta Mercantil/Caderno C / Wagner Oliveira
10/01/2008
O governo de São Paulo lançou ontem leilão para a concessão dos 32 quilômetros trecho oeste do Rodoanel Mário Covas. Organizado pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o edital estabelece prazo de 30 anos para a administração privada. A licitação é o primeiro teste do governo paulista após leilão de rodovias federais em que a União conseguiu preço menor das tarifas ao não cobrar outorga pela concessão.
Pelo modelo de concorrência internacional de menor valor de tarifa básica, São Paulo não desiste da outorga. O edital fixa repasse de R$ 2 bilhões ao estado para a empresa que vencer a disputa. Foi estabelecido teto de R$ 3 para a cobrança da tarifa. O prazo para o pagamento da outorga é de dois anos. As empresas terão até 11 de março de 2008 para registrar suas propostas. O pedágio só será cobrado seis meses após a assinatura do contrato com a empresa vencedora.
O governo de São Paulo pretende usar os R$ 2 bilhões nas obras em andamento do trecho Sul do Rodoanel, que tem 54 quilômetros de extensão e interliga importantes rodovias, como a Imigrantes e a Anchieta e Régis Bittencourt.
O edital lançado ontem prevê investimentos de R$ 804 milhões em obras de melhorias no trecho Oeste. A licitação prevê que 35% desse valor (R$ 280 milhões) seja aplicado nos três primeiros anos. Entre os investimentos, estão a implantação de vias marginais entre as interseções da saída Padroeira e rodovia Raposo Tavares e construção de faixa adicional (5ª faixa) entre os trevos das rodovias Castello Branco e Raposo Tavares. Serão realizadas ainda obras de recuperação de seis quilômetros da marginal de Carapicuíba, construção de três passarelas e melhorias nos acessos da rodovia Castello Branco e na interseção de Padroeira.
Serão implantados sistemas de comunicação, controle e fiscalização com radares, praças de pesagem, rádio telefonia, call boxes, painéis de mensagens, detector de neblina, e câmeras de monitoramento de tráfego. Guinchos, veículos para inspeção, ambulâncias e carros para a Polícia Militar Rodoviária estão na edital, que está disponível no site www.artesp.sp.gov.br e na sede da Artesp.
Proposta de reforma tributária deve chegar ao Congresso em março, diz Jucá
Rodrigo Postigo
10/01/2008
Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (9), o líder do governo no Senado, Romero Jucá, disse acreditar que a proposta de reforma tributária do governo federal chegue ao Congresso Nacional em março. A expectativa é de que neste mesmo mês, segundo acrescentou, o Poder Legislativo vote o Orçamento de 2008. Na quinta-feira (10), as lideranças da base aliada no Congresso começam a negociar com o governo os cortes na proposta orçamentária, destinados a compensar metade dos R$ 40 bilhões perdidos com o fim da CPMF.
Além dos líderes governistas, devem participar dessa reunião o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo; o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro; o presidente e o relator da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), senador José Maranhão (PMDB-PB) e deputado José Pimentel (PT-CE), respectivamente. Conforme Jucá, o governo federal vai apresentar propostas de cortes orçamentários no Executivo, ficando os do Legislativo a cargo da CMO.
Jucá adiantou que os cortes no Executivo devem abranger passagens e diárias, construção de prédios públicos, publicidade e outras despesas de custeio e manutenção da máquina administrativa. Disse ainda que os cortes no Legislativo podem vir das emendas de bancada e de comissões. Já as emendas individuais, salientou, não devem ser alteradas.
O líder do governo no Senado acredita ainda que, neste encontro, também sejam discutidos os aumentos salariais e as novas contratações no serviço público. Embora o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) seja prioridade máxima do governo federal, Jucá não crê que esteja livre de sofrer cortes orçamentários. Já os programas sociais e as áreas de segurança e saúde têm boas chances de terem seus recursos preservados, na sua opinião, garantindo ainda que o equilíbrio fiscal será mantido.
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10.1.08
Marcadores: Tributária
Transporte aéreo cresce menos em 2007
Rodrigo Postigo
10/01/2008
O transporte aéreo de passageiros no Brasil encerrou o ano passado com um aumento de 11,9% em relação a 2006. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o número ficou abaixo dos 12,3% de crescimento anotado há um ano.
A entidade também mostrou que a ocupação das aeronaves registrou pequena queda no intervalo analisado. Caiu de 71% para 69%.
No relatório, a TAM manteve-se líder no mercado de aviação nacional, já que aumentou sua participação de 47,96% para 48,86% dos passageiros transportados durante todo o ano. No entanto, a companhia que mais cresceu no período foi a Gol e cresceu de 34,05% para 39,56%.
Ambas as empresas, além da Varig, têm, juntas, participação de 93,18% no mercado nacional. A mesma fatia, em 2006, era de 90,71%.
Ao contrário dos vôos em terrítório brasileiro, as viagens internacionais sofreram queda de 5% no transporte de passageiros feito pelas empresas nacionais. Com isso, a ocupação das aeronaves caiu de 74% para 66% em 2007.
As implicações da nova lei contábil
Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados / Reginaldo Alexandre
10/01/2008
Depois de uma longa tramitação no Congresso, foi sancionada pelo presidente da República, em 28 de dezembro, a Lei 11.638, que altera a Lei das Sociedades por Ações em pontos importantes. As mudanças trazidas representam um importante avanço institucional, contribuindo para aumentar o grau de transparência das demonstrações financeiras e, assim, oferecer maior segurança ao investidor.
A Lei coloca como meta a harmonização das normas e práticas contábeis brasileiras às internacionais, com o objetivo não apenas de colocar o Brasil nos trilhos dessa tendência global, mas também de facilitar o acesso das empresas nacionais aos mercados externos e atrair capitais estrangeiros ao País. Outra preocupação fundamental foi a de segregar os princípios contábeis em relação às normas tributárias e legislações específicas; o atendimento dessas normas não eximirá a companhia de apresentar demonstrações financeiras de acordo com as normas aplicáveis às demais empresas.
Adota-se a Demonstração dos Fluxos de Caixa em substituição ao Demonstrativo de Origens e Aplicações de Recursos, aumentando consideravelmente a visibilidade dos fluxos financeiros das companhias. Muitas empresas, voluntariamente, por demanda de mercado, já vêm apresentando demonstrações de fluxos de caixa. A institucionalização, no entanto, vai forçar uma padronização, em benefício dos usuários das demonstrações financeiras.
Dentro do elenco de dispositivos para adequar a legislação brasileira às práticas internacionais, destacam-se algumas outras medidas: (i) a criação da conta "ajustes de avaliação patrimonial", no patrimônio líquido, para incorporar as avaliações a valor de mercado dos instrumentos financeiros; (ii) a obrigatoriedade de realização de avaliações periódicas dos ativos permanentes, a fim de verificar a efetiva possibilidade de recuperação dos valores neles aplicados, assim como para ajustar os critérios para cálculo da depreciação; e (iii) o registro no resultado de doações e subvenções governamentais para investimento.
Nas contas de ativo, propõe-se a criação do grupo denominado intangível: bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia, inclusive o fundo de comércio adquirido. As novas disposições privilegiam a avaliação de ativos pelo valor recuperável, pelo valor de mercado ou pelo valor presente. Dentro dessa perspectiva, a Lei traz também as seguintes medidas: (i) a contabilização a valor de mercado dos ativos e passivos originados em operações de fusão, cisão ou compra do controle acionário; (ii) o ajuste a valor presente dos ativos de longo prazo e de exigíveis de longo prazo.
Algumas exigências aumentam a transparência das demonstrações financeiras, como a contabilização no resultado, como despesa, de remunerações a funcionários realizadas na forma de ações, debêntures, etc.; e a obrigatoriedade da apresentação da Demonstração de Valor Adicionado.
Algo a se lamentar foi a exclusão, durante a passagem do texto pela Câmara dos Deputados, de uma proposta que obrigaria empresas de grande porte (ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões), ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por ações, a publicar demonstrações financeiras. Permaneceu apenas a exigência de elaboração de demonstrações financeiras, que deverão sofrer auditoria independente, por auditor registrado na CVM, nos moldes das companhias abertas.
Inovadoramente, a Lei prevê que a CVM, o Banco Central e demais órgãos e agências reguladoras poderão celebrar convênio com entidade que tenha por objeto o estudo e a divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e auditoria, podendo adotar suas orientações técnicas. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que já vem atuando, preenche essa finalidade. Idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos de entidades representativas de elaboradores e usuários de demonstrações financeiras, O CPC conta com o apoio dos órgãos reguladores.
A Deliberação 520/07 permite que a CVM coloque em audiência pública conjunta com o CPC as minutas de pronunciamentos técnicos por ele emitidas, podendo aceitar e referendar em ato próprio, no todo ou em parte, os pronunciamentos emitidos pelo CPC.
A aprovação da Lei 11.638 é muito bem-vinda. Embora ainda não traga todas as modificações desejáveis à nossa legislação societária, representa um inegável passo à frente no processo de seu aperfeiçoamento, sendo, assim, importante fator de fortalecimento e de estímulo a nosso mercado de capitais.
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Marcadores: Governança
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Saldo da poupança fica em R$ 33 bi e bate recorde em 2007
Rodrigo Postigo
09/01/2008
O Banco Central divulgou nesta terça-feira que a popuança teve saldo positivo recorde, de R$ 33 bilhões em 2007. O melhor resultado anterior havia sido em 1997, quando o saldo positivo havia sido de R$ 13,1 bilhões.
A captação líquida mensal de dezembro foi a maior no ano passado, com R$ 9,1 bilhões. No mesmo mês de 2006, a captação líquida havia ficado em R$ 7,4 bilhões.
O total de depósitos na poupança em 2007 também foi recorde e pela primeira vez ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão, chegando a R$ 1,02 trilhão. O melhor resultado de depósitos anual anteriormente era de 2006, com R$ 774 bilhões.
O grande volume de depósitos fez com que o saldo fosse positivo, já que as retiradas também foram recorde em 2007: R$ 995 bilhões, de acordo com o Banco Central.
PIS/Cofins retidos podem ser usados para pagar tributos
Valor Econômico
09/01/2008
O pacote de medidas fiscais do governo federal trouxe, ao menos, algumas mudanças pontuais que podem facilitar a vida dos contribuintes. Um desses casos, previsto na Medida Provisória (MP) nº 413, é a possibilidade de as empresas que têm créditos de PIS e Cofins retidos na fonte poderem usá-los para pagar outros tributos, além das próprias contribuições. A previsão, agora explícita em uma norma, beneficia principalmente as empresas do setor de autopeças, de acordo com tributaristas. Além disto, a MP traz alterações favoráveis ao setor hoteleiro e acaba com o depósito obrigatório de 30% para as empresas recorrem administrativamente ao INSS.
Segundo o consultor tributário da ASPR Consultoria Empresarial, Douglas Campanini, no caso da retenção das contribuições sociais, a medida resolve um problema de caixa pelo qual passavam muitas dessas empresas. Esta retenção de PIS e Cofins - assim como é feita com o Imposto de Renda - atinge uma série de empresas prestadoras de serviços, listadas em lei. O problema, segundo Campanini, é que a empresa, ao prestar o serviço, emite nota fiscal, que não necessariamente refere-se à data em que receberá pelo trabalho. Sendo assim, muitas vezes a empresa paga as contribuições no mês em que faturou a nota, mas pode receber posteriormente pelo serviço e com as contribuições retidas. Neste caso, ocorre a retenção do que já foi pago e, por isso, pode ocorrer um acúmulo de créditos. As empresas, porém, não podiam usar estes valores para pagar outros tributos.
O advogado Rogério Ramires, do Loddi e Ramires Advogados, afirma que não existia previsão em lei e inúmeras consultas foram feitas à Receita Federal para esclarecer a questão. Em alguns casos, como na 10ª Região Fiscal (Rio Grande do Sul) e na 7ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo), as delegacias entenderam que a compensação poderia ocorrer. Na prática, porém, a dificuldade continuava a existir, segundo Ramires, pois o programa da Receita Federal na internet, o Perdicomp, não aceita este tipo de compensação.
Segundo Campanini, a saída é realizar o pedido em papel. Mas, conforme ele, dificilmente a Receita aceita protocolar um pedido que, em tese, poderia ser feito pela internet. “O pagamento do PIS e da Cofins ocorre agora só em fevereiro, e até lá a Receita pode corrigir o programa”, afirma. O advogado Júlio de Oliveira, do Machado Associados, lembra que a MP dá a entender que os débitos retidos serão corrigidos pela Selic.
Para o setor hoteleiro, conforme o consultor tributário, a alteração trazida pela MP é a chamada depreciação acelerada de bens móveis. A medida tende a reduzir o lucro do empreendimento, que pode pagar menos IR no curto prazo.
Outra novidade é a revogação da obrigatoriedade do depósito prévio para recorrer-se administrativamente em processos que tratam de questões previdenciárias. No percentual de 30% do valor discutido, o depósito ainda vinha sendo exigido dos contribuintes mesmo após o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), que em 2007 considerou inconstitucional a exigência.
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Rentabilidade de empresas brasileiras registra recorde em 2007
Rodrigo Postigo
09/01/2008
A rentabilidade ajustada das empresas brasileiras, que mede a relação entre o lucro ajustado e o faturamento líquido, alcançou 6,6% em setembro de 2007, destacando-se como a maior média do período desde 2003, segundo aponta estudo realizado pela Serasa.
Nos anos anteriores, os índices obtidos foram 4,6%, 5,1%, 5,3% e 5,0%, respectivamente, de 2003 a 2006. O setor de serviços apresentou o maior crescimento. As empresas conseguiram incrementar as receitas por meio da significativa melhora e ampliação dos serviços prestados. A apreciação do real frente ao dólar ajudou a diminuir o custo financeiro das empresas endividadas em moeda estrangeira.
Os bons resultados apresentados pelos novos segmentos de negócios, como as concessionárias de rodovias e outros setores (telefonia, energia, transporte ferroviário), garantiram a melhoria da lucratividade do setor que foi de 8,8%.
O setor industrial também apresentou significativa melhora da rentabilidade. Em 2007, a indústria obteve seu melhor índice no período do estudo, favorecida pela demanda aquecida, tanto externa como interna. Nesse cenário o aumento das receitas contribui para a absorção dos gastos fixos, beneficiando a rentabilidade. Além disso, o efeito cambial foi positivo para segmentos no qual parte dos custos são importados, bem como para as empresas com dívidas em dólar.
O segmento siderúrgico brasileiro ocupa no cenário internacional uma posição de destaque, que contribui para elevar a margem do setor.
As empresas do comércio, historicamente, trabalham com margens mais comprimidas, porém, também apresentaram melhora de patamar. Em 2000, a margem de lucro situou-se em 1,1%, enquanto em 2007 a margem líquida atingiu 1,9%. Dentre os principais motivos está a retomada do crescimento econômico, baseado no maior nível de emprego, da massa salarial e do crédito, que impulsionam principalmente a venda de bens de consumo duráveis.
O estudo foi realizado com uma amostra de 9.700 balanços, sendo 3.200 de empresas da indústria, 3.700 do comércio e 2.800 de serviços. Os balancetes de setembro de 2007 foram divulgados no 4º trimestre de 2007.
CVM reforça regras para fiscalização de lavagem de dinheiro no mercado
Valor Online / Murillo Camarotto
09/01/2008
De olho na prevenção dos crimes de lavagem de dinheiro no mercado de capitais, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) baixou hoje a Instrução 463/08, que reforça as obrigações de fiscalização das instituições do mercado já previstas na Instrução 301/99.
As novas regras são direcionadas às empresas que atuem na custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação, intermediação ou administração de valores mobiliários. Também estão incluídas as bolsas de valores e de futuros. A partir de agora, elas terão que fiscalizar de forma mais enérgica seus cadastros de clientes e de transações, de modo a identificar eventuais lavagens de dinheiro por meio de operações no mercado. Entre as novas regras estabelecidas está a que exige um acompanhamento mais cuidadoso no relacionamento da empresa com clientes politicamente expostos .
Também é solicitado o estabelecimento de procedimentos cadastrais diferenciados para os chamados clientes de alto risco .A Instrução determina ainda a ampliação do leque de hipóteses possíveis de comunicação de operações suspeitas e o fornecimento de treinamento aos funcionários sobre as novas regras.De acordo com a CVM, as empresas do mercado devem se adequar à nova Instrução no prazo de 90 dias.
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9.1.08
Marcadores: Governança
Brasil é 2º país onde investimento estrangeiro mais cresce
Rodrigo Postigo
09/01/2008
O Brasil é o segundo país onde o investimento estrangeiro direto mais cresceu em 2007, segundo estimativa divulgada nesta terça-feira pela Unctad, órgão das Nações Unidas para o desenvolvimento. O volume líquido de investimento direto recebido pelo Brasil deve dobrar (alta de 99,3%) em relação ao ano anterior e chegar a US$ 37,4 bilhões.
A previsão é diferente da avaliação do Banco Central, segundo a qual o volume total do ano deve chegar a US$ 35 bilhões. Os dados até novembro mostram um total acumulado de US$ 33,37 bilhões. De acordo com os economistas da Unctad, a maior parte dos investimentos recebidos pelo Brasil destinam-se a aumentar a produção industrial.
O país onde o investimento estrangeiro mais cresceu foi a Holanda, onde a entrada de capital externo passou de US$ 4 bilhões, em 2006, para US$ 104,2 bilhões no ano passado, uma variação de 2.285%. Neste caso, a diferença é quase toda explicada pela venda do ABN-Amro (holandês) para o espanhol Santander, por US$ 98,5 bilhões.
Bernardo: fim da CPMF reduz carga em 1% do PIB
Yahoo
09/01/2008
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje que, apesar da alta de tributos promovida pelo governo no início do ano, por conta do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), a carga tributária terá uma redução superior a 1% do PIB neste ano. A referência feita pelo ministro é a diferença entre a desoneração de R$ 40 bilhões determinada pelo Congresso e a alta de R$ 10 bilhões relativos ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Bernardo afirmou que o governo tem a responsabilidade de manter as finanças públicas equilibradas, que têm garantido um quadro econômico positivo para o País - em 2007 o crescimento do PIB, segundo ele, foi superior a 5,2%, com expansão do comércio, dos investimentos e o menor desemprego da história. "Isso não acontece por acaso, isso reflete políticas que deram certo", disse, enfatizando que uma notícia ou a mera expectativa de que o governo estaria com as suas contas desequilibradas traria problemas.
O ministro disse ainda que a cautela se torna ainda maior em um cenário no qual o mercado internacional passa por turbulências e em que há um recrudescimento do processo inflacionário na economia interna. "O governo tem a responsabilidade de tranqüilizar os agentes econômicos. Não podemos fazer só coisas simpáticas", disse. E justificou a pressa em anunciar as medidas assim: "Entrar o ano com uma indefinição de R$ 40 bilhões, o que ia acontecer? O mercado ia jogar o juro futuro mais para cima, já ia haver especulação, o ano passado já terminou com inflação maior e, provavelmente, nós provocaríamos uma deterioração do quadro macroeconômico. Portanto, nós tínhamos que tomar medidas."
Bernardo afirmou que o governo vai mesmo fazer o corte de R$ 20 bilhões em suas despesas, mas destacou que é uma tarefa difícil. "Todo mundo acha que tem que cortar, mas no seu (setor) não", explicou. Uma perda de R$ 40 bilhões, segundo o ministro, é grande em qualquer lugar do planeta e o Congresso sabe a dimensão desse problema. De acordo com Bernardo, o Congresso também tem pressa para votar o Orçamento porque dele dependem muitos repasses de recursos para Estados e municípios.
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Marcadores: Tributária
Indicação comercial com precisão: Procure nas boas casas do ramo de sua cidade
Ivan Postigo
Há alguns anos , quando meus filhos eram pequenos e morávamos numa casa , usei um aparelho para eliminar insetos voadores , evitando produtos químicos, prevenindo qualquer reação à rinite de um deles. Hoje moro em um apartamento e sou menos atacado pelos bichinhos voadores .
Bom, achei que era, pois eles me descobriram e agora fazem algumas visitas. Fico imaginando se estão subindo pelo elevador , pois pelas janelas , devido a altura não entravam.
Com boas lembranças do aparelho pesquisei na internet e a princípio encontrei um produto fabricado na China, mas como não recebi informações seguras sobre a assistência técnica resolvi investir um pouco mais de tempo e procurar algo produzido na nossa terra.
Umas horas a mais dedicadas à pesquisa e vi alguma indicação de um possível fabricante nacional, mas como não havia conseguido qualquer informação no mercado resolvi perguntar à empresa se fabricavam e onde poderia encontrá-lo.
A resposta não foi rápida, achei que não tivessem recebido meu e-mail, mas eis que uma tarde estou checando a correspondência e lá está o retorno do SAC, Serviço de Atendimento ao Consumidor.
Todas as descrições do produto, forma de operação, foto e uma indicação onde poderia comprar. Exatamente como recebi : “você pode encontrar nas melhores casas do ramo de sua cidade”.
Isso me fez lembrar a época em que eu trabalhava bem distante de minha residência, viajava com amigos e no caminho ouvíamos um programa de rádio que fazia propagandas de uma fábrica de velas. O locutor dizia mais ou menos assim : Peça pelas velas marca X nas boas casas do ramo .
Todo santo dia havia, como dizia um dos companheiros de viagem, uma “perguntação”: Onde em nossa cidade havia uma boa casa do ramo.
Eu já havia procurado pelo aparelho na cidade onde tenho residência, por onde passei ninguém conhecia. Já havia visitado uma boa casa do ramo no centro de São Paulo, que havia me indicado o aparelho chinês e não conhecia nenhuma outra marca.
O produto é muito interessante, já o usei, mas como me chamou a atenção o fato de que muitas pessoas ainda o desconhecem resolvi fazer uma pesquisa ou uma “perguntação” como diria meu amigo.
Perguntei a cem pessoas sobre o aparelho, pelos mais diversos nomes, ninguém tem lembranças de tê-lo visto ou ouvido falar. Fiz uma descrição do aparelho , obtive o mesmo resultado .
Comercialmente há duas questões a serem tratadas pelo fabricante caso queira ter mais sucesso com o produto, não quer dizer que não tenha:
A primeira é redefinir o que nos dias de hoje podemos considerar como boas casas do ramo. A segunda é tornar o aparelho conhecido , pois este faz o que se propõe.
Um caso interessante para quem estuda e trabalha com propaganda, pois o grande foco hoje em dia é estabelecer a diferenciação entre produtos e as vantagens de um sobre outro, neste caso voltamos àquilo que ela se propunha há alguns anos: Divulgar a existência de um produto e estabelecer pontos de venda.
O produto que encontrei importado da China vem em quantidade limitada e mesmo não sendo tão conhecido apresenta escassez, o que mostra que se as boas casas de ramo fizerem alguma divulgação todos terão resultados bem satisfatórios.
Você que é fabricante deve ser o maior incentivador da demanda dos seus produtos e precisa ter grande domínio sobre a distribuição destes, uma vez que pode estar deixando de explorar um enorme potencial de vendas.
Logo após a primeira resposta do SAC pedi que me informassem quais lojas de minha cidade eram clientes e poderiam ter o aparelho. Surpresa!
Nenhuma boa casa do ramo tinha o que eu precisava. Recebi duas indicações, uma há 40 quilômetros da cidade em que resido que conta com 355.000 habitantes e outra a 45 quilômetros.
A aglomeração urbana nesse raio ultrapassa 2,5 milhões de habitantes e as boas casas do ramo contam apenas duas.
Muito trabalho comercial a executar. Que bom!
Realmente, se for feito.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br
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terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Vendas e produção de veículos no Brasil atingem recorde em 2007
Rodrigo Postigo
08/01/2008
As vendas e a produção de veículos no Brasil cresceram em 2007 e atingiram nível recorde, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
As vendas cresceram 27,8% no ano, atingindo 2,46 milhões de unidades nacionais e importadas. Em dezembro, as vendas de veículos novos nacionais avançaram 0,6% sobre novembro, para 209,2 mil unidades, e 13,9% contra o mesmo mês do ano anterior.
Incluindo os importados, a comercialização subiu 2,2% contra novembro e 18,3% ante dezembro de 2006 para 242,2 mil unidades.
A produção no ano passado avançou 13,9% sobre 2006, para 2,97 milhões de unidades.
Em dezembro, a produção caiu 17,7% sobre novembro, mas subiu 17,8% sobre igual período do ano anterior, para 223,2 mil unidades.
Produção industrial recuou 1,8% em novembro, aponta IBGE
Rodrigo Postigo
08/01/2008
A produção industrial brasileira recuou 1,8% em novembro com relação ao mês anterior, apontou a Pesquisa Industrial Mensal (PMI) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior queda mês-a-mês desde julho de 2005, quando houve redução de 2,7% em relação a junho. Na comparação com novembro de 2006, houve avanço de 6,7%. Em outubro de 2007, na série com ajuste zazonal, o indicador havia crescido 3,3%.
Segundo o IBGE, tanto o acumulado no ano como o dos últimos 12 meses (6 e 5,5%, respectivamente) foram maiores que as somatórias obtidas em outubro (5,9 e 5,3%, respectivamente).
A desaceleração observada na PMI, entre outubro e novembro, foi generalizada, atingindo 18 dos 27 ramos pesquisados. Os principais decréscismos vieram de veículos automotores (-3,9%), edição e impressão (-5,8%) e alimentos (-1,9%). Entre os nove ramos industriais que apresentaram crescimento, farmacêutica (5,7%) e metalurgia básica (1,3%) exerceram as influências mais expressivas.
A queda na produção de veículos automotores ocorreu após aumento de 7,7%, registrado na comparação entre setembro e outubro.
Entre as categorias de uso, apenas bens de capital apresentou aumento com relação a pesquisa anterior, com avanço de 1,2%. Puxada pelo resultado dos automóveis, a queda mais expressiva ocorreu em bens duráveis, com redução de 2,6%.
No acumulado de janeiro a novembro de 2007, em relação ao mesmo período do ano passado, 22 dos 27 ramos industriais apresentaram avanço na produção. O resultado positivo mais expressivo foi o de veículos automotores (alta de 15,1%). Já na outra ponta a maior redução foi verificada na indústria do fumo (queda de 8,1%).
Exportação brasileira de commodities tem maior nível desde 86
Rodrigo Postigo
08/01/2008
A exportação de produtos básicos brasileiros, ou commodities, chegou a 31,7% do total no ano passado, a maior proporção desde 1986.
Os produtos básicos representavam 32,6% da pauta brasileira em 1986, caíram para 30,6% no ano seguinte e continuaram em queda até chegar a 22,6% em 2000, quando voltaram a subir.
Os dados são da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), e os números do ano passado referem-se ao período entre janeiro e novembro, já que os dados totais do ano ainda não foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Nos anos 70, a proporção dos produtos básicos era bem maior. Em 1977, esses produtos representavam 57,4% da pauta brasileira.
Minério e alimentos Os principais produtos básicos exportados pelo País são minério de ferro, petróleo bruto, carne de frango, café em grão, carne bovina, soja e milho.
Ao mesmo tempo em que aumentou a exportação de produtos básicos, caiu a importância dos manufaturados na pauta de exportações brasileira.
A queda tem sido constante desde 2000, quando os industrializados representavam 59,2% do total. No ano passado, a proporção foi de 52,5% no dado acumulado até novembro.
A fatia dos semimanufaturados ficou em 13,7%, bastante inferior ao pico de 19,5% verificado em 1995.
Apesar da queda proporcional, o volume de exportações em dólares tem crescido desde 1990, com uma pequena redução de 1999, já recuperada no ano seguinte.
Balança comercial inicia 2008 com superávit de US$ 70 milhões
Resultado representa queda em relação ao registrado no mesmo período de 2007.Analistas esperam nova redução do saldo comercial neste ano.
G1 / Alexandre Martello
08/01/2008
A balança comercial brasileira iniciou o ano de 2008 com um superávit de US$ 70 milhões, registrado entre os dias 1 e 6 deste mês (3 dias úteis), fruto de exportações em US$ 1,49 bilhão e de importações em US$ 1,42 bilhão. O resultado é inferior ao registrado na primeira semana do ano de 2007, quando o superávit da balança comercial somou US$ 617 milhões. Na comparação pela média diária, o superávit da balança comercial também apresentou queda em relação a janeiro de 2007. Na primeira semana deste ano, o superávit, por dia útil, somou US$ 23,3 milhões, bem abaixo dos US$ 114 milhões por dia útil registrados no primeiro mês do ano passado. Em todo o mês de janeiro de 2007, o superávit somou US$ 2,51 bilhões.
Projeções para 2008
A expectativa dos analistas do mercado financeiro, do Banco Central e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é de que o superávit da balança comercial tenha nova queda neste ano - reflexo do crescimento da economia brasileira (que aumenta importações de máquinas e equipamentos) e das maiores compras de produtos importados, consequência também do dólar baixo. Para o mercado financeiro, o superávit da balança comercial, que totalizou US$ 46 bilhões em 2006 e US$ 40 bilhões no ano passado, deve recuar para US$ 31,9 bilhões em 2008. Já o Banco Central estima que o superávit da balança comercial brasileira caia para US$ 30 bilhões em 2008, ou seja, um recuo de US$ 10 bilhões frente a 2007. Neste ano, segundo o BC, as exportações devem ficar em torno de US$ 172 bilhões, enquanto que as compras do exterior devem totalizar aproximadamente US$ 142 bilhões. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o superávit da balança comercial deve ser menor ainda neste ano: US$ 25 bilhões. De acordo com projeções da entidade, as exportações devem somar US$ 175 bilhões em 2008 e as importações US$ 150 bilhões.
Ação no STF pode cancelar aumento de IOF e CSLL
Rodrigo Postigo
08/01/2008
O partido Democratas vai ingressar na tarde desta segunda-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação direta de inconstitucionalidade contra o pacote tributário do governo para compensar as perdas com a não renovação da CPMF. O presidente nacional do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que a intenção é anular a decisão do governo em relação ao aumento da carga tributária. "A nossa ação será em razão do não cumprimento do acordo, do desrespeito às instituições e à sociedade, do cinismo do ministro (da Fazenda, Guido) Mantega, que disse que o acordo só valia até 31 de dezembro de 2007", disse.
Segundo Rodrigo Maia, as mudanças na cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é inconstitucional por que fere o princípio da isonomia tributária. O deputado afirma que o mesmo tipo de tributação não pode ter duas alíquotas diferentes (no caso, uma para pessoa jurídica e outra para física).
Contra a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), Rodrigo Maia questiona a legalidade do aumento da cobrança aos bancos sem respeitar o princípio da anualidade. "Só na cabeça do Guido Mantega, do Paulo Bernado (ministro do Planejamento) e do Romero Jucá (líder do governo no Senado) é que o banqueiro assimila aumento de tributos sem repassar o consumidor.
A tesouraria de todos os bancos sabe que a conta é muito simples: custo de captação mais impostos é igual ao custo do dinheiro para quem vai receber na outra ponta", afirmou Maia.
Segundo o deputado, o Democratas espera ter o apoio de outros partidos na ação do Supremo, inclusive de legendas da base, como o PDT.
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8.1.08
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Valor de mercado de empresas listadas cresce 60,4%
Rodrigo Postigo
07/01/2008
O valor de mercado das 404 empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) atingiu R$ 2,5 trilhões em dezembro de 2007, o que representa um acréscimo de 60,4% em relação a 2006. No ano passado, o volume negociado na Bovespa atingiu R$ 1,2 trilhão, o equivalente a um acréscimo de 100,3% sobre 2006.
O número de negócios também apresentou crescimento expressivo: 74%, para 37,5 milhões de operações. Em dezembro, o movimento foi de R$ 113,4 bilhões, com 198.939 negócios.
Os setores financeiro e de petróleo, gás e biocombustíveis continuam sendo os mais representativos da Bovespa. O primeiro tem valor de mercado de R$ 473,7 bilhões, ou 19,1% do total.
Já as empresas que atuam no setor de petróleo, gás e biocombustíveis, com destaque para a Petrobras, somaram valor de mercado de R$ 437,2 bilhões, o equivalente a 17,6% do total. Em seguida aparecem os setores de mineração, com R$ 291,7 bilhões (11,8%); energia elétrica, com R$ 182,0 bilhões (7,3%); e alimentos, com R$ 178,2 bilhões (7,2%).
Anunciado há 4 dias, pacote marca início de ano agitado
Último Segundo
07/01/2008
Em seu nascedouro, o “pacote de ano-novo” anunciado pela equipe econômica do governo no primeiro dia útil de 2008, na última quarta-feira (2), completa apenas quatro dias de vida hoje (6), mas já provoca discussões dos mais diversos tons e matizes. Considerado pelos oposicionistas uma retaliação devido à perda dos R$ 40 bilhões arrecadados anualmente por meio da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o também chamado plano compensatório tem tudo para fazer deste ano – de eleições municipais, é bom lembrar – um dos mais difíceis do segundo mandato do presidente Lula.
Tudo indica que, nos 362 dias restantes de 2008 (estamos em ano bissexto), a animosidade política seja acirrada entre governo e oposição. “O PSDB não negociará mais com este governo”, anunciou o líder do partido no Senado, Arthur Virgílio (AM), um dos principais críticos da política econômica da era Lula.
O tucano reclama que o Planalto traiu o acordo firmado em meados de dezembro do ano passado, que propiciou a votação – e conseqüente aprovação – da Desvinculação das Receitas da União (DRU) em segundo turno no Senado. O governo já havia perdido a batalha pela manutenção da CPMF, mas, com a prorrogação da DRU até 2011, poderia aplicar livremente 20% dos recursos vinculados ao Orçamento da União. Em contrapartida, comprometeu-se a: não reeditar a CPMF; não aumentar a carga tributária para compensar a perda do tributo; promover a redução dos gastos com a máquina pública; ampliar o debate sobre a regulamentação da Emenda 29, a chamada “emenda da saúde”, em tramitação no Senado.
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7.1.08
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Bolívia confirma que não conseguirá atender demanda do Brasil
Quebra de contrato acontecerá com termoelétrica em Cuiabá. Compromisso com Petrobras será mantido
07/01/2008
A Bolívia não será capaz neste ano de cumprir todos os seus compromissos de fornecimento de gás para Brasil e Argentina, segundo o ministro de hidrocarbonetos boliviano, Carlos Villegas, citado pela Agência Boliviana de Informações (ABI).
"No fim do ano, nós produziremos uma média de 42 milhões de metros cúbicos de gás por dia e essa quantidade não nos permitirá cumprir os contratos com Brasil e Argentina completamente", teria dito o ministro em La Paz.
Atualmente a Bolívia está produzindo 40 milhões de metros cúbicos de gás por dia e tem uma demanda doméstica e externa diária de 46 milhões de metros cúbicos. Em várias ocasiões no ano passado a Bolívia reduziu temporariamente o fornecimento de gás para os países vizinhos.
Os problemas de fornecimento de gás neste ano vão atingir principalmente um pequeno contrato que a Bolívia possui com a usina termoelétrica em Cuiabá, no Centro-Oeste do Brasil, e um contrato de médio porte com a Argentina, informou a ABI.
A Argentina tem um contrato de importação de 7,7 milhões de metros cúbicos por dia. É esperado um crescimento nesse volume de mais de 20 milhões de metros cúbicos diários nos próximos anos, mas até agora a Bolívia não desenvolveu a nova capacidade de produção de gás necessária para cumprir o contrato.
Um contrato maior, de 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com a Petrobras, tem prioridade sobre outros contratos de exportação e não será afetado por outros possíveis cortes, afirmou Villegas.
Até o fim deste ano a Petrobras também planeja ter unidades de regaseificação com capacidade para regaseificar 21 milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito (GNL) na costa brasileira.
Investimentos estrangeiros somam R$ 45,2 bi em 2007
Rodrigo Postigo
07/01/2007
O fluxo de investimentos estrangeiros na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no ano passou ficou positivo em R$ 45.201.685.724,30, resultado de R$ 49.437.132.331,30 em aquisições realizadas pelos estrangeiros nas ofertas públicas de ações (IPO"s na sigla em inglês) e do saldo negativo da negociação direta na Bovespa, de R$ 4.235.446.607,00.
Em dezembro, o saldo ficou positivo em R$ 1.132.241.491,00, resultado de compras de ações no valor de R$ 40.326.708.740,00 e de vendas de R$ 39.194.467.249,00.A participação dos estrangeiros nas ofertas públicas de ações, incluindo IPO"s, representou 75,4% do total de R$ 65.534.322.336,50 das operações realizadas em 2007, com anúncios de encerramento publicados até 03 de janeiro de 2008.
Pacote fiscal deve atingir coração do PAC, diz Raul Velloso
Segundo o especialista em contas públicas, medidas vão afetar bastante os investimentos em infra-estrutura
Agência Estado / Ricardo Leopoldo
07/01/2008
O especialista em finanças públicas, Raul Velloso, afirmou à Agência Estado que o "coração do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) foi atingido" com o fim da arrecadação de R$ 40 bilhões da CPMF e que o pacote fiscal anunciado pelo governo na quarta-feira deve afetar em grande parte os investimentos oficiais em infra-estrutura.
O governo pretende economizar R$ 12 bilhões na redução de investimentos e de despesas administrativas de custeio neste ano. "Não há como o PAC não ser prejudicado, pois o Poder Executivo deve fazer um corte drástico com seu bisturi nos investimentos, especialmente em transportes, o que é uma das prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento", comentou.
Velloso também se mostra reticente com a possibilidade de o governo cumprir a meta de 3,8% do PIB para o superávit primário para este ano, o que foi manifestado no final de dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "É muito difícil que o governo atinja aquele objetivo, pois é expressiva a perda das receitas que eram obtidas pela CPMF", afirmou. "Vamos aguardar os detalhes das ações que o Poder Executivo deve adotar sobre os cortes de despesas para estimar quanto o superávit será afetado. Se as medidas do governo forem fracas, sobem as chances do superávit primário atingir um nível bem inferior à meta em 2008."
De acordo com o especialista, o impacto negativo da redução dos investimentos públicos em infra-estrutura interfere na perspectiva de crescimento do País de longo prazo, pois não estimula o setor privado a elevar a Formação Bruta de Capital Fixo.
A menor velocidade dos investimentos, indiretamente, tende a influenciar também a política monetária administrada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), pois como o Produto Interno Bruto (PIB) potencial está em 4,3%, de acordo com o Ipea, e a economia deve ter crescido 5,2% em 2007, como estima o Banco Central, movimentos de avanço da demanda pressionam a inflação para cima e colocam em risco o cumprimento da meta para 2008.
De acordo com o relatório de inflação de dezembro do BC, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2007 subiu de 4% para 4,3% e para 2008 aumentou de 4,2% para 4,3%. A projeção para 2009 da instituição oficial é de que o indicador deve atingir 4,3%, taxa bem próxima do objetivo central de 4,5% estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional.
Raul Velloso destacou que do lado da receita, o pacote fiscal anunciado pelo governo não surpreendeu, pois se baseou no aumento do IOF em 0,38 ponto porcentual nas operações de crédito e de câmbio e elevação de 9% para 15% da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido do setor financeiro. "O governo também poderia ter aumentado o Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI, mas como ele precisaria repartir a receita deste tributo com Estados preferiu não adotar tal medida para ficar com tais recursos à sua plena disposição", comentou.
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7.1.08
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Sem CPMF, vamos ter que “cortar na veia”, afirma Lula
Rodrigo Postigo
07/01/2007
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, no Programa Café com o Presidente, que, com o fim da CPMF, o governo terá de 'cortar na veia' os gastos. Ele assegurou que os investimentos nas áreas de saúde, educação e os programas sociais serão preservados.
"A CPMF arrecadava R$ 40 bilhões e nós vamos ter o orçamento de 2008 sem esses R$ 40 bilhões. E nós resolvemos com muita seriedade e com muita tranquilidade, primeiro, anunciar ao Brasil que nós temos que cortar na veia outra vez, ou seja, temos que cortar os gastos. Isso vale para o Poder Executivo, vale para o Poder Judiciário e vale para o Poder Legislativo. A segunda coisa que nós fizemos foi a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) dos bancos, aumentamos de 9% para 15%. E os banqueiros não reclamaram. E não reclamaram por quê?
Porque os bancos tiveram muito lucro nesses últimos anos. Agora, os bancos estão ganhando eles vão poder pagar um pouco mais. E nós resolvemos, então, taxar o lucro líquido desse bancos. Nós aumentamos o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)".
Segundo Lula, tanto o IOF quanto a contribuição dos bancos vão dar ao governo por volta de R$ 10 bilhões. "Mais R$ 20 bilhões que nós vamos cortar do orçamento chegamos a R$ 30 bilhões. Os outros R$ 10 bilhões nós achamos que com o crescimento economia, com mais gente pagando imposto, com modernização da receita, a gente vai poder arrecadar".
Lula disse que para o Brasil melhorar definitivamente e transformar-se em uma grande nação, em uma grande potência, o País precisa investir muito em educação. "Por isso é que nós aprovamos o Fundeb (o Fundo da Educação Básica), é por isso que nós queremos o PDE, que é um programa de desenvolvimento da educação. E é por isso que nós estamos investindo muito em escola técnica, investindo muito em universidades, investindo muito no ProUni (o Programa Universidade para Todos), investindo muito agora no Reuni (Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidade Federais)". Segundo Lula a intenção é aumentar o número de alunos, que hoje são 12 por professor nas universidades para 18. "Eu tenho dito os números para todo mundo me cobrar em 2010", afirmou o presidente.
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7.1.08
Marcadores: Tributária
Lucratividade e liquidez – indicadores da saúde das empresas
Ivan Postigo
Os gestores empresarias todos os dias se vêem envolvidos com um volume substancial de informações e relatórios gerenciais que lhes dão sinais do andamento dois negócios, porém dois indicadores são fundamentais: Lucratividade e liquidez.
Lucratividade ligada aos aspectos econômicos dos negócios e liquidez aos financeiros.
Uma empresa pode se mostrar lucrativa, mas ter problemas devido ao fato de que recebe os valores de suas vendas num instante bem distante em que vencem seus compromissos.
Consideremos que para a fabricação de nossos produtos neste primeiro mês os compromissos com materiais, mão-de-obra, energia elétrica e outros gastos vencem em trinta dias, mas prontos os produtos estes levam quinze dias para serem vendidos e entregues e temos que conceder sessenta dias para que os clientes nos paguem.
Digamos que os vendemos todos por R$ 1.200,00 e estes nos custaram R$ 1.000,00, temos então um lucro de R$200,00.
Nos próximos 30 dias teremos que desembolsar R$ 1.000,00 e só receberemos R$ 1.200,00 daqui a 75 dias. Nossa empresa se mostra lucrativa, mas sem liquidez para honrar os compromissos.
Podemos ir aos bancos e pedir um empréstimo ou descontar as duplicatas, com isso transformamos nossas duplicatas em dinheiro e honramos os compromissos. Isso, logicamente, tem um custo que precisa ser considerado nos cálculos de lucratividade, uma vez que absorvem parte do lucro.
Vamos para o segundo mês considerando as mesmas premissas, veremos então que após 60 dias já pagamos a importância de R$ 2.000,00 e ainda nada recebemos, dessa forma temos dois meses de faturamento compromissados com as instituições financeiras. Desde que os custos financeiros não consumam o lucro podemos ainda operar, com alguma segurança, embora os credores já comecem a se preocupar com possíveis problemas de inadimplência.
Nesta simples reflexão o que poderia dar errado e comprometer os negócios?
Uma delas seria o atraso de pagamento dos clientes ou até a impossibilidade de recebimento por falência de alguns, comprometendo a liquidez e também os lucros, a outra seria a queda de vendas, que geraria complicações sérias à empresa. Numa situação como essa estaríamos tomando recursos para financiar os estoques que não estão girando .
Alguém poderia nos dizer: Esse raciocínio é muito drástico!
Analise com cuidado e verá que não é não.
Quantos produtos são lançados e não encontram aceitação no mercado?
Quem trabalha com moda, inovação, conhece bem a problemática que envolve produtos novos.
Quantos produtos apesar da aceitação no mercado apresentam problemas e a empresa se vê obrigada a retirá-los?Produtos que são retirados e não tem condições de retorno são perdas efetivas.
Uma empresa pode enfrentar um ou vários destes problemas que podem colocá-la em situação bastante delicada.
Ainda que aspectos como esses não afetem os resultados operacionais, normalmente, parte dos recursos financeiros das empresas é direcionado a investimentos em máquinas e equipamentos, em desenvolvimento de produtos, marcas, instalações, portanto num primeiro momento podem comprometer também a liquidez da empresa.
A questão poderia também ser colocada de forma inversa: A empresa ter liquidez, mas não ter lucro.
Isso se configuraria quando as duplicatas geradas pelas vendas fossem recebidas antes do vencimento dos compromissos.
Digamos que as vendas sejam feitas com prazos para recebimento de 30 dias e as compras tenham um prazo de 45 dias para liquidação, porém os valores recebidos não sejam suficientes para honrar todos os compromissos.
Sendo a questão tão óbvia porque muitos gestores demoram a perceber os problemas, principalmente com relação à falta de liquidez?
O fluxo de compras e vendas não é linear, há a questão da sazonalidade, queda de vendas inesperadas com alta estocagem, precariedade no planejamento, quer de vendas, compras ou produção, de forma que o processo se torna complexo e o problema não se configura de fácil percepção para um gestor sem especialização em finanças.
Apesar de todo discurso no mercado de que o Brasil tem excelentes especialistas em finanças à quantidade de empresas que tem um bom planejamento de caixa é bastante reduzida.
Quando a semana começar que tal dar uma olhadinha na lucratividade da sua empresa do último ano, como foi a liquidez e o que você tem planejado para os próximos 6 meses?
Caso não consiga chegar a uma conclusão é hora de chamar um profissional com especialização em gestão administrativa e financeira, não coloque a sua empresa em risco.
Para ter sucesso você precisa conhecer profundamente como anda a lucratividade e a liquidez de sua empresa.
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br
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